7 comentários:
De Novos ESCRAVOS em sub-Democracia a 26 de Setembro de 2014 às 12:12

SALÁRIO MÍNIMO, A HUMILHAÇÃO DE QUEM TRABALHA NO DURO
– por Mário de Oliveira, a viagem dos argonautas,
By carlosloures / 25/9/ 2014


Dos míseros 485 euro brutos/mês em que se manteve alguns anos, o salário mínimo de quem trabalha no duro, 40 horas por semana ou mais, sobe em Outubro próximo para os míseros 505 euro brutos/mês.
A decisão foi tomada por este governo PP/PSD, com o acordo entusiasta de uma central sindical zeladora dos interesses do grande capital explorador.

Precisamente, no mesmo dia em que o novo seleccionador de futebol de Portugal, o senhor eng.º Fernando Santos, foi apresentado ao país, com honras de abertura nos telejornais nacionais, com um salário mínimo de 100 mil euro/mês,
de acordo com notícia de um matutino de Lisboa, que não foi desmentida pela respectiva Federação.
Façam as contas e vejam quantos anos têm de trabalhar no duro, 40 horas por semana ou mais, os trabalhadores, elas e eles, por conta de outrém,
para apurarem o equivalente ao salário mínimo de um mês do seleccionador nacional de futebol.

Bastaria isto para vermos quanto o aplaudido regime democrático é bem o pior de todos os regimes.
Só não se percebe porque há-de acrescentar-se a esta definição, aquela frase, “à excepção de todos os outros”. Quais?!
Os países da Europa e do Ocidente bem podem orgulhar-se, mas para sua vergonha, de serem países civilizados e de raízes cristãs!
E depois digam que a escravatura foi extinta e que Portugal foi um dos primeiros a fazê-lo.
Somos cínicos incorrigíveis e ainda nos orgulhamos.
Mas por que razão há-de um profissional de futebol, jogador ou treinador, ter um salário mínimo que lhe garante num ano, o que os trabalhadores no duro das empresas não auferem em toda a sua vida laboral?
Onde está a igualdade entre seres humanos?
Onde a dignidade do trabalhador por conta de outrém?
Pode falar-se de dignidade do trabalho, quando este está na continuidade do “tripallium”, o instrumento de tortura dos antigos escravos?

Evoluímos, ou regredimos?
O que nos distingue dos antepassados da idade da pedra?
As tecnologias com as quais nos manipulam e oprimem?
Podemos dizer-nos humanos, enquanto o nosso ser-viver colectivo não for organizado ao modo dos vasos comunicantes?
Haja pudor.
Tanta e tão grande degradação humana social não se extingue, só porque somos escravos com telemóvel!
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Hoje a relação empresário /operário, funcionário, quadro ou trabalhador, não tem dignidade alguma.
A teoria apresentada no texto vai na direcção da exploração, que Garrett falou vai para 300 anos, dizendo estar contra essa forma de se chegar a rico, o que lamento por continuar.
Vejamos, na última ocncertação social Governo decretou aumento da carga horária e diminuição do saláro.
Resultou daqui que Economistas, empresários, antigos Ministros exultaram.
Ora eu chamo a isto desumanidades …
.JBS
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Cada pessoa deve ser capaz de poder viver do trabalho de suas mãos, é o principal argumento: qualquer outra coisa seria violar a dignidade humana.
Mais e mais pessoas são incapazes de viver do seu trabalho
... (através de subsídios estatais, "bancos alimentares" e caridade) ... o contribuinte está a subsidiar o “DUMPING SALARIAL” das empresas. ... tendo os trabalhadores de baixos salários e por conta de outrem de procurar aumentar o pouco dinheiro que ganham, através de trabalhos extra ou do trabalho ilegal.
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Meios para parar a concorrência indesejada

Os maiores candidatos são as agências de trabalho temporário, serviços de cuidados de saúde de longa duração e serviços de segurança . Os seguranças de instalações ganham entre 4 e 12 euros por hora, dependendo do seu nível de formação e em que parte da Alemanha é que estão a trabalhar. Em particular, as empresas têm medo da abertura do mercado alemão aos empregados dos novos estados membros da UE depois de 2009: trata-se de pessoas que irão trabalhar por tão pouco como € 1,50 por hora. Assim, os salários mínimos são também uma forma de manter ou colocar a concorrência desleal fora do mercado. E cerca de 10 euros por hora para os carteiros ocidentais alemães, homens e mulheres: este requisito obrigou os novos rivais de Deutsche Post, a perder.


