Só este ano já mais de 14 mil famílias pediram ajuda à DECO
Incumprimento das famílias e das empresas em níveis históricos
( DR, 09/06/2015 , http://www.dinheirovivo.pt/Economia/interior.aspx?content_id=4615776 )
O crédito malparado das famílias continua a aumentar em Portugal.
Segundo os dados mais recentes do Banco de Portugal, 4,44% do total dos empréstimos concedidos a particulares em abril eram creditos dados como vencidos.
Qualquer coisa como 5,4 mil milhões de euros.
A parcela maior é a do crédito à habitação, com 2,5 mil milhões de euros de malparado.
Estes são os valores mais elevados de sempre do malparado desde que o Banco de Portugal publica estes dados, ou seja, desde 1997.
Em março, o total do malparado nos particulares era de 4,41% dos empréstimos.
Os 2,5 mil milhões indicados pela banca como valores vencidos no crédito à habitação representam 2,52% do total do financiamento concedido às famílias para este fim.
Há quatro meses consecutivos que a percentagem do malparado neste segmento aumenta, consecutivamente,
o que constitui fator de preocupação para entidades como a associação de defesa do consumidor, já que é sabido que o crédito à habitação é o última prestação que as famílias em difículdades deixam de cumprir.
"O maior incumprimento no crédito à habitação causa-nos grande preocupação porque é a prova que a situação financeira das famílias não só não está melhor como, infelizmente, está cada vez mais precária e mais dramática", afirmou ao Dinheiro Vivo Natália Nunes, responsável do Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado (GAS)
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Trabalhadores com salários abaixo de 1500 euros vão manter nos próximos anos remuneração que ganhavam em 2010
249 mil funcionários públicos sem aumento de salário até 2018
15/06/2015
O governo começou já a repor os salários da função pública que tinham sofrido cortes, avançando, neste ano, com a devolução de 20%. Em média, cada trabalhador passou a ganhar mais 17 euros por mês na sua remuneração-base, de acordo com os cálculos do economista Eugénio Rosa.
Mas há 249 mil funcionários públicos que ganham menos de 1500 euros, e que por isso tinham escapado aos cortes, que não vão ter qualquer aumento até pelo menos 2018.
Ou seja, ao longo dos próximos dois anos, mais de um terço (37,9%) dos trabalhadores do Estado e das autarquias irão manter o salário que tinham em 2010.
A única medida da coligação PSD-CDS em relação às remunerações dos trabalhadores da função pública - e proposta no Programa de Estabilidade - é a reversão dos cortes salariais, ao ritmo de 20% ao ano, até à reposição por completo em 2020.
Este ritmo, já fez saber o governo, será mais acelerado se as finanças públicas o permitirem.
O programa eleitoral do PS promete um ritmo mais acelerado na reposição integral dos salários cortados,
com uma reversão de 40% em 2016 e de igual montante em 2017.
Arrumada esta medida de austeridade, os socialistas prometem "iniciar em 2018 o processo de descongelamento das carreiras" e de "limitação das perdas reais de remuneração",
ressalvando, contudo, que estas deverão "ser avaliadas tendo em conta o impacto transversal de algumas carreiras em vários programas orçamentais".
Ou seja, não põem de lado a hipótese de proceder a aumentos salariais em linha com a inflação, mas o impacto da medida terá primeiro de ser estudado.
Mesmo que haja disponibilidade orçamental para aumentos em linha com a inflação, significa que no melhor dos cenários os 249 mil funcionários públicos - em que se incluem assistentes técnicos, assistentes operacionais ou técnicos diagnóstico, por exemplo - apenas poderão esperar algum acréscimo salarial a partir de 2018.
-- http://www.dinheirovivo.pt/Economia/interior.aspx?content_id=4623494
Troika vs Grécia:
A posição de subserviência face aos troikistas, a que se associa uma clara traição aos interesses nacionais (outros miguel de vasconcelos) fica um pouco ofuscada perante a atitude do povo grego de RECUSAR o ULTIMATO tão querido e tão defendido pela trupe caseira que tenta que falemos em alemão.
O afundar da Grécia numa crise ainda mais profunda é um sonho húmido dos que querem fazer deste exemplo , um exemplo vacinal para os restantes países ( Portugal incluído).
Uma aliança que reúne toda a tralha DIREITA NEOLIBERAL europeia, toda a tralha troikista, todos os que pugnam pelos interesses do Capital FINANCEIRO e ESPECULATIVO acima dos interesses dos CIDADÃOS, das PESSOAS.
