Terça-feira, 10.11.15

. Logo montepio-2.

«O Montepio Associação Mutualista tem enfrentado tempos difíceis devido aos efeitos da grave crise económica e social que assola o país a que se juntou uma gestão desastrosa da administração de Tomás Correia na Caixa Económica – Montepio Geral (CEMG). Neste momento difícil precisa muito da sua participação ativa.

     A administração de Tomás Correia introduziu alterações estratégicas na gestão da Caixa Económica, mudando o seu "ADN original". De instituição financeira assente no crédito à habitação, às pessoas, às entidades da economia social, e às PMEs, procurou-se transformá-la num banco de empresas e, nomeadamente, de grandes empresas. E os resultados foram desastrosos

----- Informação AOS ASSOCIADOS DO MONTEPIO 6/2015  --  O TRATAMENTO DESIGUAL A QUE ESTÃO A SER SUJEITAS AS LISTAS PARA AS ELEIÇÕES DO MONTEPIO E O PROGRAMA DA LISTA C.

     No processo eleitoral em curso para as eleições do Montepio Geral em 2 de Dezembro de 2015, está-se a verificar uma profunda situação de desigualdade no tratamento das diferentes listas, que beneficia grandemente a Lista A de Tomás Correia.      A comissão eleitoral, para além de um representante de cada lista, também integra a  mesa da assembleia geral atual – Padre Melícias, Dr. António Sameiro e Dr. António Sequeira – que também estão simultaneamente na candidatura de Tomás Correia. E o que se tem verificado é o adiamento continuo em fornecer dados importantes às outras listas para que estas possam contatar os associados.

    Até a este momento não foram fornecidos os cadernos eleitorais onde devem constar o nome de todos os associados com direito a votar. Para além disso, também não foram fornecidos às outras listas dados essenciais sobre os associados – nomes, moradas, telefones, emails – para que possam contatar, apresentar e explicar os seus programas aos associados e para os convidar para as sessões de esclarecimento que realizam. 

    Enquanto se dificulta objetivamente desta forma a campanha das outras listas, Tomás Correia, que continua a ser presidente da Associação Mutualista, tem acesso à base de dados dos associados da Associação Mutualista onde, para além dos nomes, também constam as moradas, os telefones e emails de todos os associados. E a comissão eleitoral não tomou quaisquer medidas para impedir que a Lista de Tomás Correia tivesse acesso a essa base de dados da Associação Mutualista e para impedir a sua utilização em benefício da Lista A, ou para também fornecer os dados às restantes listas. 

    De acordo com informações de trabalhadores que chegaram ao nosso conhecimento, a Lista A de Tomás Correia está a utilizar essa informação, e também os apoiantes fieis que Tomás Correia colocou na área comercial da Caixa Económica (os seus “comissários”, a maioria deles diretores e gerentes de balcão que pressionam os restantes trabalhadores) para contatar os associados e os convidar a estar presentes nas sessões realizadas pela Lista A de Tomás Correia.

    No entanto, as restantes listas continuam a não ter acesso aos mesmos dados dos associados. Parece que a estratégia, com a conivência do presidente da comissão eleitoral, padre Melícias, que é simultaneamente candidato presidente à mesa da assembleia geral da lista A de Tomás Correia, é deixar passar tempo para quando entregar esses dados às restantes listas já não haja tempo para estas os utilizarem de uma forma útil.

    Para por cobro a este tratamento desigual, pedimos aos associados que foram convidados/ convocados, durante as horas de trabalho, por funcionários da Caixa Económica ou do Montepio para participarem em ações realizadas pela Lista A de Tomás Correia ou para votarem na lista A que nos informem para os emails eugeniorosa@zonmail.pt *  ou para  defenderomutualismo@gmail.com.

    E como tudo isto já não fosse suficiente, o atual conselho de administração da Caixa Económica, escolhido por Tomás Correia, decidiu impedir que os candidatos das diversas listas contatassem nas instalações da Caixa Económica os trabalhadores, que são também associados. Esta decisão que nunca tinha acontecido no Montepio, já que em eleições anteriores os candidatos sempre puderam contatar os trabalhadores nos seus locais de trabalho, embora sem perturbarem os serviços, favorece objetivamente a Lista A de Tomas Correia. E isto porque Tomas Correia tem nos postos-chave da Caixa Económica (diretores e gerentes) pessoas da sua inteira confiança, que sempre funcionaram como autênticos “comissários do presidente” e que continuam a fazer propaganda e a denegrir as outras listas, ficando impossibilitado qualquer contraditório, ou seja, a possibilidade das outras listas esclarecerem os trabalhadores sobre os ataques e calúnias feitas contra elas. É com todo este processo de tratamento desigual que se está a verificar no processo eleitoral no Montepio, que visa perpetuar a permanência e domínio da administração de Tomás Correia na Associação Mutualista, que queremos já alertar todos os associados.

