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As máquinas que paguem as nossas reformas?
O reitor da Universidade de Coimbra considera que as máquinas devem passar a contribuir para a Segurança Social. Disse ele que «Existe uma motivação económica enorme para a substituição de uma pessoa por uma máquina. Devia, pelo menos, haver neutralidade fiscal. Pelo menos nos casos em que objetivamente a máquina substitui a pessoa», «Não sei porque é que a máquina que substituiu as pessoas na portagem da autoestrada não paga taxa social única».
A sugestão não foi bem acolhida pelo ministro da Segurança Social e com toda a razão. Cada um é livre de dar asas à imaginação, mas olho para o meu telemóvel e imagino-me a pagar TSU porque deixou de haver telefonistas a quem se pediam chamadas. Ou para a máquina de lavar roupa que dispensou as lavandeiras de Caneças. Claro que estou a exagerar, percebo que não era exactamente nisso que o magnífico reitor estaria a pensar, mas chutar para canto não ajuda a resolver as consequências dos progressos tecnológicos e da globalização.
Por exemplo, tenha-se a ousadia de onerar, em termos de contribuição para a Segurança Social, empresas muito lucrativas mas que criam um número reduzido de postos de trabalho, sem que isso tenha a ver com o facto de usarem mais ou menos máquinas. Mas deixe-se estas em paz e a cumprirem a sua missão.
--( by Joana Lopes , 22/10/2016, Entre as brumas ...)
De .Emprego e Desenvolvimento Local.-OCDE. a 29 de Novembro de 2016 às 11:42
---- «OCDE – Criação de Emprego e Desenvolvimento Económico Local 2016»
Remeto a coberto tlc. n° 389, sumário executivo e perfil Portugal da publicação OCDE que foi hoje divulgada sobre Criação de Emprego e Desenvolvimento Económico Local 2016. (Tlg 757 OCDE):
Embora os desafios do aumento da produtividade e da melhoria da qualidade de vida das populações, com que estão confrontados os governos da maioria dos países da OCDE, exijam uma abordagem whole-of-government, que abranja os níveis nacional, regional e local,
é a nível local que os impactos das políticas e programas, os respectivos trade-offs e complementaridades se tornam mais evidentes.
Neste contexto, tendo em conta as desigualdades crescentes na distribuição geográfica do emprego e da qualificação profissional em muitos países da OCDE,
a edição deste ano Criação de Emprego e Desenvolvimento Económico Local olha para a realidade local de cada país e para as respetivas oportunidades de melhoria da implementação local de políticas de ensino e formação profissional, apoio às PMEs e ao empreendedorismo, com vista à criação de emprego e reforço da economia local.
No perfil de Portugal, que analisa a saúde do mercado de trabalho a nível regional nas cinco regiões a que correspondem as cinco comissões de coordenação de desenvolvimento regional, e nas duas regiões autónomas dos Açores e Madeira,
destaca-se o crescimento da taxa de emprego a partir de 2013, muito embora ainda não se tenham recuperado os níveis de 2008,
e a ausência de regiões que tenham estado de forma consistente acima da média, quer no que diz respeito taxa de crescimento do emprego quer e da oferta e procura de qualificações, ao longo dos períodos de referência (2001-13 e 2004-14).
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----- Aumento da esperança média de vida, o preço a pagar...
A quem interessar. A esperança média de vida aos 65 anos de idade continua a aumentar. Isto mesmo foi hoje confirmado pelo Instituto Nacional de Estatística.
Os portugueses com 65 anos podem esperar viver, em média, mais 19,31 anos (uma subida de 0,12 anos em relação à última estimativa realizada).
Viver mais é uma excelente notícia. Vamos agora às consequências para quem pensa na reforma.
1ª Aumento da idade normal de reforma
Aumenta a esperança média de vida aos 65 anos de idade, aumenta a idade normal de reforma:
Em 2016 – 66 anos e 2 meses
Em 2017 – 66 anos e 3 meses
Em 2018 – 66 anos e 4 meses
Com este ritmo de crescimento, podemos antecipar que a idade normal de reforma aos 67 anos chegará por volta de 2025
2ª Penalização das reformas antecipadas
Aumenta a idade normal de reforma, aumenta o factor de sustentabilidade.
Em 2017 vigorará um factor de sustentabilidade de 13,88%, contra 13,34% em 2016.
O factor de sustentabilidade aplica-se, em regra, às reformas antecipadas, isto é, concedidas antes da idade normal de reforma.
Em 2017 quem se reformar com menos de 66 anos de idade e 3 meses terá uma redução de 13,88% no montante da pensão de reforma calculado.
Mas atenção que por cada mês de antecipação acresce uma redução adicional de 0,5%.
As reformas antecipadas na Segurança Social estão suspensas, com excepção para quem tenha 60 anos de idade e 40 anos de contribuições e desempregados de longa duração.
Não estão suspensas as reformas antecipadas na Administração Pública para os trabalhadores abrangidos pela Caixa Geral de Aposentações.
(-por Margarida Corrêa de Aguiar, 28/11/2016, http://quartarepublica.blogspot.pt/ )
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