10 comentários:
De Que futuro ? que cidadãos ?! a 5 de Outubro de 2015 às 12:08
The Day After

Venho aqui com algum sacrifício, mas não podia deixar de vos dizer que ao contrário de muitos, não estou nada preocupado com o dia 5 de Outubro.

Seja qual for o resultado ( mesmo uma maioria absoluta do Paf) não me arrependerei do meu voto,
pois não o vou desperdiçar em partidos minúsculos que apenas servem para dar deputados à coligação e animar o ego de alguns dos seus fundadores.

Gostaria de votar com o coração mas, como o meu objetivo é ver esta corja na rua, votarei com a razão.

---- Se o Paf vencer e formar governo, é porque as pessoas assim o quiseram e, por isso, aceitarei democraticamente os resultados.
Se aqueles que viram os filhos emigrar, ou têm familiares no desemprego querem que este governo os martirize durante mais quatro anos;
se os que viram as suas pensões e salários cortados consideram que este governo é o que melhor defende os seus interesses,
ou se muitos acreditam que Passos e Portas não os vão voltar a enganar,
que se há-de dizer senão
" é muito bem feito que quem confia em aldrabões e trafulhas seja vítima dos seus ardis?".

Não estou por isso nada preocupado com o dia 5 de Outubro e até sinto alguma alegria por saber que este ano nas comemorações do Dia da República não vai haver palhaço.
Embora já não seja feriado, a data deve ser assinalada com dignidade e sem números circences.

(-por Carlos Barbosa de Oliveira , Crónicas do rochedo, 2/10/2015)
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Notas:

-- a factura e contas escondidas debaixo do tapete ou adiadas para pagamento ... vão agora aparecer ... - será que (a propaganda e spin doctors do desgoverno, media/TVs compradas/pagas pela Direita) ainda conseguem enganar o zé povinho ?!

-- em Janeiro 2016 teremos eleições para PR (e provavelmente ganhará um palhaço melhor que o actual, mesmo sendo de centro-direita ...)

-- prognóstico:
daqui a um ano estaremos novamente em eleições legislativas
(não acredito que o PS deixe passar todas as malfeitorias deste/próximo governo PaFioso e uma moção de censura de toda a esquerda ou a não aprovação de segundo orçamento, fará este desgoverno cair)
... e a triste sina dos tugas voltará a repetir-se.


De Direita, PS e os outros... a 5 de Outubro de 2015 às 15:12

Eleições (7e6)

(por Vital Moreira, 5/10/2015, CausaNossa)

Ao contrário quase tudo correu mal no PS.
E não foi somente a retoma económica e do consumo privado, que ajudou a direita, e a radicalização à esquerda, que ajudou o PCP e o BE.
Também não foram somente o "fator Sócrates" e o "fator Seguro", mais a cena do cartazes que perturbaram a campanha.

A meu ver, a principal falha do PS nestas eleições foi não ter aprendido a lição da derrota do Labour há uns meses no Reino Unido. Também aí a oposição de esquerda centrou a sua campanha na crítica radical da austeridade orçamental, negando a retoma em curso, e num programa alternativo despesista e confuso, facilitando ao Governo erigir como fator decisivo o risco político de uma vitória do Labour.

Como aqui fui assinalando (por exemplo, aqui e aqui), o PS deveria ter combatido decididamente o suposto "risco da vitória do PS", tranquilizando convincentemente o eleitorado flutuante do centro sobre a estabilidade financeira e a estabilidade política.
O PS não só não o fez como agravou a situação, insinuando a possibilidade de uma aliança de governo com a extrema-esquerda, só tendo corrigido o tiro tardiamente.
Aliás, isso não atenuou, antes pelo contrario, a extraordinária agressividade do BE e do PCP contra o PS, como se este fosse o Governo e fosse o inimigo principal a abater.

Ao tentar competir com a extrema-esquerda pelo voto radical, o que se revelou infrutífero (os radicais preferem o original...), o PS enfraqueceu a sua capacidade de disputar o voto do centro, que é onde se ganham as eleições.
Perdeu a batalha em ambos os tabuleiros.

Neste contexto, de pouco valeu a convicção, seriedade, determinação e combatividade de António Costa e a o empenho de quase todo o Partido. Há lutas inglórias, assim.
[revisto]

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É preciso tentar compreender os resultados eleitorais.
Quanto à coligação de DIREITA, tudo lhe correu bem.
Teve ajuda decisiva de fatores externos, como a retoma da economia da zona euro, a baixa de juros provocada pelo BCE, a enorme descida do preço do petróleo, etc.
Utilizou sem escrúpulos a máquina do Estado e o dinheiro público na campanha eleitoral, com centenas de milhões despejados sobre alguns setores-chave (colégios privados, produtores de leite, pessoal do SNS, etc.).
Teve a seu favor generalidade da comunicação social e um exército de editorialistas e de comentadores combativos.
Não escassearam recursos nem meios durante a campanha.

