22 comentários:
De Pânico da Direita PaFiosa neoLiberal. a 13 de Outubro de 2015 às 17:12
O pânico da direita

(13/10/2015 por j. manuel cordeiro, Aventar)


Explica-se de forma muito simples.
Medo de perder o poder e o que ele traz, nomeadamente, o enxameamento da administração pública.
Em 2011, Passos Coelho garantiu que não ia enxamear a Administração Pública de quadros do PSD. Viu-se.

Mas o giro, giro é ver a malta da direita argumentar com falta de legitimidade por uma eventual coligação de esquerda não ter ido a votos.
Passo até por cima de a eleição ter sido para deputados, e não para primeiro-ministro, para perguntar apenas isto:
em 2011, o PSD e o CDS concorreram coligados ou fizeram a coligação à posteriori? Ai o alzheimer.

Por acaso até acho que o Costa se vai meter em sarilhos e, se não se mete a pau, o PSD daqui a um ano, se os juros dispararem, faz-se de vítima e, já se sabe, o povo gosta de quem chora e dá-lhe mana.

Mas que diverte ver o sofrimento da PAF, que já contava com o ovo no cu da galinha, diverte.


De DesGoverno de gestão PàF... a 14 de Outubro de 2015 às 10:13
GOVERNO DE GESTÃO POR TEMPO INDETERMINADO

UMA MANOBRA QUE A DIREITA PODE USAR
... ...
...
Como pode o PR indigitar Passos sem os resultados eleitorais estarem apurados e sem ouvir os partidos? Não pode. Vai ter de esperar.

Dentro daquilo que parece ser o cenário provável, o PR da República depois de ouvidos os partidos ficará a saber duas coisas:
a primeira é que o Governo de Passos será rejeitado;
a segunda, que os partidos que rejeitaram o programa de governo do PAF concluíram entre si um acordo para viabilizar um governo presidido por António Costa.

Neste contexto Cavaco não teria margem político-constitucional para indigitar Passos; poderia fazê-lo, mas estaria a violar grosseiramente os mais elementares princípios de boa-fé e de cooperação institucional que está obrigado a respeitar.
Não são deveres de cortesia, nem simples praxes constitucionais - são deveres jurídicos.

Cavaco tem, porém, uma saída – uma saída deselegante, é certo – na qual ele se pode estribar para indigitar Passos.
A saída consistiria na incerteza que paira sobre o voto do grupo parlamentar do Partido Socialista (ou, pior, uma eventual cisão de c. 6 deputados pró direita PaFiosa).
Se Costa lhe não garantir a unanimidade de voto e a presença dos deputados, é muito provável que Cavaco se agarre a esta probabilidade para indigitar Passos.

Qual o interesse do Governo de gestão?
A direita tem todas as vantagens em lá continuar.
Primeiro porque tem tempo mais do que suficiente para tirar todos os esqueletos do armário;
depois, porque continua a governar, limitadamente é certo, mas a governar e a capitalizar politicamente com toda essa matilha de comentadores que tem ao seu serviço;
finalmente, porque Cavaco pode enrolar esta questão, deixando-a para o seu sucessor,
o qual poderá, a partir de Abril, dissolver o parlamento.

Este é um esquema que a direita pode montar e que a esquerda não pode descartar como hipótese improvável.
Por ser um esquema de extrema gravidade, pelo desrespeito que representa pela vontade parlamentar,
convém desde já que os partidos de esquerda e todos nós, pelos meios ao nosso alcance, comecemos por denunciar esta manobra junto da opinião pública e insistamos
na ideia de que Cavaco tem obrigação de indigitar imediatamente António Costa,
depois de rejeitado Passos e ouvidos os partidos com assento parlamentar.

(-por JM Correia Pinto , Politeia, 14/10/2015)


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