   É importante que os associados, quando votarem, não se esqueçam que a administração de Tomás Correia, nos últimos anos que esteve na Caixa Económica lançou OPA´s megalómanas; acumulou 514,4 milhões € de prejuízos, o que obrigou a Associação Mutualista e os associados a recapitalizarem a Caixa Económica com 1.100 milhões € e delapidou 605 milhões € dos capitais próprios da CEMG. E agora corre-se o risco de ser necessário mais recapitalizações que poderão servir de pretexto para abrir a Caixa Económica ao capital privado, já que não é possível ir de novo à Associação Mutualista retirar mais poupanças dos associados para recapitalizar a Caixa Económica. Na Associação Mutualista, a administração de Tomás Correia em dois anos (2013 e 2014) também acumulou prejuízos no montante de 486 milhões €, tendo sido delapidados, por essa razão, já cerca de 324 milhões € dos Capitais Próprios (contas consolidadas) da Associação Mutualista.

   É preciso que os associados, quando votarem em 2 de Dezembro de 2015, também tenham presente que a Associação Mutualista não resiste mais 3 anos a uma gestão desastrosa de Tomás Correia como a que foi a dos últimos anos tanto na Caixa Económica como na Associação Mutualista. É necessário, quando votarem, que não se esqueçam que na Associação Mutualista estão 4.000 milhões €  que são poupanças dos associados, que urge defender com uma gestão transparente e rigorosa.   E é por isso necessário que não entreguem a gestão das poupanças a quem já deu provas de as não saber gerir com transparência, rigor e segurança, o que causou já enormes prejuízos ao Montepio, e também não entreguem a gestão da Associação Mutualista a quem só aparece no período de eleições para obter lugares, que esteve sempre ausente nos momentos difíceis, e que nunca deu provas de querer servir o Montepio, mas de se servir do Montepio. Confiamos que os associados irão escolher os candidatos que melhor defendem o Montepio, pois há situações que é necessário evitar para não haver arrependimentos no futuro, já que depois o retorno pode não ser possível.

    Em anexo enviamos o programa da Lista C (ele está também disponível em http://defenderomutualismo.pt/programa-defender-o-mutualismo/) para sua reflexão e apreciação, solicitando que nos envie a sua opinião sobre ele, e pedimos que o faça chegar aos associados que conheça. Como rapidamente conclui da leitura do “Programa”, diferentemente de outros programas, procuramos identificar os principais problemas que enfrenta a Associação Mutualista (**) :

.remunerações e benefícios excessivos dos membros do conselho de administração;

.insegurança e riscos elevados na gestão das poupanças dos associados;

.elevada exposição da Associação Mutualista às empresas que tem determinado prejuízos significativos para esta;

.uma politica de pessoal autoritária e arbitrária que não tem respeitado os direitos dos trabalhadores, e que não tem valorizado nem o empenho nem a competência;

.um estatuto da AM com normas antiquadas/ desajustadas e algumas delas contrárias mesmo aos princípios democráticos do mutualismo;

.marginalização dos associados nas decisões mais importantes da Associação Mutualista;

.não prestação atempada de contas aos associados;

.risco de entrada e domínio da Caixa Económica por capital privado devido à gestão desastrosa de Tomás Correia, etc.

      Portanto, é um programa que não é apenas um conjunto de boas intenções e palavras sobre o mutualismo, mas é constituído por propostas e medidas muito concretas (para apreciação e debate) cuja implementação poderá ser depois acompanhada e avaliada pelos associados

*-- Eugénio Rosa, economista, membro do conselho geral da Associação Mutualista até Outubro de 2015, membro atual do conselho geral e de supervisão da Caixa Económica, e candidato ao conselho da administração na Lista C às eleições de 2/12/2015.

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**-- Problemas de que padecem também muitas outras organizações portuguesas: públicas, privadas e da economia social (associações, mutuas, cooperativas, fundações, congregações religiosas, ... , IPSS-estatuto atribuído para receber subsídios da SS/Estado...). 



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Quinta-feira, 21.05.15

    A participação cívica e política  está em processo de mudança, embora também o alheamento e a abstenção aumentem e sejam cada vez mais visíveis o fanatismo religioso, os comportamentos de arruaceiros, as milícias e fortes organizações criminosas, ... e o securitarismo (público e corporativo, de video-vigilância, de seguranças, de intrusão e burla-furto de dados pessoais, controlo de comunicações, etc).   Os partidos e os 'políticos', os sistemas eleitorais e as instituições da própria democracia, estão sob fortes críticas e/ou afastamento dos cidadãos.

     Neste panorama, crescem as actuações de lobbies pouco transparentes (económico-financeiros mas também as teias/redes de influência e pressão de 'barões'/oligarcas, grupos civis, religiosos, maçonarias, ... e de partidos/movimentos fascistas e paramilitares).    Por outro lado, de forma mais transparente e em 'democracia directa' surgem muitas manifestações, campanhas e petições, iniciadas por simples cidadãos da nossa comunidade, por associações/ movimentos diversos e algumas são até apoiadas e/ou coordenadas (...)internacionalmente, para melhor tentar atingir os seus objectivos, sobre qualquer assunto - seja ele local, nacional ou global.