Mas não podem desvalorizar-se os méritos políticos da própria campanha da direita, bem organizada, bem focada e bem sintonizada.
E acima de tudo, estrategicamente centrada sobre um argumento que provou ser decisivo,
que foi o da segurança e estabilidade na saída da crise oferecida pela coligação contra o risco e o perigo de regresso atrás imputados ao PS.
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Castas
( Sérgio de Almeida Correia, em 05.10.15, delito de opinião)
...
... O mau resultado nacional do PS resume-se a um problema de castas. Não de hoje, nem de ontem.
O partido vai ter de decidir se quer continuar a fazer vinho com tudo o que aparece, misturando sem critério e a granel, apresentando uma zurrapa sem alma, sem profundidade, de consumo imediato e sem hipóteses de atingir a maturidade, produzida por produtores envelhecidos, que não se modernizam nem querem que a casa se modernize,
ou
se quer começar a escolher devidamente as castas, arranjar bons enólogos, renovar a adega para lhe tirar aquele cheiro a mofo que impregna o ar,
e apresentar um produto decente, inovador, capaz de ser valorizado e de ser apreciado pelos portugueses sem necessidade de se lhes estar a prometer um salpicão com a fotografia de especialistas em sueca, PPP e futebol de estúdio.

Estar a produzir vinho para concorrer com os pacotes de cartão de Marco António Costa e o marketing de Assunção Cristas e Paulo Portas,
feito de porta-chaves, amostras de lavanda e bandeirinhas, nunca me pareceu boa política.
Porque a venderem em feiras, com a experiência deles em cervejas e a apresentarem maus produtos valorizados, eles são muito melhores.


De Balanço das Legislativas a 5 de Outubro de 2015 às 15:23

10 razões para a derrota do PS. (Ana Sá Lopes)

«Se um dos grandes problemas nacionais é a dívida, o PS não tem nenhuma alternativa àquela preconizada pela coligação.
Ao apoiar o Tratado Orçamental e ao ter desistido da reestruturação, mostrou que a alternativa dos socialistas é difícil de explicar e trabalhosa de pôr em prática. »
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-----Eleições – Balanço de uma noite de Outono

(http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.pt/ )


Nas eleições de ontem, houve vencedores e vencidos apesar de não estamos em campeonatos de futebol. A democracia tem as suas regras e os seus preços.

1 – Por um voto se ganha e o PàF ganhou. Não vale a pena falar de derrota. Perdeu 700.000 votos relativamente a 2011?
Sim, mas aguentou-se depois de quatro anos que deviam ter sido arrasadores em termos eleitorais.
Preocupante? Certamente, mas foi assim.

2 – O maior vencido foi António Costa que arrastou com ele o PS. Desperdiçou o capital de popularidade que a vitória interna no partido lhe dera e nem lhe terá passado pela cabeça que a vitória nas eleições de ontem não seria um passeio de Outono.
Convenceu-se de que o PS podia ter um programa que agradasse ao senhor Schaeuble e a uma maioria esmagadora de portugueses – e enganou-se.
Nem conseguiu diminuir a abstenção que, afinal, foi a maior de sempre e, como se tudo isto não fosse suficiente, fez uma má campanha, unipessoal, aos gritos e com tiros em tantos pés que uma centopeia não desdenharia.
Cereja em cima do bolo: o mau e displicente discurso de derrota, que fez ontem à noite.

O PS só pode queixar-se de si próprio e não vale a pena atirar culpas à esquerda e à comunicação social quando nem o desesperado apelo ao «voto útil» lhe valeu!

3 – Outros vencidos foram os novos pequenos partidos, nomeadamente os que resultaram de cisões no Bloco, com destaque para o Livre / Tempo de Avançar.
Será interessante, muito interessante, seguir o seu futuro próximo...

4 – Vencedores?
Antes de mais o Bloco de Esquerda, sem dúvida, pelos resultados que excederam todas as expectativas ao mostrarem um partido vivo e convicto, com mensagens claras, de gente nova e menos nova (não há só duas ou três «meninas», não, olhe-se para o novo grupo parlamentar...).
Catarina Martins, as irmãs Mortágua, mas também José Manuel Pureza, José Soeiro e outros 14, lá estarão em S. Bento.
E os outros, os «velhos» Louçã, Rosas e Fazenda, não desertaram.

