Quinta-feira, 2 de Fevereiro de 2017

Democracia :    seus  limites  e   defesa  necessária.

                                             Daniel Oliveira no Expresso diário de 01.02.2017:
..(...)


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

---  Como chegou Hitler ao poder?  (ou:  do desemprego, medo, manipulação,... à ditadura)

 
----- Próxima etapa nos EUA ?  , na Europa e ... ?!        (-via J.Lopes, Entre as brumas...)
  ('ºF451'/ regime de 'fogo')


Publicado por Xa2 às 07:39 | link do post | comentar

3 comentários:
De Autoritarismo e fanatismo evangélico... a 3 de Fevereiro de 2017 às 16:14

----"Branquear" Trump

(por Vital Moreira , 3/2/2017, https://causa-nossa.blogspot.pt/ )

Apesar de embaraçada com o rompante radicalismo agressivo de Trump, a direita ideológica, entre nós e lá fora, ensaia duas justificações para branquear a sua deriva autoritária:
que ele foi eleito democraticamente e que ele está a cumprir o que anunciou.

Mas o clube dos autocratas por esse mundo fora está cheio de presidentes eleitos que anunciaram ao que iam antes de o serem, desde Maduro a Duterte, desde Putin a Erdogan.
A eleição e o anúncio prévio não podem validar o populismo, a arbitrariedade, a violação de compromissos internacionais.

Ao contrário do que defendem muitos comentadores de direita, o problema não está na dificuldade em optar entre o radicalismo de Trump e o radicalismo de alguns dos seus opositores mais vocais, mas sim entre
a evidente tentação autocrática de Trump e os princípios e "convenções" da democracia liberal e do Estado de direito.

A incapacidade da direita liberal de se demarcar de Trump é comprometedora.
Os "nossos" autocratas não são menos perigosos do que os outros!

----- Autoritarismo em Washington
(por Vital Moreira)

1. No seu ataque à herança política moderada nos Estados Unidos,
Trump anunciou a revogação da chamada "emenda Johnson" de 1954, ou seja, da norma legal que proibia
a ingerência das igrejas (e outras organizações não lucrativas beneficiárias de isenção de impostos) nas campanhas eleitorais,
por exemplo, financiando, apoiando ou rejeitando candidatos ou partidos, sob pena de perda daquelas isenções fiscais.

Ao revogar essa regra até agora politicamente consensual nos Estados Unidos, Trump manifesta ostensivamente o seu agradecimento político pelo empenhado apoio que recebeu dos meios evangélicos no seu caminho para a Casa Branca.
Com a revogação da referida lei, Trump vai passar a ter um comício favorável em cada templo evangélico e os púlpitos vão transformar-se em plataformas privilegiadas de combate político, misturando política e religião sem limites.

2. Ora, o princípio da separação entre o Estado e as igrejas num Estado não confessional como os Estados Unidos deve ser simétrico, estabelecendo limitações tanto para o Estado como para as confissões religiosas.

Não deve limitar-se a proibir o Estado de adotar uma religião oficial e de interferir na organização ou ação das igrejas,
devendo incluir também a proibição de as igrejas e os seus ministros, nessa qualidade, interferirem nas eleições e na seleção dos titulares de cargos políticos.
Nos termos da lição bíblica, Deus e César (que o mesmo é dizer, a religião e o poder político) devem coabitar um com o outro, mas não devem imiscuir-se nos negócios um do outro.

Os procedimentos democráticos dizem respeito aos cidadãos, religiosos ou não, e não às igrejas.
Na sua profunda e arrogante falta de cultura democrática, Trump não respeita nenhum obstáculo legal, por mais razoável que seja.

3. Os Estados Unidos estão mesmo em muito más mãos.
Neste momento a questão é já a de saber se a democracia liberal americana resiste sem graves entorses a este devastador terramoto político!

