10 comentários:
De Voto Fútil no centrão de interesses... a 5 de Outubro de 2015 às 10:16
Do voto fútil

Mariana Mortágua:

«E dou por mim a pensar nessa possibilidade quando um amigo me envia um vídeo. Na imagem está António Costa e na data leio: 13 de Outubro de 2011. As palavras correm serenas,
“para haver condições de governabilidade em Portugal, acho que existência de Blocos Centrais não são saudáveis”, e continuam
“o PS e o PSD devem se oferecer condições recíprocas de governabilidade, abstendo-se em instrumentos fundamentais de governação [.…] independentemente do conteúdo dos orçamentos”.
(!!)
A tragédia do voto fútil é esta:
acharmos que as palavras que se impõe como slogans de fim de campanha valem mais do que
uma posição de princípio de quem sempre defendeu a democracia como o jogo da alternância entre PS e PSD.»

----- 1/10/2015, http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.pt/


De Esquerda desunida e abstenção a 5 de Outubro de 2015 às 11:43
Esquerda canhestra orgulhosamente só
(Aventar, 04/10/2015 por Sarah Adamopoulos, )

A confirmarem-se os resultados das primeiras projecções, saberemos várias coisas.

1ª – que a massa abstencionista votou no PàF (ver post sobre 'abstenção' e 'voto' que é distribuído pelos grandes partidos, pelo método de Hondt), compreendam isto de uma vez por todas.
Gente desinformada, vítima do desinvestimento na Educação e na Cultura que o PSD/CDS e o PS têm levado por diante,
que se abstém por não perceber que o sistema não confere a esse não-voto de protesto o significado que gostariam que tivesse.
Gente doente, também.

2ª – que a divisão da esquerda é um desgosto para a esquerda. A ausência de estratégia roça a náusea:
os compromissos que não querem fazer, de que não são capazes, revelam a sua doença
– doença histórica, de gente de pensamento anacrónico, que faz tábua rasa da realidade que não foi capaz de impedir e a que agora oferece um tempo extra, em nome, também, da manutenção dos seus pequenos poderes locais.

3ª – que as fantasias dessa esquerda são indignas da esquerda:
as dos que prosseguem sonhando com um apoio popular maciço, com a sublevação revolucionária, sonhos de que não abrem mão, enquanto o povo definha e o neoliberalismo decadente sobrevive mais uns anos.

4ª – que permanece por experimentar um compromisso inteligente e estratégico entre todas as forças à esquerda.

5ª – que está por realizar um diálogo de compromisso com os pequenos partidos, indistintamente considerados.
Negociar acção legislativa com os pensionistas e reformados, negociar acção legislativa com os ecologistas (Verdes, PAN, ...), conversar tudo isso, fazer compromissos.
Aprendam a ceder, a dar e a receber. O diálogo democrático é isso.
Apenas o Livre parece ter percebido isso.


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