Domingo, 18.08.13

No Calçadão do Pontal, no Brasil como cá, corrupção não há!

Cavaco Silva nos seus dois governos, absolutíssimos, introduziu a chamada “economia social de mercado”. Nesses anos fez-se uma reforma fiscal, que introduziu o IRS  e o IRC, privatizaram-se empresas públicas, reformaram-se as leis laborais e agrárias e liberalizou-se a comunicação social, de que resultou a abertura da televisão à iniciativa privada e mais liberdade de informação.

Um verdadeiro capitalismo popular onde, quase, toda a gente tinha acesso a ser accionista de uma qualquer empresa a privatizar, como quem distribui-a rebocados a miúdos, que mais não serviu de engodo para colocar grandes e importantes sectores da economia nas mãos de certos grupos económicos e de certos amigos. BCP, BPN, SLN, BP, Pescas, siderurgia nacional, etc., etc.

Agora um dos seus boys de Chicago, que dá por nome de Pedro, vem com a teoria que o Estado deve ser governado como uma empresa privada. Para dar lucro têm de se despedir funcionários.

Como nós, enquanto ditos cidadãos, nos tornamos quase amorfos e viciados em brandos costumes, é mais que provável tal figura (tais figurões, visto que já são muitos com interesses altruístas em se ajudarem uns aos outros) consiga levar as águas aos seus moinhos. Uns despedidos, outros empurrados borda fora, mais uns quantos saqueados, a maioria esmagados pelo desemprego e desamparo social.

A mesma filosofia os mesmos objectivos: o ultraliberalismo a destruição do Estado social e entregar tudo ao privado especulador.



Publicado por Zé Pessoa às 11:01 | link do post | comentar | comentários (2)

Quarta-feira, 23.01.13

O esbanjamento e o desgoverno chegaram a tal monta e a tão elevada generalização que agora se tornou necessária a adopção de tutorias para tudo o que cheire a Estado ou banqueiros.

O banco de Portugal, do senhor Constâncio, não quis ou não foi competente para a regulação da atividade bancaria. Os casos BPN, BPP, BCP, além dos que não vieram a lume, foram/são disso evidencia clara.

O Ministério das Finanças não tem sido capaz de controlar os gastos públicos e, concomitantemente, a divida externa nem conseguiu as receitas fiscais que se propôs cobrar.

Não temos sido capazes de acautelar o, sistemático e continuado, diferencial negativo da Balança Comercial. Sempre importamos mais (mesmo peixe) do que exportamos (mesmo mão de obra).

As câmaras municipais e respectivos autarcas, distraídos em viagens de geminação com respetivos comparsas de outras latitudes, não se deram conta do descalabro que iam provocando nos respectivos cofres autárquicos assim como nas empresas que iam criando para colocação dos respectivos compadrios das famílias politicas mesmo da oposição conivente com tais desperdícios. Até se deram ao luxo de oferecer, sem controlo nem qualquer responsabilização, bairros inteiros a que designam de “sociais”. Como se designam aqueles bairros onde habitam as pessoas que compraram as casas? Não são sociais?

Agora, para se resolverem tantos exagerados desvarios provocados por tais perniciosos comportamentos que levaram a que os credores (dado que o mercado se fechou e a torneira dos empréstimos bancários secou) impuseram-nos um governo troikiano.

O governo de Relvas/Coelho (não por vontade própria, já se sabe, mas à boleia de FMI & Cª vão mais longe) impõe, em cada município irresponsável, a tutela gestionária de um representante do ministério das finanças. Ou será da própria trica?

Estamos perto de cada família, com ou sem rendimentos próprios, vir a ter um tutor nomeado pelo ministro Gaspar para nos ajudar a gerir os nossos orçamentos ou subsídios e ajudas recebidas. Uns porque esbanjamos o que temos e o que pedimos emprestado, outros porque as ajudas (que nenhuma instituição coordena, cada “quinta” funciona per si) chegam de tantas associações, particulares e públicas, de solidariedade e de misericórdias, que se torna necessário ter um calendário, bem elaborado e organizado, para as recolher.

Só um bom tutor pode reunir as condições, necessárias e suficientes, para fazer tão difícil e complexa gestão de recursos.

Sem isso, será mais que provável cairmos, pela quanta vez, na situação de banca rota. Parece que já o antigo pretor romano dizia: este estranho povo do Sul da Europa, não se sabe governar e é difícil encontrar alguém que o governe. 

 



Publicado por DC às 08:09 | link do post | comentar

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