De . Colaboradora é a tua tia !. a 29 de Setembro de 2014 às 15:03
Colaboradora é a tua tia!

Quando explodiu a crise, a palavra “colaborador” já andava na boca de muito empreendedor, mas com a aceleração da degradação do trabalho, deu-se o “boom”
(-João Camargo • 26/09/2014 -p3.publico.pt)

O plano é evidente:
desmantelar o campo do trabalho organizado, da organização dentro dos locais do trabalho,
desenraizar as pessoas do trabalho que fazem, individualizá-las,
desestruturar a sua vida pessoal, obrigá-las a estar sempre disponíveis para trabalhar, pagar-lhes (se não se puder evitá-lo) quando calha e à peça, tudo o que for preciso para que o salário vá para o fundo, para que o bico fique calado,
para que o medo, o ódio e a chantagem sejam as principais relações num trabalho.
E para que o plano ocorra com o mínimo de percalços possível, que coisa melhor do que um pouco de psicologia inversa?

Se querem mudar o trabalho, a primeira coisa a fazer é mudar o nome do principal agente no trabalho que é, como o próprio nome sugere, o trabalhador.
Para a coisa parecer benéfica, o trabalhador passa a ser colaborador.
Parece bem. Estamos a trabalhar para outrem, dando-lhe a ganhar lucro por uma fatia reduzida desse mesmo lucro, a que chamamos salário.
Mas se em vez de dizer que estamos a trabalhar, dissermos que estamos a colaborar, parece que estamos a outro nível, que estamos mais alto, em parceria, distribuindo tarefas para um mesmo objectivo final.
Quase que nos podiam chamar “sócios”. É esperar algum tempo.
Claro que não é de esperar um aumento de salário com a transição de trabalhador para colaborador. Às vezes até é bem ao contrário.
Somos promovidos no nome e despromovidos na remuneração.
O caso dos colaboradores prestadores de serviço mostra como a distância linguística entre a aparente independência laboral e a dependência económica não poderia ser mais evidente.

Começa nas faculdades, principalmente de Economia e Gestão.
A primeira transição mercantilizou linguisticamente os trabalhadores, renomeando-os de “recursos humanos”.
Recurso é para explorar, sempre. Mais claro não podia ser.
Mas dos recursos humanos para os colaboradores, adoça-se a boca e até parece uma promoção.
Só que enquanto o nome promovia o trabalhador, as condições de trabalho degradavam-se através da precarização que, tão chique, se chamava de flexi (tão sexy) e segurança.
Enquanto aumentava o investimento em melhoria dos estudos em Economia, Gestão de Empresas, “Recursos” “Humanos”, os recém-formados gurus da organização daqueles antigos trabalhadores, transformavam as pessoas cada vez mais em recursos, e cada vez menos em humanos.
Já eram até "capital humano".

Quando explodiu a crise, a palavra “colaborador” já andava na boca de muito empreendedor, mas com a aceleração da degradação do trabalho, deu-se o “boom”.
É que quanto piores são as condições de vida das pessoas, maiores têm de ser as mentiras para mantê-las silenciosas.
E é por isso que hoje nos é solicitado, em vez de trabalharmos, que colaboremos.
Parece muito menos coercivo e exploratório e até podemos de vez em quando enganar-nos quando vamos trabalhar, achando que temos uma posição que não é aquela da pessoa que faz mais e recebe menos.
Como o Orwell ilustrou tão bem no “1984”, as palavras importam.
E tal como pedir desculpa não é demitir-se, colaborador não é trabalhador. É pior.
É nem reconhecer por inteiro o nosso trabalho que faz as coisas funcionar.
Por isso, da próxima vez que o teu patrão, que te paga 500 ou 600 euros por mês para trabalhar numa empresa que dá lucro, se dirigir a si falando da “nossa colaboradora”, diz, nem que seja para ti própria:
“Colaboradora é a tua tia!” — vais ver que te sentes logo menos colaboracionista.

