O Verdadeiro Poder - Parte I
Começa hoje uma nova série que, segundo as previsões, deverá ser bastante comprida.
Assunto? O Verdadeiro Poder. Nada mais, nada menos.
Sabemos que o Verdadeiro Poder está escondido. É normal: se assim não fosse tornear-se-ia um poder... menos poderoso.
Seria visível e esta é uma fraqueza, porque poderia ser investigado, estudado, analisado. Em breve, deixaria de ser Verdadeiro Poder, ficaria como "fenómeno de costume" e como tal seria absorvido pela sociedade.
O facto de ser invisível tem outra vantagem também: nós, que estamos deste lado da barricada, nem sabemos bem quem é o inimigo.
Não conhecemos o rosto, os hábitos, nada. Podemos só fazer conjecturas, mas isso não ajuda, pois a conjectura traz consigo sempre uma percentagem de dúvida que elimina qualquer certeza. Por esta razão não é simples escrever acerca do Verdadeiro Poder e a possibilidade de errar é bem presente. Melhor proceder com calma e, sobretudo, suportados com dados, não apenas com hipóteses.
Este primeiro capítulo inicia com uma investigação russa.
A imprensa de Moscovo tem tendo decifrar o emaranhado da OLIGARQUIA financeira e apontar assim quatro mega-BANCOS (os Quatro Grandes) que, segundo os pesquisadores, controlam o mundo.
Os nomes? Estes:
•Black Rock,
•State Street Corporation
•FMR (Fidelity)
•Vanguard Group.
Também foi apurado que a privatização global da ÁGUA é apoiada pelos mesmos mega-bancos de Wall Street, em uníssono com o Banco Mundial, o que beneficia o NEPOTISMO dinástico da família Bush, que tenta controlar o Aquífero Guarani da América do Sul, um dos maiores de água doce do planeta.
Já em 2012, o ex-parlamentar do Texas Ron Paul, pai do candidato presidencial Rand, tinha observado que os Rothschilds detêm as acções das top 500 multinacionais de Fortune que, por sua vez, são controladas por quatro mega-bancos, os tais Quatro Grandes: ....
Mas ainda antes, em 2011, a jornalista Lisa Karpova da Pravda (aqui na versão traduzida para o Inglês) tinha penetrado no labirinto da Finança global, afirmando que existem "seis, oito ou talvez 12 famílias que realmente governam o mundo".
A Karpova faz também os nomes de oito destas famílias:
•Goldman Sachs (New York)
•Rockefeller (New York)
•Kuhn Loeb e Lehman (New York)
•Rothschild (ramo de Londres e ramo de Paris)
•Warburg (Hamburgo)
•Lazard (Paris)
•Israel Moses Seifs (Roma)
É uma lista controversa, que provoca não poucas dúvidas.
Mas vamos em frente, porque a mesma Karpova fez um trabalho bem mais interessante:
uma espécie de inventário dos maiores bancos do mundo, tentando perceber também a identidade dos seus principais accionistas, bem como aquela de quem toma as decisões.
É possível criticar, e não sem razão, o inventário da Karpova que perde em sofisticação perante o trabalho de Andy Coghlan e Debora MacKenzie (que revelam como a PLUTOCRACIA bancária e financeira está baseada no famoso 1% do mundo), mas é interessante realçar como, apesar de ser mais simples, a pesquisa da Karpova concorde bastante com as conclusões de Coghlan e MacKenzie.
Segundo a Karpova, existem sete mega-bancos de Wall Street que controlam as principais MULTINACIONAIS são:
1.Bank of America
2.JP Morgan
3.Citigroup /Banamex
4.Wells Fargo
5.Goldman Sachs
6.Bank of New York Mellon
7.Morgan Stanley.
A seguir, a jornalista analisou estes mega-bancos, chegando à conclusão de que o núcleo deles fica nas mãos das Quatro Grandes citadas antes: Black Rock, State Street Corp., FMR (Fidelity) e Vanguard Group.
Como é que a Karpova chegou a esta conclusão? Verificando os accionistas dos mega-bancos.
Em pormenor:
1.Bank of America: State Street Corp., Vanguard Group, Black Rock, FMR (Fidelity), Paulson, JP Morgan, T. Rowe, capital mundial Investors, AXA, Bank of NY Mellon;
2.JP Morgan: State Street Corp., Vanguard Group, FMR (Fidelity), Black Rock, T. Rowe, AXA, capital mundial Investors, Capital Research Global Investors, Northern Trust Corp., e Bank of Mellon;
3.Citigroup / Banamex: State Street Corp., Vanguard Group, Black Rock, Paulson, FMR (Fidelity), capital mundial investidores, JP Morgan, Northern Trust Corporation, Fairhome Capital Mgmt e Bank of NY Mellon;
4. Wells Fargo: ...
...
[ Relacionados:
O Verdadeiro Poder - Parte I
O Verdadeiro Poder - Parte II
O Verdadeiro Poder - Parte III
O Verdadeiro Poder - Parte IV
O Verdadeiro Poder - Parte V
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---Parte I cont.
...
1.Wells Fargo: Berkshire Hathaway, FMR (Fidelity), State Street, Vanguard Group, capital mundial Investors, Black Rock, Wellington Mgmt, AXA, T. Rowe e Davis Selected Advisers;
2.Goldman Sachs: State Street Corp., Vanguard Group, Black Rock, FMR (Fidelity), Wellington, capital mundial Investors, AXA, Massachusetts Financial Service e T. Rowe;
3.Bank of NY Mellon: State Street Corp., Vanguard Group, Black Rock, FMR (Fidelity), Davis Selected, Massachusetts Financial Services, Capital Global Research Investidores , Dodge, Cox, Southeatern Ativos Mgmt.;
4.Morgan Stanley: State Street Corp., Vanguard Group, Black Rock, FMR (Fidelity), Mitsubishi UFJ, Franklin Resources, AXA, T. Rowe, Bank of NY Mellon e Jennison Associates
De facto, não é difícil observar como todos os bancos apresentem entre os principais accionistas os Quatro Grandes.
Segundo a Karpova, os Quatro Grandes também controlam as maiores multinacionais Anglo-Saxónicas, nomeadamente:
Alcoa;
Altria;
AIG;
AT & T;
Boeing;
Caterpillar;
Coca-Cola;
DuPont;
GM;
H-P;
Home Depot;
Honeywell;
Intel;
IBVM;
Johnson & Johnson;
McDonald;
Merck;
3M;
Pfizer;
United Technologies;
Verizon;
Wal-Mart;
Time Warner;
Walt Disney;
Viacom;
Rupert Murdoch's News;
CBS;
NBC Universal.
Na verdade, existem imprecisões.
A Karpova, por exemplo, esquece-se de como um só dos Quatro Grandes, a Black Rock, seja o principal accionista das seguintes empresas: Apple, ExxonMobil, Microsoft, General Electric, Chevron, Procter &Gambles, Shell e Nestlé.
Portanto, o quadro é incompleto.
A mesma jornalista analisou a Federal Reserve, gerida por um conjunto de 12 bancos, representados por um concelho de sete pessoas que pertencem ao Quatros Grandes.
Confuso? Não, parece bastante claro.
Todavia este é apenas o começo: a investigação da Karpova está muito longe de individuar o Verdadeiro Poder. O que consegue (e isso já é muito positivo) é individuar uma rede de poder que supervisiona o sector bancário mais do que o financeiro. Importante, sem dúvida, mas se o desejo for falar do Verdadeiro Poder, então é preciso cavar mais em profundidade, ir além do que está visível.
É isso que vamos fazer ao longo dos próximos capítulos.
Entretanto, para os mais curiosos, aconselho ler a série Os Nomes (partes primeira, segunda, terceira e quarta) na qual é possível encontrar os rostos das pessoas e das organizações que criaram e que ainda gerem o Poder.
