Viva a República ! ( 5/10/2015)
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*Madeira e Açores o PSD não esteve coligado. Falta distribuir 4 deputados da emigração.
... e a abstenção soma 43,11%, a maior de sempre em legislativas.!!
E ficamos assim « Aqui não haverá milagres » (por DerTerrorist)
Com o Bloco de Esquerda quase a triplicar e a CDU no lugar dela, numas eleições onde "o erro do PS foi virar à esquerda"; depois das declarações de António Costa, e das reacções que se lhe seguiram de dentro do próprio partido já depois dos comentários de Paulo Portas [a insinuar a não demissão de António Costa] e de Passos Coelho, ambos sobre o arco da governabilidade e europeísmo, que não interessava para nada em 2011 e hoje é urgentíssimo (i.e. direita precisa do apoio do PS ... e UGT para fazer passar o orçamento e dar continuidade ao seu programa neoliberal de mais austeridade/ empobrecimento da maioria das famílias, privatizações, 'cortes', desemprego, precariedade, impostos e taxas, ...), agora é só eleger um qualquer assis/brilhante secretário-geral e encomendar a alma ...
ou
PS+BE+CDU podem concertar/coligar-se e ... legislar/governar à esquerda (o BE e a CDU já afirmaram que viabilizariam um orçamento/governo PS, mas este ...). Pois, de facto, A direita perdeu as eleições
Depois da ridícula
farsa representada na televisão pelos “vencedores” (PàF ou PSD/CDS), basta dar uma rápida volta pelas alfurjas internéticas do costume para nos apercebermos do clima de tremenda irritação e desalento perante
esta pseudo-vitória da coligação que colocou, de facto,
a esquerda com uma confortável maioria no parlamento.
Pela primeira vez na história da democracia, o PS não foi o partido mais votado, mas a direita ficou em minoria na Assembleia da República. Nunca tinha acontecido.
A direita perdeu perto de 750.000 votos e cerca de 25 deputados (12 para o PS, 11 para o Bloco, 1 para o PCP e 1 para o PAN). A direita não tem maioria para aprovar o Orçamento.
A oposição, com 122 ou 123 deputados, pode chumbar as leis da coligação e fazer aprovar outras. A coligação, mesmo levada ao colo pelo Bruxo de Boliqueime, pode ser enxotada do poder por simples moções de desconfiança.
A direita apostou tudo numa nova maioria absoluta, acreditou, achou que estava quase lá e… PERDEU.
A única maneira de a direita se livrar desta derrota é a esquerda preferir continuar desunida e comodamente no contra. É uma opção merdosa e cobarde, mas é uma opção.
Eleições (4 e 3) (por Vital Moreira) 1. Tendo a coligação PSD+CDS ganho as eleições, embora
sem maioria absoluta, e
sendo o PSD o maior partido parlamentar, vamos ter mais
um governo minoritário da direita (o que já não sucedia há trinta anos), dado estar
fora de causa um acordo de governo com o PS assim como uma coligação de governo alternativa do PS com os partidos à sua esquerda, como o líder do PS bem expôs.
... O Presidente da República vai ter de esquecer a sua ideia de um governo com apoio parlamentar maioritário, ...
2. Esta situação governativa vai ser especialmente exigente para o
PS, que vai ter de conjugar uma oposição forte mas responsável com a
resistência às pressões do PCP e do BE para um derrube conjunto do Governo.
Como mostrei aqui, sendo impossível um governo da pretensa "maioria de esquerda", o
PS sabe que só pode permitir-se
derrubar o governo quando esteja em condições de ganhar as eleições que inevitavelmente se seguiriam.
3. Os resultados
demonstraram as virtudes das coligações eleitorais, como aqui se assinalou, ... Por um lado, tendo em conta que a coligação de direita só teve uma vantagem de 6 pp sobre o PS e que o CDS vale mais do que isso, parece seguro concluir que,
se ambos tivessem concorrido separados, o PSD teria ficado atrás do PS, que teria ganho as eleições. Por outro lado,
a junção dos votos permitiu uma majoração do número de deputados eleitos, que podemos cifrar sem nenhum exagero num boa meia dúzia de
deputados a mais do que teriam os dois partidos somados se tivessem concorrido separados, permitindo ao PSD surgir com a maior representação parlamentar.