Mas há outros motivos para este ruído de fundo. Apagar da ribalta informações como esta:
"A Comissão de Auditoria tem na sua posse um documento que prova que o FMI sabia desde março de 2010 que com o memorando aplicado na Grécia a dívida grega aumentaria.
O Presidente do Parlamento grego Zoe Konstantopoulou e coordenador científico da Comissão de Auditoria da dívida grega, Eric Toussaint, fizeram ontem referência ao conteúdo deste documento.
“Temos um documento interno do FMI de março de 2010, detalhando as medidas previstas para inclusão no memorando de 2010.
É um plano muito detalhado e pré-definido que não foi comunicado nem aos parlamentos dos catorze países da União Europeia que emprestaram à Grécia nem ao Parlamento grego.
Porque, como se sabe, houve uma VIOLAÇÃO da CONSTITUIÇÃO grega em maio de 2010, quando foi celebrado o acordo “, disse Toussaint.
Durante o nosso trabalho, também conseguimos destacar que os meios utilizados para reestruturar a dívida grega em 2010 foram absolutamente PREJUDICIAIS, porque os direitos às pensões na Grécia e dos cidadãos gregos que detinham títulos do Estado foram sacrificados.
Por exemplo, mais de 50% das compensações para alguns empregados da “Olympic Airways”, que tinham recebido títulos do governo após a sua demissão involuntária, não tiveram qualquer medida de compensação.
No entanto, os grandes BANCOS privados que participaram nos CORTES, receberam uma compensação de € 30.000.000.000, que foram adicionados à dívida pública grega “, disse Toussaint"
https://observatoriogrecia.wordpress.com/2015/06/14/eric-toussaint-denuncia-o-fmi-sabia-que-o-memorando-iria-aumentar-a-divida-grega/
Há quem esteja do lado dos bancos e dos agiotas, novas espécies de traidores hodiernos.
Há quem lute pelos que são sacrificados e roubados.
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Antes o poço da sorte que tal morte
Estamos no início de mais uma “semanas decisivas”, uma das muitas que têm marcado o impasse entre as instituições europeias, o FMI e o governo grego.
Este prognóstico recorrente tem um fundamento. É crescentemente evidente que há um impasse e é também crescemente evidente que o impasse é político.
Não tem nada a ver com a restruturação da dívida ou as metas do saldo primário.
E também não tem a ver com “trabalho” como gostam de dizer os dirigentes europeus.
O centro da divergência são as medidas a implementar e as posições parecem irredutíveis.
O caminho para esta irredutibilidade é, no entanto, bastante diferente.
Enquanto o governo grego já deixou cair várias das suas propostas, a reestruturação da dívida, incluiu algumas exigências das instituições, comprometeu-se com metas pouco sensatas para o saldo primário,
as instituições estão essencialmente imóveis.
A posição actual da Europa é muito próxima do seu ponto de partida, sobretudo no que à política diz respeito.
De tal forma é assim que várias das medidas que estão a ser exigidas ao novo governo grego constavam do programa… de Samaras.
Hoje, de entre as medidas que estão a ser exigidas, constam cortes nas pensões equivalentes a 1% do PIB e um aumento do IVA que garanta uma receita adicional também de 1% do PIB.
Só estas duas exigências do FMI resultariam numa contracção do PIB entre os 1,8% e os 3,4%, de acordo com os cálculos do… FMI.
Ou seja, se aplicarmos a estas medidas INSANAS os resultados do estudo realizado pelo próprio FMI, o que está a ser proposto ao governo grego é que mergulhe deliberada e conscientemente a sua economia numa nova RECESSÃO económica.
Ora, parece cada vez mais claro que isso não vai acontecer.
À medida que o impasse se prolonga, a linguagem de alguns dirigentes europeus vai assumindo um tom colonial/imperativa crescente.
A vontade dos eleitores gregos é um dado ausente desta discussão.
A sua “posição negocial” é simples:
o governo grego deve aplicar a política que as instituições “recomendam” e que produziu os resultados que hoje podemos observar.
Este impasse coloca o governo, mas também o povo grego, perante um IMPASSE.
Se o governo tem, um mandato para rejeitar mais austeridade, tem também um mandato para manter a Grécia no Euro.
E é cada vez mais evidente que o falhanço de um acordo político acarretará a continuação do corte no financiamento europeu,
que significará, a curto prazo, um incumprimento por parte da Grécia, de consequências imprevisíveis.
As sondagens na Grécia reflectem e replicam a contradição que o governo grego enfrenta:
1.Os gregos apoiam maioritariamente o governo e o Syriza aparece com votações semelhantes ou superiores, conforme as sondagens;
2.A esmagadora maioria rejeita a saída do Euro (o que tem sido muito referido);
3.A esmagadora maioria rejeita as novas medidas de austeridade propostas pelas instituições europeias e pelo FMI (o que tem sido bem menos referido).
