Segunda-feira, 04.06.12
 
Análise José Gomes Ferreira | SIC

 



Publicado por [FV] às 17:52 | link do post | comentar | comentários (7)

Sexta-feira, 04.03.11

Num artigo do "Financial Times" desta semana, Paulo Rangel e Marques Mendes são citados como sendo a favor de que Portugal peça ajuda externa o mais rapidamente possível.

Parece que as coisas se perspectivam mais ou menos assim, para alguns dirigentes do PSD: Portugal é forçado a pedir apoio maciço externo, reconhecendo de uma vez por todas que as taxas de juro da divida pública são incomportáveis. Imediatamente o Presidente da República convoca eleições, que o PS vai perder e o PSD vai ganhar, quem sabe até com maioria absoluta. Haverá lugares para "boys" e "girls" que estão fora do poder há anos. E o principal problema de Portugal, isto é, o facto de termos um governo liderado por José Sócrates, ficará resolvido. Vamos todos à nossa vida renovados, com o sol a brilhar e os horizontes largos. A cereja em cima do bolo será que o PSD poderá enquanto governo responsabilizar o PS, a Angela Merkel, a Comissão Europeia, ou o Jean-Claude Trichet, à vez, por tudo o que de medidas de austeridade tiverem que ser tomadas durante toda a legislatura.

Infelizmente, esta atitude tão "blasé" do PSD em relação à inevitabilidade da ajuda externa é contrária aos interesses do País. A ideia de que uma intervenção externa igual à da Grécia e Irlanda pode ser benéfica para Portugal já foi desconstruída várias vezes. Desde logo, pelo que está a acontecer naqueles dois países: desde que solicitaram ajuda as taxas de juro associadas às suas dívidas públicas não desceram. Pelo contrário. Actualmente os mercados estão interessados em testar a solidez do euro. O que está em causa é a própria sobrevivência da moeda única.

Se houver ajuda externa nos mesmos moldes que na Grécia e na Irlanda, haverá sérios efeitos económicos, como tão bem explicou Pedro Santos Guerreiro no editorial de quarta-feira deste jornal. A começar pela fuga de capitais que afectará os bancos, mas não só. Haverá também gravíssimos efeitos políticos, que atingirão não apenas o PS mas toda a classe política com responsabilidades governativas desde a entrada de Portugal na UE. A crise de soberania política que se abaterá sobre nós fará alicerces em cima de um fosso crescente que existe e tem vindo a agravar-se desde 2003 entre políticos e cidadãos. Por isso, esta ânsia do PSD em derrubar Sócrates, ao ponto de abrir os braços a uma ajuda externa maciça é um bocadinho como aqueles que apoiaram a guerra no Iraque porque serviu para tirar o Saddam do poder.

Ao longo dos últimos meses, José Sócrates e Teixeira dos Santos têm feito bem em resistir às supostas evidências de necessidade de recurso à ajuda externa invocadas por um coro de operadores económicos, muitas vezes anónimos, e agora pelo PSD. Sócrates será teimoso, mas a sua resistência tem objectivos políticos reais. Porque enquanto Portugal tem resistido, a conjuntura e a forma de auxílio a Portugal tem-se tornado ligeiramente mais favorável.

De facto, essa resistência já deu frutos. Quais? Bem, tem servido para que a Europa - e sobretudo a Alemanha - dêem passos no sentido de assumirem esta crise como uma crise do euro, e não uma crise dos "gastadores do Sul". Temos de assumir as nossas responsabilidades no que respeita ao défice orçamental, mas não somos responsáveis pela vontade que alguns operadores de mercado têm de testar a solidez da moeda europeia. No momento que escrevo, Sócrates e Merkel reúnem para decidir se vai ou não haver uma possibilidade de acesso a uma linha de crédito europeia, sem necessidade de recurso a ajudas maciças, desde que o País se comprometa com objectivos de redução de défice e de reformas. Seria um bom compromisso.