Do voto fútil
Mariana Mortágua:
«E dou por mim a pensar nessa possibilidade quando um amigo me envia um vídeo. Na imagem está António Costa e na data leio: 13 de Outubro de 2011. As palavras correm serenas,
“para haver condições de governabilidade em Portugal, acho que existência de Blocos Centrais não são saudáveis”, e continuam
“o PS e o PSD devem se oferecer condições recíprocas de governabilidade, abstendo-se em instrumentos fundamentais de governação [.…] independentemente do conteúdo dos orçamentos”.
(!!)
A tragédia do voto fútil é esta:
acharmos que as palavras que se impõe como slogans de fim de campanha valem mais do que
uma posição de princípio de quem sempre defendeu a democracia como o jogo da alternância entre PS e PSD.»
----- 1/10/2015, http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.pt/
Esquerda canhestra orgulhosamente só
(Aventar, 04/10/2015 por Sarah Adamopoulos, )
A confirmarem-se os resultados das primeiras projecções, saberemos várias coisas.
1ª – que a massa abstencionista votou no PàF (ver post sobre 'abstenção' e 'voto' que é distribuído pelos grandes partidos, pelo método de Hondt), compreendam isto de uma vez por todas.
Gente desinformada, vítima do desinvestimento na Educação e na Cultura que o PSD/CDS e o PS têm levado por diante,
que se abstém por não perceber que o sistema não confere a esse não-voto de protesto o significado que gostariam que tivesse.
Gente doente, também.
2ª – que a divisão da esquerda é um desgosto para a esquerda. A ausência de estratégia roça a náusea:
os compromissos que não querem fazer, de que não são capazes, revelam a sua doença
– doença histórica, de gente de pensamento anacrónico, que faz tábua rasa da realidade que não foi capaz de impedir e a que agora oferece um tempo extra, em nome, também, da manutenção dos seus pequenos poderes locais.
3ª – que as fantasias dessa esquerda são indignas da esquerda:
as dos que prosseguem sonhando com um apoio popular maciço, com a sublevação revolucionária, sonhos de que não abrem mão, enquanto o povo definha e o neoliberalismo decadente sobrevive mais uns anos.
4ª – que permanece por experimentar um compromisso inteligente e estratégico entre todas as forças à esquerda.
5ª – que está por realizar um diálogo de compromisso com os pequenos partidos, indistintamente considerados.
Negociar acção legislativa com os pensionistas e reformados, negociar acção legislativa com os ecologistas (Verdes, PAN, ...), conversar tudo isso, fazer compromissos.
Aprendam a ceder, a dar e a receber. O diálogo democrático é isso.
Apenas o Livre parece ter percebido isso.
The Day After
Venho aqui com algum sacrifício, mas não podia deixar de vos dizer que ao contrário de muitos, não estou nada preocupado com o dia 5 de Outubro.
Seja qual for o resultado ( mesmo uma maioria absoluta do Paf) não me arrependerei do meu voto,
pois não o vou desperdiçar em partidos minúsculos que apenas servem para dar deputados à coligação e animar o ego de alguns dos seus fundadores.
Gostaria de votar com o coração mas, como o meu objetivo é ver esta corja na rua, votarei com a razão.
---- Se o Paf vencer e formar governo, é porque as pessoas assim o quiseram e, por isso, aceitarei democraticamente os resultados.
Se aqueles que viram os filhos emigrar, ou têm familiares no desemprego querem que este governo os martirize durante mais quatro anos;
se os que viram as suas pensões e salários cortados consideram que este governo é o que melhor defende os seus interesses,
ou se muitos acreditam que Passos e Portas não os vão voltar a enganar,
que se há-de dizer senão
" é muito bem feito que quem confia em aldrabões e trafulhas seja vítima dos seus ardis?".
Não estou por isso nada preocupado com o dia 5 de Outubro e até sinto alguma alegria por saber que este ano nas comemorações do Dia da República não vai haver palhaço.