Esta contradição só poderá ser superada ou através de uma EXPULSÃO da Grécia do Euro por parte das instituições europeias ou pela renovação do mandato democrático deste governo, seja por via eleitoral ou referendária.
Qualquer que seja o desenlace deste impasse, é hoje impossível imaginar que os gregos sigam pelo caminho conhecido que os trouxe até aqui.
Entre um CONFRONTO aberto com as instituições europeias com resultados incertos e imprevisíveis
e a DESGRAÇA certa e previsível que lhes está a ser impingida, a decisão não é assim tão difícil.
Se as instituições europeias apostam que no fim os gregos acabarão por baixar a cabeça, é capaz de vir a ter uma surpresa.
( http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2015/06/antes-o-poco-da-sorte-que-tal-morte.html - por José Gusmão, 15.6.2015) ,
Tremam (troikas de ladrões e burlões)
Wolfgang Munchau do Financial Times estima que as exigências AUSTERITÁRIAS dos credores tenham um impacto depressivo cumulativo no PIB grego de cerca de 12,6% nos próximos quatro anos.
Isto em cima de uma queda decerca de 25%. Estaríamos para lá da Grande DEPRESSÃO e rapidamente a chegar a algo parecido com a CATÁSTROFE russa, entre outras repúblicas da antiga URSS,
do início da década de noventa, de resto inspirada pelo mesmo tipo de ideias perigosas.
Nos termos desta gente não se negoceia.
Aliás, o tom de intransigência colonial da troika, de que fala o José Gusmão abaixo, é em parte o resultado da disponibilidade para certas cedências por parte do governo grego imbuído de um genuíno espirito negocial num contexto estrutural feito para imposições.
Felizmente, parece que há aí quem olhe para Islândia em busca de inspiração rebelde. (http://www.telegraph.co.uk/finance/11673989/Syriza-Left-demands-Icelandic-default-as-Greek-defiance-stiffens.html )
Neste contexto, um governo patriótico só pode optar pelo INCUMPRIMENTO para com os credores, adoptando controlos de capitais, gerindo o processo de introdução de uma nova unidade monetária, desvalorizando-a, ganhando assim instrumentos de política,
incluindo na frente orçamental interna, e transformando a CORJA política do CENTRO nos “maiores perdedores financeiros da história” (Munchau):
diz-se que estão em jogo para a França e para a Alemanha 160 mil milhões de euros,
tendo ainda o europeísta Munchau esperança que o MEDO seja um bom conselheiro no centro.
Não sei. Mas lembrando o que disse um amigo meu, só espero que “lhes tremam as pernas”...
(- por João Rodrigues , 16.6.2015, http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/
Syriza Left demands 'Icelandic' default as Greek defiance stiffens
Greek premier Alexis Tsipras threatens Europe's creditors with a "big no" unless they yield on debt servitude
14 Jun 2015
The radical wing of Greece's Syriza party is to table plans over coming days for an Icelandic-style default and a nationalisation of the Greek banking system, deeming it pointless to continue talks with Europe's creditor powers.
Syriza sources say measures being drafted include capital controls and the establishment of a sovereign central bank able to stand behind a new financial system. While some form of dual currency might be possible in theory, such a structure would be incompatible with euro membership and would imply a rapid return to the drachma.
The confidential plans were circulating over the weekend and have the backing of 30 MPs from the Aristeri Platforma or 'Left Platform', as well as other hard-line groupings in Syriza's spectrum. It is understood that the nationalist ANEL party in the ruling coalition is also willing to force a rupture with creditors, if need be.
"This goes well beyond the Left Platform. We are talking serious numbers," said one Syriza MP involved in the draft.
"We are all horrified by the idea of surrender, and we will not allow ourselves to be throttled to death by European monetary union," he told the Telegraph.
The militant views on the Left show how difficult it could be for premier Alexis Tsipras to rally his party's support for any deal that crosses Syriza's electoral 'red-lines' on pensions, labour rights, austerity, and debt-relief.
Yet they also strengthen his hand as talks with EMU creditors turn increasingly dangerous. Talks between Greece and its EU creditors fell apart once again on Sunday, leaving a final decision on a default to eurozone finance ministers.
Mr Tsipras warned over the weekend in the clearest terms to date that Greece's creditors should not push him too far. "Our only criterion is an end to the 'memoranda of servitude' and an exit from the crisis," he said.
"If Europe wants the division and the perpetuation of servitude, we will take the plunge and issue a 'big no'. We will fight for the dignity of the people and our sovereignty," he said.