Visto desta perspectiva, o PSD não deveria fazer mais do que colocar-se responsavelmente na oposição, tal como sugere Pacheco Pereira numa entrevista desta semana honrando os seus compromissos tanto orçamentais como do PEC I e PEC II. E apoiando patrioticamente os esforços do Governo em negociar na UE um acordo que impeça que Portugal sirva como mero "firewall" de Espanha, essa sim o verdadeiro teste à solidez do euro. Neste momento, tempo é dinheiro e mais do que isso. Tempo é soberania.

Marina Costa Lobo [Jornal de Negócios]



Publicado por JL às 00:01 | link do post | comentar | comentários (1)

Quinta-feira, 03.02.11

Aqui no LUMINÁRIA, provavelmente, nem sempre nos darão a atenção que julgamos merecida, muita presunção da nossa parte, claro está. Mas, será que darão ao mais destacado “Senador” da nossa democracia, Mário Soares, que na sua habitual e mais recente crónica no DN afirma, entre outras importantes reflexões que “Para o PS português, é o momento, também, de fazer uma reflexão aprofundada. Para dar um novo impulso à sua participação na vida política (independentemente do Governo), com mais idealismo socialista e menos apparatchik, mais debate político e menos marketing, mais culto pelos valores éticos e menos boys que só pensam em ganhar dinheiro e promover-se, enfim, mais voltado para o futuro e menos para o passado. É que um PS dinâmico, pluralista e voltado para o futuro - que a sociedade civil respeite e admire - faz falta a Portugal e ao Governo.”

É um momento já algo tardio. Muitos vícios, maus hábitos e corrupção a rodos se poderiam e deveriam ter evitado se o agora desígnio sugerido por Mário Soares se não tivesse perdido de vista e sempre tivesse sido uma prática, de um partido dito socialista que sempre deveria ter pergaminho por tais princípios. Todavia, sempre valerá mais tarde que nunca, se é que é desta vez. Quem acreditará? 

A dado passo escreve que “...Na verdade, há aqui um problema, que a crise global tornou claríssimo, e que é preciso resolver, quanto antes, para que a União Europeia saia da paralisia e da crise em que tem vivido. É que a União Europeia está dividida: entre os Estados da Zona Euro e os Estados que não pertencem ao euro e vêem a União como um simples mercado de livre-câmbio. Ora, os dirigentes europeus, maioritariamente conservadores, têm-se recusado a ver esta realidade e procedem como se não existisse.”

E aponta como sair dessa crise afirmando que “Como tenho escrito, só vejo uma maneira: estabelecer que os Estados que não pertencem ao euro não têm de ter voto nas questões que se referem à moeda única, nem podem travar o avanço do projecto da União, em domínios como: a construção europeia do futuro; uma Europa cidadã e política, com uma identidade social própria (que, reconheça-se, faz a inveja do mundo); regras claras e obrigatórias para todos os Estados-membros da Zona Euro, no plano não só financeiro mas também económico, fiscal, social e ambiental; com regimes eleitorais e datas comuns quanto às eleições, não só para o Parlamento Europeu mas também para os respectivos parlamentos nacionais.”

Porque será que os políticos, actualmente no poder nos vários países da União Europeia, não têm tão elevado grau de lucidez? É que se o tiverem não têm feito dele o uso devido, saiam do marasmo, em que se deixaram cair, e tomem medidas, para bem desta mesma Europa, dos cidadãos que nela habitam, do mundo e de voz mesmos. Tenham alguma auto-estima.



Publicado por Zé Pessoa às 00:03 | link do post | comentar | comentários (4)

Quarta-feira, 05.01.11

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Publicado por JL às 19:45 | link do post | comentar | comentários (2)

Quinta-feira, 03.09.09

Estou cada vez mais longe da política, tout court, como diria o outro.

Há poucos políticos cuja prestação me entusiasme. José Sócrates é um desses eleitos. Não só tem carisma e perfil de político empenhado, como tem de estadista.

Gostei de vê-lo, na entrevista realizada por Judite de Sousa. Pareceu-me sereno e autêntico.

Será, no entanto, um homem só. Não acredito que no PS o amem.