Embora já não seja feriado, a data deve ser assinalada com dignidade e sem números circences.
(-por Carlos Barbosa de Oliveira , Crónicas do rochedo, 2/10/2015)
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Notas:
-- a factura e contas escondidas debaixo do tapete ou adiadas para pagamento ... vão agora aparecer ... - será que (a propaganda e spin doctors do desgoverno, media/TVs compradas/pagas pela Direita) ainda conseguem enganar o zé povinho ?!
-- em Janeiro 2016 teremos eleições para PR (e provavelmente ganhará um palhaço melhor que o actual, mesmo sendo de centro-direita ...)
-- prognóstico:
daqui a um ano estaremos novamente em eleições legislativas
(não acredito que o PS deixe passar todas as malfeitorias deste/próximo governo PaFioso e uma moção de censura de toda a esquerda ou a não aprovação de segundo orçamento, fará este desgoverno cair)
... e a triste sina dos tugas voltará a repetir-se.
De Direita, PS e os outros... a 5 de Outubro de 2015 às 15:12
Eleições (7e6)
(por Vital Moreira, 5/10/2015, CausaNossa)
Ao contrário quase tudo correu mal no PS.
E não foi somente a retoma económica e do consumo privado, que ajudou a direita, e a radicalização à esquerda, que ajudou o PCP e o BE.
Também não foram somente o "fator Sócrates" e o "fator Seguro", mais a cena do cartazes que perturbaram a campanha.
A meu ver, a principal falha do PS nestas eleições foi não ter aprendido a lição da derrota do Labour há uns meses no Reino Unido. Também aí a oposição de esquerda centrou a sua campanha na crítica radical da austeridade orçamental, negando a retoma em curso, e num programa alternativo despesista e confuso, facilitando ao Governo erigir como fator decisivo o risco político de uma vitória do Labour.
Como aqui fui assinalando (por exemplo, aqui e aqui), o PS deveria ter combatido decididamente o suposto "risco da vitória do PS", tranquilizando convincentemente o eleitorado flutuante do centro sobre a estabilidade financeira e a estabilidade política.
O PS não só não o fez como agravou a situação, insinuando a possibilidade de uma aliança de governo com a extrema-esquerda, só tendo corrigido o tiro tardiamente.
Aliás, isso não atenuou, antes pelo contrario, a extraordinária agressividade do BE e do PCP contra o PS, como se este fosse o Governo e fosse o inimigo principal a abater.
Ao tentar competir com a extrema-esquerda pelo voto radical, o que se revelou infrutífero (os radicais preferem o original...), o PS enfraqueceu a sua capacidade de disputar o voto do centro, que é onde se ganham as eleições.
Perdeu a batalha em ambos os tabuleiros.
Neste contexto, de pouco valeu a convicção, seriedade, determinação e combatividade de António Costa e a o empenho de quase todo o Partido. Há lutas inglórias, assim.
[revisto]
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É preciso tentar compreender os resultados eleitorais.
Quanto à coligação de DIREITA, tudo lhe correu bem.
Teve ajuda decisiva de fatores externos, como a retoma da economia da zona euro, a baixa de juros provocada pelo BCE, a enorme descida do preço do petróleo, etc.
Utilizou sem escrúpulos a máquina do Estado e o dinheiro público na campanha eleitoral, com centenas de milhões despejados sobre alguns setores-chave (colégios privados, produtores de leite, pessoal do SNS, etc.).
Teve a seu favor generalidade da comunicação social e um exército de editorialistas e de comentadores combativos.
Não escassearam recursos nem meios durante a campanha.
Mas não podem desvalorizar-se os méritos políticos da própria campanha da direita, bem organizada, bem focada e bem sintonizada.
E acima de tudo, estrategicamente centrada sobre um argumento que provou ser decisivo,
que foi o da segurança e estabilidade na saída da crise oferecida pela coligação contra o risco e o perigo de regresso atrás imputados ao PS.
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Castas
( Sérgio de Almeida Correia, em 05.10.15, delito de opinião)
...
