Quarta-feira, 27.05.15

  Banif  ou  BPN, parte 2  e BPP, BES, ..., BCP, CCAgrícola, Montepio, CGD e BdP... BCE.

      Intervenção do deputado do BE Pedro Filipe Soares sobre a benemérita "ajuda" ao Banif, um banco avaliado em 570 milhões de euros no qual foram injectados 1100 milhões. E sem o Estado ter qualquer poder de decisão nos destinos da instituição. Segundo o Governo, a expropriação do dinheiro dos contribuintes para injectar num banco privado servirá para o Banif poder estimular a economia. Se não fosse uma tragédia, daria para rir.   Uma vergonha !.

       A Caixa Geral de Depósitos (instituição financeira oficialmente "ainda" 100% do Estado) encerrou no paraíso Fiscal (offshore) da ilha da Madeira (agora «menos competitivo»- irra !!) e abriu dependência no 'offshore' das ilhas Caimão !!! ... não é só o PD que foge ('legalmente') aos impostos ...  alguns organismos (autónomos) do Estado também !!   
     Para que conste e esperando contribuir para a consciencialização dos cidadãos e moralização da política e economia em Portugal, repasso alguns dados retirados do site da CGD, referente a 2009:

       Presidente - remuneração base:                 371.000,00 €
       Prémio de gestão:                                       155.184,00 €
       Gastos de utilização de telefone:                     1.652,47 €
       Renda de viatura:                                           26.555,23 €
       Combustível:                                                      2.803,02 €
       Subsídio de refeições:                                        2.714,10 €
       Subsídio de deslocação diário:                              104,00 €
       Despesas de representação: não quantificado (cartão de crédito onde "apenas" são consideradas despesas decorrentes da actividade devidamente documentadas com facturas e comprovativos de movimento). Situações semelhantes passam-se no Banco de Portugal (BdP),  IGCréditoPúblico, etc.
     A directora do FMI, Christine Lagarde , vai ter um rendimento anual líquido de 323 mil euros, a que se somam 58 mil euros para gastar em despesas, o que representa mais 10% do que o seu antecessor, Dominique Strauss-Kahn, mas mesmo assim menos do que o presidente da CGD, entre outros gestores portugueses, pelo que a senhora ainda está mal paga pelo padrão da élite de Portugal
    Note-se que, em média, os trabalhadores portugueses ganham menos de 50% em relação aos dos restantes 27 países da EU.  "... os portugueses comuns (os que têm trabalho) ganham cerca de metade (55%) do que se ganha na zona euro, mas os "nossos excelsos" gestores/ administradores recebem, em média:
 ·       mais 32% do que os americanos;
 ·       mais 22,5% do que os franceses;
 ·       mais 55 % do que os finlandeses;
 ·       mais 56,5% do que os suecos".        (Manuel António Pina, JN, 24/10/09) 

     Não esquecer que cada um destes meninos da élite económico-financeira e do arco do poder têm 2, 3, 4 e mais "tachos", cada um deles muito bem remunerado... e vivem a "mamar/ sugar/ saquear" o Estado e destruir o erário e interesse público.
     E são estes mesmos (des)governantes e seus sabujos e apaniguados que têm a lata de afirmar que "os portugueses devem trabalhar mais", "gastam acima das suas possibilidades", "têm de empobrecer" ... e "emigrar" !!

    Sabemos que é necessário melhorar a eficiência do Estado, abrangendo também os  institutos e empresas públicas (e dos municípios e regiões) ... - e que muitas entidades duplicam funções e têm gestores com vencimentos e regalias muito superiores ao vencimento do Presidente da República.

    Mas também sabemos que esta sociedade (e 'democracia') está cada vez mais injusta, irracional e auto-destruidora.

    É uma vergonha o aumento da pobreza e a disparidade de rendimentos entre cidadãos.  É inaceitável a delapidação dos recursos (financeiros e patrimoniais) que deveriam privilegiar o desenvolvimento e não uma prática/ política neoliberal (selvagem) onde alienação de bens e interesses da comunidade é feita por  incompetência, nepotismo, corrupção e ganância sem limite nem justiça.
    É isto que ajuda a explicar a grave crise económica, financeira e social que Portugal está a viver.

    Mais palavras para quê ?!

    Isto só se resolverá quando ... os cidadãos (em conjunto com os da U.E.)  quiserem, mesmo !  (i.e., quando diminuir a iliteracia e a alienação).

 [- um português preocupado com o futuro ... especialmente dos jovens, dos desempregados e dos cidadãos explorados, humilhados e burlados...]

-----(post original em 2/1/2013)



Publicado por Xa2 às 07:48 | link do post | comentar | comentários (25)

Quinta-feira, 05.03.15

Dizia-se que só há uma maneira de acabar uma vida honesta com uma pequena fortuna: é começar-se com uma grande.