Em política, os amigos são aqueles a quem deixamos comer do nosso tacho, para que em outra ocasião possamos comer do alheio.

Não há lugar para cavaleiros-andantes.

Não digo que não haja políticos sérios e honestos, gente que se empenha em realizar um projecto ou prosseguir um ideal.

Mas ao nível superior da política, a filhadaputice é grande.

José Sócrates ou consegue um bom desempenho eleitoral ou será cilindrado por aqueles que lhe mordem a sombra dentro do PS.

Os defensores de uma política de consensos são aqueles que adoram fingir que se anda sem sair do mesmo sítio.

Com uma chapelada aqui, outra ali, tudo se consegue. Para eles, claro.

O país, porém, avançará a passo de caracol.

O primeiro-ministro criou muitas inimizades ao nível do funcionalismo e de uma classe média que percebe mal o que lhe está a acontecer.

Vai-lhe ser difícil obter o voto desses eleitores.

Por isso, não vejo como a posição de José Sócrates poderá sair reforçada, em 27 de Setembro próximo, se não obtiver uma maioria absoluta ou uma forte maioria relativa, o que de todo parece hoje improvável.

Talvez possa dar uma cambalhota unindo-se ao PSD; ou à esquerda champanhe & caviar; ou à brigada do reumático comunista (tudo é possível).

Porém, governos minoritários ou com apoios sectoriais para determinadas políticas, dificilmente completarão a legislatura.

A nossa História recente tem disso inúmeros exemplos.

O país real (desculpem o chavão) será quem mais sofrerá com uma política de consensos, toma-lá-dá-cá, porque em trinta e cinco anos de democracia nunca se chegou a consensos para realizar políticas estruturais nos vários sectores da nossa sociedade.

Sem uma posição forte no governo, José Sócrates será sempre um alvo fácil nas mãos dos históricos, Alegre & C.ª.

Hão-de querer vingar-se da forma sobranceira como ele sempre os tratou enquanto secretário-geral do partido.

Oxalá me engane.

[O voo das palavras, António Garcia Barreto]



Publicado por JL às 00:10 | link do post | comentar | comentários (6)

Terça-feira, 01.09.09

… Vem isto a propósito do Programa de Governo do PSD, apresentado na última quinta-feira pela Dr.ª Manuela Ferreira Leite. Não se pode dizer, em linguagem popular, que "a montanha pariu um rato". Não. A Dr.ª Ferreira Leite tinha prevenido que "quem espere grandes novidades será defraudado, porque não vai estar lá nada que não tenha já dito". É verdade. Então para que foi o espectáculo e todo o relambório mediático ocorrido, simbolicamente, no "Átrio do Futuro"? Realmente não houve novidades nem ideias novas. Só mais do mesmo. Como se não estivéssemos a viver a maior crise de sempre. No "Átrio do Futuro", não se ouviu um só pensamento estratégico quanto ao futuro, para sairmos da crise. Quer-se um exemplo? O grito de alma de "menos Estado", tão do agrado de George W. Bush e de Dick Cheney, quando agora são os banqueiros e os grandes empresários que têm andado de chapéu na mão a reclamar o auxílio do Estado, indo ao ponto de pedirem a nacionalização de bancos e empresas, para salvar os seus patrimónios...

A conclusão que se tira é que este PSD, liderado por Manuela Ferreira Leite, parece não ter aprendido nada com a crise. Não percebeu que é preciso outro modelo de desenvolvimento, mais social, mais ambiental, com a economia e as finanças mais controladas pelo Estado e com regras éticas, que acabem com as especulações criminosas, com os off-shores, com as negociatas e as roubalheiras.

Para tanto é preciso um Estado forte, prestigiado, progressista e responsável, É, por isso, muito estranho que, sendo Ferreira Leite de profissão economista, não tenha avançado com qualquer ideia para vencer a crise e para a construção de um novo modelo estratégico, de modo a fazer frente ao mundo novo que está a nascer.