It may soon be too late to push any accord through the German Bundestag and other EMU parliaments before June 30, when Greece faces a €1.6bn payment to the IMF. The interior ministry has already ordered governors and mayors to transfer their cash reserves to the central bank as a precaution, but even this is not enough to avert default without a deal.
Yet an official document released this evening in Athens appeared to throw down the gauntlet. "The government reiterates, in no uncertain terms, that no reduction in pensions and wages or increases, through VAT, in essential goods - such as electricity - will be accepted. No recessionary measure that undermines growth – the experiment has lasted long enough," it said.
European officials examined 'war game' scenarios of a Greek default in Bratislava on Thursday, admitting for the first time that they may need a Plan B after all. "It was a preparation for the worst case. Countries wanted to know what was going on," said one participant to AFP.
The creditors argue that 'Grexit' would be suicidal for Greece. They have been negotiating on the assumption that Syriza must be bluffing, and will ultimately capitulate. Little thought has gone into possibility that key figures in Athens may be thinking along entirely different lines.
Tasos Koronaki, the party secretary, said on Sunday that attempts to split the party will fail. "The government will not enter into any agreement that is not accepted by the parliamentary group. We are more united than ever," he said.
Finance minister Yanis Varoufakis told Greek television that his country cannot accept an "unachievable fiscal plan" and warned creditors that the minimum damage from Grexit would exceed €1 trillion for the European financial system.
Syriza's Left Platform has studied the Icelandic model, extolled as a success story by the International Monetary Fund itself.
"The Greek banks must be nationalised immediately, along with the creation of a bad bank. There may have to be some restrictions on cash withdrawals
...
"The banks will go ape-s*** of course. We are aware that there will be a lot of lawsuits but at the end of the day we are a sovereign power," he said.
Deposit outflows from the banks are running near €400m a day and could at any moment turn into a national bank run. This is alarming in one sense, but it has advantages for Syriza hard-liners.
The immediate problem is landing in the lap of the European Central Bank, which has had to raise its emergency liquidity support (ELAs) for the Greek banks to €83bn. The ECB is ever further on the hook.
While Greek citizens are hiding their money in mattresses or parking it in foreign accounts, the wealth still exists and could be used to replenish new banks in the future.
"The more the deposit flight goes on, the easier Grexit will be," said one Syriza MP. "It is a trump card," said another.
Syriza has a strong ideological motive to strike at the financial elites. They view the banks as the nerve centre of an entrenched oligarchy that has run the country for more than half a century as a family business. Forcing these institutions into bankruptcy provides cover for a socio-political purge, best understood as a revolution.
Iceland is a tempting model for Greece, but the parallel can be pushed too far. The Nordic country seized control of its three big banks - Glitnir, Kaupthing, and Landsbanki - when the crisis span out of control in late 2008.
It wiped out shareholders and defaulted to foreign creditors - including British and Dutch retail depositors - setting off a storm of protest. Britain's Labour government briefly invoked anti-terror legislation. The governor of Iceland's central bank showed this reporter a document listing his institution along side al-Qaeda on the global blacklist, calling the British move "18th century gunboat diplomacy".
Iceland's internal banking system was rebuilt from scratch under state control with public funds equal to 30pc of GDP, and was shielded by capital controls. The boards were sacked. Some executives were prosecuted.
The banks kept their old names to maintain continuity for local depositors but they were essentially new institutions. Iceland gradually recovered and has since racked up impressive growth. Contrary to apocalyptic warnings, a 50pc devaluation proved to be part of the cure. The krona has since strengthened slightly against the euro.
However, Iceland has a very different society and economic structure. Quick stabilisation was possible only because the IMF and the Nordic countries stepped in with a $5bn rescue package.
Greece has already exhausted its IMF quota in the two failed rescues of 2010 and 2012, and is now at daggers drawn with the Fund's team in Athens. Some Syriza leader are demanding the head of Poul Thomsen, the IMF's programme chief.
They accuse him of working in cahoots with the oligarchy and pushing austerity beyond economic logic. The latest demands include a rise in VAT and pension cuts together worth 2pc of GDP by 2016, amounting to a pro-cyclical fiscal squeeze in an economy already in depression.
Tensions reached breaking point last week when the IMF pulled out of talks and flew back to Washington, though part of frustration is with the European institutions. It is hard to see how Greece could turn to the IMF for friendly help if the crisis leads to rupture. Much would depend on the quality of European statesmanship, and on how much political capital the US was prepared to spend sorting the problem out.