     As agências de comunicação, os mídia, as redes sociais e a internet potenciam todas estas participações mas também a manipulação e o "massacre" informativo/ deformativo/ enviesado/'spin', obrigando a alguns cuidados e resguardos e limitando/ reduzindo de facto a democracia e os direitos cívicos políticos e sociais. Daqui resulta que, para sobreviverem, os Partidos e as instituições Democráticas terão de melhorar a sua actuação e que os Cidadãos têm de o ser participativos e responsáveis.

   Para comparação (rigidez partidária vs dinamismo/atracção de uma organização cívica) e reflexão, apresento o 'estilo' de organização e actuação da plataforma para petições  Avaaz   :

«... A  Avaaz (voz) é uma comunidade de mobilização online que leva a voz da sociedade civil para a política global. Uma comunidade transnacional que é mais democrática e poderia ser mais eficaz que as Nações Unidas. Uma simples missão democrática: mobilizar pessoas de todos os países para construir uma ponte entre o mundo em que vivemos e o mundo que a maioria das pessoas querem

    Tecnologia, agilidade e flexibilidade   Antigamente, os grupos de cidadãos e movimentos sociais que atuavam em nível internacional tinham de reunir uma base de apoiantes em cada causa, ano a ano e de país a país, a fim de alcançar uma escala suficiente para fazer a diferença.
   Hoje, graças à tecnologia e à ética cada vez maior de interdependência global, essas restrições não se aplicam mais. Enquanto outros grupos da sociedade civil mundial são formados por redes com nichos de causas específicas e escritórios nacionais, cada um com sua própria equipe, orçamento e estrutura de tomada de decisão, a Avaaz tem uma única equipe de atuação mundial, com a missão de trabalhar com qualquer questão de interesse público. Isso permite a organização de campanhas com uma agilidade, flexibilidade, foco e escala extraordinários.
    A comunidade virtual da Avaaz atua como um megafone para chamar atenção para novas questões; como um catalisador para canalizar as preocupações públicas dispersas em uma única campanha específica e concentrada; como um carro de bombeiros que corre para oferecer uma rápida reação a uma emergência súbita e urgente; ou como uma célula-tronco de ativismo que cresce na forma mais adequada para preencher alguma necessidade urgente.
     As prioridades e a força da Avaaz vêm dos próprios membros
  Todo ano, a Avaaz define as prioridades do movimento por meio de pesquisas entre todos seus membros. As ideias para campanhas são submetidas a pesquisas e testes semanalmente com amostras aleatórias distribuídas a 10.000 membros, e apenas as iniciativas que recebem uma forte reação positiva são implementadas em grande escala. As campanhas que acabam chegando a todos os membros são depois reforçadas, muitas vezes, por centenas de milhares de membros da Avaaz participantes no período de alguns dias ou mesmo horas.
    Uma ética de liderança servidora
   A equipe da Avaaz escreve alertas de e-mail à comunidade de membros da mesma forma que um assessor de presidente ou de primeiro-ministro prepara breves relatórios informativos para o chefe: temos pouco tempo para transmitir as informações vitais de que o leitor precisa para decidir se deseja envolver-se na campanha, e essa decisão é de crucial importância para a campanha.
    Para que esse breve momento de atenção produza frutos, é tarefa da equipe fazer com que os poucos minutos disponíveis, multiplicados por imensas quantidades de indivíduos, possam fazer verdadeiramente a diferença em alguma questão importante. A equipe trabalha com parceiros e especialistas para desenvolver estratégias de campanha que sejam eficazes e definidas pelos membros; sumariza essas estratégias através de alertas de linguagem clara e impactante; e, se o quadro de membros da Avaaz desejar prosseguir com a ideia, assegura que a campanha seja executada, entregando abaixo-assinados e mensagens de membros, organizando campanhas publicitárias financiadas pelos membros ou tomando qualquer outra medida necessária.
     Em outras palavras, a equipe da Avaaz não define sozinha um programa de ação para depois tentar convencer os membros a segui-lo. Na realidade, o processo é mais próximo do oposto disso: a equipe consulta/ouve os membros e sugere ações que possam implementar para influenciar o mundo de um modo geral. Assim, não é à toa que muitas de nossas campanhas bem-sucedidas foram sugestões dos próprios membros da Avaaz. E a liderança é uma parte crucial do serviço prestado pelos membros: é preciso ter visão e habilidade para encontrar e transmitir um modo de construir um mundo melhor.
    Nosso foco é propiciar uma guinada decisiva em momentos de crise e oportunidade
No decorrer de uma questão ou causa, às vezes surge um momento em que é preciso tomar uma decisão, e um protesto público em massa pode subitamente fazer toda a diferença. Mas para chegar a esse ponto são precisos anos de trabalho meticuloso, geralmente nos bastidores, feito por pessoas dedicadas que se concentram inteiramente nisso. Porém, quando o momento chega de facto e a atenção pública passa a incidir sobre nós como a luz do sol, as decisões mais cruciais podem seguir em uma direção ou outra, a depender das percepções que os líderes têm acerca das consequências políticas de cada opção. É nessas breves janelas em momentos de imensas crises e oportunidades que a comunidade da Avaaz muitas vezes deixa sua marca.
    Em qualquer país, em qualquer questão, momentos assim acontecem, talvez, apenas uma ou duas vezes por ano. Por outro lado, como a Avaaz pode funcionar em todos os países e em todas as questões, esses momentos podem aflorar diversas vezes em apenas uma única semana.
    Nosso modelo de financiamento pelos membros mantém nossa independência e obrigação de prestar contas
    Como a Avaaz é inteiramente financiada pelos próprios membros, a prestação de contas democrática está em nosso DNA. Nenhum patrocinador corporativo, nem governos podem insistir que a Avaaz mude suas prioridades para se adequar a algum programa externo; nós simplesmente não aceitamos recursos de governos, nem de empresas.
     Em vez de nos fragmentar, nós crescemos – unidos por valores
   Movimentos, alianças e organizações muitas vezes, com o tempo, se fragmentam em muitos grupos menores – ou então gastam cada vez mais seu tempo tentando manter unidas os grupos rivais. Na Avaaz, reconhecemos que as pessoas de boa vontade muitas vezes discordam em temas específicos; em vez de pressionar por um consenso, cada um de nós simplesmente decide se quer ou não participar de determinada campanha
     Porém, as campanhas de base da Avaaz são um conjunto de valores: a convicção de que somos todos, primordialmente, seres humanos, privilegiados com responsabilidades para com os demais membros, para com as gerações futuras e para com o planeta de um modo geral. As questões com as quais trabalhamos são expressões específicas desses compromissos. Dessa forma, a Avaaz chega sempre a esta conclusão: as pessoas que ingressam na comunidade através de uma campanha sobre uma questão específica permanecem e participam de outras campanhas sobre outras questões. Uma de nossas fontes de grande esperança é a seguinte: nossos sonhos estão em sintonia e, juntos, podemos construir a ponte que une o mundo em que vivemos ao mundo em que todos nós queremos viver.  ... »
 