São aqueles os nomes do Verdadeiro Poder? Em parte sim, em parte não. A série tinha a intenção de reunir os sujeitos que, de facto, dominam a Economia, a Finança, a Política, a sociedade no geral; a nova série tem o objectivo de individuar aquela dúzia de pessoas (ou famílias, grupos, etc.) que, no fim das contas, decidem.
Parece a mesma coisa, mas não é: para entender a diferença é preciso imaginar o nosso Sistema como uma série de pirâmides, nos topos das quais há o Verdadeiro Poder. Na série Os Nomes é possível encontrar os níveis mais elevados das pirâmides, os rostos de donos e também dos servidores mais importantes. Na série O Verdadeiro Poder o objectivo é só um: os donos e mais nada, o topo de cada uma das pirâmides.
Vai ser complicado.
E por isso ainda mais interessante.
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oVerdadeiro Poder.
Comecemos a analisar um site muito importante: o The Institute for the Study of Globalization and Covert Politics ("Instituto para o Estudo da Globalização e das Políticas Encobertas", de seguida ISGP, tanto para encurtar).
O instituto é obra dum holandês, Joël van der Reijden, que passou os últimos 11 anos a estudar o poder, com resultados dignos de nota. Pessoalmente não concordo com todos os pontos de vista dele, mas com muitos sim e acho valer a pena seguir o seu trabalho, porque as conclusões são deveras interessantes.
Não se trata apenas de afirmações teóricas, mas duma incrível quantidade de dados recolhidos ao longo dos anos:
ligações entre as várias vertentes do Poder, nomes de empresas e de indivíduos. Exactamente aquilo que estamos à procurar.
Para começar, nada melhor de que uma lista... negativa. Isso é: iniciamos a limpar a mesa, excluímos teorias que não fazem sentido, a tralha, para que seja possível focar a nossa atenção nas coisas verdadeiramente importantes.
Em que não acreditar
Para entender quem comanda no Mundo, esqueçam (e aqui limito-me a traduzir de forma literal a lista do ISGP):
•Que o Homem nunca tenha ido até a Lua.
•Os Illuminati e as teorias ligadas aos Templários
•A Nova Ordem Mundial (NWO)
•Que a Maçonaria tenha um qualquer significado político nos dias de hoje.
•Nibiru ou Planeta X.
•Os Anunnakis e os Reptilianos.
•Os rastos químicos (Chemtrails).
•O Triângulo das Bermudas e o Triângulo do Diabo.
•A nave alienígena em Roswell.
•Os híbridos humanos-alienígenas, as star children,, o Majestic 12, a Área 51, Bentwaters a base de Dulce e os outros acidentes UFO.
•Atlântida (uma história inventada pelos sacerdotes egípcios e revivida pelo culto de Cayce) e Mu.
•A existência de uma antiga civilização em grande escala antes de 3500 a.C.
•Que a Grande Pirâmide e a Esfinge sejam mais antigos do ano de 2.600 a.C. (aproximadamente)
•Que quaisquer grande ruína da América do Sul seja mais antiga do ano de 2.000 a.C.
•Que os banqueiros como os Rothschilds e os Rockefellers governem o mundo sozinhos.
•A negação do Holocausto: isso é tão proeminente na comunidade da conspiração por causa da Liberty Lobby e o seu legado: o Spotlight, o Institute for Historical Review e o American Free Press. Ignora as muitas discussões sobre o campo de concentração de Auschwitz. Em vez disso, leiam sobre Babi Yar e os campos de extermínio dos nazis na Europa Oriental e Ustasa.
•O Grupo dos 300 de John Coleman.
•Hologramas ou teorias de controle remoto acerca do 9/11, que nenhum avião tenha atingido o Pentágono. Apenas se concentre na demolição do WTC (para os iniciantes: o aço fundido e temperaturas de 2.800 F simplesmente não foram explicadas por ninguém), o envolvimento saudita com os sequestradores e terroristas em geral, [...].
•Alto nível de conspirações satânicas
•Milhares de crianças, ou até mais, que desaparecem de forma definitiva todos os anos em redes de maníacos.
• As histórias de Cathy O'Brien e David Icke acerca da Rainha Mãe.
• Tudo o que sai da boca de Ted Gunderson.
• Em outras palavras, o tipo de coisas que dominam completamente internet e livros "alternativos" e foram transmitidas durante anos pelas enormes Art Bell / Coast to Coast AM.
Wow, começamos bem...
Pessoalmente gosto muito desta atitude: já falámos aqui no blog das toneladas de autêntico lixo que circulam na internet e que têm apenas dois objectivos:
1.distrair as pessoas
2.enriquecer alguns autores.
E mais nada.
Todavia não concordo num ponto. Na apresentação desta lista, o ISGP afirma o seguinte:
Depois de estudar sistematicamente as questões da conspiração durante 15.000 horas, acho que os seguintes sejam disparates absolutos
Não. Alguns são disparates absolutos, não há dúvida. Outros não. O importante é não misturar as coisas, isso é: não tentar chegar ao Verdadeiro Poder através de assuntos que comparem na citada lista.
Um exemplo:
os UFO. O ISGP corta tudo, afirmando que nunca houve acidentes UFO. Eu prefiro manter a porta aberta perante esta eventualidade.
O que interessa é não tentar explicar o Verdadeiro Poder com os UFO. Porque, sim, na internet encontramos isso também: os EUA estariam na posse de tecnologia alienígena, capaz de fazer coisas espantosas. Segundo alguns ...
...
Em que acreditar
...
...
Em que acreditar
Vice-versa: quais teorias conspiratórias podem ser interessantes?
O ISGP tem a sua pequena lista também, que é a seguinte:
•Os assassinatos de JFK e RFK (John Fiztgerald Kennedy e o irmão Robert)
•9/11/2001 atentado às Torres Gémeas, NY
•Operação Gladio/Stay Behind
•O tráfico das drogas que envolvem a CIA.
•O apoio dos EUA aos líderes dos esquadrões da morte, especialmente na América Latina.
•O FBI de Hoover que negava a existência duma coisa chamada "máfia", até ser forçado a admiti-lo por Robert Kennedy, enquanto a CIA recrutava os mafiosos para ajudar a derrubar Fidel Castro.
•A colaboração de Chamberlain, bancos e multinacionais com os regimes fascistas antes da Segunda Guerra Mundial, tendo como fim a destruição de todas as formas de comunismo e de socialismo.
•A fraude eleitoral em várias eleições nos Estados Unidos, mais notavelmente nos casos Bush 2000 e 2004.
•Aparente rede pedófila de topo com potencial abusos rituais.
•As bombas nos apartamentos russos em 1999.
•O controle dos serviços de segurança sobre os media alternativos.
•A realidade do fenómeno UFO e a existência de mais do que a física, em ambos os casos sem que ninguém conheça os detalhes.
Não há muito para acrescentar, a não ser:
•acerca do 9/11 quanto afirmado antes.
•a rede pedófila existe (e não apenas nos EUA), pode ter algumas ligações de topo com o Verdadeiro Poder mas não está ligada ao Satanismo.
•mais uma vez: a ufología e os fenómenos hoje inexplicáveis nada têm a ver com a pesquisa acerca do Poder.
E esta é só a primeira parte acerca do The Institute for the Study of Globalization and Covert Politics.
Doutro lado, é preciso entender quem é este ISGP:
na internet há tudo e mais alguma coisa, encontrar uma fonte fidedigna é tarefa nada simples; o ISGP não tem um site particularmente cativante, mas não vende nada. E o conteúdo pode ser muito interessante.
Amanhã vamos ver.
Sempre neste mesmo canal.
Ipse dixit.
