Do afundanço da banca, no PSI-20 (-por N.Serra, 13/10/2015, Ladrões de B.)
Digam o que disserem, a mim ninguém me tira que foi
esta notícia de domingo, no Expresso, que ontem provocou a
derrocada das acções da banca (Millenium BCP e BPI), no PSI-20.
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Portugal vai emitir mais dívida para compensar 'buraco' do Novo Banco (DR,6/10/2015)
A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) já tem um plano para compensar os 3.900 milhões de euros em falta após a suspensão da venda do Novo Banco («BES bom»). ...“prevê a realização de um a dois leilões de Obrigações do Tesouro, sendo esperadas colocações de 750 a 1000 milhões de euros por leilão”.
Os 2.000 milhões de euros adicionais fazem aumentar o total de financiamento previsto no último trimestre do ano para quase 6.000 mil milhões de euros, juntando os leilões de longo prazo aos de títulos de dívida com maturidades mais curtas. No calendário do IGCP estão previstas três emissões com prazos até 11 meses, em outubro, novembro e dezembro, com montantes indicativos entre os 1.000 e os 1.250 milhões de euros.
Deverá também confirmar-se o congelamento dos reembolsos antecipados ao FMI até ao final do ano, adiando os pagamentos até existir maior liquidez nos cofres do Estado. Recorde-se que este ano, Portugal já pagou 8.400 milhões de euros emprestados pelo Fundo Monetário Internacional
ATENÇÃO, MUITA ATENÇÃO :
Os portugueses devem ficar descansados já que Passos Coelho tranquilizou os portugueses dizendo-lhes que o processo do Novo Banco não lhes traria quaisquer encargos... Assim sendo, esta emissão de dívida vai ser suportada por Passos Coelho, Maria Luís Albuquerque, Paulo Portas e Cavaco Silva, os tais que referiram que o erário público não seria afectado...
Parece que não. De outra forma não se percebem as mais recentes declarações do ainda ministro da Economia que não deve ter percebido onde a administração do grupo VW quis chegar quando afirmou que os investimentos que “não são absolutamente vitais serão cancelados”.
Portanto ou estamos hoje perante um novo caso de mentira e/ou incompetência, a que se junta agora um momento de irresponsabilidade ao melhor estilo cavaquista, ou o homem não sabe mesmo o que se está a passar. De outra forma não se compreendem declarações como esta:
«Não temos nenhuma razão para duvidarmos ou estarmos ansiosos em relação a este investimento, tem sido sempre considerado pela Volkswagen como essencial ao desenvolvimento da sua actividade comercial.»
Não se trata aqui daquilo que se considerou ou deixou de considerar. Trata-se da reavaliação a que todos os investimentos do grupo serão alvo numa mudança drástica de contexto. E “considerado essencial” não é bem a mesma coisa que “absolutamente vital”.
Tomara que o ministro esteja certo e que a mais recente catástrofe provocada pelo capitalismo sem freios passe ao lado da nossa Autoeuropa. Mas exige-se mais contenção e bom senso a Pires de Lima. A situação não está para brincadeiras ou discursos fáceis. Existem razões para estarmos preocupados e o tempo de enganar os portugueses terminou há uma semana.
--------- A Alemanha e ... vista da Grécia (via Entre as Brumas...., 27/9/2015)
De Podres do desGoverno , PàFiosos e media. a 13 de Outubro de 2015 às 12:38
---Tardígrado
Os marketeiros da coligação andaram estes últimos 4 anos a fazer uma lavagem cerebral
que está a conseguir aos poucos tornar os portugueses naquilo que nunca foram.
Está a transformar uma parte dos portugueses, através de propaganda alarmista e do medo,
em pessoas egoístas e que só pensam no seu próprio umbigo
e outra parte dos portugueses em pobres crónicos
cujas únicas alternativas são viver abaixo do limiar de pobreza ou então deixar o país.
----vascojoao > Tardígrado
Tivemos uma aliança caótica entre a comunicação social e o PaF que permitiu trancar todos estes temas desde a pré-campanha até às eleições
(e esconder os problemas, aldrabar as contas, tachos, negociatas, ...).
Agora o gato está fora do saco. O paf que vá virar frangos.
Sim à aliança PS-PCP-BE.