 
 
 


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Sábado, 16.05.15

Uberproblems   (-por D. Farinho, 07.05.2015, Jugular)

   A recente decisão de um tribunal sobre uma providência cautelar requerida pela ANTRAL contra a Uber  ('popular "ride-sharing" smartphone application'; 'Solicite, viaje e pague através do seu smartphone') trouxe para Portugal uma discussão que tem acontecido por todo mundo onde a Uber atua:    o que fazer quando um novo modelo de negócio subverte um mercado regulado? 

    Sou um utilizador da Uber desde os seus primeiros dias em Portugal e até já o utilizei no estrangeiro. Em todos os casos a minha experiência foi excelente e bem melhor do que a minha experiência média com táxis. Mas isso não me impede de olhar para o mercado dos táxis e reparar facilmente que é um dos mercados mais regulados que existe. Para começar é dos pouco produtos/serviços que tem os preços tabelados.   Além disso está sujeito a um conjunto de obrigações específicas em função da sua natureza da transporte público de passageiros (ver aqui).   Essas obrigações implicam custos que a Uber não tem, sendo irrelevante a invocação de que têm um modelo de negócio distinto uma vez que competem exatamente no mesmo mercado. O que lhes retira os custos não é o modelo de negócio, é a intervenção (negativa) do legislador. E este é o único ponto que será juridicamente relevante discutir, independentemente de questões processuais, quer da providência cautelar já conhecida, quer da ação principal que se seguirá.

    Se queremos que o modelo de negócio da Uber possa realmente brilhar temos que permitir que o mercado em que opera seja igual para todos. De outro modo, só nos resta, se formos justos, obrigar a Uber a conformar-se com as regras do mercado regulado que criámos para os táxis.  

   Como disse no início este não é um problema só nosso. Até os sensatos canadianos, de que tanto gosto, andam às voltas com ele. Muito do que se diz neste artigo aplica-se ao que temos que resolver em Portugal. Transcrevo apenas uma passagem:

    " The bottom line is that Uber makes municipalities confront inefficient regulation and, therefore, presents an opportunity to modernize taxi licensing. The end result may not be accepting Uber's model, but it should include measures to open up the industry and create better options for consumers. Uber may not be a perfect business model for the cab industry, but it creates an opportunity to provide for a more equitable relationship between consumers and operators."