Hoje, sabe-se que o cândido Ricardo Salgado, líder do BES, desobedeceu 21 vezes ao Banco de Portugal, segundo as conclusões da Auditoria Forense encomendada à Deloitte. 21 vezes, entre Dezembro de 2013 e Julho de 2014, uma média de três desobediências por mês. Além disso, praticou atos de gestão ruinosa. Pergunta certeira do Pedro Santos Guerreirono BES eram todos muito inteligentes, ou muito burros? A minha resposta seria: eram todos muito impunes...  pelo menos até agora. Daqui para a frente ver-se-á se são descobertos e como são tratados todos os autores dos crimes indiciados pela auditoria: burla. fraude, manipulação de contas, falsificação de documentos, enfim um largo cardápio. Está tudo no site do Expresso.

Ainda sobre o BES, mas agora na vertente em que a PT foi destruída, após Zeinal Bava foi ontem a vez de o meu homónimo Granadeiro  ir à Comissão Parlamentar de Inquérito. Como ele, também eu juro por Deus (mas não pelo Espírito Santo) que não sei de nada… nem disto nem de nove mulheres grávidas ou uma mulher grávida de nove meses. Mas menos ainda compreendo como se põem 897 milhões de euros numa única empresa, ainda por cima… hum… seriamente prejudicada, para não dizer falida. O que me diferencia dele, é que eu também não sei se a culpa foi de Amílcar Morais Pires, ou se Bava conhecia o negócio de trás para a frente. E presumo que, no fim da Comissão, ficaremos todos na mesma. Pessimismo meu, com certeza.

É natural que isto ainda vá dar muito que falar. Até no BPN, dizem os respetivos advogados, nem caso de burla devia haver, pelo menos no que toca ao ex-ministro de Cavaco Silva Arlindo Carvalho, um entre os oito arguidos de um dos processos relacionados com aquele banco que começou ontem a ser julgado, 

Já Salgado, sabendo que tudo o que um homem deixa é a sua reputação, há de ter uma explicação convincente para o que se passa. José Sócrates, por exemplo, já a deu, ao explicar a razão da sua detenção e das suspeitas que sobre ele recaem: trata-se de um caso político. Ele é um preso político (e não um político preso) e acusa Passos Coelho de estar "próximo da miséria moral". A carta de quatro parágrafos do ex-primeiro-ministro foi difundida pela TSF e publicada esta manhã nos dois jornais do mesmo grupo de media presidido pelo seu advogado Daniel Proença de Carvalho - DN e JN. 

O ataque do ex ao atual é assumido como uma resposta a um discurso do atual em que o nome do ex não é referido. Mas a vida é assim e sobre as trapalhadas com a Segurança Social na vida de Passos Coelho, convenhamos que o atual primeiro-ministro mais parece um parafuso: quanto mais voltas dá, mais se enterra. Não sei se pelo facto de o ex já estar mesmo quase todo enterrado com as voltas que deu, o certo é que o atual líder da Oposição, António Costatambém anda com mau feitio, como se constata pela reação a uma repórter da SIC que lhe pedia para reagir aos processos de Passos na Segurança Social

Mas há mais: depois dos 'Vistos Gold', surge agora um esquema de falsificação de documentos sobre dívidas de empresas; e em Lisboa o perdão ao Benfica ainda dá que falar... enfim, há de tudo para investigar, esclarecer e julgar. Hoje é daqueles dias que a vida pública portuguesa nos enoja...

por Henrique Monteiro [Expresso]



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Segunda-feira, 13.10.14

  O NOSSO PROBLEMA

Desobediência civil não é o nosso problema. O nosso problema é a obediência civil. O nosso problema é que pessoas por todo o mundo têm obedecido às ordens de líderes e milhões têm morrido por causa dessa obediência. O nosso problema é que as pessoas são obedientes por todo o mundo face à pobreza, fome, estupidez, guerra e crueldade. O nosso problema é que as pessoas são obedientes enquanto as cadeias se enchem de pequenos ladrões e os grandes ladrões governam o país.
É esse o nosso problema."  - por Ramalho Eanes.
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 «Eles» sabiam !  Claro que sabiam tudo !!!

Por isso, precisavam de arranjar um "bode espiatório", J.Sócrates... e o "povo" que "gastou mais do que as posses"! Com colaboração dos seus homens de mão na Comunicação Social, movendo-lhe uma campanha negra de tal ordem, que conseguiram abatê-lo politicamente, impondo-lhe a vinda da "troika", para fazerem "a lavagem" e apagarem os gravíssimos crimes de roubo no BPN (que compromete gravemente o PPD/PSD e o chefe, Cavaco Silva), BPP, Banif e, claro, no BES.

