Actualmente, o universo dos que
foram afastados do mercado de trabalho atinge os 1,6 milhões de pessoas. A
criação de trabalho em 2013 foi de
32 mil pessoas, em 2014 de
23 mil pessoas. Por este andar, serão precisos 50 anos!!
3) O padrão de retoma que se verifica - baseado na construção e no consumo privado, sem retoma visível do investimento - é uma "estratégia metodicamente construída"?
Era suposto estarmos assim ao fim de anos de 'ajustamento'? Recordo-me das
retomas anunciadas sucessivamente em 2012, 2013, 2014, 2015... Agora virão os
crescimentos de 3%, apenas se a Maioria for eleita... É que se este era o modelo a criar, então a estratégia deve ter
mudado algures no período de ajustamento (tal era a necessidade de sucesso), porque houve tempos em que
a Maioria amaldiçoava esse perfil, como sendo a causa do endividamente nacional. No gráfico em baixo, pode ver-se o contributo de cada componente da
procura para o crescimento do PIB verificado. Veja-se o perfil de
2010 e olhe-se para o de
2014. Na realidade,
nada mudou. Porque não podia mudar em tão poucos anos. Apenas
os deslumbrados (neoliberais) poderiam julgar tudo mudar com meia dúzia de traulitadas na economia;
4) Mas há uma
nuance: para a Maioria, o consumo está a expandir-se sem recurso ao endividamento, assente nas bases sólidas da economia, expurgadas pelo ajustamento. Mas depois de estar um ano
a repetir essas tiradas, alicerçadas em emprego instável e subsidiado, eis que surgem outros números.
O endividamento é mesmo mais elevado do que antes de 2011. Será que a Maioria
vai repetir a história da Cigarra e a da Formiga com que justificou a intervenção da troika ?
Portugal estará mesmo
"no caminho certo" ? (!?!)