... O mau resultado nacional do PS resume-se a um problema de castas. Não de hoje, nem de ontem.
O partido vai ter de decidir se quer continuar a fazer vinho com tudo o que aparece, misturando sem critério e a granel, apresentando uma zurrapa sem alma, sem profundidade, de consumo imediato e sem hipóteses de atingir a maturidade, produzida por produtores envelhecidos, que não se modernizam nem querem que a casa se modernize,
ou
se quer começar a escolher devidamente as castas, arranjar bons enólogos, renovar a adega para lhe tirar aquele cheiro a mofo que impregna o ar,
e apresentar um produto decente, inovador, capaz de ser valorizado e de ser apreciado pelos portugueses sem necessidade de se lhes estar a prometer um salpicão com a fotografia de especialistas em sueca, PPP e futebol de estúdio.
Estar a produzir vinho para concorrer com os pacotes de cartão de Marco António Costa e o marketing de Assunção Cristas e Paulo Portas,
feito de porta-chaves, amostras de lavanda e bandeirinhas, nunca me pareceu boa política.
Porque a venderem em feiras, com a experiência deles em cervejas e a apresentarem maus produtos valorizados, eles são muito melhores.
10 razões para a derrota do PS. (Ana Sá Lopes)
«Se um dos grandes problemas nacionais é a dívida, o PS não tem nenhuma alternativa àquela preconizada pela coligação.
Ao apoiar o Tratado Orçamental e ao ter desistido da reestruturação, mostrou que a alternativa dos socialistas é difícil de explicar e trabalhosa de pôr em prática. »
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-----Eleições – Balanço de uma noite de Outono
(http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.pt/ )
Nas eleições de ontem, houve vencedores e vencidos apesar de não estamos em campeonatos de futebol. A democracia tem as suas regras e os seus preços.
1 – Por um voto se ganha e o PàF ganhou. Não vale a pena falar de derrota. Perdeu 700.000 votos relativamente a 2011?
Sim, mas aguentou-se depois de quatro anos que deviam ter sido arrasadores em termos eleitorais.
Preocupante? Certamente, mas foi assim.
2 – O maior vencido foi António Costa que arrastou com ele o PS. Desperdiçou o capital de popularidade que a vitória interna no partido lhe dera e nem lhe terá passado pela cabeça que a vitória nas eleições de ontem não seria um passeio de Outono.
Convenceu-se de que o PS podia ter um programa que agradasse ao senhor Schaeuble e a uma maioria esmagadora de portugueses – e enganou-se.
Nem conseguiu diminuir a abstenção que, afinal, foi a maior de sempre e, como se tudo isto não fosse suficiente, fez uma má campanha, unipessoal, aos gritos e com tiros em tantos pés que uma centopeia não desdenharia.
Cereja em cima do bolo: o mau e displicente discurso de derrota, que fez ontem à noite.
O PS só pode queixar-se de si próprio e não vale a pena atirar culpas à esquerda e à comunicação social quando nem o desesperado apelo ao «voto útil» lhe valeu!
3 – Outros vencidos foram os novos pequenos partidos, nomeadamente os que resultaram de cisões no Bloco, com destaque para o Livre / Tempo de Avançar.
Será interessante, muito interessante, seguir o seu futuro próximo...
4 – Vencedores?
Antes de mais o Bloco de Esquerda, sem dúvida, pelos resultados que excederam todas as expectativas ao mostrarem um partido vivo e convicto, com mensagens claras, de gente nova e menos nova (não há só duas ou três «meninas», não, olhe-se para o novo grupo parlamentar...).
Catarina Martins, as irmãs Mortágua, mas também José Manuel Pureza, José Soeiro e outros 14, lá estarão em S. Bento.
E os outros, os «velhos» Louçã, Rosas e Fazenda, não desertaram.
O PCP manteve-se quase igual a si próprio, crescendo um pouco.
Bloco e PCP terão agora cerca de mais 1/3 dos deputados que tinham na legislatura anterior, 27% dos 230 – uma vitória indiscutível da esquerda anti-austeritária.
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Os dias, meses e anos que se seguem serão certamente muito duros e cheios de incertezas.