Relacionados:
O Verdadeiro Poder - Parte I
O Verdadeiro Poder - Parte II
O Verdadeiro Poder - Parte III
O Verdadeiro Poder - Parte IV
O Verdadeiro Poder - Parte V
Fonte: The Institute for the Study of Globalization and Covert Politics
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O Verdadeiro Poder - Parte III
Não é simples resumir tudo o que se encontra nas páginas do ISGP: é muito material. Doutro lado, como já afirmado, o site é o fruto de muitos anos de trabalho. Todavia é possível tentar uma síntese (que, como tal, pode esquecer alguns aspectos "secundários").
A ideia de base do ISGP é que a História tal como é contada nos livros escolares seja apenas a superfície de algo bem mais complexo. Não é difícil concordar com esta teoria:
sabemos que a História é escrita pelos vencedores, os quais tenderão sempre a exaltar alguns aspectos enquanto ocultam outros.
Além disso, manipular a História pode servir também para adaptar o presente e preparar o futuro.
Na Europa, por exemplo, é agitado o espectro de Hitler cada vez que a União Europeia for questionada:
uma Europa não unida pode deixar espaços para "loucos" com tendências hegemónicas, o que significaria o regresso da guerra entre Países irmãos.
Poucos gostam de explicar que quem tinha financiado Hitler e o movimento dele eram as mesmas forças "democráticas" hoje ocupadas a invadir outros Países por interesses meramente particulares (Afeganistão, Iraque, etc.).
Só um observador atento (mas nem muito) pode entender que o mesmo processo pode ser encontrado também hoje, num País europeu como a Ucrânia, onde um grupo de oligarcas fascistas recebe o apoio de Washington.
O "sistema" criado com paciência durante os últimos 200 anos está à beira de entrar na reforma: ainda antes da queda do Muro de Berlim, uma série de acontecimentos mostraram que o tempo das grandes ideologias tinha chegado ao fim, substituído por uma série de think tank nos quais eram (e ainda são, em parte) formadas as directrizes ao longo das quais a sociedade teria seguido o seu caminho.
Dalguns destes think tank pode ser encontrado o rasto também neste blog, doutros nem por isso porque há casos nos quais a fronteira entre uma "oficina de ideias" e um "grupo de interesse privado" é muito subtil, quase impercetível; na maior parte das vezes, think tank e grupos de interesse particulares são perfeitamente sobreponíveis. Isso pode tornar muito complicado distinguir o "quem é quem" e quais as respectivas finalidades.
O trabalho do ISGP individua quatro instituições de base presentes na actual sociedade, nomeadamente:
•a instituição Liberal
•a instituição Conservadora
•a rede Vaticana e Paneuropeia
•a instituição sionista
Esta é apenas uma primeira divisão e não pode ser vista como "estanque": um sionista bem pode ser liberal, um conservador pode apoiar a rede do Vaticano, etc. Mas tanto para ter uma ideia para onde começar, esta subdivisão presta. Vamos observa-la com mais atenção.
A instituição Liberal
Está centrado em volta do poder bancário internacional, do comércio e da diplomacia. Também está inteiramente comprometida com o processo de globalização em todos os sentidos possíveis e tem ao seu dispor centenas de ONGs (organizações em fins lucrativos). Entre os membros "liberalistas", três merecem destaque: Carnegie, Rockefeller e Ford. Mais adiante teremos oportunidade de conhece-los melhor.
Geograficamente podem ser individuados tanto na Costa Leste como na Oeste dos Estados Unidos, na área não-católica da Europa, e tem elementos semelhantes na Ásia. O núcleo principal nos EUA é constituído pelos seguintes indivíduos e grupos:
•David Rockefeller e o seu círculo, como Maurice Greenberg, Peter Peterson, John Whitehead, Warren Buffet, e Paul Volcker.
•O grupo de Henry Kissinger, que sempre esteve conectado à CIA e a qualquer projecto neoconservador.
•Grupo de George Shultz / Bechtel / Bohemian Grove (na Costa Oeste).
•A família Rothschilds na Inglaterra e na França
Outras figuras importantes são Lord Roll, Lord Carrington, Etienne Davignon ou Pehr Gyllenhammar. A maioria dos homens mencionados aqui já pertenceram à anglo-americana Pilgrims Society ou ao Grupo 1001.
Stop, é altura de parar.
Temos aqui uma série de nomes, de indivíduos, de grupos: mas quem são estes? Qual o papel deles na nossa sociedade? Quantos são conhecidos? Por exemplo: quantos entre os Leitores ouviram falar do 1001 Club? Afinal, uma mera lista de nomes diz e não diz. Aliás: diz pouco.
Portanto, antes de continuar, é preciso conhecer melhor estas pessoas
...
...Portanto, antes de continuar, é preciso conhecer melhor estas pessoas, enquadra-la no contexto do Verdadeiro Poder, sempre lembrando de que estamos a falar apenas e unicamente das instituições Liberais (pelo que, o sagaz Leitor já intuiu que esta série não vai ser concluída tão depressa...).
------Quem é quem
--David Rockefeller é um banqueiro, herdeiro do império construído pelo avô John Davison
Rockefeller Sr. (1839 – 1937) com a fundação da petrolífera Standard Oil (em 1878). A marca vai muito além do petróleo. E, de facto, ainda hoje existe, com outros nomes: Chevron, Exxon Mobile e BP são apenas os mais conhecidos, mas o império é enorme e é difícil encontrar uma área onde a família Rockefeller não esteja presente.
O que interessa aqui é medir o real poder de David Rockefeller no âmbito da nossa sociedade. Rockefeller conheceu todos os principais actores mundiais desde o final da Segunda Guerra Mundial até hoje e não há Presidente dos EUA que possa ter ignorado os seus "aconselhamentos". É, de facto, uma figura incontornável para entender os acontecimentos dos últimos 60 anos.
-- Membro do círculo de Rockefeller é Maurice Raymond "Hank" Greenberg, homem de negócio e dono do American International Group (AIG), hoje falida (crise de 2008) mas que chegou a ser a 18º maior empresa publica do mundo e a maior multinacional no campo dos seguros (88 milhões de clientes em 130 Países). Faz parte do Council on Foreing Relations e da Comissão Trilateral de Rockefeller. Já foi conselheiro económico da cidade de Pequim (China) e conselheiro económico do International Business Leader's Advisory Council de Shangai (China). Ainda é membro do concelho da Escola Económica de Tsinghua (China), da International Advisory Council of the China Development Research Foundation (China) e do Banco de Desenvolvimento da China (China que, lembramos, é parte dos BRICS, tanto para dizer...).
Entre os outros pormenores, foi director da Federal Reserve (mais sobre a FED: parte 1, 2, 3 e 4) de New York e é amigo pessoal de Henry Kissinger.
--Homem de negócio Peter George "Pete" Peterson entrou no grupo de Rockefeller e conquistou posições políticas com a Administração Nixon (foi Secretário para o Comércio). Mais tarde entrou na Lehman Brothers como presidente e administrador. Em 1985 fundou o Grupo Blackstone (do qual foi presidente até 2008) e foi conselheiro em numerosas sociedades (algumas delas: 3M, Black & Decker, The Continental Group, Federated Department Stores, General Foods, Radio Corporation of America e Sony. Em 2000 foi eleito presidente da Federal Reserve de New York.
--John Cunningham Whitehead, que morreu no começo deste ano, foi político e banqueiro.
Vice-Secretário de Estado com Ronald Reagan (1985-1989), foi também presidente do Conselho de Administração da Federal Reserve de New York e director da Bolsa de New York. A sua ligação com a família Rockefeller era muito sólida e abrangia interesses económicos (investimentos, Asia Society) e "filantrópicos" (Rockefeller University, Lincoln Center).
