O exemplo de resistência e perseverança de um povo
É certo que muitas dezenas de populares tiveram de cair, mortalmente, no meio da luta contra a ditadura e contra o regime que lhe dava apoio, no qual só os seus acólitos ainda acreditavam.
É sempre assim, mesmo na hora da queda, as ditaduras, produzem suas vítimas.
Só depois de mais de 18, consecutivos, dias de concentrações, manifestações e de resistências os cidadãos do Cairo, de Alexandria, Al 'Arish, Kafr Dawar, Kharga, Al Kharijah, Kom Ombo, LuxorEl-Mahalla, El-Kubra, Al Mansurah Marsa Matruh, Al Minya, Nag Hammadi, Noubarya, Asyut, Bani Suwayf, Bur Safajah, Dakhla, Damanhur e tantas outras cidades, vilas e aldeias poderam, finalmente, nos dias 11 e 12 de Fevereiro do ano da graça do Senhor seu (deles, há que respeitar os credos religiosos) Deus de 2011 (segundo o calendário gregoriano) puderam cantar louvores e hinos de alegria à liberdade e à democracia que se avizinha nos horizontes do futuro.
A Praça Thair, no centro da capital do Egipto, que adquiriu nova designação, “Praça da Libertação” passou a ter, para aquele povo, um significado idêntico ao que adquiriu, para os portugueses, o Largo do Carmo, em Lisboa no dia 25 de Abril de 1974, onde se consumou a queda de um regime que oprimiu o povo durante mais de 48 anos. Parece que há quem já tenha esquecido, infelizmente.
O que tudo indica é que esta revolução libertadora, venha a produzir idêntica influencia, á que então teve, nesta região da europa, a queda do regime português. O que, também, ira suceder com o agora consumado derrube de Hosni Mubarak, é o crescer do movimento libertário naquela região do Médio Oriente. Tudo isso com uma diferença, certamente, impulsionadora de tais acontecimentos futuros, é que a libertação do povo egípcio foi adquirida, nasceu das entranhas do próprio povo sem o impulso alavancador das forças armadas, como teve que ser no caso português.
Agora, com a mesma resistência e preseverança terá o povo egípcio de garantir a permanência da liberdade bem como o edificar, paulatinamente, a democracia. Assim se espera, para bem dos povos egípcios, de toda a região como do mundo e aqui registamos a nossa alegria, admiração e solidariedade a esse povo cujas diferenças culturais, de usos e costumes se devem respeitar os quais, afinal, nesta sociedade globalizante acabam por não ser assim tão profundos e inconciliáveis.
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