     Os  taxistas  (e alguns truques/burlas)  (-por J.M. Cordeiro, 12/5/2015, Aventar)

---Isabel Atalaia:  Se gosto de ser vigarizada pelos taxistas?  Não, não gosto.  Mas gosto ainda menos da ideologia economicista neoliberal/ultra-capitalista da Uber (táxis), AirBnB (apartamentos), Homejoy (limpezas de casas), ... (e grande distribuição). Permita que lhe deixe aqui um excelente artigo sobre negócios da "economia partilhada" (investidores+ executivos+ 'applications' .vs. trabalhadores independentes/ auto-empregados/ 'small business owners'/ micro sócios-trabalhadores,  i.e. oligopólios/ empresas dominantes, com menos riscos e menos custos, obtêm mais lucros sobre-explorando e enganando 'auto-empregados' ou fornecedores seus "parceiros dependentes") :

 https://www.jacobinmag.com/2014/09/against-sharing/   (- por Avi Asher-Schapiro, 19/9/2014)

Sharing economy” companies like Uber shift risk from corporations to workers, weaken labor protections, and drive down wages.    (empresas da "economia partilhada" transferem os custos e riscos para os trabalhadores/micro-empresas, enfraquecem a protecção laboral, abaixam salários).

   Kazi drives a Toyota Prius for Uber in Los Angeles. He hates it. He barely makes minimum wage, and his back hurts after long shifts. But every time a passenger asks what it’s like working for Uber, he lies: “It’s like owning my own business; I love it.”

Kazi lies because his job depends on it. After passengers finish a ride, Uber asks them to rate their driver on a scale from one to five stars. Drivers with an average below 4.7 can be deactivated — tech-speak for fired.

Gabriele Lopez, an LA Uber driver, also lies. “We just sit there and smile, and tell everyone that the job’s awesome, because that’s what they want to hear,” said Lopez, who’s been driving for UberX, the company’s low-end car service, since it launched last summer.

In fact, if you ask Uber drivers off the clock what they think of the company, it often gets ugly fast. “Uber’s like an exploiting pimp,” said Arman, an Uber driver in LA who asked me to withhold his last name out of fear of retribution. “Uber takes 20 percent of my earnings, and they treat me like shit — they cut prices whenever they want. They can deactivate me whenever they feel like it, and if I complain, they tell me to fuck off.”

In LA, San Francisco, Seattle, and New York, tension between drivers and management has bubbled over in recent months. And even though Uber’s business model discourages collective action (each worker is technically in competition with each other), some drivers are banding together.

Uber drivers in LA, the largest ride-sharing market in the country, held dozens of protests over the summer to oppose rate cuts. Late last month, drivers working with Teamsters Local 986 launched the California App-based Drivers Association (CADA), a sort of Uber drivers union ('sindicato'). Uber workers in Seattle have staged their own protests and have formed the Seattle Ride-Share Drivers Association. Just last week in New York City, drivers for the luxury UberBlack service threatened to strike and successfully reversed a company decision that would have forced them to pick up cheaper and less lucrative UberX rides. On Monday, drivers protested again.

We want the company to understand that we are not just ants,”(formigas) Joseph DeWolf, a member of CADA’s leadership council, told me at the Teamsters Union hall in El Monte, California. “What we want is a living wage, an open channel of communication with the company, and basic respect.” DeWolf said CADA is signing up members, collecting dues, and plans to strike in LA if Uber refuses to come to the negotiating table.

It won’t be easy. Drivers are going up against a burgeoning goliath valued at around $18 billion. The company just hired David Plouffe, who managed Barack Obama’s presidential campaigns; it’s active in 130 cities; and if company executives are to be believed, it doubles its revenue (receitas) every six months.

Uber makes that money by relying on a network of thousands of drivers who are not technically employees of the company, but rather independent contractors — the company calls them “driver-partners” — who receive a percentage of its fares.

From the very beginning, Uber attracted drivers with a bait-and-switch. Take the company’s launch in LA: In May 2013, Uber charged customers a fare of $2.75 per mile (with an additional 60¢ per minute under eleven mph). Drivers got to keep 80 percent of the fare. Working full time, drivers could make a living wage: between $15 and $20 an hour.

Drivers rushed to sign up, and thousands leased and bought cars just to work for Uber — especially immigrants and low-income people desperate for a well-paying job in a terrible economy. But over the last year, the company has faced stiff competition from its arch-rival, Lyft. To raise demand and push Lyft out of the LA market, Uber has cut UberX fares nearly in half: to $1.10 per mile, plus 21¢ a minute.

Uber drivers have no say in the pricing, yet they must carry their own insurance and foot the bill for gas and repairsa cost of 56¢ per mile, according to IRS estimates. With Uber’s new pricing model, drivers are forced to work under razor-thin margins. Arman, for instance, made about $20 an hour just a year ago. And now? Some days he doesn’t even break minimum wage.

His experience is quite common among LA Uber drivers I spoke to. For many, driving for Uber has become a nightmare. Arman often works up to seventeen hours a day to bring home what he used to make in an eight-hour shift. When he emailed Uber to complain about his plummeting pay, he said the company blew him off. Uber’s attitude is that drivers are free to stop working if they are dissatisfied, but for drivers like Arman who’ve invested serious money in their cars, quitting isn’t an option.

“These drivers are very vulnerable if they do not band together.” Dan McKibbin, the Teamsters’ West Coast organizer, told me. “Right now they have no one to protect them.”