Era membro do Grupo Bilderberg.
--Warren Buffett. é um empreendedor e economista que ja´foi o homem mais rico do planeta: em 2015, com uma fortuna de 72.7 biliões de Dólares, é apenas o terceiro mais rico, após Bill Gates e o mexicano Carlos Slim Helú. Os seus investimentos (e participações) abrangem de tudo um pouco: Coca Cola, Gillette, McDonald's, Kirby Company e Walt Disney, só para fazer alguns nomes. Mas alista é ampla e ocupa uma inteira página de Wikipedia.
Com sua empresa Berkshire Hathaway é o maior companhia de resseguros (resseguro: operação na qual um segurador transfere a outro, total ou parcialmente, um risco assumido através da emissão de uma apólice ou um conjunto delas) do planeta, logo após a suíça Swiss Re e a alemã Munich Re. Muito importante a posição de Buffet no sector da multimedialidade, sobretudo diários (Washington Post, Newsweek) e televisão (ABC, Eurosport, ESPN, etc.).
-- Paul Volcker é um economista.
Já foi Presidente da Federal Reserve durante as Administrações de Carter e Reagan (1979-1987). Foi presidente da Comissão Trilateral e, entre 2009 e 2011) presidente do comité de consultoria Economic Recovery Advisory Board (hoje President's Council on Jobs and Competitiveness),...
...
--Henry Kissinger
é uma das eminências pardas das várias Administrações dos Estados Unidos. Inútil listar aqui vida e obras: Departamento de Estado, o National Security Council da Casa Branca, Council on Foreign Relations (mais acerca do Council neste artigo), RAND Corporation foram todas apenas etapas do longo caminho dele.
Interessante realçar que foi a família Rockefeller a "lança-lo" para o mundo da política, em 1955: foi aí que começou também a sua colaboração com Eisenhower e os sucessivos Presidentes (Kennedy, Johnson, Nixon, etc.).
--George Shultz / Bechtel / Bohemian Grove
Este é o Grupo da Costa Oeste (Califórnia), formado por:
•George Shultz, economista e empresário: Secretário do Trabalho dos Estados Unidos, de 1969 a 1970; diretor do Escritório de Administração e Orçamento, entre 1970 e 1972; Secretário do Tesouro de 1972 a 1974; Secretário de Estado entre 1982 e 1989. Foi também presidente da Bechtel Corporation, chegando à presidência da empresa. Economicamente influenciado por Milton Friedman e George Stigler, mais tarde foi conselheiro de George W. Bush com Dick Cheney, Paul Wolfowitz e Condoleezza Rice (grupo definido como "os Vulcões"), sendo considerado o pai da "Doutrina Bush", a da guerra preventiva. Shultz é presidente do International Advisory Council da JPMorgan Chase e do think tank Institute for International Economics (também conhecido como Peterson Institute for International Economics em horna do já citado Peter Peterson).
•A Bechtel Corporation (ou Bechtel Group) é a maior empresa de construção e engenharia civil do EUA. Dono do grupo é Riley Peart Bechtel, conselheiro do International Council of J.P. Morgan Chase, membro da Comissão Trilateral de Rockefeller e ex conselheiro do Presidente George W. Bush. É membro do Bohemian Club, que organiza o anual Bohemian Grove.
•Bohemiam Grove é uma reunião anual da qual já falámos neste artigo.
--Família Rothschild
Também esta dispensa apresentações, aparecendo como bicho-papão em qualquer teoria conspiratória que se preze. E também acerca da família Rothschild já falamos nestes artigos: parte 1 e 2.
-- Últimas notas acerca da Pilgrims Society e do 1001 Club.
A Pilgrims Society foi fundada em 1902 pelo diplomata americano Joseph Choate para promover a amizade e a paz entre os EUA e o Reino Unido. É conhecida para organizar almoços em ocasião da chegada em Londres do novo Embaixador dos EUA. Parece coisa inocente mas a lista dos membros inclui pessoas quais Henry Kissinger, Margaret Thatcher (que já não almoça por evidentes motivos), Lord Carrington, Paul Volcker, Sandra Day O'Connor (juíza do Supremo Tribunal dos EUA, membro da Rockefeller Foundation), John D. Rockefeller e David Rockefeller; mais uns quantos membros da família real (incluída a Rainha) e do governo dos Estados Unidos. Um verdadeiro "almoço Rockefeller", acerca do qual nada é sabido.
---O 1001 Club foi fundado em 1970 pelo Príncipe Bernardo de Holanda com a ajuda de Anton Rupert,
sócio sul-africano da família Rothschild.
Oficialmente, o 1001 Club tem como objectivo recolher fundo em favor do World Wide Fund for Nature (o WWF, entre cujos fundadores havia tal Godfrey Anderson Rockefeller, Sr).
Mas o Club é esquisito: por exemplo, recusa divulgar os nomes dos membros (e a mesma coisa faz o WWF).
Nomes que circulam são aqueles do Barão von Thyssen, Gianni Agnelli, Henry Ford e Alfred Heiniken: todos mortos.
Os actuais membros parecem operar em sector quais o bancário, militar ou diplomático (ao mais alto nível).
Uma vez conhecidos melhor os indivíduos, vamos ver um pouco mais acerca desta instituição Liberal.
Como ?
A instituição Liberal controla de forma directa os seguintes meios de comunicação através de uma rede de amizades:
New York Times, Washington Post, Newsweek, Time Magazine, CBS, ABC, NBC e CNN.
Estas empresas são de propriedade de membros da Pilgrims Society ou alguns dos seus amigos mais próximos. Na Inglaterra, The Times, Financial Times e Reuters estão entre os que estão ligadas aos Pilgrims.
O controle é exercido também sobre o Departamento de Estado dos EUA através do Council on Foreing Relations e da rede da Pilgrims Society.
Historicamente, a atitude tem sido pró-árabe (i.é: em favor das monarquias do Golfo), devido a
interess...
...
...
--(a instituição "Liberal") ... tem sido pró-árabe (isso é: em favor das monarquias do Golfo), devido a
interesses petrolíferos, pró-invasão do Afeganistão mas contrária a uma invasão directa do Iraque em 2003. Suporta também uma política externa moderada de Israel em relação aos Palestinianos e os outros vizinhos árabes.
Trata-se duma instituição completamente anglófila (como demonstra a Pilgrims Society), mesmo que alguns dos membros tenham origem hebraicas ou trabalhem com sionistas radicais (é o caso de George Shultz);
e é um dos maiores apoiantes da teoria do aquecimento global, na vertente mais catastrófica.
Entre as várias iniciativas, podemos citar o Disclosure Project, que tem como objectivo procurar provas e testemunhos acerca de fenómenos UFO.
Do ponto de vista político, como é óbvio, as preferências do instituição Liberal vão para o Partido Republicano,
mas isso não significa que haja preconceito em relação ao Democrata.
Na verdade, a instituição Liberal utiliza os membros duma ou doutra facção com extrema desenvoltura: Eisenhower, Nixon, Ford, Carter, Clinton, o primeiro Bush (o segundo é um idiota) e Obama são todos Presidentes que colaboraram activamente com os Liberais.
No estrangeiro, as relações são óptimas com o Partido Conservador britânico (os Tories) e a Pilgrims Society é prova disso.
Não acaso, o ex-premier Tony Blair, uma vez deixada a guia do Reino Unido, foi trabalhar como consultor na JPMorgan Chase que, como vimos, é uma espécie de banco oficial da galáxia Rockefeller e Liberal no geral.
Activa também no Canadá (País que pertence ao Commonwealth), a instituição Liberal mantém relacionamentos com o Partido Democrata Liberal do Japão, no seio do qual operam elementos da Yakuza.
As ligações com o Japão não são novas e remontam à fundação da Comissão Trilateral (na qual encontramos o nome Mitsubishi).