A Comunicação Social que temos, salvo raras excepções, encontra-se claramente, como está à vista de todos, ao serviço dos poderes económico, financeiro e dos políticos da direita!!!
     O  BES,  o Goldman & Sachs  e  o  Banco de Portugal
- Retrato de mais uma trapaça, com desenho final (para os mais lerdos). Tal como senhor Vítor Constâncio em relação ao BPN, também o actual governador do Banco de Portugal, senhor Carlos Costa, não percebeu nada do que se estava a passar.  (ou não quis perceber)   
     Uma enormíssima cratera (que pode ir dos 5 mil milhões de euros até aos 15 mil milhões de euros!) não foi detectada a tempo.   Pois, eu sei: o BES era um banco sólido e o senhor Ricardo Salgado um exemplo de bom banqueiro.  De uma família às direitas, que dá emprego a ex-governantes e, por outro lado, fornece os governos com muitos dos seus melhores quadros (e também o líder da UGT). Que paga férias aos grandes comentadores cá do sítio.
     Mesmo depois do buraco ter sido descoberto, o senhor Carlos Costa decidiu nomear uma administração, mas, curiosamente – ou talvez não – Ricardo Salgado continuou em «gestão corrente» e a mexer cordelinhos. Quem sabe se a queimar papéis. Se não fosse um Super Juiz, talvez ainda andasse por lá a dar sumiço a mais uns milhões.
       Mas ninguém sabia de nada?  NINGUÉM MESMO ?!
    Não ! Havia alguém que sabia !  Quem ?
O principal banco dos sionistas judeus: o Goldman and Sachs, pois claro. O banco que faz a nossa dívida crescer. O banco que nos transformou na sua Faixa de Gaza.
Provas disso? Aí estão:
O Goldman and Sachs desfez-se das suas acções do BES uns tempos antes da coisa estourar. Mas, atenção: fê-lo com o reconhecido requinte judaico. Há um mês, o banco judeu americano dizia – e cito:
«Em Portugal, o BES é o banco melhor posicionado para captar quota de mercado, dada a forte posição de capital e movimento em direcção a um sector exportador mais dinâmico».
Num dia, o banco Goldman and Sachs, diz isto; no outro, vende as suas acções no BES.
Compreende-se. O senhor Ricardo Salgado também é banqueiro.
E o senhor Cavaco a dizer que o BES era um banco sólido. E o senhor Passos Coelho a dizer o mesmo. E o senhor Carlos Costa a ver navios.
E alguém vai às contas e ao património (e offshores) da família Espirito Santo?
Para quê? Não é para pagar coisas destas que existem os portugueses?
E AGORA? JÁ PERCEBERAM, ou é preciso fazer um desenho? Então, cá vão os figurões:
- Um (?) banqueiro burlão/ladrão/corruptor/... (com vários associados e capatazes) manipulou governantes, empresas e cidadãos... e foi sacando à vontade o país até não mais poder esconder a cratera…
- o Goldman & Sachs (+ outros bancos, especuladores e agências de 'rating'), os mestres do sacanço internacional, legal e ilegal, mas sempre impunemente…)
- o senhor governador do Banco de Portugal (e adjuntos), que por acaso estava distraído a antegozar a reforma dourada e as mordomias presentes...
- o senhor que devia ser primeiro-ministro defensor do interesse público, mas é fantoche do grande capital e diz que a culpa é dos anteriores, que não há problema com o BES, e que o Estado não vai meter dinheiro em bancos privados... (e depois vai desdizendo as mentiras anteriores e proclama outras como verdades e boas acções...)
- o grande economista, que consta ser presidente da República, pede aos tugas para se manterem calmos e exigirem alianças patrioteiras... e garante que o BES é um banco sólido! …
- E, finalmente, o eterno PAGADOR, o Zé Povo, tu, eu e os outros camelos, carneiros, burros  e mansos.   
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O  PECADO  ORIGINAL NO CASO  GES/ BES. O ANUNCIADO E O REALIZADO.  A MENTIRA POLÍTICA  INSTITUCIONALIZADA  EM  PORTUGAL

Quando agora se soube pela boca dos ... que, afinal, os contribuintes seriam novamente chamados a pagar a corrupção, a gestão ruinosa, as luvas e demais comissões que tipificam crimes económicos graves - para compensar o dinheiro que o Estado colocou no famoso Fundo de Resolução para aguentar o banco do Ricardo da Boca do Inferno - nada de novo foi dito sob os céus. E por uma razão simples:

o povo português, mesmo o menos preparado e versado para a compreensão da gestão da cousa pública, há muito já compreendeu que aqueles figurantes não são pessoas de bem, razão por que mentem compulsivamente, agora para justificar e oficializar que a injecção de capitais públicos para aguentar os disparates do Governador do BdP, outro figurante que a história irá crucificar, exigem mais e mais impostos por parte do Zé Povinho, que assim será mais esmifrado nos seus já débeis rendimentos.