http://p3.publico.pt/actualidade/economia/13867/colaboradora-e-tua-tia


De Sabujo "economêsta" comentador a 28 de Setembro de 2014 às 14:40
VAI À MERDA João César das Neves
- Por Carlos Paz, Professor Universitário no ISEG


Carta Aberta a um MENTECAPTO (João César das Neves)

Meu Caro João,

Ouvi-te brevemente nos noticiários da TSF no fim-de-semana e não acreditei no que estava a ouvir.

Confesso que pensei que fossem “excertos”, fora de contexto, de alguém a tentar destruir o (pouco) prestígio de Economista (que ainda te resta).

Mas depois tive a enorme surpresa: fui ler, no Diário de Notícias a tua entrevista (ou deverei dizer: o arrazoado de DISPARATES que resolveste vomitar para os microfones de quem teve a suprema paciência de te ouvir). E, afinal, disseste mesmo aquilo que disseste, CONVICTO e em contexto.

Tu não fazes a menor ideia do que é a vida fora da redoma protegida em que vives:
- Não sabes o que é ser pobre;
- Não sabes o que é ter fome;
- Não sabes o que é ter a certeza de não ter um futuro.

Pior que isso, João, não sabes, NEM QUERES SABER!

Limitas-te a vomitar ódio sobre TODOS aqueles que não pertencem ao teu meio. Sobes aquele teu tom de voz nasalado (aqui para nós que ninguém nos ouve: um bocado amaricado) para despejares a tua IGNORÂNCIA arvorada em ciência.

Que de Economia NADA sabes, isso já tinha sido provado ao longo dos MUITOS anos em que foste assessor do teu amigo Aníbal e o ajudaste a tomar as BRILHANTES decisões de DESTRUIR o Aparelho Produtivo Nacional (Indústria, Agricultura e Pescas).

És tu (com ele) um dos PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS de sermos um País SEM FUTURO.

De Economia NADA sabes e, pelos vistos, da VIDA REAL, sabes ainda MENOS!

João, disseste coisas absolutamente INCRÍVEIS, como por exemplo: “A MAIOR PARTE dos Pensionistas estão a fingir que são Pobres!”

Estarás tu bom da cabeça, João?

Mais de 85% das Pensões pagas em Portugal são INFERIORES a 500 Euros por mês (bem sei que algumas delas são cumulativas – pessoas que recebem mais que uma “pensão” - , mas também sei que, mesmo assim, 65% dos Pensionistas recebe MENOS de 500 Euros por mês).

Pior, João, TU TAMBÉM sabes. E, mesmo assim, tens a LATA de dizer que a MAIORIA está a FINGIR que é Pobre?

Estarás tu bom da cabeça, João?

João, disseste mais coisas absolutamente INCRÍVEIS, como por exemplo: “Subir o salário mínimo é ESTRAGAR a vida aos Pobres!”

Estarás tu bom da cabeça, João?

Na tua opinião, “obrigar os empregadores a pagar um salário maior” (as palavras são exactamente as tuas) estraga a vida aos desempregados não qualificados. O teu raciocínio: se o empregador tiver de pagar 500 euros por mês em vez de 485, prefere contratar um Licenciado (quiçá um Mestre ou um Doutor) do que um iletrado. Isto é um ABSURDO tão grande que nem é possível comentar!

Estarás tu bom da cabeça, João?

João, disseste outras coisas absolutamente INCRÍVEIS, como por exemplo: “Ainda não se pediram sacrifícios aos Portugueses!”

Estarás tu bom da cabeça, João?

Ainda não se pediram sacrifícios?!?
Em que País vives tu, João?
Um milhão de desempregados;
Mais de 10 mil a partirem TODOS os meses para o Estrangeiro;
Empresas a falirem TODOS os dias;
Casas entregues aos Bancos TODOS os dias;
Famílias a racionarem a comida, os cuidados de saúde, as despesas escolares e, mesmo assim, a ACUMULAREM dívidas a TODA a espécie de Fornecedores.