----zeferino > vascojoao
Foi isso estes PAFs foram trazidos ao colo,
alem dos brasileiros que foram contratados pelos corta relvas ainda os jornais de economia os fizeram levitar
Todos os dias davam noticias ficticias
que o emprego bla bla bla , as exportações bla bla bla ,
o défice bla bla bla , o crescimento exponencial do Farsola bla bla bla
Isto é como uma bebedeira ...depois vem a RESSACA que é o que está a aparecer agora
Os desgraçados desinformados que nos confins (por falta de informação ou pelas arruadas contratadas) votaram neles vão-se arrepender
Os PODRES deste DESGOVERNO
De Ai q. Medo !! obedeçam ... !! a 13 de Outubro de 2015 às 14:28
Ai q. Medo !!
------------------- (através dos mídia, as forças de direita/ neoliberais, e a alta finança, ameaçam-nos para condicionar a democracia, os votantes, os dirigentes partidários, as medidas e políticas... ) ------------
Vêm aí os mercados !
(e as agências de rating, e os bancos/bangsters, e a troika, e Bruxelas, ... )
( por josé simões, 15/10/2015, DerTerrorist)
A bisca foi primeiramente lançada no sábado passado pelo José que tem um Programa de Governo, na televisão do militante n.º 1, num programa onde ficámos também a saber que o José também tem um Programa de Revisão Constitucional,
adiante, no seguimento do princípio defendido por Cavaco Silva em 2011, e que chegou a fazer escola, de que devíamos todos falar muito baixinho para não acordar os mercados.
Hoje, o blog da direita com swag, estica-se e já fala em enviados especiais da City a Lisboa e tudo.
Não se via nada assim desde que Wellesley veio dar caça a Junot.
Mais subtil, a televisão do militante n.º 1 mete em gordas os «Juros da dívida de Portugal a subir a dois, cinco e dez anos» e em miudinhas «alinhados com os da Grécia, Itália e Espanha»,
para já, três dos países vítimas colaterais da hipotética maioria de esquerda em Portugal e da irresponsabilidade de António Costa,
vulgo o regresso dos comunistas ao Governo de onde haviam sido arredados nos idos do camarada Vasco, agora mais raivosos que nunca em busca de uma revanche há 40 anos recalcada.
Vale tudo.
(para esta direita neoliberal, de incompetentes, desgovernantes, burlões, mentirosos, propagandistas e manipuladores, ...)
6/10/2015, http://opaisdoburro.blogspot.pt/
Foi você que votou no arco da austeridade para todo o sempre?
Bruxelas quer projecto de Orçamento do Estado para 2016 até dia 15. Bruxelas sabe que as eleições foram há dois dias e, como tal, Portugal ainda não tem Governo.
Mas Bruxelas também sabe o que PSD, PS e CDS andaram a esconder durante toda a campanha.
Bruxelas sabe que nas mãos dos três do memorando Portugal é um protectorado.
Que o documento há-de aparecer, seja ele qual for. E que depois Bruxelas há-de mandar outro de volta.
Aquele que os três capatazes, incluindo aquele que andou a dizer que o chumbaria, farão o favor de aprovar por unanimidade e aclamação.
O Conselho das Finanças Públicas guardou para hoje a boa notícia: “Meta do défice implica correcção mais acentuada das contas públicas”.
Isto há dois dias significava que Portugal estava no bom caminho, que finalmente os salários poderiam ser repostos, os impostos reduzidos e a sobretaxa devolvida pelo menos parcialmente.
Mas isso foi há dois dias.
E Bruxelas sabe que a campanha eleitoral já acabou. Ai aguentam, aguentam.
Vagamente relacionado:
«A partir de um relatório da União Europeia que coloca Portugal no grupo de países com “margem para subir impostos”
– “desta vez não foi a Maria Luís Albuquerque que se descoseu, foi a Comissão Europeia” -, a porta-voz nacional do Bloco de Esquerda dirigiu uma pergunta a PSD e CDS. Uma questão a que aqueles dois partidos “têm de responder antes das eleições”, exigiu Catarina Martins:
“Quais são os impostos que andaram a negociar com Bruxelas?
Mostrem-nos a conta”.»
(29.09.2015)
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Uma dose semanal de DESINFORMAÇÃO, na rádio Pública (: "O fio da meada" da Direita)
...
... sobre os milhões que cada partido irá receber função da votação obtida nas eleições de Domingo passado. Ainda mais aplausos e toda a razão deste mundo e do outro para o Rui Ramos que, montado em tanto entusiasmo, usou o seu tempo de antena para
propor que cada partido sobreviva apenas com os donativos dos seus militantes e simpatizantes, isto é, aplicar à nossa democracia o modelo de financiamento da publicação online que lhe paga as contas lá de casa.