A solução técnica criada pelo Fundo de Resolução, uma inovação do sr. Carlos Costa, o guardador de tacos de golf de João de Deus Pinheiro, revelou-se um logro, assim como toda a sua acção laxista na supervisão da banca em Portugal; a esperança vertida nas declarações da ministra das Finanças, Maria Luísa Albuquerque, em linha com as do governador do BdP, traduzem-se em mentiras e estas, por sua vez, em mais e mais impostos sobre os contribuintes. Um e outro, Carlos Costa e Maria Luis Albuquerque, e também Passos Coelho (3º elemento do tripé desta mega-farsa), que nada percebe de finanças públicas, nem nada de nada, convergiram para um ponto de luz:   uma narrativa de mentiras sucessivas visando ocultar o pagamento extra da factura decorrente da desejada venda do banco do Ricardo no mercado internacional, o qual será vendido abaixo do capital que o Estado - e demais accionistas/bancos portugueses - nele investiram. E se assim for, é, de novo, o zé povinho quem paga as comissões à família Espírito Santo pelos submarinos que o Paulinho Portas/CDS/PP encomendou aos alemães.

Em rigor, trata-se de dinheiro que sai directamente dos bolsos das famílias portuguesas para entrar nas contas da família Espírito Santo, tamanho o escândalo (e crime) agora cumpliciado e oficializado pelo alegado PM, Pedro Passos Coelho.

O cancro do BPN ao pé desta megra-fraude, que comprou e corrompeu todo o sistema político durante décadas, não passa duma bagatela jurídica. Os contribuintes pagam sempre os roubos praticados pelos parasitas da nossa sociedade! E se não pagam a bem, pagam a mal, com mais juros agravando o nível de empobrecimento dos portugueses e entorpecendo ainda mais as condições de transparência e de competitividade no funcionamento da economia nacional.

Passos coelho, além de ser tecnicamente incompetente, revelou-se também um actor político populista, perigoso, já que em todos os sectores de actividade os factos têm contrariado o sentido quer do seu Programa de governo, quer das suas declarações avulsas comunicadas à sociedade.

Esta discrepância significa, entre outras coisas, que o exercício do poder ficou literalmente sequestrado por grupos de interesse ligados à alta finança, os quais têm condicionado e perturbado a boa governação nos demais sectores da economia e da sociedade.

Se a política é a articulação da possibilidade com a finalidade, a virtude da decisão política decorre da leitura ajustada das suas condições de concretização, mas para isso seria necessário que aquilo que foi anunciado coincidisse com as tarefas realizadas, o que não acontece(u).

Não restam dúvidas, hoje, de que toda a campanha feita pela extrema direita contra o J.Sócrates na sequência da crise financeira financeira de 2008, teve como artífices, o Presidente da República (enterrado até à ponta dos cabelos no caso BPN), o PPD/PSD e o CDS/PP, como o o objectivo de branquear o caso BPN, BES (que sempre procuraram esconder!), BPP, BANIF e outros!!! É desta brecha entre o anunciado e o realizado que nasce, em todo o seu esplendor, a mentira política institucionalizada pelo XIX (des)Governo (in)Constitucional, o pior desde o 25 de Abril de 1974.

(-recebido por e-mail via mmpoupino.)
 
 


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Sexta-feira, 04.07.14

      10  argumentos  a favor da  nacionalização da  banca   (-por oJumento, 2/7/2014)