Como lembrado logo no início, esta divisão Liberal" não deve ser vista como estanque, sem ligações com as outras vertentes. Nomes como Rockefeller, Kissinger, JPMorgan Chase e outros voltarão à tona ao longo dos próximos capítulos.
---- São estes os nomes do Verdadeiro Poder?
Calma, pessoal, calma: o percurso é comprido e não simples. Eu sei: seria mais fácil atirar já para o ar o nome do Grande Velho que nos bastidores domina o planeta.
Mas não é assim: não há nenhum Grande Velho, que existe apenas nas teorias mais infantis. O mundo é um lugar bem mais complexo e o Verdadeiro Poder não é uma excepção. Considerem que a informação aqui resumida já é um destilado duma síntese...
No próximo artigo espaço para a instituição Conservadora.
---
Verdadeiro Poder IV:
...
...a análise do Institute for the Study of Globalization and Covert Politics (ISGP) acerca do Verdadeiro Poder.
Na secção anterior vimos a "instituição" (establishment em Inglês) Liberal, uma das quatro que o ISGP identifica; agora é a vez da Conservadora, sempre lembrando de que esta divisão não é estanque, enquanto membros duma vertente podem tranquilamente ser encontrados em outra(s).
----A instituição Conservadora
A vertente conservadora do Verdadeiro Poder está centrada em torno do Pentágono e da CIA, sobretudo após o período de Richard Helms (director da Central Intelligence - DCI entre 1966 e 1973) . Entender os conceitos-base do Poder Conservador é bastante simples: para isso é só observar as ideias que determinaram a política da ultra-Direita norte-americana nos últimos 60 anos.
a vertente conservadora cresceu a partir do trabalho de figuras conhecidas quais o general Douglas MacArthur, Pedro del Valle, Bonner Fellers, Charles Willoughby, Albert Wedemeyer, George Stratemeyer e Robert Wood, aos quais podemos acrescentar o apoio de H.L. Hunt, Clint Murchison, Sid Richardson e bem conhecido J. Edgar Hoover.
Juntos, atacaram Eisenhower (um ex-executivo da Pilgrims Society) e o grupo da East Coast pelo facto deste serem brando demais com o Comunismo.
É importante realçar como, entre os grupos que apoiam a "instituição" conservadora, em destaque fique o complexo industrial da Defesa.
Mas os Conservadores vão além do militar: os princípios podem ser encontrados na já citada ultra-Direita. Portanto, temos entre o Poder conservador :
a Sociedade John Birch e até a anti-judaica Liberty Lobby (dos generais Stratemeyer e del Valle), responsável hoje pela grande maioria das teorias anti-anti-Nações Unidas, anti-Kissinger e anti-Rockefeller.
Nem podemos esquecer o lado "religioso" (aliança com a Opus Dei), isolacionista mas também intervencionista: não acaso, o período dourado foi alcançado com a presidência de Ronald Reagan e o seu Escudo Estrelar (SDI).
Mais tarde, a vertente conservadora teve que "ajustar" o seu percurso: a partir dos anos '70 a lobby israelita nos EUA já não podia ser ignorada e a colaboração desta com os Conservadores originou os NEOCONS. Todavia, as críticas contra a lobby hebraica continuam por parte dos mais reacionários entre os conservadores.
----Quem é quem
--Ronald Reagan
Foi o único presidente integralmente conservador e dispensa de apresentações.
--George Herbert Walker Bush
Republicano, mesmo não sendo abertamente um Conservador, Bush pai foi eleito presidente dos EUA com o apoio deste movimento. Também dispensa de apresentações.
--Arthur R. "Art" Thompson
Desde 2005 é presidente da John Birch Society (JBS), grupo de patriotas segundos os seus membros e de fanáticos anti-comunistas segundo os opositores. Na verdade, as ideias da sociedade vão muito além do Comunismo:
Thompson critica os Republicanos, o movimento Tea Party e até Sarah Palin por ceder perante a hipótese de tratar com Moscovo.
A JBS também é contrária às Nações Unidas e a qualquer forma de tratados comerciais (NAFTA, CAFTA e FTAA) e nem fogem a teoria do aquecimento global e a Nova Ordem Mundial.
Thompson acredita em conspirações internacionais, que incluem o Council on Foreing Relations, a Comissão Trilateral e a família Rockefeller, todas entidades que, na opinião dele, são contrárias aos interesses dos Estados Unidos.
--Marion Gordon "Pat" Robertson
Pastor pentecostal, advogado e ex-candidato à presidência dos Estados Unidos. Apresenta o programa Clube 700, fundou a rede de televisão TBN, Christian Broadcasting Network e a Christian Coalization, organização esta destinada a influenciar a política norte-americana.
Foi acusado de colaborar com o ditador Charles Taylor, da Libéria, em troca dos direitos de exploração de uma mina de diamantes, utilizando-se desonestamente os meios destinados à caridade (Operação Blessing).
Pat Robertson também é conhecido por afirmações polémicas sobre vários temas, como, por exemplo, ter dito que Hugo Chávez devia ser assassinado.
O Clube 700 no Brasil é transmitido pela Rede 21.
--Frank Carlucci
serviu como Secretário de Defesa dos Estados Unidos durante a Administração de Ronald Reagan e também foi director da CIA; mas já antes...
...
... (F.Carlucci) já antes tinha ocupado cargos de relevo no governo, incluindo o de diretor do Escritório de Oportunidades Económicas com a presidência de Richard Nixon.
Amigo de Donald Rumsfield, foi embaixador dos EUA em Portugal desde 1975 e acompanhou o "Verão Quente" de perto, tornando-se amigo pessoal de Mário Soares.
Os seus interesses vão além da política. Além de ter mantido uma posição na empresa EuroAmer, sediada em Portugal (hoje um fantasma, tendo desaparecido entre as sombras dos offshores), Carlucci está relacionado com General Dynamics, Westinghouse, Ashland Oil, Neurogen, CB Commercial Real Estate, Nortel, BDM International, Quaker Oats e também com a multinacional canadiana Nortel Networks Corporation.
É membro do Project for the New American Century (PNAC), Presidente emérito do Conselho Económico EUA-Taiwan e conselheiro da RAND Corporation.
--Robert Gates
Foi Secretário de Defesa dos Estados Unidos, tendo sucedido em 2006 a Donald Rumsfeld, enquanto antes tinha servido 26 anos na CIA e na Assembleia Nacional de Segurança. Gates permaneceu como Secretário da Defesa também com o presidente Obama, até 2011.
Membro do Conselho de Administração da Fidelity Investments (a segunda companhia de investimentos do mundo), NACCO Industries (mineração), Brinker International (restauração), Parker Drilling Company (mineração) e Science Applications International Corporation (informática).
Também é membro do Council on Foreign Relations e neste papel fez parte da missão dos EUA (2004) para negociar com o Irão acerca da questão nuclear.
-Rudolhp Giuliani
Giuliani atravessou todo o arco constitucional: antes democrata, depois independente e por fim Republicano, na vertente mais conservadora. Antigo Presidente da Câmara de New York, condecorado pela Rainha Elisabete II, tentou também candidatar-se nas presidenciais, sem muito sucesso. Ao longo da sua carreira ocupou posições de topo em várias Administrações.
Fundou a Giuliani Partners, teoricamente uma empresa de consultoria, na verdade uma lobby
que desfruta a popularidade do seu presidente, entre cujos clientes é possível encontrar a Cidade do México, o Ministro (e membro da família real) do Qatar Abdullah bin Khalifah Al Thani, a empresa farmacêutica Purdue Pharma e a cidade de Rio de Janeiro (para a segurança da Olimpíada de 2016).