Poupar com a democracia. Uma democracia de mercado.
Que maravilha seria se um Belmiro, um Amorim, um Salgado e uma Isabel dos Santos, juntos ou separados, pudessem, agora a coberto da
lei que actualmente apenas o permite pela porta do cavalo ou pela dança de ex-governantes nas administrações das suas empresas,
comprar uns quantos partidos, financiar as suas campanhas com milhões e pô-los a disputar eleições com partidos financiados com os tostões do cidadão que vive do seu trabalho.
Seria a forma de rentabilizar ainda melhor os investimentos na comunicação social que já detêm.
Ganhar eleições seria ainda mais fácil. Controlar o poder político também.
Quem sabe, talvez se pudesse arranjar qualquer coisita para o Rui Ramos.
O rapaz bem se tem esfalfado pela causa das desforras ao 25 de Abril.
sobre o excesso de horas de trabalho.»
O título podia por exemplo ser este:
Desregulação laboral e valor acrescentado. ( e produtividade, ...)
(Filinto Pereira Melo através de Público)
Um domingo destes, eram seis tarde, estava na caixa de um Pingo Doce e a funcionária pedia à que seria a sua chefe para fazer uma pausa.
Esta fez de conta, ou não ouviu, ou não queria que a mais nova falasse à frente dos clientes (o que sendo caixa de supermercado é um bocado difícil).
A caixa insistiu, "podes ficar aqui só um bocadinho, preciso mesmo de parar, é que um turno de doze horas só com uma pausa é duro".
"Vou pedir à Miquelina* para ficar aí um bocadinho", anunciou-lhe a outra, ao mesmo tempo que eu dizia à jovem da caixa que
"uma pausa num turno de doze horas é ilegal" e ela corou, meia assustada por ter falado demais.
Talvez a Fundação Francisco Manuel dos Santos devesse fazer um livro sobre isto, o excesso de horas de trabalho.
Número de portugueses com horários de mais de 50 horas quase duplicou
Só no Chile é que o aumento dos horários muito longos foi maior que em Portugal.
O Rosto Assustador da Pobreza - Retratos de uma Lisboa Esquecida...
Quando a pobreza é tão grande que a vida parece parada e as pessoas inscritas num quadro quase imóvel numa espécie de deserto de alma,
com os corpos tão crispados e tão crestados que parecem mais escuros nas ruas bordejadas de restos de trapos e pedaços de coisas, temos a perfeita
noção da escandalosa e inadmissível mentalidade política que se veste de forma chique e "de lavado", enquanto anda pela cidade em restaurantes e salas com etiqueta...
Quando a pobreza é tão devastadora que as pessoas se ameaçam e confrontam por um saco de feijão, arroz, açúcar e "spaguetti"
e as casas parecem contentores de tijolos, uns sobre os outros, em bairros que são ilhas submersas de miséria no meio de uma
urbanidade aparente, que o consumismo não pára de vender para a ambição especular...
Quando a pobreza é tão desoladora que a paisagem é só triste como um dia lamacento depois das chuvas, em que
nada parece poder ser feito senão esquecer e esperar "que passe" e os corpos se vestem sem vontade no cumprimento de uma sobrevivência sem nome...
... vai diminuindo a torrente de palavras com que se diz a imagem e o sentir, perante o peso incomensurável da consciência da CRUELDADE com que é gerido o património e o direito à existência que é de todos,
numa absoluta negação discriminatória do acesso à paz e à dignidade...
Quando a pobreza é tanta que, ao conhecê-la, perdemos o sono e queremos, qual sonho acordado, despertar num mundo melhor...
deixamos de acreditar no fogo fátuo dos discursos dos protagonistas político-partidários
e na vaidade ilusória das suas propagandísticas intenções...
Quando a pobreza é avassaladora e as pessoas subsistem, mesmo assim... percebemos que os heróis da Humanidade são
aqueles a quem outros tiram a vida, limitando-os às margens de uma exclusão que preferimos ignorar ou justificar,
para fingir que a entendemos como inerente à orgânica social, apenas e só porque não temos a
coragem de exigir a Mudança em nome da qual defendemos, formalmente!, os Direitos Humanos, a Liberdade, a Igualdade e a Democracia!
Disse!
(--por Ana Paula Fitas, A NossaCandeia, 25/7/2015)
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