Em que País vives tu, João?

Estarás tu bom da cabeça, João?

Mas, João, a meio da famosa entrevista, deixaste cair a máscara: “Vamos ter de REDUZIR Salários!”

Pronto! Assim dá para perceber. Foi só para isso que lá foste despejar os DISPARATES todos que despejaste.

Tinhas de TRANSMITIR O RECADO daqueles que TE PAGAM: “há que reduzir os salários!”.

Afinal estás bom da cabeça, João.

Disseste TUDO aquilo perfeitamente pensado. Cumpriste aquilo para que te pagam os teus amigos da Opus Dei (a que pertences), dos Bancos (que assessoras), das Grandes Corporações (que te pagam Consultorias).

Foste lá para transmitir o recado: “há que reduzir salários!”.

Assim já se percebe a figura de mentecapto a que te prestaste.

E, assim, já mereces uma resposta:

- Vai à MERDA, João!


De Sal. Mínimo Nac. < q. inflação. a 29 de Setembro de 2014 às 12:05
SMN aumenta menos que a inflação, patrões recebem 23 milhões €, e salários e pensões pagam mais 64 milhões € de IRS

•Salário mínimo nacional aumenta menos que inflação, patrões recebem bónus de 23 milhões €, e trabalhadores e pensionistas pagam mais 64 milhões € de IRS

«O governo, a UGT e associações patronais, em conjunto, anunciaram o aumento do Salário Mínimo Nacional (SMN) de 485€ para 505€, ou seja, uma subida de 66 cêntimos por dia (em muitos estabelecimentos, 66 cêntimos nem dá para pagar um café). E isto já para não falar que os 505€ ficam reduzidos apenas a 449,45€ após o desconto que os trabalhadores têm de fazer para a Segurança Social (o aumento no salário mínimo nacional liquido é apenas de 17,8€, ou seja, de 59 cêntimos por dia). Para ter o mesmo poder de compra que tinha o SMN em 1974 era necessário que o valor de 2014 fosse 584€.»

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publicado por António Vilarigues, O Castendo, 29/9/2014


De UGT: salario mínimo ao fundo. a 2 de Outubro de 2014 às 15:39
Gozar com os pobres, com o país e com a inteligência

O governo aumentou o salário mínimo a título temporário (?!!) e só até ao fim do ano eleitoral. (e ficando, de futuro, dependente da «produtividade no sector» !!)
- isto é atentar contra todo o espírito do SMN,
contra uma remuneração do trabalho que permita estar acima da indigência/ pobreza,
contra a dignidade do trabalho e dos cidadãos de um país que se diz civilizado e subscritor da Carta dos Direitos Humanos !!!.

Foi isto que o bardamerda dirigente da UGT (e funcionário do BES mau, subserviente dos Bangsters salgados)
aceitou para participar na encenação vergonhosa da concertação social.

Agora já só falta vir o Cavaco elogiar a paz social do país (de emigrantes, e mortos-vivos) com o mesmo ar com que declarou mais um inocente.


De SMN: ofensas ao País e à inteligência. a 6 de Outubro de 2014 às 12:39

O dia em que ofenderam o país

(-por Mariana Mortágua, 3/10/2014 Expresso)

O dia em que Paulo Portas e Passos Coelho
-- ofenderam o país foi o dia em que transformaram o Salário Mínimo Nacional (SMN) num instrumento de campanha eleitoral.
O acordo, anunciado com aquele jeito muito próprio de quem sabe partilhar uma garrafa de Murganheira, já existia desde 2011.
Foi o Governo que chegou tarde e sem compromisso de futuro.
O aumento é pontual, como convém, e, ao contrário do anterior (suspenso pelo governo Sócrates), não faz parte de qualquer estratégia de valorização do trabalho no longo prazo.

--O dia em que Carlos Silva, secretário-geral da UGT, ofendeu o país, foi o dia em que considerou 'justo' o 'aumento' do SMN para €505, esquecendo-se que o 'aumento' de 20€ não chega sequer para compensar a inflação desde 2011.

