Ainda ontem se celebraram os 89 anos de Aznavour e Georges Moustaki morreu hoje com 79. Para nós, ficará sempre esta pérola que nos dedicou:
+ o sempre, sempre eterno: «Le Métèque» (o estrangeiro) ... e tantas outras.
Era o único sobrevivente destes cinco «monstros sagrados:
(Ferrat, Brel, Ferré, Brassens e Moustaki)
TROIKA, PASSOS & GASPAR, um triunvirato de morte.
Gaspar, considerado como um dos malabaristas dos números (quase endeusado quando veio do confins do mundo, como o Papa Francisco), não acerta uma.
Todas as previsões e promessas feitas, quer pelo ministro das finanças como as repetidas pelo seu “padrinho” Passos Coelho, nenhuma foi, minimamente, acertada. Quer se refiram as previsões, espectativamente positivas, como as, nefastamente, negativas, todas foram ultrapassadas e sempre para pior. Nem sucesso nem tão pouco vislumbre de aproximação.
É mais que evidente que os homens não têm um pingo de vergonha, uma réstia de bom senso ou uma migalha de ética e de moral.
Se tivessem algum, pelo menos um, desses atributos Gaspar depois da saída da troika, após a sétima (des)avaliação teria apresentado a sua cata de demissão a Passos. Uma vez que isso não foi feito (em tempo útil) o primeiro-ministro deveria tê-lo já demitido.
Chegados a este ponto, quase sem retorno, e continuando a não ouvir as vozes das populações sejam capazes de ouvir as do vosso “correligionário” madeirense que por vezes tem laivos de lucidez credível e demitam-se os dois. Pelo menos poderia, talvez ainda, minorar as feridas deste maltratado povo português.
Que Europa se espera da Europa, depois da reverente entronização de Angela Merkel feita por essas sobras menores de "estadistas", reunidas numa cimeira tão desacreditante quanto insensata? Os que nela participaram, de regresso a seus países, proferiram declarações graciosamente imbecis e desprovidas de qualquer centelha de dignidade. A alemã foi a vencedora do conclave e parece que nenhum dos presentes deu conta rigorosa dos perigos que representa. Como lucidamente Viriato Soromenho-Marques escreveu no DN (segunda-feira, 12, pág., 8), "a senhora Merkel, mãe do monstro de pobreza e proteccionismo que quer oferecer como rosto da Europa futura, tem um problema fundamental, que é a arma apontada à cabeça de 500 milhões de europeus. A sua tacanhez mental é ainda maior do que a sua influência letal sobre os primeiros-ministros que actualmente governam a Europa. Uma medrosa selecção, que parece ter saído dos lesionados das divisões de honra dos campeonatos distritais de futebol (...)."
O projecto imperial está à vista. E tanto Helmut Kohl (CDU, o partido dela) quanto Helmut Schmidt (SPD), horrorizados com o caminho que as coisas estão a tomar, vieram a público exigir que se questionasse a verdadeira dimensão do empreendimento. Não se serviram de metáforas para esclarecer os seus pontos de vista: usaram analogias históricas a fim de agitar as cabeças quadradas dos dirigentes políticos.
Aceitando-se o facto de que a senhora Merkel ser tida e havida como tonta, quem está por detrás dela?, quais os ideólogos que a impulsionam?, quais os poderes que nos querem condenar a uma espécie de desconstrução identitária? Porque é disso que se trata, quando se desarma o princípio de equilíbrio social e se o substitui por um jogo de hegemonia do mais forte, com a decorrente submissão total do mais fraco.
A Europa, nas mãos de Angela Merkel (o pobre Sarkozy faz papel de compère resignado e cortês), favorece o aparecimento dos nacionalismos e da proeminência aguerrida do económico sobre o político. O hiato criado por estas circunstâncias faz- -nos viver na ilusão de que as previsíveis derrotas da alemã e do francês, nas próximas eleições, nos permitirão respirar melhor.
Mas a questão não reside em eleições: está nas deformidades de um sistema que conduz a tudo, até a ressurreições dos fascismos. Em causa emerge não apenas a ameaça de eliminação dos padrões, sob os quais nos habituámos a viver, como a benevolência com que estes dirigentes europeus admitem a servidão. A mediocridade circundante conduz a tudo: até à imprudente aceitação do económico, não como utensílio mas como valor absoluto. Para não irmos mais longe, basta olhar Portugal e atentar na pobreza intelectual e nas debilidades éticas e políticas dos que nos dirigem.
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