Giuliani também participa na Bracewell & Giuliani, empresa especializada nas áreas da energia, estratégias ambientais, instituições financeiras, investimento privado e defesa de managers de topo.
--Donald Gregg
trabalhou na CIA ao longo de 31 anos (1951 - 1982), foi também conselheiro do National Security Council, conselheiro pessoal do então vice-presidente George H. W. Bush e Embaixador na Coreia do Sul, cargo que actualmente ocupa.
Mais uma vez é preciso lembrar que todas estas vertentes do poder não são estruturas estanques mas "móveis" e o grupo Conservador não é uma excepção.
O ex-presidente Nixon, por exemplo, teve o seu período "conservador", antes de cair na órbita da família Rockefeller.
Também é importante reter como as políticas presidenciais muitas vezes oscilam entre as várias vertentes, quando não amalgamam diferentes pontos de vista:
apesar da actual Administração estar mais em linha com a vertente Liberal, os restantes grupos de poder (entre os quais o Conservador) continuam a criar pressões para influenciar o rumo político e ocasionalmente conseguem impor a sua própria visão.
Apesar de não poder ser negado como a instituição Conservadora atravesse um período de menor importância após as "festas" das épocas Reagan e Bush, a sua influência está sempre presente e é significativa.
---Como ?
Tal como vimos, a instituição Conservadora apoia os seus ideais em alguns conceitos-chave:
está firmemente ligada ao complexo industrial-militar, é isolacionista (mas prevê intervenções no estrangeiro), tem como base eleitoral as faixas sociais mais profundamente religiosas (até o fanatismo:
o Ku Klux Klan é um bom exemplo disso), é contrária à ONU, a qualquer tratado comercial internacional, opõe-se ao poder do grupo Kissinger/Rockefeller e vê com desconfiança o lobby hebraica.
Como consequência, utiliza algumas ONGs para espalhar o seu ponto vista na sociedade civil.
A mais conhecida é a JBS...
...O Verdadeiro Poder IV ...
...
...John Birch Society (JBS).
Apesar do nome ser pouco conhecido fora dos EUA, a influência da JBS é de primeiro plano. Ron Paul, por exemplo, é membro do JSB enquanto Paul Craig Roberts é outro simpatizante. Nem pode ser esquecido o The Alex Jones Show, verdadeiro spin off da JBS focado nas conspirações contemporâneas.
--Alex Jones:
Ouvi-o algumas vezes por telefone, mas o Sr. McManus é ótimo conhecê-lo pessoalmente e eu aprecio o seu trabalho incansável para a John Birch Society nos últimos 40 anos. Vou te dizer, tudo o que disseram infelizmente se torna realidade.
--Alex Jones
Vale a pena reflectir acerca do mundo da informação alternativa na internet e do peso que Alex Jones tem nele.
Enquanto blogues e sites acham revelar ao mundo as Grandes Conspirações do planeta, na verdade fazem o trabalho dos Conservadores americanos. Dá que pensar...
Muitos dos hospedes das transmissões de Alex Jones reflectem o Poder conservador: Phyllis Schlafly, Edward Griffin, Stanley Monteith, William Jasper, Dr. Michael Coffman, Gina Parker Ford, Joel Skousen, Jerome Corsi, Paul Craig Roberts, Ron Paul, James Tucker são a expressão deste poder. E não podemos esquecer Ted Gunderson da Liberty Lobby, outra ONG Conservadora.
A Liberty Lobby, oficialmente fechada em 2001, tinha sido fundada por Willis Carto (morto em 2015), da Direita radical americana, conhecido pelas suas ideias focadas numa conspiração global sionista e que rejeitavam o Holocausto. A Liberty Lobby teve também uma colaboração com Lyndon LaRouche (do Movimento LaRouche), apesar deste ter uma visão política bastante heterogénea (que até inclui alguns traços de socialismo).
Mais uma vez: estas divisões são mais úteis de que reais. Filho do Liberty Party é o semanário American Free Press.
Sempre à área conservadora pertence o Eagle Forum que conta com mais de 80.000 membros. Liderado por Phyllis Schlafly, este grupo de interesse
se opõe à legalização do aborto, é contrario a organizações como as Nações Unidas ou o Tribunal Penal Internacional, suporta o papel das mulheres como "donas de casa a templo pleno" e é contrario aos casamentos homossexuais.
Também tem sido activa contra as vacinas dos bebés e tem como herói Cristóforo Colombo (que nem americano era mas de Genova).
--Conservador é também o Ludwig von Mises Institute (LvMI), cujo papel na economia é importante realçar:
é aqui, de facto, que podemos encontrar os estudos acerca da Escola Austríaca. É também aqui que milita Ron Paul e os economistas Walter Edward Block, Hans-Hermann Hoppe, Gary North.
Tal como acontece no caso das outras "instituições" (a Liberal, por exemplo) são várias as ONGs que trabalham por conta da vertente Conservadora.
Por esta razão, um inteiro capítulo será dedicado a este assunto, com listas abrangentes de organizações que apoiam e difundem os ideais Conservadores. Aquelas reportadas até aqui são as mais mediaticamente conhecidas, mas temos sempre de ter presente que estas rotulagens podem ser enganadoras:
de facto, é errado falar da vertente Conservadora sem citar a aliança mantida com as ONG do Vaticano (como a Opus Dei).
Mais uma vez: é importante lembrar que o Verdadeiro Poder não é constituído por compartimentos estanques mas é algo fluído, que pode adaptar-se perante as exigências do contexto histórico no qual opera.
Um óptimo exemplo pode ser encontrado na Association of Former Intelligence Officers (AFIO), que não é propriamente conservadora mas também é Liberal.
Entre os membros encontramos George H.W. Bush (cuja eleição foi apoiada pela vertente conservadora), Frank Carlucci (que, como vimos, é uma figura de primeiro plano entre os Conservadores: mas que ao mesmo tempo trabalha por conta da RAND Corporation, gerida pelos Liberais), Shirley Temple (republicana) e James Woolsey (democrata, ex- Chefe da CIA).
--Na mesma senda fica Scientology, a organização fundada por Ron Hubbard no final dos anos '70: Heber Jentzsch (ex-Mormon), David Miscavige (actual líder do grupo), Tom Cruise, John Travolta, Dustin Hoffman (teoricamente um Liberal democrata), Goldie Hawn, Sonny Bono (republicano), Lisa Marie Presley.
Ipse dixit.
Relacionados:
O Verdadeiro Poder - Partes I, II, III, IV, V.
Fontes: ISGP.
...O Verdadeiro Poder - Parte V
segundo os estudos do ISGP.
Após as vertentes Liberal e aquela Conservadora, encontramos o Vaticano e a Rede Paneuropeia.
---- O Vaticano pode parecer uma espécie de Cindarella no meio dos outros Poderes: já não há um clássico poder temporal (aquele feito de territórios) e a penetração dos valores religiosos na sociedade civil está cada vez mais fraca nos Países ocidentais.
Todavia seria um erro subestimar as suas potencialidades:
em parte porque, se for verdade que no Ocidente os cidadãos estão cada vez mais longe da igreja, é também verdade que as coisas não estão bem assim em outras áreas do planeta;
em parte porque a face visível do Vaticano, feita de padres e paroquias, é apenas uma parte do poder eclesiástico.
Este permanece forte, com a sua rede de influências que actua em campos tão distantes como o social, o político ou a Finança.
As recentes (e ainda em curso) investigações criminais acerca do Vaticano por parte da polícia italiana bem demonstram quão profunda seja a teia de interesses gerida pelos "andares de cima" clericais:
tão poderosa que até o Papa encontra séria dificuldades em enfrenta-la.
Na verdade, a figura do Pontífice não deve ser confundida com aquela do "dono" e do decisor máximo do Vaticano.
