2 comentários:
De Ditadura interna e/ou Partidos-Empresas a 19 de Fevereiro de 2014 às 14:48

A ditadura dos aparelhos

(-JFMarques, http://formaeconteudo.blogspot.pt/ , 12/2/2014)


Não há democracia sem partidos.

Não contesto este axioma, mas perturba-me uma dúvida:
Haverá democracia nos partidos, ou
estão completamente subjugados aos "interesses" dos aparelhos?

Os partidos portugueses parecem-se cada vez mais com corporações fechadas, semelhantes a sociedades secretas. (ou a sociedades empresariais com accionistas maioritários e o resto disperso em 'bolsa')

Para se perceber a perigosidade destas corporações basta verificar o número ridículo de militantes que recentemente elegeu o líder do PSD e eventual futuro primeiro-ministro...

O poder dos aparelhos partidários está a inquinar a. saúde da nossa democracia.
Protegidos por estatutos que os resguardam de influências externas, os aparelhos partidários criam mofo e tornam-se incapazes de mudança.

São reaccionários, no verdadeiro sentido da palavra.


De Nacionaliz. vs privatiz.; PS e PSD... a 15 de Março de 2016 às 09:42
14.03.1975 – «O dia em que o capitalismo se afundou»

As semanas que se seguiram ao 11 de Março de 1975 foram naturalmente ricas em acontecimentos e convulsões. Três dias depois, no dia 14, para além de ser criado o Conselho da Revolução, deu-se a nacionalização da Banca e dos Seguros. Foi um marco importante da nossa História (muito) recente e que, em diferentes e piores circunstâncias, volta agora à ordem do dia. Mas, adiante, que isso são esmolas para outros peditórios.

Da imprensa da época:

«As nacionalizações são saudadas à esquerda e não são contrariadas à direita. O PPD apoio-as, aliás, embora previna que “substituir um capitalismo liberal por um capitalismo de Estado não resolve as contradições com que se debate hoje a sociedade portuguesa”.

Mário Soares mostra-se mais expansivo. Eufórico mesmo, considerando aquele “um dia histórico, em que o capitalismo se afundou”. Dirá, a propósito o líder socialista, num comício: “A nacionalização da banca, que por sua vez detém (...) a maior parte das acções das empresas portuguesas e, ao mesmo tempo, a fuga e prisão dos chefes das nove grandes famílias que dominavam Portugal, indicam de uma maneira muito clara que se está a caminho de se criar uma sociedade nova em Portugal”.» (Realce meu)


(Adelino Gomes e José Pedro Castanheira, Os dias loucos do PREC, edições Expresso / Público, 2006, p. 28.)


Comentários? Para quê…

---14/3/2016, J.Lopes, http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.pt/


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