Esta combinação de capitalismo europeu de inspiração asiática, com a overdose de (neo)liberalismo promovida por economistas ambiciosos como Gaspar, com a corrupção, o oportunismo e uma democracia refém de manipulações da opinião pública feita com os orçamentos publicitários de grandes grupos está a conduzir a uma grave crise do sistema. O que se passa com a banca portuguesa é um bom exemplo, quando o PCP defende a nacionalização da banca tem toda a razão.
    O país teria mais a ganhar com a nacionalização da banca do que manter um sistema bancário gerido por incompetentes, corruptos e selvagens. Aqui ficam dez boas razões em favor de uma nacionalização da banca:
1. Os bancos privados têm sido pior geridos do que sucedida com a banca nacionalizada.
   A banca portuguesa é um bom exemplo de má gestão e bastaria deduzir dos seus resultados os juros abusivos conseguidos num mercado que durante muito tempo foi protegido da concorrência, os montantes de impostos que ficam por pagar por via da evasão ou dos favores políticos ou os ganhos com a especulação em dívida soberana para se perceber que os lucros da banca não são o resultado de uma boa gestão como muitas vezes se tentou fazer crer. A banca não é o caso de sucesso de que Cavaco tanto gostava de referir.
2. Tendo absorvido uma boa parte dos prejuízos financeiros do BPN.
   Ao mesmo tempo que se elogia a boa gestão dos bancos privados usa-se a CGD para apoiar os seus negócios ou para se associar aos negócios de outros bancos, como é o caso do agora badalado BES. Os defensores da iniciativa privada não se dispensam de usar um banco público para ajudar os bancos privados.
3. Os bancos privados têm sido geridos contra o interesse da economia nacional
    Os mesmos bancos que hoje apoiam a política de empobrecimento e concordam com o governo na tese de que os portugueses consomem em excesso são os bancos que antes da crise penalizavam e dificultavam o crédito às empresas para concentrar os seus recursos financeiros no sector mais lucrativo do crédito ao consumo. Mais do que as políticas públicas têm sido as estratégias de lucro fácil da banca a orientar a economia portuguesa no sentido do consumo e do endividamento.
4. Os bancos privados favorecem a evasão fiscal
    A banca privada não só tem comprado políticos para a favorecer com esquemas de fuga aos impostos como colabora activamente com os seus clientes em esquemas de reengenharia financeira que visam apenas a evasão fiscal.
4. Os banco privados têm estado envolvidos na fraude fiscal
   Em todos os grandes processos envolvendo fraudes fiscais a banca tem estado presente, é o caso, a título de exemplo, da «operação furacão».
6. A banca privada colabora com a fuga de capitais através de operações nas suas off shores.
    Os capitais que abandonam o país fazem-no com a colaboração da banca privada.
7. A banca é uma fonte de corrupção na sociedade portuguesa.
    A máxima do antigo patriarca do BES era que "o BES é como as putas, está sempre ao lado do poder" e tem sido esta a prática dos bancos. O caso do BES é emblemático, o BES está no poder e o poder está no BES, mas a generalidade dos bancos conta nos seus quadros de administração com políticos que servem apenas para gerir influências. Esta prática não se limita aos políticos, as relações com a banca generalizam-se a altos quadros do Estado. A banca é hoje uma verdadeira central de corrupção da vida pública portuguesa.
8. A banca usa os seus recursos para manipular a opinião pública
    Nenhum órgão de comunicação social ousou criticar a banca privada nas últimas das décadas e isso explica-se pelo recurso à chantagem dos bancos sobre os jornais e televisões. O caso mais evidente foi o do «mensalão», quando Ricardo Salgado ameaçou o Expresso de cortar a publicidade ao grupo Impresa. O Expresso deixou de noticiar o mensalão.
9. Os prejuízos que a banca privada provoca ao Estado cobriria uma parte dos custos da nacionalização
    O custo do caso BPN, as perdas em receitas fiscais aos bancos, as perdas de capitais privados, a perdas de impostos sobre a actividade económica destruída pelos bancos seria suficiente para pagar uma boa parte do valor da banca em bolsa.
10. A banca privada põe em causa a democracia e a soberania nacional
     Os acontecimentos dos últimos anos provam que a banca privada gerida por gente sem escrúpulos e estando na posse de empresários sem princípios é inimiga do interesse nacional, põe em causa a soberania nacional e destrói a democracia, argumentos só por si suficientes para se decidir a sua nacionalização, senão mesmo a expropriação.
         Os bancos e os seus gestores têm-se comportado como inimigos do país e da democracia, promovendo a distorção da economia, a corrupção, a evasão e a fraude fiscais e a fuga de capitais. Já nem vale a pena recordar as velhas denúncias vindas dos EUA em relação ao branqueamento de capitais. Os banqueiros portugueses e os gestores da banca, incluindo os políticos envolvidos, têm-se comportado de forma criminosa e como tal deviam ser tratados.
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PS.- O que se refere acima deve ser entendido, não como um exclusivo do Estado (do público) no sector da banca, mas sim como desejável e necessária uma forte presença pública em sectores chave da economia, recursos e infra-estruturas em Portugal, para competir e influenciar positivamente o "mercado", diminuir as fortes desigualdades  e evitar oligarquias, monopólios e carteis que capturam o Estado (através de governantes/ administradores corruptos e/ou incompetentes), e exploram os pequenos e médios produtores, os consumidores, os trabalhadores e os cidadãos em geral.


Publicado por Xa2 às 07:44 | link do post | comentar | comentários (5)

Sábado, 24.05.14

Caríssimos,
Retive um email que me chegou mail já a alguns dias porque me pareceu alarmante e não sei se verdadeiro. Mas,...
Decedi compartilhá-lo com as devidas reservas, porque a ser verdade merece divulgação.

Se não for, peço desde já as minhas desculpas a todos.

Vou portanto transcrever (sic) o que me chegou por email e que não tenho conhecimentos para fazer a confirmação, mas que a ser verdade merece que aqui sem postado:

 

«Banco Espirito Santo (BES) - o novo BPP ?

Nota: Leiam com atenção este blog. Mantive-o curto e espero que de fácil entendimento. Para protecção de todos nós, divulguem-no ao máximo possível. Os dados descritos são 100% factuais e de fácil verificação.

O BES está a usar as mesmas tácticas que o BPP.
O BES está a comercializar, de forma agressiva, um produto
obrigacionista do próprio BES, para se auto financiar, fazendo com que os clientes do BES transformem Depósitos a Prazo, que estão cobertos pelo Fundo de Garantia (até 100,000 euros) em Obrigações do BES, sem qualquer protecção!

Factos:
1) O BES está a telefonar aos clientes com Depósitos a Prazo CR7

2) O BES está a sugerir em vez do CR7 uma Obrigação BES (ISIN: XS0782021140). O ISIN é o identificador do Produto registado na CMVM. Corresponde ao ISBN dos livros.

3) Esta Obrigação BES, por ser uma Obrigação, não é um Depósito a Prazo. Os clientes não tem qualquer protecção, se o BES for à falência ou se houver problemas graves.