Mas o mundo não acabou ontem e, como escreveu já hoje Mariana Mortágua,
«o tempo é de esperança e serenidade. Que todas as forças políticas saibam estar à altura do desafio».
Pedro Passos Sócrates (http://aventar.eu/2015/10/05/pedro-passos-socrates/#more-1236283)
Eles tentaram tudo.
Usaram recursos públicos ao serviço dos seus partidos, manipularam as redes sociais, esconderam-se por trás de um nome a apelar ao patriotismo e fizeram os caudilhos desaparecer dos cartazes.
Eles tinham os comentadores mais influentes, tinham os bloggers da corda a atacar o PS todos os dias, tinham o Observador, o Sol e o Correio da Manhã.
Eles fugiram a entrevistas, fugiram a debates, fugiram aos portugueses e terminaram a campanha envoltos em cordões humanos de jotas e seguranças como bolhas de actimel à volta do homem que abria portas na Tecnoforma.
Eles reduziram o discurso ao nível mais primário possível, prometeram números impossíveis, empunharam terços e insistiram em enganar os portugueses quando disseram que o Novo Banco não ia ter custos para os contribuintes.
Até António Costa e a campanha desastrosa do PS deram aquela forcinha.
E mesmo assim não foram além do PS de 2005/2011 e de uma maioria relativa.
Passos Coelho é outro Sócrates, separam-nos apenas duas diferenças:
1.Passos precisa de outro partido para ser Sócrates;
2.A pancada que levou entre o primeiro e o segundo mandato foi maior.
Depois de todos os triunfalismos que o protocolo exige, a coligação enfrentará, a partir de hoje, um parlamento onde a esquerda estará em maioria.
O último que lá esteve nas mesmas condições durou 2 anos.
E não tinha um António Costa tenrinho a liderar o maior partido da oposição em processo de “pasokização” que, a julgar pelas suas palavras no discurso da derrota, estará disposto a facilitar a vida ao governo.
Vai ser fabuloso ver as Marias Luz e restantes “clientes” e prostitutas do PàF nas redes sociais tirarem a mira do líder do PS e eventualmente terem que elogiar a sua abertura para viabilizar a governação dos seus caciques.
Alguns adeptos não irão perceber no início mas os mais grunhos nem vão sequer notar.
Pedro Passos Sócrates Coelho lá continuará a seguir o caminho do seu antecessor.
Uma maioria absoluta (ainda que no caso do primeiro-ministro tenha sido necessário recorrer ao táxi) seguida de uma maioria relativa em que a coligação que lidera consegue menos deputados do que o seu partido conseguiu sozinho em 2011,
que não deverá ir além dos 107 deputados, tendo caído quase 12% face aos resultados de 2011, o que se traduz em menos 741.693 mil votos, mais do que a votação total do CDS-PP em 2011.
De resto pior que Sócrates, que quando transitou da maioria absoluta de 2005 para a relativa de 2009 recuou cerca de 8,5%, tendo perdido 511.074 votos.
Nem com um partido em anexo Passos consegue melhores resultados que o preso domiciliário.
Espera-o uma oposição parlamentar hostil, que até poderá revelar-se mais macia do que o esperado caso o PS opte pelo papel de prostituta política
depois de uma campanha em que o discurso assentava num discurso agressivo em torno da impossibilidade de compromissos,
ou, mais provável, o mesmo destino que o seu semelhante que será ser cozinhado em banho-maria durante aproximadamente dois anos até que, quando o refogado estiver no ponto,
surja um Marco António Costa qualquer do PS que diga a Costa: “Ou há eleições no país ou há eleições no PS“.
E lá voltaremos ao mesmo com mais do mesmo.
De comunicação social desfavorável? a 5 de Outubro de 2015 às 22:20
E por continuar a ter muitos cegos, sobretudo nos militantes que
o anda distante da realidade.
Abria-se o jornal e era só António Costa. O mesmo coma rádio e as Televisões. Se há coisa que o PS e o BE não se +podem queixar é da falta de apoio da comunicação social. Foi vergonhoso, mesmo ao nível de países ditatoriais. Este aumento de fundamentalistas do PS há-de conduzi-lo á sua extinção.
