22 comentários:
De Ilusões ou Vontade e União...? a 22 de Outubro de 2015 às 12:54
--JS:
...plano para um País como Portugal abandonar sozinho o Euro. Varoufakis diz que isso é impossível, e que só é possível alterar esta situação a nível europeu, eu não acredito nele.
Mas pago para ver qual será esse plano que não lançará o País num caos que derreterá as poupanças daqueles cujo voto a Esquerda precisa para se manter no Poder e que já perderam tanto com a presente Governação da Direita.

Uma via maximalista como é defendida pelo PCP e pelo BE seria eventualmente derrotada pelo voto que devolveria ao Poder uma Direita revanchista que acabaria a governar à húngara.
É mesmo isso que querem?

---E:
Falta um importante elemento nesta análise. obviamente correcta: o sofrimento dos trabalhadores e do povo, roubados que foram rendimentos e direitos.
Nestes últimos 4 anos o país recuou mais de 10, e em determinados domínios muito mais.
Se houver condições para começar a inverter a situação, se foram devolvidos os rendimentos e direitos roubados estaremos a dar um indispensável contributo e exemplo para avançar por via alternativa.
A austeridade foi e é um pretexto para aumentar a exploração!

--LO:
Uma nota para o Jose...
Em resumo:
aguenta e nada de bufar!
Aceita o que te é imposto e não reclames muito porque ainda te castigam mais!
É isto que advoga para um povo?
É isto que defende para quem não quer vender a sua dignidade?

--JLF:
O Tratado Orçamental impõe um limite de 3% ao défice das contas públicas a todos os membros da zona euro, não apenas aos que «precisam do dinheiro dos outros».
E isto é apenas um exemplo entre muitos.

As políticas de esquerda estão mesmo proibidas na Europa,
e por esquerda deve entender-se aqui o consenso político entre sociais-democratas e democratas cristãos que esteve na origem da prosperidade europeia.
.. em tese altamente abstracta, quase de certeza impraticável e possivelmente indesejável, mas em tese -
um Estado pode subsistir sem défice, sem dívida e sem cobrar impostos.
Basta que retire à banca a possibilidade de emitir moeda e que a reserve para si próprio.
E que não prescinda a favor de nenhum outro Estado da sua soberania monetária, "ça va sans dire".

--MO:
desde quando que ter um deficit de 3, 4, 5 % é de esquerda, o que é de esquerda é ver que é preciso ter um deficit o suficiente para financiar políticas que impliquem uma visão de esquerda do pais, desenvolvimento com emprego, ir paulatinamente mudando a estrutura económica de modo a não depender do financiamento externo. Nem é de esquerda reestruturar a dívida, é a esquerda que a defende porque é um fardo financeiro que impede que políticas de manutenção e melhoria do estado social sejam sustentáveis e não rivais do rigor orçamental, que exista uma permanente redistribuição da riqueza, se houvesse força política suficiente era a burguesia que pagava a dívida que criou, essa burguesia não esta interessada em não pagar porque não é ela que paga o ajuste, os grupos economicos pagam impsrtos na holanda, no luxemburgo que fazem dumping fiscal. Quem a paga a dívida são os impostos de clases que trabalham, os empresarios locais, a classe media profissiona. A formação de um governo de esquerda pode ser o inicio dessa possibilidade, o Jorge Bateira limita essa possibilidade às condições óptimas de luta polítca, meu amigo elas nunca existem, abre-se o processo, procura-se criar as condições socias para que esse governo tome medidas, as quais podem ser contrárias ao cumprimento do Tratado Orçamental, a situação da Grecia nos indica que não é possível fazer a restruturação da dívida sem someter-se aos tratados, o Syritza de modo obrigatório foi por essa via, eu creio que em termos orçamentais pode-se fazer melhor que a direita, desde que se tomem medidas que não tem a ver com a politica europeia, a esquerda pode fazer melhor, poupando em tudo o que tenha a vper com rendas, modificando a política fiscal. Essa é uma batata que o PS deverá pegar, eles que fizeram PPP, swap, que deram beneficios fiscais a grupos. JB desconfia que seja possível, mas então o que é possivel, logicamente das suas palabras...NADA, obrigado mas não serve, pode continuar a escrever que não se pode fazer nada, porque a solução esta onde ate agora ninguêm chegou, buscar o possível em concordância com o veredicto popular que não vota na sua


De ASSIStente da Direita, quer + Tachão. a 4 de Novembro de 2015 às 12:48
Não à ASSIStência PaFiosa
oh assistente, toma nota que Nós Não Vamos nessa...
e tu já devias estar a caminho da cagadeira ... tal é o cheirete a tachão.

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A reunião do leitão assado

«Os opositores de António Costa, apesar de estarem em minoria nos órgãos do partido e no próprio grupo parlamentar, acreditam que “representam metade do eleitorado do PS”(!!).
“Metade do eleitorado socialista está assustado com a deriva que o partido está a seguir e isto que nós estamos a fazer comparado com o que os apoiantes do actual secretário-geral fizeram à anterior direcção não é nada”, afirma fonte socialista,
agitando com o risco de o PS guinar completamente à esquerda. “O partido corre o risco da 'pasokização' e 'syrização'. Há aqui uma deriva à esquerda e isso é muito perigoso”, adverte a mesma fonte, considerando que o partido “deve ter uma reserva, evitando pôr as fichas todas em António Costa” numa próxima disputa da liderança.