The IMF's view is in any case complex. It has warned EU officials behind closed doors that it will not continue to take part in Greek loan programmes unless the creditors accept a serious reduction in Greece's public debt burden.
While Greece's interest costs are just 2.5pc of GDP at the moment, they will jump to nearer 5pc in 2022 when the current debt deal expires. There is a high risk that the country would then be bankrupt again with little to show for a decade of austerity and depression.
Mr Tsipras faces a critical choice. If he accepts creditor demands, he may lose a large bloc of his own party and have to rely on the establishment parties to push the deal through the Greek parliament.
Such a course of action would render him ... accusations of betrayal .
-Troyka ?: NO!
With A Grexit, A Lot Of Politicians And Bankers Would Lose Their Job... So This Must Be Avoided By All Means
(- Francis Schutte of Goldonomic.com , June 12, 2015, http://www.talkmarkets.com/content/us-markets/with-a-grexit-a-lot-of-politicians-and-bankers-would-lose-their-job-so-this-must-be-avoided-by-all-means?post=66794 )
"Where there’s a will, there’s a way," Merkel told reporters as she arrived in Brussels.
"The goal is to keep Greece in the euro area."
The prospect of a moderately successful 'Grexit' would invite endless speculation within the EU concerning who’s next.
(Merkel: Oh my God... my Job, Junker's Job, our Deutsche bank, ... ) If I am wrong and we do have a GREXIT after all, make sure you brace for dramatic events in the banking world!
Gold has always been a long-term store of value whose price has the potential to experience a high degree of volatility over the short term.
As such it has some of the characteristics of a currency while also representing a diversifying quality within a portfolio.
However gold does best when people lose confidence in the ability of other currencies to hold their value either through deflation and low interest rates or through runaway inflation and high rates.
As the Bond market and bubble are deflating, all DERIVATIVES and derived products will suffer a lot!
The time to get rid of these is NOW and this includes Fiat Money and Treasuries.
Amongst the most serious cracks in the Dollar wall are the market for US municipal bonds and the US pension system.
Pensions, because an environment of interest rates on the floor doesn’t allow pension funds to meet the performance which they had planned;
Munis (municipal bonds) because this huge market will collapse if a city of significant size is unable to repay its bonds.
Yet the two are linked: many public pensions are paid locally, increasing the pressure on municipal budgets and precipitating bankruptcy…
Important Fundamentals:
Authorities will do ALL WITHIN THEIR POWER to avoid any accidental flash-crash of the Bonds/Treasuries....but there is only so much they can do.
Once Bonds fall and interest rates rise, derivatives start to make their kills:
life insurances, insurances, re-insurances, pension funds, bank deposits, fiat money, common shares....
I have no idea how long the process will take and whether we shall see some accidents (black swans)...
but don't let your hope feelings and emotions refrain you from doing what you must do...and do it NOW!
Have NO HOPE. for recovery is NOT around the corner
and whatever the propaganda pretends, things will get a lot worse and it will take a lot more time and pain before we have any recovery.
Circo
(-J.Simões, 15/6/2015, http://derterrorist.blogs.sapo.pt/ )
Ou como a incompetência do FMI está a matar o capitalismo:
«Não só se confirma que a desigualdade está ao "mais alto nível em décadas" e que uma maior desigualdade tem como consequência um abrandamento do crescimento da economia [...].
[...] mais desigualdade faz as economias crescer menos. "Se a parte do rendimento dos 20% mais ricos aumenta, então o crescimento do PIB diminui no médio prazo", [...] "um aumento da parte do rendimento detida pelos 20% mais pobres está a associado a um crescimento do PIB mais elevado".
Como a desigualdade faz mal ao crescimento, faz sentido perceber o que a está a provocar, para tentar inverter a tendência.
Um dos mais importantes é o aumento do prémio que é oferecido aos que têm mais qualificações. Com o desenvolvimento tecnológico, a parte da população que tem qualificações que lhes permitem tirar mais vantagens desse desenvolvimento viu os seus rendimentos subirem muito mais do que os que não têm essas qualificações.
[...] “a suavização da regulação nos mercados de trabalho está associada com uma desigualdade no mercado e um peso do rendimento dos 10% mais ricos mais elevada”, [...] “a flexibilidade do mercado de trabalho beneficia os ricos e reduz o preço de negociação dos trabalhadores de mais baixos rendimentos”.
“A política fiscal já desempenha um papel significativo a enfrentar a desigualdade de rendimento em muitas economias avançadas, mas esse papel redistributivo da política fiscal pode ser reforçado através de uma maior importância para os impostos sobre a fortuna e a propriedade, de uma tributação mais progressiva dos rendimentos, da redução das oportunidades para a fuga aos impostos, de uma melhor escolha dos benefícios sociais, ao mesmo tempo que se minimizam os custos de eficiência”»
O fim das ilusões
«Só podemos suspeitar que há motivações políticas por trás do facto de insistirem em mais cortes nas pensões, apesar de cinco anos de pilhagem. (...)