Com o superpoder pessoal que o regime presidencialista lhe dá, rodeado na Casa Branca por uma tribo de fundamentalistas fieis,
apoiado por uma maioria política (do P. Republicano, direita) nas duas câmaras do Congresso e podendo contar dentro em pouco com um Supremo Tribunal Federal alinhado (conservador,...),
quem pode salvar a decência e a moderação política do autoritarismo arbitrário de Trump?


De Extrema direita no Poder USA... a 3 de Fevereiro de 2017 às 16:54

---- O fantoche e as mãos
(-por H.Araújo, 1/2/2017, http://conversa2.blogspot.pt/ )

[caricatura em que:
S.Bannon (grande) tem ao colo D.Trump, (pequeno) a assinar mais uma 'ordem executiva'.
-S.B: Isso, quem é um rapaz grande agora? (That's it, who's a big boy now ?)
-D.T: Eu sou um rapaz grande! (I'm a big boy !) ]


------ Os dois Stephen
(-por E.Pitta)


Trump, o Presidente, é a mão que assina as decisões de Stephen Bannon e Stephen Miller.
Nunca ouviu falar deles? Convém saber quem são. Ambos estão dispostos a subverter a ordem constitucional americana.

--Stephen Bannon, 63 anos, militante da ala direita do Partido Republicano, foi nomeado anteontem Chief Strategist da Casa Branca e membro permanente do Conselho de Segurança Nacional.
É o homem mais influente da actual administração americana.
Dirigiu a campanha de Trump e agora está no comando do país (isto não é uma metáfora).
Proprietário e CEO da Breitbart News Network, website de extrema-direita fundado em 2007, defende posições que fazem de Marine Le Pen uma menina de coro.
A Breitbart não fica pelo proselitismo xenófobo, pró-Vida, anti-gay, anti-ecologista, ou pela defesa da supremacia branca e doutrinas afins.
Para defender os seus pontos de vista, a Breitbart INVENTA NOTÍCIAS em que milhões de americanos acreditam.
Oriundo da working class irlandesa, católico, Bannon serviu na Marinha e foi BANQUEIRO na Goldman Sachs antes de fundar o seu próprio banco.
Tem um diploma de Harvard em economia.
Acusado de violência doméstica, encontra-se divorciado da terceira mulher.
Define-se a si próprio como um nacionalista branco.

--Stephen Miller, 31 anos, militante da ala direita do Partido Republicano, oriundo de uma família judaica de tradições liberais filiada no Partido Democrata, foi nomeado assessor-principal do Presidente no passado dia 20.
É um acérrimo defensor e legislador da política anti-imigratória.
Redigiu o discurso da tomada de posse de Trump e foi quem propôs a ordem executiva de sábado passado que impede a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de sete países muçulmanos.
Tem um diploma de Duke em ciência política.

Ao pé deles, Karl Rove, o controverso e todo-poderoso chefe de gabinete de Bush, é um príncipe da Renascença.


Comentar post

MARCADORES

administração pública

alternativas

ambiente

análise

austeridade

autarquias

banca

bancocracia

bancos

bangsters

capitalismo

cavaco silva

cidadania

classe média

comunicação social

corrupção

crime

crise

crise?

cultura

democracia

desemprego

desgoverno

desigualdade

direita

direitos

direitos humanos

ditadura

dívida

economia

educação

eleições

empresas

esquerda

estado

estado social

estado-capturado

euro

europa

exploração

fascismo

finança

fisco

globalização

governo

grécia

humor

impostos

interesses obscuros

internacional

jornalismo

justiça

legislação

legislativas

liberdade

lisboa

lobbies

manifestação

manipulação

medo

mercados

mfl

mídia

multinacionais

neoliberal

offshores

oligarquia

orçamento

parlamento

partido socialista

partidos

pobreza

poder

política

politica

políticos

portugal

precariedade

presidente da república

privados

privatização

privatizações

propaganda

ps

psd

público

saúde

segurança

sindicalismo

soberania

sociedade

sócrates

solidariedade

trabalhadores

trabalho

transnacionais

transparência

troika

união europeia

valores

todas as tags

ARQUIVO

Janeiro 2022

Novembro 2019

Junho 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Junho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Julho 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

RSS