A realização deste encontro está a deixar o aparelho do partido nervoso. A mobilização está a ser grande e são esperados militantes de todo o país.
A organização conta com a presença de aproximadamente duas centenas de pessoas, entre militantes de base, ex-dirigentes do partido e presidentes de câmara. Poucos deputados devem marcar presença.
Eurico Brilhante Dias, que integrou o secretariado nacional do anterior secretário-geral, António José Seguro, deverá ser um dos poucos deputados a deslocar-se à Mealhada, o mesmo acontecendo com os líderes das distritais do partido, até porque alguns deles foram eleitos deputados.» [Público]

Parecer do Jumento:

Depois de ter ficado famoso porque no meio de um desaguisado em Felgueiras terem tentado dar-lhe um par de galhetas e agora que estava confortavelmente emigrado em Estrasburgo com direito a alguns abonos pela comunicação social portuguesa
eis que Francisco Assis decidiu "descer o elevador" e promover uma almoçarada de leitão na Mealhada, uma quebra na tradição tuga pois o habitual nestas circunstâncias costuma ser o lombo assado.
Temos portanto um Assis promovido a Assis dos Leitões, enfim, com o devido respeito pelos seus acompanhantes que, como é óbvio, não são responsáveis pelo apelido.


De a ratoeira de AssisTente da direita... a 10 de Novembro de 2015 às 12:36

A ratoeira de Assis

(7/11/2015, Júlio, Aspirina B)

Desde o 4 de Outubro, António Costa tem mostrado o muito que vale. Aqueles socialistas que na noite das eleições pensavam em exigir a sua pele eram movidos por ressentimento e sede de vingança. O que resta dessa reacção de despeitados é hoje personificado por Francisco Assis.
Um partido como o PS precisa de debate interno, como precisa de políticos com a qualidade, o perfil ideológico e a experiência de Assis, mas não no papel que ele tem estado a representar.

Na entrevista de ontem, Costa apontou a Assis, e bem, dois erros:
estar contra um acordo que desconhece e achar preferível que o PS adoptasse a estratégia errada de ser oposição.
A 1ª acusação é verdadeira, mas a atitude de Assis resulta da sua oposição de fundo a uma aproximação do PS ao Bloco e ao PCP, algo que se pode respeitavelmente discutir dias, meses e anos a fio, sem qualquer resultado prático.
A 2ª acusação é também verdadeira, mas aí o erro de Assis é crasso, ao preconizar que o PS viabilizasse o governo da coligação e fosse depois oposição, ficando à espera das escorregadelas do governo para suscitar sucessivas crises políticas.

Na hipótese académica de termos Assis ao leme, portanto, o PS ABSTINHA-se na apreciação do programa de governo, negociava meia dúzia de cedências contra uma abstenção no Orçamento e permanecia alerta no hemiciclo para impedir, juntamente com a restante esquerda, o tandem Passos-Portas de fazer o que lhe desse na real gana.
Obtinha-se por esse modo muito do que o PS quer, mas sem sofrer o desgaste da governação minoritária nem ter que aturar as chantagens do Bloco e do PCP. Assim dito, parece lindo e fácil.

Mas o que é que iria realmente acontecer?
O PS viabilizava o governo e imediatamente lhe caíam em cima todos os que acham, como eu e mais de dois milhões e meio de eleitores, que se perdera a oportunidade de nos vermos livres da pandilha que nos governou quatro anos.
O Bloco e o PCP lembrariam todos os dias que tínhamos o governo que o PS permitiu, para mais tarde cobrarem isso nas urnas.
Na discussão do Orçamento, a coligação iria usar todas as armas de CHANTAGEM para pressionar o PS a deixá-lo passar tal como está.
Ameaçariam com os duodécimos e o com o caos na saúde e na educação, atrasariam o pagamento de pensões e ordenados, recorreriam às pressões de Bruxelas e do FMI, ameaçariam com novas troikas, paralisariam o Estado e, se necessário, os bombeiros e o 112, CULPANDO sempre o PS por tudo.
Os juros da dívida cresceram meio ponto? Culpa do PS, que irritou os “mercados” com as suas exigências despesistas.
Faltam vacinas contra a gripe para os idosos de Freixo de Espada à Cinta? Culpa do PS, que atrasou o Orçamento.
As esquadras da polícia não têm gasolina para perseguir os assaltantes? Culpa do PS, como é óbvio.
Com a ajuda da COMUNICAÇÂO SOCIAL (nas mãos da direita), o mau da fita seria sempre e fatalmente o PS, partido derrotado nas eleições e que não deixaria o governo governar.
Quem diz Orçamento diz qualquer outra decisão ou medida legislativa do governo que os socialistas quisessem impedir ou negociar com a coligação.
Ao mesmo tempo, todos os previsíveis reveses e falhanços do governo seriam naturalmente assacados ao PS – não só pelo governo, como também pelo Bloco e pelo PCP.

Ou seja, o PS faria agora o FRETE à direita e esta retribuir-lhe-ia tratando-o permanentemente como uma odiosa força de bloqueio.
Daqui a seis meses ou um ano iríamos para eleições e o PS afundar-se-ia, entregando à direita nova maioria absoluta.
Este cenário não é fantasia, pois no passado qualquer compromisso com a direita acabou sempre em fiasco para o PS.
O teste decisivo foi quando o PS acedeu a associar-se com o PSD, a que se seguiram dez anos de cavaquismo.

É esta ratoeira que Assis gostaria ver de novo armada ao PS.
É um bom programa para um líder medroso e suicida, não para António Costa.


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