Estamos a tratar da dignidade das nossas pessoas bem como das aspirações de todos os europeus.
Não podemos ignorar esta responsabilidade.
Esta não é uma questão de teimosia ideológica - tem que ver com democracia.» - Alexis Tsipras
«Quando, entre cortar nas reformas dos cidadãos ou nas despesas militares de um dos países que mais gastam no seu exército,
alguém prefere manter os gastos militares, estamos conversados sobre a natureza do programa que se quer continuar a impor à Grécia.
É o verdadeiro teste do algodão, o tal que não engana, como dizia um célebre anúncio televisivo.
(...) Para quem ainda tenha dúvidas sobre a política de capitulação que está a ser prosseguida pela troika, as palavras do presidente do Eurogrupo falam por si. "Não é correto pensar que podemos encontrar-nos a meio caminho".» -- Mariana Mortágua, O teste do algodão
«Tsipras, eleito com um mandato para manter a Grécia no euro, provou que
qualquer tentativa de conseguir uma alternativa de esquerda para um país
está condenada ao fracasso ou à saída da zona euro.
A derrota de Tsipras é a derrota de qualquer tentativa de corte com a austeridade.
Dentro da Europa não há matizes:
infelizmente existe uma agenda única, a dos “compromissos europeus”, que podem ser mais ou menos bem desenvolvidos conforme as personagens envolvidas.
Acabaram agora as ilusões:
não há política sem austeridade na zona euro.
A Europa ilegalizou a social-democracia quando aprovou o famoso "défice zero" do Tratado Orçamental, como na altura vários economistas notaram.» -- Ana Sá Lopes, Grécia. Perdemos todos (e a democracia também)
(-por Nuno Serra , 16.6.2015 , http://ladroesdebicicletas.blogspot.pt/2015/06/o-fim-das-ilusoes.html )
A Grécia encurralada pelos países ricos
grecia obs
«É na Grécia que se esconde o verdadeiro adversário do status quo:
é preciso castigar uma figura anti-sistema como Tsipras
e demonstrar que a esquerda radical não pode dirigir um país europeu.»
Este texto de Roberto Savio tem o mérito de situar a questão da Grécia, em termos muito simples, num contexto global que tendemos a esquecer, tantos são os episódios, mais ou menos burlescos, com que somos bombardeados todos os dias.
50 anos de Guerra Fria e o facto de a chanceler Angela Merkel ter crescido na Alemanha Oriental podem talvez explicar a influência política que os Estados Unidos exercem sobre a Europa.
Depois de uma reunião bilateral entre Merkel e o presidente dos EUA, Barack Obama, durante a cimeira do grupo dos sete países mais ricos do mundo (G7), na cidade alemã de Elmau, em 7 e 8 do corrente mês, soube-se que se tinha chegado a uma solução de compromisso:
a chanceler alemã aceitou que a União Europeia (UE) continuasse a aplicar sanções à Rússia, o que levou outros países a segui-la; em contrapartida, Obama mudou a posição de Washington em relação à ajuda financeira a prestar à Grécia.
Esta atitude tinha sido inequivocamente expressa aos líderes europeus, poucos dias antes, pelo secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, que defendeu a necessidade de resolver o problema grego para evitar um impacto global inadmissível –
posição que acelerou imediatamente as negociações, ficando a esperança de que tudo seria resolvido antes da cimeira do G-7.
Mas a Grécia não aceitou o plano que lhe foi apresentado pelo presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, porque o mesmo reflectia posições semelhantes às do Fundo Monetário Internacional (FMI), que incluía mais cortes no orçamento e mais austeridade.
Na cimeira, Obama endureceu a posição dos EUA em relação à Grécia, afirmando inclusive que «Atenas tem de executar as reformas necessárias».
O braço de ferro entre a Grécia e os seus parceiros europeus já dura há 5 anos.
A crise grega teve origem nos gastos excessivos dos governos anteriores ao actual, de Alexis Tsipras, concretizados, nomeadamente, num aumento em grande escala do emprego na função pública e num sistema de pensões extremamente caro.
Em 2009, o PASOK venceu as eleições e descobriu-se então que os números que Atenas tinha enviado para Bruxelas eram falsos:
o deficit anual real era várias vezes superior ao declarado, em quase 12,5% do produto interno bruto (PIB). Foi a confirmação daquilo que a UE desde há muito suspeitava, apesar de nada ter feito.
