Porque se fosse o Brasil não estava como está...
E por cá basta ver as autarquias que são ou foram geridas pelo PC.
Não fazem nem fizeram diferença nenhuma
das outras geridas por qualquer partido à sua «direita» ou à sua «esquerda»...
E admiram-se pelo povo não ir votar! Pela elevada abstenção!
Só com a verdade nos têm enganado.
A mentira é imediatamente apanhada e descoberta.
Só tendo bom aspecto e bom discurso, se consegue aplicar o conto do vigário...
Já alguém foi enganado pela cantiga de um «maltrapilho»?
A propósito de Verdes que são vermelhos
Os Verdes anunciaram pomposamente uma moção de censura. Parece que é para entalar o PS e para darem ao PSD e ao CDS a oportunidade de mostrarem que estão unidos. É a táctica do costume...
Mas o que aqui me traz é o facto de os Verdes serem um partido assim - como dizer? - um pouco para o estranho. Vou tentar explicar porquê.
Os Verdes concorreram sempre às eleições coligados com o PCP na CDU (ou formações anteriores à CDU, como a APU). Nunca foram a votos. Mas são tratados, na Assembleia e por imposição legal na Comunicação Social como se fossem mais um grupo parlamentar. Ou seja, se o PS decretasse que três deputados seus eram do Partido Socialista Liberal, mais três do Partido Socialista Marxista, mais três do Partido Socialista Republicano podia falar o triplo das vezes. Nas cerimónias do 25 de Abril, ou nas interpelações, ou nos debates sobre o Estado da Nação. E podia triplamente apresentar moções e o que quisesse. O mesmo é válido para o Bloco, o PSD ou o CDS.
É estranho que a lei seja assim. Mas talvez seja ainda mais estranho que o PCP se aproveite da lei e nunca seja confrontado com isso. Por mim, acho verdadeiramente fantasmagórico que jamais alguém tenha feito esta pergunta: e o que pensam Os Verdes?
E sabem porque não fazem? Porque basta saber o que pensa o PCP. Eles são dois corpos, mas têm a mesma cabeça.
Por: Henrique Monteiro [Expresso]
Nota pessoal:
Vivemos uma época estranhíssima. Numa época de crise. Não só financeira ou económica, mas também de valores. De toda a espécie de valores - morais, éticos, sociais e até de religiosos ou filosóficos. Vivemos, dizem num regime parlamentar em que alguns insistem em chamar de democracia. Dizem até, os entendidos, que os nossos governantes, embora eleitos por sufrágio do voto popular, não têm legitimidade para governar e não representam o «povo». Dizem que são precisas novas eleições e há até quem diga e patrocine uma base mais alargada de entendimento partidário para governar este país. Dizem as oposições e até, espantosamente (ou não) vozes dos partidos que estão no exercício do poder da governação. Vivemos portanto uma época esquisita. Infelizmente esta miserabilidade de regime não se confina só a Portugal. Ele estende-se com formas mais ou menos similares a toda a Europa Ocidental e até a outros Países também eles ditos democráticos. Mas na minha cabeça ninguém me convenceu ainda que «isto» a que assistimos é Democracia. Para mim, não posso e não quero acreditar que o seja. Recuso-me a aceitar que aquela «coisa» porque aspirámos durante + de 40 anos de regime autoritarista e bolorento, seja «isto» a que estamos a assistir na prática. Vou portanto continuar à espera que cheguemos à Democracia. E vou dizer que deixámos o regime ditatorial e que estamos a atravessar um regime a que vou chamar de «democracia do proletariado». Noutra altura tentarei definir ou explicar o que entendo por «democracia do proletariado».
Entretanto não se esqueçam do que vêm, assistem e sofrem na «pele» quer pelos partidos que nos governam, pelos que nos têm anteriormente governado (e para quem os ouça parece m ter-se esquecido) e para os outros que nunca governaram e até os assusta pensarem que algum dia teriam o azar de poderem ser eleitos, vade de retro, pois seria o seu fim enquanto pseudo vozes de oposição. Um abraço e bom fim-de-semana.