Por outro lado, o Programa lançou várias piscadelas de olho à Esquerda Radical e aos meios sindicais para, oportunistamente, tentar caçar votos descontentes: os professores, como se os sindicalistas fossem parvos e não conhecessem a Dr.ª Manuela do tempo de ministra da Educação; os magistrados, parecendo desconhecer que os prazos processuais já existem e não se cumprem (não há aliás uma palavra sobre como se podem vir a cumprir); os polícias; os médicos e os enfermeiros; etc. Uma vontade política incontida de tentar criar, em proveito do PSD, uma "Federação de descontentes", como lhe chamou o ministro Santos Silva.

Mas será que as piscadelas de olho convencem alguém? Quando, ao mesmo tempo, se advoga o enfraquecimento do Estado em matéria de segurança social, de saúde, de educação, de trabalho, de ambiente, para que os privados se possam expandir. Não faz sentido. Com efeito, o Programa eleitoral do PSD foi uma grande frustração, para os que acreditavam que dele podia vir algo de novo. Não veio. … [Diário de Notícias, Mário Soares]



Publicado por JL às 13:59 | link do post | comentar | comentários (3)

Segunda-feira, 31.08.09

...

Mas Obama tem boas razões para preferir o sistema europeu, público, de provisão de cuidados de saúde. Este é, sem dúvida, o mais eficiente – um conceito tão caro a Martim – dos sistemas. Os Estados Unidos gastam mais, em percentagem do PNB, em saúde que qualquer outro país do mundo e, no entanto, deixam 20% da população sem qualquer cobertura. Como assinala Krugman, também no i, no Reino Unido gasta-se 40% per capita, num excelente serviço público, do que se gasta nos EUA. É fácil explicar porquê. Num sistema onde o estado se limita a pagar a factura, todo tipo de abuso será promovido. Quanto mais se gastar por paciente, mais lucros terão os prestadores privados de saúde. É certo que tudo isto pode ser regulado e é-o. Contudo, numa relação onde a informação é radicalmente assimétrica como é a relação entre paciente e médico, não é fácil controlar a necessidade ou não de certos tratamentos. Não é por acaso que, por exemplo, no nosso país são feitas muitas mais cesarianas (mais caras) no sector privado do que no sector público. A ruinosa gestão do Amadora-Sintra é outro bom exemplo. A única forma de garantir cuidados de saúde de qualidade realmente universais tem de passar pelo modelo público de provisão onde o lucro não seja uma motivação na relação entre paciente e médico.

Aliás, por mais bem intencionado que seja o plano de Obama não lhe prevejo grande futuro. A cobertura universal será certamente um progresso civilizacional notável, mas a factura a médio e longo prazo tornar-se-á incomportável. Os actuais custos dos sistemas públicos de financiamento Medicaid (para os mais pobres) e Medicare (para os idosos) estão aí para o provar. Todavia, quando um novo debate sobre a sustentabilidade surgir, o enquadramento social da questão será diferente, já que a saúde será entendida como aquilo que é, um direito universal. Este direito tem sido melhor assegurado pelos sistemas de provisão pública. Isto tem sido defendido pela insuspeita OMS. No relatório sobre determinantes sociais de saúde, aqui sintetizado pelo João Rodrigues, baseado em extensa evidência empírica, conclui-se que «a comercialização de bens sociais vitais, como a educação e a saúde, produz iniquidade na área da saúde». É por isso que «a provisão destes bens sociais vitais deve ser da responsabilidade do sector público, em vez de ser deixada aos mercados». Funciona. [Ladrões de bicicletas, Nuno Teles]


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Publicado por Xa2 às 00:01 | link do post | comentar

Sábado, 29.08.09

Um programa eleitoral perfeito? Depois de quatro anos de propaganda, duas frases bastavam. ‘Vamos tentar arrumar a casa. Não prometemos coisa nenhuma.’ Não sei se Ferreira Leite me ouviu. Mas o programa do PSD não é propriamente um programa.