Sem entrar em detalhes sobre as angustiantes negociações que se seguiram, entre a Grécia e a União Europeia, chega-se às eleições de Janeiro deste ano, ganhas pelo partido progressista de Tsipras, o Syriza. O seu programa era claro:
parar o plano de austeridade da troika – FMI, UE e BCE –,
imposto em nome dos países europeus liderados pela Alemanha, Países Baixos, Áustria e Finlândia.
A Grécia está de rastos. Oficialmente, o desemprego passou de 11,9% em 2010 para os actuais 25,5%.
Mas sabe-se que, na realidade, se situa à volta de 30% e que, entre os jovens, se aproxima de 60%.
O PIB caiu 25%, os cidadãos gregos perderam cerca de 30% por cento das suas receitas e
a despesa pública diminuiu tanto que até os hospitais têm grandes dificuldades de funcionamento.
No entanto, a exigência da troika é simples:
cortar e continuar a cortar até à eliminação do deficit.
As pensões, por exemplo, já sofreram dois cortes e pede-se mais uma redução.
Esta renderia apenas cerca de 100 milhões de euros e causaria enormes prejuízos aos pensionistas que vivem com 685 euros por mês, ou até menos.
Quando Juncker assumiu a presidência da Comissão Europeia, o órgão executivo da UE, anunciou um grande Plano Marshall para a Europa. Mas ficou pela proclamação:
o projecto desapareceu totalmente de cena.
A austeridade é o fosso que divide as opções dos EUA e da UE.
Os Estados Unidos escolheram o caminho do investimento para o crescimento - apesar da pressão do Partido Republicano a favor da austeridade – e a economia está de novo a crescer.
Pelo contrário, a UE é dirigida pela Alemanha e os alemães estão convencidos de que aquilo que fizeram no seu país é válido para todos.
Há um consenso...
A Grécia encurralada pelos países ricos
...
...
Há um consenso generalizado de que a crise na Grécia, que representa apenas 2% do PIB da UE, podia ter sido resolvida quando começou,
com um empréstimo que iria de 50.000 a 60.000 milhões de euros (56.600 a 67.800 milhões de dólares).
Mas desde que Tsipras se tornou primeiro-ministro e, com o apoio popular, começou a recusar em bloco o plano de credores, a Grécia converteu-se em tema de grande importância.
Agora fala-se de um «Grexit», ou saída da Grécia do euro e da UE, que teria um
efeito de cascata e significaria o fim do sonho comum de uma Europa baseada na solidariedade e no sentido de comunidade.
No G-7, Obama insistiu no investimento e no estímulo à procura como uma forma de sair da crise.
Merkel afirmou, uma vez mais, que a Europa não precisa de estímulos financiados por endividamento,
mas de incentivos que resultem da reforma de economias ineficientes.
Este espectáculo recorda-me uma frase do prestigiado jornalista do Sri Lanka TarzieVittachi: «Tudo é sempre sobre outra coisa».
É interessante sublinhar que uma das razões dadas para se ser tão duro com o Syriza
é que os cidadãos de Espanha, Portugal e Irlanda, os primeiros que engoliram a pílula amarga da austeridade,
ficariam indignados se se optasse por um caminho diferente para a Grécia.
Acontece que estes três países têm governos conservadores... (neoliberais e sabujos de Merkel e da alta finança)
Todo o sistema político europeu estremeceu quando o Syriza venceu as eleições, e de novo há alguns dias com a vitória de Podemos
(o partido de esquerda, que se opõe à austeridade) nas eleições locais em Espanha.
Por alguma razão, o governo extremamente autoritário e conservador (pró-FASCISTA) húngaro de ViktorOrbán, a recente vitória da muito conservador Andrzej Duda como presidente da Polónia, assim como a ascensão, em Itália, de Matteo Salvini, da antieuropeia e xenófoba Liga Norte, não criam pânico.
Isso acontece porque é na Grécia que se esconde o verdadeiro adversário do «status quo»:
é preciso castigar uma figura anti-sistema como Tsipras e demonstrar que a esquerda radical não pode dirigir um país europeu.
Mas será que alguém realmente acredita que as massas de cidadãos em Madrid, Lisboa ou Dublin encheriam as ruas para protestar,
se a Europa desse um salto mortal de solidariedade e de idealismo e decidisse reduzir as exigências draconianas que faz à Grécia?
-------Texto original aqui.
http://entreasbrumasdamemoria.blogspot.pt/
[Publicado originalmente no Observatório da Grécia]
Consumocracia, a Democracia de Consumo
16/06/2015
Paulo Pereira
A ditadura perfeita terá as aparências da democracia,
uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão com a fuga.