Muita gente em Portugal põe em causa se ainda somos uma democracia. Nas redes sociais e nos diversos comentários o epíteto "fascista" é utilizado a torto e a direito a propósito do atual Governo. Um dos problemas que estas pessoas têm é não entender que, gastando as palavras, elas deixam de ter significado quando são necessárias. Por isso deixo aqui este exercício:
Imaginem que em Portugal tinham sido saneados todos os juízes com mais de 62 anos (10% do total de magistrados e 50% dos que tinham lugar preponderante no sistema) a fim de serem substituídos por o que se chama boys.
Imaginem que o presidente do Supremo era compulsivamente demitido e que o próprio STJ era substituído por outro órgão. E que alguns dos poderes antigos do STJ passavam para outro órgão, eleito pela maioria no Parlamento, por nove anos. E que a presidente desse órgão era casada com um dirigente do partido do poder, dirigente esse que se gabava de ter escrito uma nova Constituição num iPad. Imaginem, ainda, que esse novo órgão podia escolher juízes para processos concretos ou fazer os processos transitar de uma comarca para a outra.
Imaginem que uma Autoridade dos Media, nomeada pela maioria, dirigida por um ex-deputado do partido do Governo e insubstituível por nove anos, tinha o poder para aplicar discricionariamente multas de 750 mil euros aos órgãos de Comunicação Social...
Imaginem que a Constituição era revista exatamente como o partido do Governo queria e que já tinha sido revista duas vezes em três anos. Que além disso, diversas leis entram no Parlamento sexta-feira à noite e são aprovadas segunda-feira de manhã, mesmo com a oposição a abandonar a sala. Imaginem que a Constituição ia ao ponto de proibir expressamente que se durma na rua. Ao mesmo tempo ao Tribunal Constitucional fica vedado decretar a inconstitucionalidade de certas leis.
Como chamaríamos a isto?
Isto é a "democracia" de Viktor Orban, líder do Fidesz e primeiro-ministro da Hungria, um país europeu com uma cultura elevada. Isto é um país onde uma coligação com 52% tem mais de 2/3 dos votos no Parlamento e faz o que quer. Apesar dos alertas e esforços do Parlamento Europeu (Rui Tavares fez um relatório ponderado) e da União Europeia, isto passa-se num dos 27 países da democrática Europa.
Estas informações que me foram prestadas por Paulo Pena, repórter da revista Visão que tem acompanhado (também no local) aquele país, são arrepiantes. Isto sim, é o retrato de como um discurso demagógico de "preocupações sociais" e "nacionalismo" antieuropeu pode - aqui sim - pôr em causa a democracia.
Esse discurso também anda por cá, mas curiosamente não é onde muitos o veem. Não é nos partidos do Governo nem da oposição, mas num descontentamento que tendo razão de ser se pode tornar rapidamente muito perigoso.
Por: Niclau Monteiro [Expresso]
Alguns responsáveis do Partido Socialista vieram, por estes dias, acusar o PSD visto que já, quando em campanha, José Seguro se comprometeu em que, caso fosse eleito, o PS levaria a efeito eleições primarias para a escolha de candidatos às autarquias e a outros lugares electivos aos vários níveis do exercício de representação politica.
Também há quem diga, dentro do próprio Partido Socialista que, ainda que seja cópia de iniciativa, não deixa de ser um empurrão visto que depois de eleito Seguro passou a gerir as questões internas mais em "banho de Maria" do que um comprometido debate interno e de reflexão sobre o exercício democrático dentro do PS.
Alias, essa questão de primarias e, concomitantemente, a falta de um verdadeiro exercício democrático em que o funcionamento partidário não fique, como anda há décadas, dependente de quem detém os poderes, levou ao afastamento de muitos militantes.
Precisamente na secção de residência da área do Lumiar, Charneca e Ameixoeira, como em muitas outras, os responsáveis dos secretariados recusaram tais debates para que pudessem colocar quem quiseram nas respectivas listas a concorrer ao diversos níveis autárquicos. Na maioria dos casos resultou em completo fracasso tal estratégia.
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