Tal como acontece no relacionamento entre política e economia, o Papa desenvolve o papel de figura pública, o lado visível do Vaticano;
mas as eminências pardas, as que gerem a enorme riqueza da Igreja e que determinam até a mesma eleição do Papa, são outras.
-----Quem ?: o Vaticano
-- Elemento incontornável do poder do Vaticano é a Opus Dei.
A Opus Dei é uma Prelazia Pessoal (desde 1982, por escolha de João Paulo II), uma estrutura institucional da Igreja Católica que compreende elementos que se dedicam a actividades pastorais específicas;
e a Opus Dei é a única Prelazia existente no seio do Vaticano, sendo possível imagina-la como uma espécie de igreja dento da mesma Igreja.
De facto, à diferença das dioceses, que têm jurisdição sobre territórios,
a Prelazia se encarregam de pessoas em função de alguns objetivos pastorais, independentemente do território onde elas residem ou se encontrem.
Isso confere à estrutura uma enorme importância, pois a Opus Dei pode actuar em todos os cantos do planeta, independentemente do facto de estar fisicamente presente in loco ou não.
Mas esta particularidade é apenas uma das características da Opus Dei e nem a mais importante.
Fundada em 1928 pelo padre espanhol Josemaría Escrivá (depois Santo), a partir do final da 2ª Guerra Mundial conheceu uma grande expansão, tendo iniciado a sua obra apostólica em vários Países: Portugal, Italia, Reino Unido, Irlanda e França em 1946; Estados Unidos em 1949; Chile e Argentina em 1950; Venezuela e Colômbia em 1951; Alemanha em 1952, Peru e Guatemala em 1953, Equador em 1954, Suécia e Uruguay em 1956, Áustria, Brasil e Canada um ano mais tarde. Hoje a Opus Dei está presente em todos os Continentes.
Provavelmente, a melhor descrição da Opus Dei foi feita por Włodzimierz Ledóchowski, padre dos Jesuítas (tradicionais inimigos da instituição) que considerava a organização como tendo claros "sinais de secretismo" e com uma "inclinação disfarçada para dominar o Mundo com uma forma particular de maçonaria cristã".
De facto, entrar na Opus Dei não é para todos:
a admissão é um processo que demora, no mínimo, um ano e meio; mas são precisos 5 anos para que esta admissão possa ser considerada definitiva.
... os nomes dos mais importantes responsáveis da organização, aqueles que são os pesos pesados, sem esquecer as tais ramificações de níveis mundial que caracterizam a organização.
--Mons. Javier Echevarria
Prelado (o chefe supremo da organização)
Bispo espanhol, Echevarria é membro do Opus Dei desde 1948, foi ordenado sacerdote em 1955 e colaborou estreitamente com o fundador da organização, Josemaría Escrivá, de quem foi secretário desde 1953 até à morte em 1975. Tanto para entender o homem, é lembrar o que declarou:
«Uma sondagem afirma que 90 por cento das pessoas com deficiência são filhos de pais que não chegaram puros ao casamento.» Um génio !!
Outras da Opus Dei:
•o Vigário Auxiliar, Mons. Fernando Ocariz.
• o Vigário Geral, Mons. Mariano Fazio.
. o Vig. Secret. central
...
----Jesuítas
Viveram o seu período "dourado" no passado: fundados em 1534 por um grupo de
estudantes da Universidade de Paris liderados pelo basco Inácio de Loyola, foram reconhecidos por bula papal em 1540.
Podem ser considerados como a tropa de elite do Papa, ao qual são particularmente fiéis; e, em quanto tais, foram decisivos na difusão da palavra do Vaticano durante a época do Colonialismo, conseguindo em breve tornar-se na congregação mais potente da Cristandade.
Todavia, o excessivo poder do Jesuítas foi também motivo da supressão deles:
em 1759 Portugal deu ordem para prender todos os Jesuítas e confiscar os bens deles, seguido em breve por outros Países colonialistas e não.
Até que em 1773 o Papa Clemente XIV aceitou apagar a congregação com a bula Dominus ac Redemptor. Mas os Jesuítas, embora muito enfraquecidos, voltaram a existir poucos anos mais tarde, com a bula da restauração encíclica Sollicitudo omnium ecclesiarumaos, de 1814: mudava só o nome, agora tornado Companhia de Jesus.
--Adolfo Nicolás Pachón
Hoje a Companhia de Jesus, que é a natural "inimiga" da Opus Dei,
é liderada Prepósito-Geral, o espanhol Adolfo Nicolás Pachón, o qual responde directamente ao Papa (sendo que o mesmo Papa Francisco I é também um jesuíta);
é o instituto religioso masculino mais numeroso na Igreja Católica, com 18.516 membros sendo que 13.112 são sacerdotes, 1.675 são irmãos, 2.920 são jesuítas em formação e 809 são noviços.
A sua distribuição faz-se por 127 países dos cinco continentes, sendo os Estados Unidos e a Índia os Países com maior número de jesuítas.
A Companhia caracteriza-se pela sua forte ligação à educação, com numerosos estabelecimentos de ensino, incluindo ensino superior.
No Brasil, por exemplo, as universidades Católica do Rio de Janeiro, Católica de Pernambuco, do Vale do Rio dos Sinos, no Rio Grande do Sul, Centro Universitario FEI, em São Paulo e a Escola de Direito Dom Helder, em Belo Horizonte, pertencem a Ordem.
----Ordem Soberana e Militar de Malta
A Ordem de Malta (oficialmente Ordem Soberana e Militar Hospitalária de São João de Jerusalém, de Rodes e de Malta) é sem dúvida curiosa. T
rata-se duma organização internacional católica com origem antiquíssima (foi fundada no século XI na Palestina durante as Cruzadas)
é uma organização humanitária soberana internacional, reconhecida como entidade de direito internacional.
A ordem dirige hospitais e centros de reabilitação, tem 12.500 membros, 80.000 voluntários permanentes e 20.000 profissionais da saúde associados que actua em cinco continentes do mundo.
A Ordem não tem a sede no País de mesmo nome (a ilha de Malta), mas sim no minúsculo território de apenas 600m² que consiste num prédio em Roma. Apesar disso, tem relacionamentos diplomáticos com a maior parte dos Estados do Mundo e é reconhecida como organização internacional, tal como a ONU ou a Cruz Vermelha.
A soberania da ordem permite que esta imprima os seus próprios selos e emita os seus próprios passaportes:
é um Estado com oficialmente três habitantes permanentes, cuja chefia é identificada em Raymond Leo Burke, Bispo dos EUA nomeado por Papa Francisco I.
O Poder exercido por estas três organizações (Opus Dei, Jesuítas e Ordem de Malta) é grande e obscuro:
afastado dos holofotes, encontra na Opus Dei e na Ordem de Malta a matriz mais conservadora da Igreja,
enquanto os Jesuítas estão mais vinculados às escolhas do Papa.
Tanto para ter uma ideia: as famílias Rothschild, Rockefeller e Morgan têm fortes relacionamentos tanto com a Ordem de Malta quanto com os Jesuítas. Além disso, há fortes suspeitas de que a Maçonaria (pelo menos uma parte das principais lojas) esteja também envolvida no establishment da Igreja.
Papa Pio XII instituiu uma comissão para investigar a presença da Maçonaria na Igreja via Ordem de Malta, mas a iniciativa foi travada pelo seu sucessor, Papa João XXIII (que tinha simpatias maçónicas).
Infelizmente, o Poder do Vaticano é também aquele que melhor sabe defender-se das intrusões dos curiosos. E uma das vertentes melhor defendidas é sem dúvida aquela ligada à Finança.
Seguir as pistas que do Vaticano saem para chegar até Wall Street e as principais Bolsas do planeta é dificílimo. ...