The company wouldn’t speak to me about CADA, the Teamsters, or how it deals with driver grievances. But it seems to brush off everyone else too. Earlier this summer, when CADA leader DeWolf met with William Barnes, Uber’s LA director, Barnes allegedly laughed in his face.

As DeWolf recounted, when he told Barnes that drivers planned to organize with the Teamsters, Barnes responded, “Uber would never negotiate with any group that claims to represent drivers.”

Uber repeatedly ignored my request for comment on this exchange. Instead, the company issued a statement accusing the Teamsters of trying to “line their coffers” with new Uber-driving members.

Uber claims there’s no need for a union; it instead asks drivers to trust that the company acts in their best interest. Uber refused to show me complete data detailing average hourly compensation for drivers. It does claim, however, that UberX drivers are making more money now than before this summer’s price cuts.

“The average fares per hour for a Los Angeles UberX driver-partner in the last four weeks were 21.4% higher than the December 2013 weekly average,” Uber spokesperson Eva Behrend told me. “And drivers on average have seen fares per hour increase 28% from where they were in May of this year.”

I couldn’t find a single driver who is making more money with the lower rates.

What’s clear is that for Uber drivers to get by, they’re going to have to take on more rides per shift. Uber implicitly concedes as much: “With price cuts, trips per hour for partner-drivers have increased with higher demand,” Behrend said.

So while drivers make less per fare, Uber suggests they recoup losses by just driving more miles. That may make sense for an Uber analyst crunching the numbers in Silicon Valley, but for drivers, more miles means hustling to cram as many runs into a shift as possible to make the small margins worthwhile.

“These days, I won’t even stop to take a shit, I just drive — sometimes for up to fifteen hours a day,” a driver named Dan told me after pulling an all-nighter bringing drunk people home from bars. “It’s humiliating.”

Lower rates also means they pay more out of their own pockets for gas, and their cars depreciate in value faster because they’re driving extra miles.

Meanwhile, Uber acts as if it’s doing drivers a favor by offering them work in the first place. Uber CEO Travis Kalanick, who loves giving inspirational talks about innovation, often claims that Uber helps people “become small business owners.” But working long shifts and forking over 20 percent of fares to a group of Silicon Valley app-engineers doesn’t really count as owning a small business.

“They think we are a bunch of losers who can’t find better jobs,” DeWolf said. “That’s why they treat us like robots — like we are replaceable.”

Uber, of course, disputes this characterization. “Uber succeeds when our partner-drivers succeed,” Behrend said.

But that is just empty spin: drivers aren’t partners — they are laborers exploited by their company. They have no say in business decisions and can be fired at any time. Instead of paying its employees a wage, Uber just pockets a portion of their earnings. Drivers take all the risks and front all the costs — the car, the gas, the insurance — yet it is executives and investors who get rich.

Uber is part of a new wave of corporations that make up what’s called the “sharing economy.” The premise is seductive in its simplicity: people have skills, and customers want services. Silicon Valley plays matchmaker, churning out apps that pair workers with work. Now, anyone can rent out an apartment with AirBnB, become a cabbie through Uber, or clean houses using Homejoy.

But under the guise of innovation and progress, companies are stripping away worker protections, pushing down wages, and flouting government regulations. At its core, the sharing economy is a scheme to shift risk from companies to workers, discourage labor organizing, and ensure that capitalists can reap huge profits with low fixed costs.  There’s nothing innovative or new about this business model. Uber is just capitalism, in its most naked form.



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Segunda-feira, 03.11.14

Empobrecimento competitivo: a escravatura é o limite

 
      «Na Cidade do México, o ministro da Economia apareceu ensoberbecido por o ranking do Doing Business 2015 colocar Portugal em 25.º lugar.   A subida no ranking deve-se a dois factores: por um lado, à redução do IRC, o imposto sobre os lucros das empresas (p. 56); por outro lado, à flexibilização do mercado de trabalho, tendo sido levadas em conta as medidas que cortam as indemnizações por despedimento e o aumento da duração máxima dos contratos a termo (p. 57).    Em todos os outros itens considerados (desde a simplificação de procedimentos à protecção dos investidores minoritários), o país não revelou melhorias - ou até piorou. Neste contexto, o júbilo de Pires de Lima fica a dever-se exclusivamente à perda dos direitos laborais e à transferência de rendimentos do trabalho para o capital.
      Quando o ministro da Economia aparece tão excitado com o ranking - em que Portugal, repita-se, apenas subiu naqueles dois factores -, o que ele está a transmitir é o lema da sua governação: a escravatura é o limite. Assim sendo, não será um motivo de regozijo Portugal aparecer à frente de países como a Holanda, a França, a Espanha, a Itália ou o Japão. É tão-só querer competir no mercado global através de salários baixos.»    --- Miguel Abrantes, Um ministro excitado com o modelo de salários baixos