--O dia em que Mota Soares, o Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, ofendeu o país, foi o dia em que deixou de ver o salário mínimo como um mecanismo de combate à pobreza e de defesa da dignidade dos trabalhadores,
para o transformar num mecanismo de chantagem sobre a produtividade.

É insultuoso, num país onde 14% dos trabalhadores por conta de outrem sobrevivem com o SMN, e 41% não ultrapassam sequer os 600€, brutos!
Talvez por isso, para uma em cada dez pessoas, o trabalho não chega para fintar a pobreza, mesmo já contando com as prestações sociais.

--- É perverso, porque as empresas menos produtivas são exatamente aquelas onde se faz trabalho menos qualificado e mais mal pago
e, portanto, o resultado prático é condenar estas pessoas a um salário que devia envergonhar um país que se diz 'desenvolvido'.

--E é ignorante, porque a produtividade não depende do esforço dos trabalhadores.
Depende do investimento em setores de mais ou menos valor acrescentado, com mais ou menos intensidade tecnológica,
que trabalham em economias com mais ou menos custos de contexto, mais ou menos competências, e
com melhores ou piores estratégias empresarias e de política económica.

--O dia em que Mota Soares, o Ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, ofendeu duplamente o país, foi o dia em que retirou 23 milhões ao Orçamento da Segurança Social para 'compensar' os patrões pelo aumento do SMN.
Das duas, uma:
ou é a Segurança Social que se descapitaliza (para que depois o governo venha dizer que não é sustentável),
ou então são os contribuintes que vão ter de compensar a borla aos patrões.

--O dia em que o Governo ofendeu o país foi o dia em que permitiu que Bruxelas mandasse um porta-voz avisar o país que a Comissão Europeia está desagradada com o 'aumento' do Salário Mínimo, e que 'vai avaliar a decisão', sabe-se lá com que consequências.
Porque, claro, neste país arrasado pela austeridade,
onde se pagam swaps especulativos a bancos agiotas,
PPP com rendas leoninas,
e se amparam todos os golpes de banqueiros sem escrúpulos,
a preocupação de Bruxelas, e partilhada pelo governo, é sobre os impactos negativos de um aumento miserável de um salário, já ele, miserável. É o avesso da decência.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/o-dia-em-que-ofenderam-o-pais=f892015#ixzz3FMbKe79B


De Salário Mínimo p. subdesenvolvidos a 6 de Outubro de 2014 às 12:48

Portugal low cost

Apesar de se tratar de um mero descongelamento salarial e da aplicação incompleta e atrasada de um acordo;
apesar da absurda compensação dada aos empregadores, em sede de TSU, pelo incómodo de terem podido congelar durante três anos os salários mais baixos;
apesar de termos um salário mínimo mais baixo do que os dos países que dominam a política europeia, mesmo em comparação com os respetivos PIB, Bruxelas ficou desagradada.
Parece que a ideia era especializar Portugal no "low cost".
Um exército de miseráveis a produzir mau e barato.

(-por Daniel Oliveira , 1/10/2014, Expresso)

O Salário Mínimo Nacional (SMN) não vai propriamente ser aumentado.
Vai ser descongelado, depois de quatro anos de perda real do seu valor.
A sua atualização deixa-o abaixo do valor que tinha em 2007.
Os parceiros sociais tinham acordado atualizar o salário mínimo em 500 euros, em 2011.
Ele chega aos 505 no final de 2014.
Resumindo:
os trabalhadores foram prejudicados e os empregadores que pagam salário baixos foram beneficiados.
Conseguiram, à custa dos salários mais baixos, reduzir os seus custos em trabalho.
Apesar do congelamento e do não cumprimento do acordado em sede de concertação social, não foram os trabalhadores os compensados pelas perdas que sofreram.
Foram os empregadores que pagam salários mais baixos.
Como compensação por terem reduzido, durante três anos, o valor real dos salários que pagavam e por terem visto adiado o cumprimento do acordo que assinaram receberam uma redução em 0,75 pontos percentuais da TSU.
Bónus que terá de ser pago pelas nossas reformas.


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/portugal-low-cost=f891735#ixzz3FMdwz16j


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