4) Os comerciais do BES apenas falam dos juros da Obrigação BES, mas não referem:

4a) Que a Obrigação BES não tem qualquer protecção para os depositantes

4b) Que existe uma penalização na venda da Obrigação de 3%, O que quer dizer que, se comprar a Obrigação e a vender um mês depois, perde imediatamente 3% do Capital. Estamos a falar de 3% do Capital, não dos juros.

4c) A Obrigação não tem qualquer liquidez, mesmo em mercado secundário, porque é uma colocação privada. Isto é, o BES controla totalmente o preço. Pode acordar um dia e ver que perdeu 50% do capital. Quem ganhou? O próprio BES !!! Esteve a trabalhar uma vida inteira e as suas poupanças estão agora a ser utilizadas para capitalizar o BES.

4d) Ou seja, a valorização do seu dinheiro agora depende do que o próprio BES acha que vale, pois tem uma capacidade imensa de manipulação do preço, uma vez que tem uma baixíssima liquidez.

5) O BES é o único dos 4 grandes Bancos Portugueses que não teve (ainda) ajuda do Estado. Mas está a usar manobras agressivas e ilegais de financiamento.

6) Os comerciais do BES não estão a respeitar os deveres impostos pela CMVM e pelo Banco de Portugal de explicação do produto, perfilagem do risco do cliente e explicação dos riscos. Aproveitam-se das relações de confiança e emocionais com os clientes. Isto é especialmente verdade com a população sénior, mais vulnerável pelo seu conhecimento mais limitado de mercados.

7) O Dr. Ricardo Salgado na apresentação de resultados em finais de Julho de 2013 comunicou prejuízos de mais de 200 milhões de euros.  Os rácios de solvabilidade desceram de 10,9% para 10,4%, pouco acima dos 10% exigidos. Disse que tem ao seu dispor "um número de alavancas para capitalizar o Banco". Sabemos agora quais são, transformar os Depósitos a Prazo em Obrigações do BES com uma maturidade a perder de vista (2018 ou 2019). (já que os comerciais não informam que a maturidade é a altura em que as obrigaçoes vencem, ou seja, quando lhe devolvem finalmente o capital ... caso contrário se não esperar até 2018 fica sem 3% do capital como já vimos)


Lembram-se do BPP ? Dos depósitos maravilha do BPP que supostamente davam 8% ?

Afinal não foram considerados depósitos! Afinal não estavam garantidos! Afinal os clientes ficaram sem nada.

Só pode ser consideradas acções de negligência grosseira ou má-fé as políticas extremamente agressivas de comercialização destas obrigações. (se precisarem de se lembrar de mais episódios lembrem-se das Obrigações Covertíveis BES onde os detentores das Obrigações perderam mais de 50% também... foi mais uma "alavanca de capitalização" agressiva).

Acções a Tomar:
1) NUNCA converter Depósitos a Prazo em outros produtos, nomeadamente Obrigações ou Acções do BES. Em Depósitos a Prazo não corre riscos,a não ser que lhos venham a considerar como não depósitos a prazo, como no BPP!... Em Obrigações ou Acções do BES se algo correr mal ao BES fica sem o dinheiro (lembre-se do Banco Privado Português) ?

2) Se lhe apresentarem um impresso "Operações Sobre Instrumentos Financeiros" é porque a coisa já está a correr mal. É precisamente esse impresso que indica que quer fazer a subscrição das Obrigações e que conhece o risco de mercado. Não Assine.

3) Se o impresso tiver o ISIN: XS0782021140, é precisamente destas obrigações que estamos a falar. Mas podem existir outras!!! Cuidado.

4) Se tiver no seu Extracto "Compra Fora de Bolsa BES LDN6", já correu mal. Já tem Obrigações. Era mesmo isso que queria, ficar sem a protecção do seu dinheiro ao abrigo da Garantia de Depósitos? Se não era, reclame ! Junto do BES, mas mais importante junto da CMVM e Banco de Portugal, onde já não está o Victor Constâncio e, por isso, talvez valha a pena reclamar:

http://web3.cmvm.pt/SAI/criarreclamacao.cfm

5) Agora, que já verificou a sua situação, ajude a comunidade. O BES está a transformar milhares de depósitos de idosos e pessoas com menos conhecimentos em Obrigações BES, para seu proveito próprio.»


MARCADORES: ,

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Segunda-feira, 29.07.13


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Quinta-feira, 16.05.13

Empresário Aprígio Santos requere Processo Especial de Revitalização.

O empresário Aprígio Santos recorreu em tribunal a um Processo Especial de Revitalização (PER), em seu nome pessoal e da mulher, ao abrigo do Código da Insolvência e Recuperação de Empresas, que também se aplica a particulares.

Aprígio Santos confirmou hoje à agência Lusa que o processo, a decorrer do Tribunal de Cantanhede, foi interposto por si, mas recusou comentá-lo.

"O processo é meu, mas não quero falar sobre isso", disse.

[Expresso]

 

Aprígio Santos: Presidente da Naval deve 154 milhões a empresa que ficou com os calotes do BPN.