      «O que significa hoje a palavra competitividade e o que nos querem inculcar quando falam dela?   No ranking internacional de competitividade do Fórum Económico Mundial (o fórum de Davos), Portugal subiu 15 lugares. Logo apareceram governantes e alguns comentadores a valorizar o feito, mas para a generalidade das pessoas o paradoxo, por certo, não passou despercebido:
como é possível o país ter melhorado as suas condições de competitividade (...) se a economia está em estado comatoso, a dívida vai crescendo, falta emprego, a juventude e os trabalhadores qualificados emigram, os mais velhos são tratados como fardo e os seus saberes desperdiçados, é desvalorizada a investigação e a ciência, tudo é privatizado em saldo, a natalidade continua a cair, os direitos no trabalho e a contratação coletiva vão sendo aniquilados, as prestações sociais, as reformas e os salários são cada vez piores?  
As roças de café de São Tomé e Príncipe já foram muito "competitivas". O capitalismo nasceu e caminhou, muito tempo, em contextos em que o trabalho escravo ou quase era fator de competitividade.»  --- Manuel Carvalho da Silva, O empobrecimento competitivo

Adenda:    Contrariamente ao noticiado, e que motivou o júbilo do ministro da Economia, parece que afinal Portugal perdeu duas posições no Doing Business 2015, o referido ranking do Banco Mundial. Agradece-se pois a quem possa dar conhecimento deste facto a António Pires de Lima, aproveitando para lhe assinalar que o país obteve um resultado muito positivo (10º lugar) no indicador relativo às facilidades na criação de empresas, que se deve em grande parte ao serviço «Empresa na Hora», uma das heranças nefastas dos anteriores governos socialistas, os tais da famosa «década perdida».     (-
 
       "[a última vez que Portugal teve estratégia foi] Quando entrou na Europa. Foi uma estratégia, a muitos títulos, errada, viemos a perceber mais tarde. Mas havia um pensamento claro de afirmar Portugal como um país europeu. Hoje, a nossa estratégia tem que ser rever essa posição."   (porque a própria UE mudou o seu foco, valores e procedimentos).
    "Temos andado muitas décadas afastados de uma vocação, de um lugar. O nosso pensamento estratégico pode ser esse. E, para afirmar esse pensamento estratégico, temos que reforçar uma componente da nossa soberania."
      "Não podemos estar submetidos a lógicas em que não temos a capacidade de decidir sobre as nossas vidas. A soberania e o bem comum são elementos centrais para uma estratégia para Portugal." --- A.Sampaio da Nóvoa, em entrevista ao Jornal de Negócios 
 

                 Psicopatologia das organizações  

     (...) este evolucionismo parece vago, especulativo, e até suspeitamente conotado com um darwinismo social que temos boas razões para descartar. Mas o certo é que há tempos, quando li um pequeno artigo sobre psicopatas organizacionais (corporate) e o papel que podem ter desempenhado na criação de condições propícias para a crise financeira, foi de Veblen e do seu evolucionismo que me lembrei.

      (...) em organizações sujeitas a fortes pressões competitivas os mecanismos de seleção internos tendem a favorecer traços comportamentais característicos dos psicopatas ou sociopatas. O trabalho empírico dos psicólogos parece mostrar que é mais fácil encontrar um psicopata no topo de uma organização do que na sua base ou mesmo numa prisão de alta segurança.
      De resto, lembro-me de ter lido noutro artigo que já não consigo localizar, que os critérios de seleção de dirigentes de topo usados por algumas empresas que se dedicam ao recrutamento de pessoal se assemelham de perto aos critérios de diagnóstico da psicopatia. A ser verdade, isto significaria que os encantadores psicopatas não só vivem bem e prosperam nos infernos organizacionais em que se estão a converter muitos locais de trabalho, como são ativamente procurados para as posições de topo. (...) --- (J.M.Castro Caldas, Ladrões de B., 1/11/2014)



Publicado por Xa2 às 07:46 | link do post | comentar | comentários (3)

Sexta-feira, 02.05.14

 O problema fundamental da nossa classe política    (-por J.Vasco, 26/10/2011, Esquerda Republicana)

      O problema fundamental da classe política portuguesa são - como não podia deixar de ser numa democracia - os cidadãos portugueses. Somos nós os derradeiros responsáveis pela mediocridade que queiramos apontar à nossa classe política.
      Geralmente, quando ouvia o discurso segundo o qual os nossos políticos seriam piores que os dos outros países, desconfiava.   Imaginava maior corrupção em países subdesenvolvidos, menor em países com maior grau de literacia, supondo que o grau de educação de um povo condicionasse fortemente a sua participação política, e que esta determinasse a qualidade da classe política em contexto democrático.
      Acontece que vários factores além da educação condicionam o grau de participação política, desde as tradições democráticas a muitos outros aspectos de índole cultural.    E é aqui, na participação política, que Portugal se destaca significativamente face a todos os países desenvolvidos, mesmo aqueles mais pobres e menos literados que nós. Veja-se a seguinte tabela, elaborada a partir deste relatório da OCDE (página 197):

