7 comentários:
De Servo de Salazar e 'artista' PSD + media a 24 de Outubro de 2015 às 12:47
o devedor da Nação

"O HUMILDE SERVO DE SALAZAR"

... para conhecer melhor aquele que "pretende ser o futuro Presidente da República".
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Senhor Presidente do Conselho,

Excelência

Venho agradecer a Vossa Excelência a amabilidade que teve para comigo ao enviar-me, por intermédio da Senhora D. Jenny, alguns livros de Vossa autoria e por Vossa Excelência rubricados.
Eu, como simples aluno do primeiro ano liceal, acho que é demasiado valiosa para mim a oferta de Vossa Excelência, pois o dever do aluno e filido [sic] da M.P. é tentar melhorar-se e educar-se a si próprio por sucessivas victórias da vontade.
E para certificar a afirmação feita bastam os versos de Fernando Pessoa:
“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”.
E Senhor Presidente, para terminar esta pequena e modesta carta, desejo a Vossa Excelência muitos anos de vida, para bem da Nação Portuguesa e de
todos nós.
Com o mais profundo respeito e a mais sentida gratidão, subscreve-se o vosso humilde servo,

Marcelo Nuno Duarte Rebelo de Sousa

Lisboa, 7 de Abril de 1960
»
[Fonte: Torre do Tombo – Arquivo Sala

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OBSERVAÇÃO: No mail anterior e para contra-ponto do atrás descrito, por lapso não é referido o seguinte episódio:

O Sr. MARCELO REBELO DE SOUSA,

AQUANDO DA SUA VISITA, CUIDADOSAMENTE ACOMPANHADO PELAS CÂMARAS DA TVI, À FESTA DO AVANTE, EM AMENA CAVAQUEIRA COM UM PRESUMÍVEL MILITANTE COMUNISTA, REFERIU O SEGUINTE:

A CONSTITUIÇÃO NÃO ME PERMITE OUTRA FILIAÇÃO, POR SER MILITANTE DO PSD. SE O PERMITISSE, TAMBÉM SERIA MILITANTE DO PCP...

IMAGINEM AO QUE SE CHEGA PARA SE SER POPULISTA!!!...

Palavras para quê? É um artista e bem português!...

ESTE PALHAÇO ESTÁ NAS TELEVISÕES A FAZER PROPAGANDA A FAVOR DO PPD/PSD HÁ TRINTA ANOS!
É UM OPORTUNISTA E UM ALDRABÃO!

NÃO SE DEIXEM ILUDIR PELA PROPAGANDA DIREITISTA DO PPD/PSD
E COMUNICAÇÃO SOCIAL AO SEU SERVIÇO, A FAVOR DESTE ARTISTA NAS PRÓXIMAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS,COMO ESTÁ A ACONTECER.

NÃO VÃO ATRÁS DA PROPAGANDA, ABRAM OS OLHOS, VOTEM POR UM CANDIDATO NÃO COMPROMETIDO COM PARTIDOS POLÍTICOS
PARA NÃO TERMOS UM PRESIDENTE COMO UMA ESPÉCIE DE CAVACO II,
OU SEJA, MAIS UM SALAZARISTA, COMO SEMPRE FORAM UM E OUTRO!!!

NÃO FIQUEM EM CASA;
VOTEM TODOS POR UM CANDIDATO SÉRIO, HONESTO E DESCOMPROMETIDO!!!


De 11 Março 1975 e Marcelo, P.R.... a 14 de Março de 2016 às 10:59
«Olá, Marcelo. Onde é que estava no 11 de Março de 1975?»

Esta era a pergunta que gostava de fazer hoje ao novo presidente da República, só para ver se respondia que estava cheio de «afectos» (ninguém estava…) ou «com todos os portugueses» (o que teria sido uma verdadeira solução para a quadratura de um complicado circulo). Responderia, muito provavelmente, que se encontrava no Expresso a escrever notícias – a resposta sempre pronta que tem para perguntas sobre tempos mais ou menos incómodos.

Eu sei muito bem por onde andei: primeiro no meu local de trabalho, desde o almoço nas imediações do Ralis a tentar ver em que paravam as modas, durante o resto do dia em concentrações, por ruas de Lisboa, convocadas nem sei como, e que desembocaram ali para os lados das Janelas Verdes e da Infante Santo. Mas recordo sobretudo o dia seguinte e uma Assembleia Geral de Trabalhadores da empresa em que então estava – a IBM –, numa sala absolutamente à cunha, com mais de 400 pessoas, na qual foi aprovado, quase por unanimidade, um texto que talvez pareça hoje saído de uma série de ficção:

Moção

As forças dos monopólios e dos latifundiários lançaram mais um ataque contra o processo revolucionário iniciado no 25 de Abril.

Aproveitando-se da impunidade com que actuaram no 28 de Setembro, da presença entre nós de agitadores internacionais ao serviço dos potentados económicos, tentaram mais uma vez fazer regressar o fascismo com todo o seu cortejo de crimes de exploração e opressão.

Mais uma vez os trabalhadores se ergueram aos milhares, com os seus sindicatos e com os partidos verdadeiramente democráticos e defenderam, na rua, a liberdade de levar a Revolução até às últimas consequências.

Os trabalhadores da IBM, pondo-se ao lado da massa dos trabalhadores portugueses, exigem:

1 – Castigo exemplar para os contra-revolucionários.

2 – Expulsão dos agitadores estrangeiros que tentam levar o nosso país para a guerra civil.

3 – Aplicação imediata de medidas económicas e sociais que, retirando aos monopólios e latifundiários o poder de que ainda efectivamente dispõem, tornem realmente irreversível o processo revolucionário.

4 – Proibição de todos os partidos que efectivamente estão do lado da reacção.

O que se seguiu em Portugal é conhecido:

11 de Março marca o início do PREC, que viria a durar oito meses e meio – até ao 25 de Novembro. Quem já era adulto lembra-se certamente dos ambientes absolutamente alucinantes, sobretudo a partir de 14 de Março quando foi criado o Conselho da Revolução e se deu a nacionalização da Banca e da maior parte das companhias de Seguros. E não se julgue que foi só a chamada extrema esquerda a aplaudir essas medidas:




«As nacionalizações são saudadas à esquerda e não são contrariadas à direita. O PPD apoiou-as, embora prevenindo que "substituir um capitalismo liberal por um capitalismo de Estado não resolve as contradições com que se debate hoje a sociedade portuguesa".




Mário Soares mostrou-se eufórico, considerando tratar-se de "um dia histórico, em que o capitalismo se afundou". Disse num comício que "a nacionalização da banca, que por sua vez detém (…) a maior parte das acções das empresas portuguesas e, ao mesmo tempo, a fuga e prisão dos chefes das nove grandes famílias que dominavam Portugal, indicam de uma maneira muito clara que se está a caminho de se criar uma sociedade nova em Portugal".» (Adelino Gomes e José Pedro Castanheira, Os dias loucos do PREC, p. 28.)

Quem quiser conhecer ou recordar os acontecimentos do dia 11 tem à disposição três vídeos:

https://www.youtube.com/watch?v=7v25jKR83x4&feature=youtu.be

https://www.youtube.com/watch?v=ONFjy61XvlY&feature=youtu.be

http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.pt/2016/03/ola-marcelo-onde-e-que-estava-no-11-de.html


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