É, pelas regras habituais da coisa, um antiprograma: descontando as piedades do costume sobre o ‘emprego’ e o ‘crescimento económico’ (que não dependem do Estado), a drª Manuela deseja apenas o básico. Na justiça, rapidez e prazos. Na educação, dar autoridade aos professores e responsabilidade aos pais. E, na segurança, proteger as vítimas dos agressores (e não ao contrário). A coisa alegra porque não existe país sem este básico. A coisa deprime porque, em 2009, nem isso temos. Resta saber se os portugueses, um povo infantil por definição, se entusiasmam com tão pouco. Não ponho as minhas mãos. [Correio da Manhã, João Pereira Coutinho]



Publicado por JL às 17:48 | link do post | comentar

Terça-feira, 25.08.09

Segundo artigo de opinião publicado no DN, o antigo Presidente da República critica a atitude de Manuela Ferreira Leite na entrevista que deu à RTP1 na semana passada, em que chamou mentiroso a José Sócrates, “um termo pouco próprio num debate democrático entre adversários políticos” e, acrescenta, “com um olhar de mazinha ao canto do olho que me surpreendeu...”.

Mário Soares continua as críticas à líder do PSD, dizendo que Ferreira Leite “não disse nada de jeito” sobre “cultura, educação, ciência, ambiente, Europa, justiça, administração, segurança social, luta contra a criminalidade, defesa, luta contra o terrorismo, imigração, política no sentido mais estrito, relações partidárias, reforço da democracia”.



Publicado por Otsirave às 13:06 | link do post | comentar | comentários (7)

Segunda-feira, 24.08.09

A entrevista da drª. Manuela Ferreira Leite no passado dia 20 (RTP-1) não foi improvisada. Assentou em três estratégias: do medo, da minimização do Estado e da superficial simplicidade. Ideias simples e aparentemente impressivas. Tremendas e negativas.

Um suposto clima de medo é agitado para fragilizar os espíritos. Pessoas e empresas teriam medo de Sócrates, apoios a empresas seriam discricionários. O défice estaria já nos 7 ou 8%, o desemprego já acima dos 10%, o país estaria em queda, e a pique, com a vitória do PS. Os 0,3% de início de retoma, devidos à retoma nos outros, sem mérito nosso. O apoio ao desemprego seria apenas indirecto, através das PME. A justiça dividida entre esferas pública e privada. Esquecendo que medo e confiança são antagónicos, admite que são privadas as engenharias de financiamento dos partidos. No limite, um barão da droga poderia ser ministro. Aí, qualquer de nós tem medo.

A minimização do Estado resulta na descrença das suas virtudes, na admissão de escutas, no considerar uma farsa a peritagem do Governador do Banco de Portugal ao orçamento inicial de 2005, (o mesmo que chefiou a peritagem encomendada por Barroso, em 2002). A coligação é com a direita, com mais submarinos, com a redução dos impostos financiada com adiantamento de rendas ou com mais Citigroup, com pagamentos na saúde e educação, pelos cidadãos no ponto de consumo, com menor financiamento da segurança social e do Estado, com erosão da base financeira da solidariedade.

A superficial simplicidade de declarar que todo o programa foi divulgado aos poucos, ao longo de um ano, tão denso que ninguém deu por ele. Que as boas ideias foram copiadas por Sócrates, tudo o que aparecer no dia 27 já foi dito e que o conteúdo de uma folha A4 "não ficaria mal" como programa. Bastaria para "travar a queda do país". Assenta no preconceito de que o português é iletrado, não lê programas de partidos, muito menos na praia, não compreende indicadores estatísticos, nem metas quantificadas e calendarizadas. Com nada de concreto se compromete. Permanece a convicção de que a educação política dos portugueses é hoje como há vinte anos. Como se o tempo tivesse parado.

Simples inexperiência, falta de treino, ingenuidade? Nada disso.

Ideias primárias para forjar simplismos. "Populares" para alimentar demagogias. Agressivas para semear ódios. Exactamente o oposto do que o país necessita para se reerguer. [Diário Económico, António Correia de Campos]



Publicado por JL às 00:23 | link do post | comentar | comentários (3)

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