“Faça-se a República!” [Afonso Costa]
O Almanaque Republicano, sereno e puríssimo cantar da Alma Lusitana, evoca - uma vez mais - os cidadãos que no memorável dia de 5 de Outubro de 1910 cumpriram a patriótica missão de serem propagandistas da Liberdade, Igualdade e Fraternidade e mudar Portugal.
Esses homens souberam desfraldar as velas da justiça, da honra e do progresso pátrio, iluminar a alma popular, sementeira de terra esclarecida, livre e democrática.
A eles, a nossa gratidão e o nosso preito de saudade!
Em tempos de memória amassada, num descrédito de instituições que a res publica soube fundar e que se devia honrar, saibamos rememorar o espírito comemorativo e a alma do 5 de Outubro, recusando quem o quer calar.
Neste dia glorioso que inundou o espírito do tempo, o Almanaque Republicano saúda fraternalmente todos os nossos estimados ledores que nos honram com o generoso sentimento do ideal republicano.
A vós o nosso Abraço fraternal!
Viva a República! Viva a Pátria!
Saúde, Paz e Fraternidade.
--- 5/10/2015, http://arepublicano.blogspot.pt/
De corrupto e caoticoi a 5 de Outubro de 2015 às 22:11
A derrota de António Costa foi a derrota de uma época. Corrupto, irresponsável, envelhecido e caótico, o PS teve o fim que merecia.”
Excerto do artigo de José Vítor Malheiros no Público de hoje (via Entre as brumas da m.):
«A direita ganhou porque o partido/coligação mais votado é de direita e porque vai formar governo. Mas perdeu porque os cidadãos deram à esquerda quase o dobro de votos que deram à direita e porque o governo de direita viverá numa instabilidade constante devido à falta de apoio parlamentar.
A esquerda ganhou porque teve quase duas vezes mais votos que a direita. Mas perdeu porque não se consegue entender para formar governo, nem sequer para concretizar uma actividade legislativa consequente.
A direita ganhou porque a esquerda não a irá derrubar com medo de que o PSD e o CDS se vitimizem e consigam uma maioria absoluta em eleições antecipadas. A esquerda ganhou porque vai ter o governo a comer da sua mão no Parlamento.
Quanto aos partidos, é isto.
Quanto aos cidadãos, é diferente.
Os cidadãos votaram maioritariamente contra a política de austeridade mas vão continuar a ter um governo neoliberal austeritário. Perderam. O seu voto foi inútil.
Os cidadãos votaram maioritariamente à esquerda, mas não vão ter um governo de esquerda porque as organizações de esquerda não conseguem construir uma plataforma comum elementar que reúna o PS com os partidos à sua esquerda. Perderam. O seu voto foi inútil.
Os cidadãos que votaram no PS, por convicção ou “voto útil”, todos decididos a impedir a vitória da direita, vão ver o PS a viabilizar, “violentamente” ou não, o governo PSD-CDS.
António Costa fez, na própria noite das eleições, a lista das suas moderadas exigências para deixar passar o governo de direita e Fernando Medina repetiu o discurso ontem nas comemorações do 5 de Outubro.
Costa não vai fazer coligações negativas que tragam instabilidade. Os votantes no PS perderam. O seu voto foi inútil.
Como foi inútil o voto dos 43% que se abstiveram e a quem se pode aplicar a citação de Einstein sobre os militares:
por que razão têm estas pessoas um cérebro, quando uma simples medula espinal seria suficiente para as suas necessidades?
A principal conclusão destas eleições é esta:
não há voto mais inútil do que o “voto útil” porque ele irá trair a vontade dos eleitores na primeira oportunidade.
Os portugueses vão continuar a empobrecer, com a excepção dos cinco por cento de cima.
O nosso património colectivo vai continuar a ser dilapidado e oferecido a baixo preço aos amigos dos cinco por cento.
Os serviços públicos vão continuar a degradar-se e a ser privatizados.
Passos e Portas vão continuar a dobrar a espinha perante os diktats estrangeiros.»
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