5 comentários:
De JPP e a Manipulação da opinião púb.p.Dir a 17 de Novembro de 2015 às 09:07
http://abrupto.blogspot.pt/2015/11/ J. Pacheco Pereira, 16/11/2015, Diário de um tempo diferente:


20-- Uma das maiores manipulações da opinião pública que se fazem hoje em Portugal é o modo como são comentados os movimentos da bolsa e dos juros.
Hoje, os juros portugueses desceram contrariando outros países europeus em que subiram (a Alemanha p.e.).
Comentário nos órgãos de comunicação social: desceram porque a agência canadiana não baixou o rating da dívida a Portugal.
Têm mesmo a certeza disso, dado que a decisão da agência foi já há dias e os mercados costumam responder em tempo real?
Por que é que entretanto subiram e depois desceram?

Uma coisa eu sei - até agora as previsões de cataclismos que a nossa direita tem feito (e que notoriamente deseja) não se tem verificado, para incómodo de muita gente. Até agora.

Por favor, não nos enganem tão grosseiramente ou então concluam que os "mercados" são indiferentes à queda do governo Passos-Portas. Até agora.


De JPP: Diário de um tempo diferente a 25 de Novembro de 2015 às 17:10
José Pacheco Pereira (JPP), 23/11/2015, http://abrupto.blogspot.pt/
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--DIÁRIO DE UM TEMPO DIFERENTE (23)

Que condições de "uma solução governativa estável, duradoura e credível" foram exigidas a Passos Coelho antes de ser indigitado (para 1ºMin. do XX governo, PSD-CDS / PàF)?

Olhem bem para as condições colocadas pelo Presidente ao PS e vejam bem quais o governo Passos Coelho podia mesmo garantir, tanto mais que algumas nem com maioria absoluta garantiu:

a) aprovação de moções de confiança; [um governo minoritário não o podia garantir]

b) aprovação dos Orçamentos do Estado, em particular o Orçamento para 2016; [um governo minoritário não o podia garantir]

c) cumprimento das regras de disciplina orçamental aplicadas a todos os países da Zona Euro e subscritas pelo Estado Português,
nomeadamente as que resultam do Pacto de Estabilidade e Crescimento, do Tratado Orçamental, do Mecanismo Europeu de Estabilidade e da participação de Portugal na União Económica e Monetária e na União Bancária;
[o último défice foi de 7%, e o memorando só foi "cumprido" pela complacência política da troika que o aceitou rever]
(a França não cumpriu e já disse que não ia cumprir pois tinha outras prioridades: combater o terrorismo Daesh)

d) respeito pelos compromissos internacionais de Portugal no âmbito das organizações de defesa colectiva;
[este foi o governo que vendeu sectores estratégicos de Portugal a fundos estatais chineses,
no caso da REN obrigando a adiar a publicação da respectiva lei]

e) papel do Conselho Permanente de Concertação Social,
dada a relevância do seu contributo para a coesão social e o desenvolvimento do País;
[ver nota 22 anterior ]

f) estabilidade do sistema financeiro, dado o seu papel fulcral no financiamento da economia portuguesa.
[deve querer significar continuar a apoiar a banca com dinheiro dos contribuintes]

-- DIÁRIO DE UM TEMPO DIFERENTE (22)
(PR, PSD/CDS e a concertação social)

Ah! a falta de memória!
Este amor pela "concertação social" é mais uma das revisões do passado que se faz nestes dias.
Depois de quatro anos de decidir quase tudo o que era relevante antes da concertação social e apresentá-lo como facto consumado,
ou de usar na propaganda a concertação social quando lhe convinha,
e de atacar muitos dos seus documentos e posições, assim como o seu Presidente Silva Peneda,
agora são os seus maiores defensores, como se vê no documento presidencial.

-- DIÁRIO DE UM TEMPO DIFERENTE (21)
(José Sócrates e má fama)

Pouca gente prejudica mais nos dias de hoje o PS, e por arrastamento a esquerda, do que José Sócrates.
O tipo de sessões públicas que tem patrocinado, com a cumplicidade de muita gente do PS, serve apenas para dar má fama ao partido que delas não se demarca.
Sócrates está acusado de graves crimes, e só se saberá em tribunal se está inocente ou culpado dos crimes de que é acusado.
Porém, conhecem-se suficientes pormenores do seu comportamento cívico, que nem ele, nem os seus advogados contestam, apenas "interpretam",
que o torna exactamente aquele tipo de pessoas de que os partidos se deveriam afastar a milhas.

Disse sempre isto em relação a pessoas do meu partido que lhe deram e dão má fama por razões que podem não ser crimes mas que são eticamente inaceitáveis na vida pública,
para o poder dizer à vontade, e com todo o à vontade, de José Sócrates.
E não é só de agora.


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