6 comentários:
De PPCurandeiro e estragos . a 13 de Maio de 2015 às 16:27

E disse isto sem se rir? Não, aí é que está o problema

(12 Maio 2015,por Penélope , http://aspirinab.com/penelope/e-disse-isto-sem-se-rir-nao-ai-e-que-esta-o-problema/#comments )

Passos Coelho disse ontem, aparentemente bem disposto, que, na aplicação da sua terapia ao país, não importou atentar à dor causada nem aos efeitos colaterais. Havia um doente e ele dispôs-se a curá-lo. Ele, reparem bem. E acha que o curou.

Ora bem, alguma observações:

1.Mesmo que o homem fosse médico e não curandeiro, ele há médicos e médicos. Muitos erram ou são pouco interessados, pouco sensíveis, ou, pura e simplesmente, não são bons profissionais. Não me parece que, só por se intitular médico, alguém tenha que ser considerado um génio. Nem todas as terapias são adequadas. Algumas provocam até alergias graves, quando não lesões irreversíveis. Será este o caso. Fazer crer que não há outros médicos nem outros «tratamentos» é próprio dos incompetentes, dos ignorantes, dos ditadores e dos vigaristas.

2.E, para começar, Portugal estava doente? A «doença» era o défice excessivo provocado pelo combate a uma crise de consequências imprevisíveis? Essa é que era a doença? Ainda por cima, induzida pela UE? É que o medicamento foi apontado exclusivamente a esse «mal».

3.Mas, mesmo que se queira manter a metáfora do doente, Portugal estava doente ou puseram-no doente? É que a origem de um mal é o mais importante do ponto de vista da terapia.

4.Se as causas do mau estado em que as finanças públicas se encontraram a dada altura se prenderam principalmente com uma crise internacional gigantesca, com a pertença ao clube da moeda única e, sobretudo, à recusa, em 2011, de uma «terapia» menos invasiva, que espécie de cura foi o empobrecimento do país, a sua desqualificação e a fuga da sua população jovem? O que melhorou por efeito direto da terapia aplicada? A redução do défice à custa da violência social pode ser considerada uma cura? Para se seguir o quê? Uma não vida?

5.Portugal nunca foi uma potência económica europeia, sendo totalmente dependente da situação de outros países mais próximos e/ou mais ricos. Também nunca investiu devidamente na educação e qualificação da população, nem na reconversão industrial. Quem ouve falar estes idiotas, dir-se-ia que, subitamente, estamos na rampa de partida para nos tornarmos um Reino Unido do sudoeste. Entre 2005 e 2009 houve um governo que, paralelamente ao rigor financeiro, pretendeu colmatar as lacunas de qualificação, educação e de investimento em ciência e na modernização infraestrutural, puxando pelo melhor que o país tinha. Para esta espécie de charlatães, agora em campanha eleitoral, foram apostas inúteis. Bom, bom é manter o país na cauda da Europa, de onde nunca deveria ter ambicionado sair. E ajoelhado, para ser premiado pela sua docilidade. Uma cura e peras!
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---Olinda:
verme sádico. cura. só se a cura para ele é a eutanásia.

--- Lucas Galuxo:
Curado, diz ele.
http://www.publico.pt/economia/noticia/ha-154-mil-familias-com-o-credito-da-casa-em-incumprimento-1695398

----ignatzia :
Este azar de primeiro ministro que nos saiu na rifa, para além de ser um pirosão, é um medíocre. A continuarmos assim, este curandeiro de meia tijela ainda nos vai levar à verdadeira falência.

look at me, my friend
http://www.publico.pt/politica/noticia/estado-contrata-contabilista-da-tecnoforma-para-gerir-creditos-do-bpn-1695341

----Lucas Galuxo :
Ó Campus,
Essas balelas só serviram enquanto não apareceu o tradingeconomics
http://www.tradingeconomics.com/portugal/government-debt-to-gdp
http://www.tradingeconomics.com/portugal/government-spending-to-gdp
A dívida actual é muito maior e os gastos públicos são muito mais elevados do que nos governos de José Sócrates, até à crise financeira global.
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De Vampiros à custa de privilégios e rendas a 13 de Maio de 2015 às 16:39
Lições de História


(- por josé simões, derTerrorist, 12/5/2015)
http://derterrorist.blogs.sapo.pt/


Lições de História precisam-se. Da história do século XX, o século dos totalitarismos.
Mas a História não serve para nada e até há quem defenda que deve ser erradicada dos programas escolares, substituída de imediato por disciplinas práticas, tipo o economês, que é o que está a dar.

Os fins justificaram os meios. Os fins continuam a justificar os meios.
70 anos depois do fim da II Guerra Mundial, 26 anos depois da implosão do Muro de Berlim, 39 anos depois da morte de Mao, 40 anos depois da morte de Franco, 17 anos depois da morte de Pol Pot, 9 anos depois da morte de Pinochet, 62 anos depois da morte de Estaline, 41 anos depois do 25 de Abril.

"O objectivo que temos é o de vencer a doença, não é o de perguntar se as pessoas durante esse processo têm febre ou têm dor ou se gostam do sabor do xarope ou se o medicamento que tomam lhes faz um bocado mal ao estômago ou qualquer outra coisa, quer dizer, se os efeitos secundários de todo o processo por que se passa valem ou não valem a cura"

Lições de História precisam-se.
Não para o predicador mas para quem ouve a prédica.
E é por isso que a História ensinada não presta para nada e o economês é que é.
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Quando até o Correio da Manha consegue perceber

«Num país sem tradição capitalista,
em que
os grupos económicos estão habituados a viver à custa de privilégios e rendas do Estado,
o processo não passa de uma transferência de propriedade pública para mãos estrangeiras de joias da coroa,
com intermediários nacionais a fazerem fortuna pelo caminho, enquanto milhares de trabalhadores são despedidos.
Foi assim na Banca, nos seguros, na energia, na Cimpor, na PT.
Em alguns casos, houve mesmo crimes de lesa-pátria.
O dinheiro dessas vendas não resolveu nenhum problema.
E o País ficou mais pobre.»


«Uma triste história
A privatização da TAP é mais um triste capítulo de uma história de alienação de soberania nacional.»


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