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Seguir as pistas que do Vaticano saem para chegar até Wall Street e as principais Bolsas do planeta é dificílimo. ..está em curso uma batalha interna no Vaticano, pelo controlo das finanças:
dum lado o Papa (que, lembramos, é um jesuíta),
do outro a rede que afunda os seus interesses no mercado.
----Quem ?: a rede paneuropeista e o Le Cercle
-- Oficialmente, Le Cercle é um think tank especializado em segurança internacional.
Fundado logo após a Seg.Guerra M., o grupo costuma reunir-se a cada dois anos em Washington, sendo que até 2008 o líder era Norman Lamont (ex-Chancellor of the Exchequer. e colaborador do banco Rothschild & Sons), enquanto o actual é Michael Ancram (13º Marquês de, Barão Kerr de Monteviot), membro da Câmara dos Lordes.
Mas os dados mais interessante são aqueles saídos do diário de Jonathan Aitken, líder do grupo entre 1990 e 1996. Ele descreve Le Cercle como uma sociedade de Direita, fundada pela CIA e ligada à NATO.
--Entre os objectivos da organização:
•Transações financeiras encobertas para fins políticos;
•Campanhas internacionais com o objectivo de desacreditar personalidades ou eventos hostis
•Criação de serviços de espionagem privados especializados
•Implementação de escritórios sob cobertura adequada, cada um gerido por um coordenador em contacto com a sede central. Sedes conhecidas: Londres (Reino Unido), Washington (EUA), Paris (França), Munich (Alemanha) e Madrid (Espanha).
Entre os membros, presentes e passados:
•Sir Percy Cradock, antigo embaixador do Reino Unido na China e conselheiro de Margaret Thatcher.
•Geoffrey Tantum, antigo oficial dos serviços secretos britânicos.
•David Burnside, antigo chefe das relações públicas da British Airways e fervente Unionista (questão do Ulster)
•Brian Crozier, escritor, com fortes ligações com MI6 e CIA.
•Bill Casey, antigo chefe da CIA.
•Henry Kissinger,...
•Edwin Feulner, ex-presidente do think tank da Direita EUA Heritage Foundation
•Richard Nixon, que começou a frequentar Le Cercle após ter abandonado a Casa Branca.
Le Cercle, tem elementos de contacto com Zbigniew Brzezinski, David Rockefeller, família Rothschild, Opus Dei, Freedom Association, Grupo Bilderberg e a antiga rede Gladio. No passado, Le Cercle recebeu financiamentos da petrolífera Shell (38 mil Euros) e da Fundação Ford (26 mil Euros).
--União Pan-Europeia
À primeira vista pode parecer algo folclórico, com os seus valores conservadores e fortemente anti-semitas. Na verdade, a União é mais do que isso.
Comecemos pelos membros mais notáveis do passado: Winston Churchill (oficialmente nunca membro da organização mas apoiante externo), Albert Einstein, Thomas Mann, Sigmund Freud, Benedetto Croce, Georges Pompidou.
--Os objectivos:
1.União dos Estados europeus, com uma garantia de delegação mútua da soberania. Os governos devem, em outras palavras, certificar-se de que a transferência de soberania ocorrerá em igual medida em todos os Países.
2.Para gerir os conflitos entre os Estados membros, vai ser exigida a existência dum tribunal federal europeu.
3.Constituição dum exército europeu, uma aliança militar que reúne elementos de vários Países para garantir a paz continental.
4.Uma união aduaneira progressiva.
5.A unificação das colónias.
6.O projecto duma moeda única.
7.O respeito da diversidade das culturas nacionais europeias.
8.O respeito e a protecção das minorias nacionais.
9.A cooperação eficaz no âmbito da ONU.
Excluindo os pontos 5, 7 e 8, o resto pode ser sintetizado em duas palavras: Zona Euro.
E voltando atrás no tempo, até 1989, é possível encontrar o importante papel desenvolvido pela União Pan-Europeia nas revoluções que determinaram a queda dos regimes nos Países do Pacto de Varsóvia + Albânia e Jugoslávia.
Figuras:
•Richard Nicolaus Coudenhove-Kalergi, político austríaco (e fundador da União em 1923), que pertencia à Maçonaria e lançou (com a colaboração de R.Schuman, min. francês dos Neg.Estrang., e J.Monnet, 1ºpresid.) o projecto da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (que deu a CEE - Mercado Comum Europeu - e a União Europeia).
• Otto von Habsburg, Príncipe do Império Austro-húngaro entre 1916 e 1918; lí.der do movim. até 2004, fervoroso católico, anti-nazista e anticomunista.
. Actual líder é Alain Terrenoire, do ex-partido UNR franc.
Os irmãos Koch
... Outros (vilões), menos conhecidos, são os sinistros irmãos Koch. A sua fortuna tem origem também na colaboração com os regimes nazi e a repressão estalinista,
e é hoje usada para destruir a democracia nos EUA
(correspondendo à origem de uma fatia significativa das contribuições de campanha que transformam o regime norte-americano numa oligarquia),
enquanto promovem na cultura popular mentiras em relação às alterações climáticas e à economia,
tentando até corromper o mundo académico e destruir o empreendimento científico.
A este respeito, não posso deixar de partilhar este vídeo, que foca também alguns aspectos mais pessoais e igualmente escabrosos:
...
Post também publicado no Espaço Àgora.
------ ...há muitos oligarcas que dominam /manipulam a opinião pública, política, academia, media, finança, ... ... outro "vilão" puro e duro entre os financiadores do 'tea party republicano' e afins, aparece Richard Mellon Scaife era um melhor candidato que os irmãos Koch (embora com a desvantagem de estar morto, mas tem sucessores/seguidores).
----------- http://www.bbc.com/news/blogs-echochambers-27074746
-- Study: US is an oligarchy, not a democracy
The US is dominated by a rich and powerful elite.
So concludes a recent study by Princeton University Prof Martin Gilens and Northwestern University Prof Benjamin I Page.
This is not news, you say.
Perhaps, but the two professors have conducted exhaustive research to try to present data-driven support for this conclusion. Here's how they explain it:
Multivariate analysis indicates that economic elites and organised groups representing business interests have substantial independent impacts on US government policy, while average citizens and mass-based interest groups have little or no independent influence.
In English: the wealthy few move policy, while the average American has little power.
The two professors came to this conclusion after reviewing answers to 1,779 survey questions asked between 1981 and 2002 on public policy issues. They broke the responses down by income level, and then determined how often certain income levels and organised interest groups saw their policy preferences enacted.
"A proposed policy change with low support among economically elite Americans (one-out-of-five in favour) is adopted only about 18% of the time," they write, "while a proposed change with high support (four-out-of-five in favour) is adopted about 45% of the time."
On the other hand:
When a majority of citizens disagrees with economic elites and/or with organised interests, they generally lose. Moreover, because of the strong status quo bias built into the US political system, even when fairly large majorities of Americans favour policy change, they generally do not get it.
They conclude:
Americans do enjoy many features central to democratic governance, such as regular elections, freedom of speech and association and a widespread (if still contested) franchise. But we believe that if policymaking is dominated by powerful business organisations and a small number of affluent Americans, then America's claims to being a democratic society are seriously threatened.
...
"American democracy is a sham, no matter how much it's pumped by the oligarchs who run the country (and who control the nation's "news" media)," he writes. "The US, in other words, is basically similar to Russia or most other dubious 'electoral' 'democratic' countries. We weren't formerly, but we clearly are now."
This is the "Duh Report", says Death and Taxes magazine's Robyn Pennacchia. Maybe, she writes, Americans should just accept their fate.
"Perhaps we ought to suck it up, admit we have a classist society and do like England where we have a House of Lords and a House of Commoners," she writes, "instead of pretending as though we all have some kind of equal ...
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