O PCP manteve-se quase igual a si próprio, crescendo um pouco.
Bloco e PCP terão agora cerca de mais 1/3 dos deputados que tinham na legislatura anterior, 27% dos 230 – uma vitória indiscutível da esquerda anti-austeritária.

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Os dias, meses e anos que se seguem serão certamente muito duros e cheios de incertezas.
Mas o mundo não acabou ontem e, como escreveu já hoje Mariana Mortágua,
«o tempo é de esperança e serenidade. Que todas as forças políticas saibam estar à altura do desafio».


De PSD/CDS +ou- PS ou PS+BE+PCP+Verdes.? a 5 de Outubro de 2015 às 15:37
Pedro Passos Sócrates (http://aventar.eu/2015/10/05/pedro-passos-socrates/#more-1236283)

Eles tentaram tudo.
Usaram recursos públicos ao serviço dos seus partidos, manipularam as redes sociais, esconderam-se por trás de um nome a apelar ao patriotismo e fizeram os caudilhos desaparecer dos cartazes.
Eles tinham os comentadores mais influentes, tinham os bloggers da corda a atacar o PS todos os dias, tinham o Observador, o Sol e o Correio da Manhã.
Eles fugiram a entrevistas, fugiram a debates, fugiram aos portugueses e terminaram a campanha envoltos em cordões humanos de jotas e seguranças como bolhas de actimel à volta do homem que abria portas na Tecnoforma.
Eles reduziram o discurso ao nível mais primário possível, prometeram números impossíveis, empunharam terços e insistiram em enganar os portugueses quando disseram que o Novo Banco não ia ter custos para os contribuintes.
Até António Costa e a campanha desastrosa do PS deram aquela forcinha.

E mesmo assim não foram além do PS de 2005/2011 e de uma maioria relativa.
Passos Coelho é outro Sócrates, separam-nos apenas duas diferenças:
1.Passos precisa de outro partido para ser Sócrates;
2.A pancada que levou entre o primeiro e o segundo mandato foi maior.

Depois de todos os triunfalismos que o protocolo exige, a coligação enfrentará, a partir de hoje, um parlamento onde a esquerda estará em maioria.
O último que lá esteve nas mesmas condições durou 2 anos.
E não tinha um António Costa tenrinho a liderar o maior partido da oposição em processo de “pasokização” que, a julgar pelas suas palavras no discurso da derrota, estará disposto a facilitar a vida ao governo.
Vai ser fabuloso ver as Marias Luz e restantes “clientes” e prostitutas do PàF nas redes sociais tirarem a mira do líder do PS e eventualmente terem que elogiar a sua abertura para viabilizar a governação dos seus caciques.
Alguns adeptos não irão perceber no início mas os mais grunhos nem vão sequer notar.

Pedro Passos Sócrates Coelho lá continuará a seguir o caminho do seu antecessor.
Uma maioria absoluta (ainda que no caso do primeiro-ministro tenha sido necessário recorrer ao táxi) seguida de uma maioria relativa em que a coligação que lidera consegue menos deputados do que o seu partido conseguiu sozinho em 2011,
que não deverá ir além dos 107 deputados, tendo caído quase 12% face aos resultados de 2011, o que se traduz em menos 741.693 mil votos, mais do que a votação total do CDS-PP em 2011.
De resto pior que Sócrates, que quando transitou da maioria absoluta de 2005 para a relativa de 2009 recuou cerca de 8,5%, tendo perdido 511.074 votos.
Nem com um partido em anexo Passos consegue melhores resultados que o preso domiciliário.

Espera-o uma oposição parlamentar hostil, que até poderá revelar-se mais macia do que o esperado caso o PS opte pelo papel de prostituta política
depois de uma campanha em que o discurso assentava num discurso agressivo em torno da impossibilidade de compromissos,
ou, mais provável, o mesmo destino que o seu semelhante que será ser cozinhado em banho-maria durante aproximadamente dois anos até que, quando o refogado estiver no ponto,
surja um Marco António Costa qualquer do PS que diga a Costa: “Ou há eleições no país ou há eleições no PS“.

E lá voltaremos ao mesmo com mais do mesmo.


De comunicação social desfavorável? a 5 de Outubro de 2015 às 22:20
E por continuar a ter muitos cegos, sobretudo nos militantes que
o anda distante da realidade.
Abria-se o jornal e era só António Costa. O mesmo coma rádio e as Televisões. Se há coisa que o PS e o BE não se +podem queixar é da falta de apoio da comunicação social. Foi vergonhoso, mesmo ao nível de países ditatoriais. Este aumento de fundamentalistas do PS há-de conduzi-lo á sua extinção.


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