Um sistema de escravatura onde,
graças ao consumo e ao divertimento,
os escravos terão amor à sua escravidão.
Aldous Huxley
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Não é de um «Grexit» que a Europa precisa mas de um «Schäubxit» »
------ Escatota Biribó, 16/06/2015 :
A mim o que me preocupa, ou o que me pesa, é pensar no que poderão os escravos que têm consciência disso, fazer para alertar os outros escravos, ou ainda contrariar o rumo dos acontecimentos.
O que me coloca as seguintes questões:
Querem os escravos tomar consciência da sua condição?
Terão os escravos capacidade para ter consciência da sua situação?
Ou será o mesmo que esperar de uma galinha de aviário que faça greve de fome, na pretensão de se tornar uma galinha do campo.
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Não é de um «Grexit» que a Europa precisa mas de um «Schäubxit»
(16/06/2015 por Sarah Adamopoulos )
Em 1990, a RDA (que precisava de ser “salva”, para ser integrada na Alemanha) exibia os mesmos sintomas que a Grécia em 2015 relativamente à UE.
Foi então criado, pelo mesmo Schäuble, actual coveiro da Europa,
um imposto de solidariedade, para financiar a unificação alemã.
Artigo (em francês) do jornalista alemão Kai Littmann.
http://eurojournalist.eu/grece-wolfgang-schaeuble-le-fossoyeur-de-leurope/
O orçamento militar da Grécia
(- por Miguel Madeira, 14/6/2015, http://viasfacto.blogspot.pt/2015/06/o-orcamento-militar-da-grecia.html#links )
Aparentemente, o FMI terá recusado uma proposta aceite tanto pela Grécia como pela União Europeia de trocar os cortes nas pensões por cortes na despesa militar, no valor de 400 milhões de euros.
Para termos uma noção do que estamos a falar, uma lista das despesas militares dos países europeus (fonte - SIPRI Military Expenditure Database; os dólares foram convertidos em euros ao câmbio de 1,1261 dólares para 1 euro): (quadro)
Dos membros europeus da NATO, a Grécia parece ser, junto com a França e o Reino Unido, aquele com proporcionalmente maiores despesas militares (2,2% do PIB, Portugal com 1,9%)
(se em vez de pensarmos em "membros europeus da NATO", pensarmos em "países europeus que não tiveram guerras nos últimos 20 anos", acho que será mesmo o com maior despesa).
[Dá-me a ideia que a insistência do FMI nos cortes de pensões já não será tanto por um motivo de racionalidade económica,
mas mais numa de "o governo grego tem que mostrar que trabalha em equipa connosco"]
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Sim, meu caro Miguel. É pura vontade de mostrar quem manda em termos de classe.
E note-se que para os parceiros de coligação nacionalistas do Syriza, a coisa seria talvez pouco mais ou pouco menos difícll de engolir do que o corte das pensões.
Todavia, se entendermos por "racionalidade económica",
a da economia política globalmente dominante,
a tentativa de imposição do FMI tem razão de ser.
miguel(sp)
--- jose guinote :
Interessante e esclarecedora esta posição do FMI. Trata-se, a meu ver, de deixar bem claro
o verdadeiro objectivo da austeridade:
implodir o estado social europeu - o já débil no caso dos gregos - de forma irreversível.
A implosão do sistema de segurança social - começando pelos dos países mais pobres e mais endividados - é um objectivo estratégico.
Juntamente com a mercantilização do acesso aos cuidados de saúde e à educação
constituem um poderoso núcleo de políticas fundadoras de uma nova ordem.
Além do mais esta revolução necessita do apoio e do suporte das forças militares e das polícias.
Certamente a Troika terá visto com muitos maus modos os confrontos com as forças policiais na escadaria do Parlamento.
É neste contexto que mais uma vez fica claro que aquilo que está em jogo não é, nem nunca foi, um problema de dinheiro.
Tirar 400 milhões às despesas militares na Grécia, como tirar aqui 400
ou 1200 milhões às PPP´s ou aos sectores rentistas resolvia o problema dos custos mas não era a mesma coisa.
Tirar 400 milhões em direitos sociais isso sim é uma verdadeira "reforma estrutural".
----Libertário :
Os teóricos do «Estado Mínimo» sempre querem reduzir as actividades do Estado,
principalmente as de conteúdo social,
mas raramente defendem os cortes nas despesas militares, dos aparelhos de segurança e na alta burocracia parasitária...
O que não deixa de ter piada é que a «esquerda» também raramento o faz, por medo ou tabú !
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