      Ou seja, os cidadãos portugueses participam menos na vida pública, na discussão política e democrática, que os cidadãos de outros países. Mas se os detentores de cargos públicos e a classe política em geral é menos escrutinada, é evidente que a sua qualidade tenderá a ser pior. Que a consequência do desinteresse seja usado para justificá-lo é um tremendo absurdo: uma classe política fiável e competente é que justificaria (muito mal, a meu ver) o desinteresse dos cidadãos na forma como as decisões políticas são tomadas. O contrário justifica é um interesse acrescido.
      Aqueles que querem inverter a actual situação através de associações cívicas ou qualquer acção política são encarados tantas vezes com suspeição, aquela suspeição hipócrita de quem se queixa do estado de coisas, fazendo tudo o que tem de fazer para o manter.


Publicado por Xa2 às 07:45 | link do post | comentar | comentários (2)

Sexta-feira, 13.05.11

Geração à rasca vira movimento e agora quer uma assembleia popular

  - por Sara Sanz Pinto, 21.4.2011, ionline
"Se fosse agora para um partido político era por puro oportunismo", explicou ao i Alexandre de Sousa Carvalho, um dos fundadores do protesto.
       Os fundadores do protesto geração à rasca em Lisboa - e mais outros que a eles se juntaram antes da manifestação que reuniu cerca de 300 mil pessoas por todo o país a 12 de Março - apresentaram ontem os objectivos do Movimento 12 de Março (M12M) numa conferência de imprensa informal, tal como tem sido a acção do grupo. À porta do cinema São Jorge, em Lisboa, nas escadas de acesso, os jovens voltaram a explicar que o movimento se caracteriza por ser "não hierárquico, laico e pacífico, um movimento que defende o reforço da democracia em todas as áreas da vida". Segundo João Labrincha, de 27 anos, um dos quatro fundadores do protesto que começou com um apelo numa página do Facebook, o M12M vai começar por convocar "uma assembleia popular não deliberativa decorrente do ''Fórum das Gerações - 12/3 e o Futuro''".
      A conferência de imprensa teve início com uma citação de José Saramago: "Quando dizemos que é um resultado importante viver em democracia, dizemos também que é um resultado mínimo, porque a partir daí começa a crescer o que verdadeiramente falta, que é a capacidade de intervenção do cidadão em todas as circunstâncias da vida pública. Ou seja, fazer de cada cidadão um político." E é sob esse mesmo pretexto que o movimento surgiu. Depois da manifestação da geração à rasca "houve muitas pessoas que nos trataram como messias do activismo cívico", explicou ao i Alexandre de Sousa Carvalho, 25 anos, outro dos fundadores e bolseiro de investigação em Ciência Política. "Não queremos subir ao palco, ou então o palco será de todos", sublinha quando questionado sobre que atitude o grupo iria agora adoptar: "Se fosse agora para um partido político isso seria puro oportunismo, era aproveitar-me do mediatismo que tivemos para sair a ganhar", respondeu quando confrontado com o facto de alguns partidos quererem aproveitar-se da capacidade de mobilização do lema "geração à rasca".
     Quanto ao panorama político nacional, Alexandre descreve-se a si e aos três colegas como "empreendedores sociais" e é claro na definição de papéis: "É um tabuleiro sem peões. Quando se introduzem peças no jogo, as regras mudam. E é isso que estamos a tentar fazer."
     Os fundadores do movimento dizem que têm outros projectos, também apresentados ontem, e que querem realizar em conjunto com outras associações, como a iniciativa legislativa dos cidadãos, uma proposta de lei contra a precariedade laboral, a Portugal Uncut, um ciclo de reflexões e debates subordinado ao tema "Aprofundamento da Democracia", a Plataforma MayDay 2011 na celebração do Dia Internacional do Trabalhador, a auscultação dos vários partidos políticos e a promoção da necessidade de um debate sobre a importância de um referendo nacional acerca do pagamento da dívida soberana.
     "Há alguma confusão entre aquilo que são os organizadores do protesto e o movimento", explica Labrincha, o único desempregado entre os quatro fundadores: "As pessoas têm-se vindo a referir aos vários organizadores do protesto em cada cidade como fazendo parte de um movimento geração à rasca que nunca existiu", sublinha, acrescentando que "estão a ser criados vários movimentos decorrentes de organizadores, ou não".


Publicado por Xa2 às 12:04 | link do post | comentar

Quarta-feira, 04.11.09

Das poucas associações cívicas criadas "em cima" dos acontecimentos, e deles, também fruto, do derrube do regime fascista levado a cabo pelos militares de Abril, a BASE-FUT é uma delas.

Esta associação, surgida a partir do Centro de Cultura Operária (CCO), comemora agora o seu 35º aniversário nas instalações que possui em Coimbra, onde muita formação e actividades de natureza diversa se têm desenvolvido neste percurso que a democracia, ainda que ziguezagueando, vai percorrendo.

Parabéns e boa continuidade.

 



Publicado por Otsirave às 14:06 | link do post | comentar

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