 

“Parvalorem dá 4 anos de foga a Aprígio Santos.Estado aprovou um plano de renegociação que permite ao presidente da Naval adiar €154 milhões de dívidas ao antigo BPN.”

“No último dia que esteve em funções, a 28 de junho deste ano, a anterior administração da Parvalorem a provou uma posposta  de reestruturação de €154 milhões em dividas contraídas  pelo grupo de empresas de Aprígio Santos ao antigo BPN…”

A proposta de reestruturação implica que Aprígio Santos desista de uma ação interposta  em tribunal contra o BPN no ano passado, que envolve um pedido de indemnização e cujos contornos não são conhecidos…”

As condições de renegociação de crédito oferecidas, de acordo com fontes internas do veículo, são “excecionalmente boas”, uma vez que “permitem uma folga bastante grande”…

[Expresso] em Dez. 2012

 

Basta lembrar que já em 2009:

O presidente da Associação Naval 1º de Maio, era suspeito de ter um crédito incobrável de 8,5 milhões de euros no BPN.  quem o afirmou no Parlamento foi Leonor Coutinho, deputada socialista, na Comissão de Inquérito Parlamentar ao caso BPN. Teófilo Carreira, antigo director comercial com responsabilidades na região Centro e ex-Administrador do BPN, admitiu conhecer Aprígio Santos, mas sublinhou que não tinha ideia de que fosse um cliente incobrável, pois que o tinha como um empresário de algum sucesso no ramo imobiliário.Leonor Coutinho confrontou também o ex-administrador com a cedência de um crédito a José Serpa, que "valorizou um terreno em dez milhões" e que originou "um prejuízo de 2,5 milhões de euros na revenda desse mesmo terreno a Aprígio Santos." Teófilo Carreira garantiu que não tinha conhecimento dos alegados créditos incobráveis.Agora que o governo nacionalizou o BPN, vamos a ver se obrigam os ex-irresponsáveis a lembrar-se de alguma coisa. Até parece que todos agora padecem de amnésia.

 

Nota: Aprígio Santos integra a lista dos 500 maiores devedores ao BPN.



Publicado por [FV] às 15:18 | link do post | comentar

Quarta-feira, 27.06.12
 
Paulo Morais no programa "Olhos nos Olhos" da TVI24

 



Publicado por [FV] às 10:30 | link do post | comentar | comentários (1)

Sexta-feira, 11.05.12
 

O fiscalista Tiago Caiado Guerreiro, a quem nos anos mais próximos não deverá ser permitido voltar a pôr os pés numa televisão, explicou no programa «Opinião Pública» da SIC Notícias como, em Portugal, as leis são feitas exatamente para não ser possível apanhar as pessoas em situação de corrupção...

 



Publicado por [FV] às 15:49 | link do post | comentar | comentários (2)

Terça-feira, 16.08.11

O cancro do BPN
A reprivatização do BPN mantém o banco na senda daquilo que sempre foi: um verdadeiro tratado sobre a nossa incapacidade e impotência.
Nasceu de forma obscura, cresceu como tinha nascido, na base do puro tráfico de influências incrustado no coração do poder político, contaminou a credibilidade de várias instituições, teve uma nacionalização desastrosa e acaba a ser vendido a pataco. Nada verdadeiramente surpreendente num país que acomoda o compadrio como forma de estar na política e nas áreas mais sensíveis do poder de Estado. Basta atentar na vertiginosa circulação de pessoas entre quadros da Justiça e do BPN ou de outros bancos para perceber o patamar em que se joga o negócio da influência.
Por: Eduardo Dâmaso, Director-Adjunto do CM

 

Pesada herança
A venda do BPN realça bem a pertinência de um dos mais conhecidos provérbios populares – o que nasce torto tarde ou nunca se endireita. De facto, o negócio que o Estado fez com o BPN não é brilhante. Longe disso. O problema, porém, é que o mal vem muito de trás, as causas são profundas e, face ao desastre que se conhece, o desfecho dificilmente poderia ter sido diferente. Negar isto é negar a evidência.

O caso BPN é um filme de terror. Começou com a actuação ruinosa de gestores sem escrúpulos e a omissão irresponsável de reguladores incompetentes que transformaram uma instituição financeira num caso de polícia. Continuou com a leviandade de um governo que nacionalizou o que nunca devia ter nacionalizado, porque o plano Cadilhe representava uma alternativa melhor e menos onerosa. Prosseguiu com as mentiras reiteradas de Sócrates e Teixeira dos Santos, garantindo que aquela nacionalização não custaria um euro aos contribuintes. E chegou até aqui, sem que o governo anterior tivesse conseguido arranjar comprador para o banco ou logrado sequer estancar a sua continuada degradação.

Entretanto, as más práticas continuaram. A justiça, que deveria agir de modo exemplar, ainda não puniu ninguém. Vítor Constâncio, que falhou redondamente na regulação cá dentro, foi promovido com estrondo lá para fora. Os governantes que nos meteram nesta aventura suicida estão a salvo, quando deviam ser pessoalmente responsabilizados. O Estado, o tal a quem a nacionalização não custaria um euro, já meteu no BPN mais de 2,4 mil milhões de euros.

