De
... a 30 de Junho de 2014 às 11:55
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...O universo que certos personagens ... nos querem oferecer é precisamente este:
a explorção sem limites, disfarçada de palavreado típico de quem sabe que o roubo institucional tem mais valias a explorar.
Como se sabe com os resultados indesmentíveis à vista
E perante os dados concretos não deixa de fazer impressão a fuga para a frente e o paleio ideológico marcado e ultramontano com que tal fuga se reveste.
--- J.L. SARMENTO disse...
..., argumente com números, factos e conceitos exactos, e não com slogans que já não significam nada - se alguma vez significaram.
As conquistas que o senhor despreza não são empecilhos a nada que não seja o novo esclavagismo;
e a "competitividade" que os neoliberais tanto adoram é um nome de código para a pobreza forçada.
----- F. Simões disse...
Este gráfico evidencia de facto a erosão da contratação colectiva protagonizada por este governo
acolitado pela UGT que faz-de conta que representa os trabalhadores.
Este governo não tem emenda. Está sempre contra os trabalhadores!
Ainda ontem assisti a um debate na Assembleia da República transmitido pela televisão, em que o dinâmico Ministro Mota Soares, depois de um preâmbulo em que, salientando a atenção que o governo sempre devotou à concertação social(!),
anunciou o início de uma nova era post-troika (enfim livres!)
com um projecto de lei para "dinamizar" a concertação social. Como?
Reduzindo o prazo de vigência dos contratos colectivos.
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...João Rodrigues presta um serviço público que é ocultado pela informação oficial e oficiosa.
E isso irrita sobremaneira alguns
---- João disse...
Não podemos é fazer de contas que não há responsáveis.
A UGT e o PS, enquanto amortecedores da luta social, são neste processo, muito objrctivamente, o principal aliado dos exploradores.
É bom dar nome aos bois, porque quando chegar a hora do acerto de contas -e ela chegará, naturalmente - não pode nem deve haver enganos.
--- Anónimo disse...
“É muito bonito realmente falar na ordem, no respeito à propriedade, no sentimento de obediência à lei, etc.,
mas, quando milhares de homens vêem as famílias sem lume na lareira, sem um pedaço de pão, os filhos a morrer de miséria
e ao mesmo tempo os patrões, prósperos e fartos, comprando propriedades, quadros, apostando nas corridas e dando bailes que custam centenas de libras, bom Deus,
é difícil ir falar aos desgraçados de regras de economia política,
e convencê-los que, em virtude de os melhores autores da ciência económica, eles devem continuar, por alguns meses mais,
a comer o vento e a aquecer-se à cal das paredes.”
«Vamos a isso que se faz tarde» – Manifesto do Fórum dos Jornalistas
40 anos depois do 25 de Abril, a liberdade de imprensa sofre um dos momentos mais negros da sua história. Sabemos que as questões que afectam o jornalismo não lhe são exclusivas: esvaziamento das redacções, precariedade, concentração da propriedade. Mas o jornalismo tem responsabilidades específicas e, nesta altura, está em risco. Em causa está o próprio paradigma do direito e do dever de informar como sustentáculos fundamentais de uma sociedade moderna, livre e democrática.
A intenção anunciada de um brutal despedimento colectivo na Controlinveste constitui mais um golpe no panorama informativo e serve hoje de pretexto para nos encontrarmos sem nos esquecermos que este é um processo com décadas. Editorias devastadas, partes significativas do território sem cobertura. É demais para quem parte e é demais para quem fica.
Como garantir qualidade informativa sem meios? A falta de tempo, a superficialidade, as redacções amorfas, a precarização não são problemas novos. Temos grande responsabilidade pelo estado a que chegámos. Essa responsabilidade é colectiva mas começa por ser individual. Temos de ser exigentes com cada um de nós, com o colega do lado, com a chefia intermédia, a direcção e a administração. Mas só temos força e poder para exigir dos outros se nos organizarmos, se percebermos que somos classe. Da classe que somos fazem parte os que têm (ainda ou desde há pouco) redacções, os que são precários há 20 anos, os que estão a chegar à reforma, os que saíram pelo seu pé, os que não chegarão nunca a ter uma redacção, os que sonham com uma e a merecem. Juntos, somos e podemos. Cada um por si fica talvez muito pouco: a ilusão de um poder que já nem temos e que perderemos a oportunidade de recuperar se não agirmos já, com inteligência e exigência.
Noutros países, há órgãos colegiais ouvidos pelos partidos, pela tutela, pelos patrões, pelo público. Há fundos de greve usados para fazer greve, quando ela é a última possibilidade para salvar empregos, condições de trabalho, independência, liberdade, democracia. Sim, para tudo isso podemos contribuir, e tudo isso podemos ajudar a destruir. A indignação não pode desaparecer com a espuma dos dias. É obrigatório não prescindir de eleger os órgãos representativos em cada órgão de comunicação social (CR, CT e delegados sindicais) e importa pensar se não será útil formar um colégio que junte representantes de cada um para tornar mais eficazes acções de luta e projectos jornalísticos.
Por fim, mas não por último, é urgente pensar em soluções conjuntas para garantir que as centenas de jornalistas que nos últimos anos perderam os seus empregos possam, se essa for a sua vontade, voltar a trabalhar. Aceitar a inexorabilidade de decisões alheias sobre as nossas vidas e a nossa profissão é aceitar a nossa impotência e, em última instância, a morte do chamado 4º poder. Chegou a hora de acordarmos. Parafraseando o já tão saudoso Manuel António Pina: não é ainda o fim do mundo, mas já se faz tarde.
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