Perante esta pesada herança, é espantoso ver a ligeireza com que se critica o actual governo pela decisão tomada. Afinal, este governo resolveu em mês e meio, em condições altamente adversas, um problema que se arrastava há anos. E como disse, e bem, a Secretária de Estado do Tesouro, a alternativa da extinção do banco, em vez da sua venda, ainda sairia mais cara aos contribuintes. Face a estas evidências, o Governo só peca mesmo num pormenor – em não recordar os coveiros desta situação e as suas pesadas responsabilidades. Afinal, se o passado não legitima as decisões de hoje, também não pode fazer esquecer as responsabilidades de ontem.

Por: Luís Marques Mendes [CM]

 

Crise, crime e impunidade

Uma vez mais foram socializadas as perdas e privatizamos os benefícios.

E a procissão ainda vai no adro…
O crescimento dos últimos anos, antes da actual crise, foi, tão rápido como virtual. Cometemos, nesse tempo, um grave erro ao não aproveitar devida e democraticamente tantos fundos que tivemos à disposição para desenvolver a nossa economia, aumentando, nomeadamente, a produtividade e o desenvolvimento tecnológico. Desaproveitámos uma oportunidade de ouro para reforçar os serviços públicos e, portanto, construir um país mais justo, solidário e equitativo. Também, não aproveitámos o crescimento para avançar na coesão social.

 Alguns – os oportunistas do costume, as clientelas partidárias e os abutres da economia e da finança – encheram-se, porém, à tripa forra, como vamos, agora, percebendo.

Entretanto vieram os ventos da crise, que não param de soprar, e esses, mesmos oportunistas e abutres mudaram-se para novos poleiros continuando tranquilamente a ganhar tanto quanto nós, cidadãos comuns, continuamos a perder. A pouca riqueza que produzimos é distribuída apenas por alguns e nunca chegará, sequer, para o país pagar as suas dívidas, crescentes, apesar de todos os sacrifícios impostos aos cidadãos.

Num tempo em que o dinheiro é rei e senhor das nossas vidas, o Estado resgatou a banca e empenhou no sistema financeiro dinheiro público para pagar fraudes e crimes económico-financeiros dos magnatas da banca.

Uma vez mais foram socializadas as perdas e privatizamos os benefícios. E a procissão ainda vai no adro…

O caso do BPN será, porventura, o mais elucidativo do que se afirmou acima. É certo que, três anos volvidos sobre o conhecimento público da situação, há um julgamento em curso, cerca de duas dezenas de inquéritos a correr na justiça criminal e perto de trinta arguidos constituídos – alguns dos quais, diga-se, continuam no “mercado” a fazer as suas negociatas, a brilhar nos melhores restaurantes de Lisboa e a pavonear-se nas praias algarvias e nas revistas cor-de-rosa. Diz-se, entanto, que, pelo menos, 800 milhões de euros terão sido desbaratados em negócios ruinosos e também aconchegado as contas bancárias e o património de vários intervenientes nesse escândalo.

Ora, se se pode compreender (dificilmente) a morosidade da justiça em agir criminalmente, não se pode aceitar, de todo, que tantos milhões não tenham sido apreendidos pelos Tribunais acautelando os interesses do Estado e a efectiva realização da justiça. Refiro-me, no transe, aos dinheiros que circulavam no BPN e na SLN, sua detentora, e que de favoreciam uma casta de plutocratas que continuam por aí a rir-se de todos nós usufruindo dos resultados dos seus crimes enquanto muitas empresas fecham as portas por dificuldades económicas graves (a que ninguém acode), o desemprego aumenta, e as pessoas e as famílias, endividadas em limites insuportáveis, caem para a valeta da sociedade (e o Estado social se desvanece).

E, neste contexto, imperativo patriótico e moral assinalar a quem de direito que o dinheiro resultante desses crimes – e o de outras fraudes fiscais e da corrupção em geral – não se evaporou. É preciso é ir no seu encalço e recuperá-lo para o Estado e para os seus legítimos donos.

Quem lucrou com esses negócios ilícitos? Quem recebeu lucros, dividendos e quem contraiu empréstimos fraudulentos na banca sabendo que os não iria pagar? Quem aumentou despudoradamente o seu património nesses negócios ilegais e imorais? Onde está, enfim, o dinheiro (ou o património) dai resultante?

A crise que nos atormenta e promete levar-nos à miséria poderá encontrar um lenitivo se forem postos a nu aqueles que se alimentaram, ao longo de anos, de todas essas falcatruas. Mas será que o poder político quer e pode (não estará comprometido nos escândalos?) deitar mão aos instrumentos legais que tem ao seu dispor ou criar outros adequados a este tipo de criminalidade?

No nosso país o crime continua a compensar.
Por: António Vilar, advogado



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