Já todos andávamos, mais ou menos, desconfiados.
No tempo de Sócrates, o PSD e toda a oposição afirmavam que, a política levada a cabo pelo seu governo, era uma porcaria. Agora, no tempo do Coelho, Portas, Gaspar e troica, o PS e os outros excluídos da governação dizem, repetidamente, que a política levada à prática por este governo é uma porcaria.
Uns afirmando outros desconfiando, todos íamos tendo a percepção que a política, em Portugal, se andava a tornar uma porcaria.
Se duvidas ainda alguém poderia acalentar, da tese da porcaria de política, desde ontem ficou comprovadíssima e irrefutadamente demonstrada, por um douto professor, sindicalista, que não só demonstrou que a política portuguesa se tornou uma grande porcaria como são os próprios suínos já envolvidos nela.
Não admira que da política e, grande parte, dos políticos nela envolvidos cheire tanto mal.
P.S.
Uma palavra de solidariedade para os professores portugueses. Não merecem nem esta política nem estes sindicalistas.
Portugal, onde o regime pressupostamente democrático se tornou, quase exclusivamente, numa partidocracia apodrecida está a constituir-se ao mesmo tempo um oásis para investidores especulativos e de cujos financiamentos, algumas vezes, parecem de origem duvidosa, tornou-se, também por isso, numa espécie de loja dos trezentos ou magazine chinês, tal é o número de empresas do estado a colocar no mercado.
Desde o sector dos transportes, aeroportos, águas, energia, correios, comunicação e imagem, tudo é colocado na feira das vaidades da economia neoliberal destes vendilhões de bens alheios que nos vão desbaratando o património que é nosso, o património nacional.
Segundo o representante do FMI em Portugal, as empresas portuguesas colocadas à venda pelo governo português são, dada a sua qualidade, atractivas aos interesses dos capitalistas internacionais que vêm potencialidades de geração de lucros elevados e de rápido retorno dos capitais investidos.
Deste modo, o tão almejado investimento estrangeiro, que os nossos actuais ministros tanto se esforçam em captar, mais parecendo caixeiros-viajantes do que dignos representantes dos interesses nacionais, do Estado e do povo português, será sol de pouca dura se o mesmo não acrescentar valor na economia nacional e vise apenas e só, como tudo parece evidenciar, obter empresas rentáveis cujos lucros passam a ser exportados espoliando dessa forma a economia nacional.
Assim, os senhores ministros, teleguiados pelos interesses partidocraticos, que no tem governado a coberto de uma suposta democracia mais não fazem que defender os interesses de seus senhores.
Portugal tem vivido sob um regime de democracia libertina em que a dita liberdade democrática não tem servido para mais do que lamuriar e enganar os falseados direitos constitucionais e de cidadania não exercida.
O povo tem sido levado ao engano e, parece que com gosto, se engana a si mesmo fingindo viver num regime democrático cuja realidade não passa de uma pornocracia em que os ditos representantes do povo se prostituem com quem explora o mesmo povo em nome de quem, dizem, governar.
Depois de amanhã, dia 25 de Abril, comemora-se a data do fim da ditadura, do fim do regime que governou este país durante 48 anos, mas só isso não há mais nada nem nenhuma razão para comemorar qualquer outra coisa. Tudo o mais o que há é necessidade de construir: a liberdade, , a responsabilidade, os direitos as obrigações, a cidadania e a democracia, só depois poderemos comemorar.
P.S.
Espero que os socialistas consigam, efectivamente, ganhar a presidência e, concomitantemente, o governo de França. Mas espero, mais ardentemente, é que esses socialistas assumam uma governação verdadeiramente socializante e de responsabilização, numa nova construção de um renovado e actualizado contrato social capaz de repor novamente a Europa na senda dos seus mais elementares e genuínos princípios culturais da igualdade, da fraternidade, da justiça social e económica e da paz.
“Documento Verde”, falta bom senso e há cegueira autárquica a mais no seu, respectivo, aprofundamento.
Tendo como verdadeira a ideia de que as organizações são criadas pelas pessoas e a terem como objectivo, directa ou indirectamente, servir quem as cria e, através de si, a comunidade, não será entendível, a uma mediana inteligência, que elas (organizações) sejam criadas à revelia e contra tais interesses.
Contudo, como sabemos, o “interesse” é, pela sua própria natureza intrínseca, algo egoísta que, com algum esforço e bom senso, poderá e deverá servir o altruísmo colectivos e individualizável.
Parece que, tanto da parte do governo, aqui no processo representado pelo seu ministro Miguel Relvas, apenas parecendo visar o economicismo, redutor da gestão de recursos, pouco se importando com o isolamento que daí possa recair para certas populações de meio rural, como da parte de muitos autarcas que de urbanidade pouco ou nada demonstram, atentas as atitudes clubísticas e pessoalizadas na defesa de quintinhas de “filhos da Igreja”, isto é, das suas freguesias, entretanto “apanhadas” por meio de listas partidariamente constituídas de forma, muitas das vezes, pouco democrática e até de duvidosa legitimidade legal dada a circunstância de nem, sequer, serem eleitores os que nessas freguesia se fazem eleitos, não há, como objectivo principal, o bem servir populações.
A par do debate do “famigerado” documento Verde, os partidos deveriam ter a coragem de levar a debate interno uma espécie de Livro Branco, livro de transparência, sobre a forma como se procede (ou não procede) ao debate e “selecção”/escolha dos militantes e cidadãos não inscritos partidariamente, para formar as listas e as equipas concorrentes aos diferentes órgãos autárquicos.
O trabalho preparatório à escolha/selecção das candidaturas e a eventual constituição de coligações ou acordos pré-eleitorais deve iniciar-se quanto antes. As mudanças são necessárias e urgentes.
As 4.259 freguesias, actualmente existentes, ninguém questionará que são um exagero para as necessidades dos tempos actuais. Toda a gente compreenderá da necessidade e urgência da sua, significativa, redução.
De igual modo também, quase toda a gente compreenderá (espera-se que incluído o governo), que têm de ser, muito seriamente, ponderados os critérios. Caso em que ao concelho com reduzida população nada justifica a sobreposição de uma freguesia, do mesmo modo e inversamente, onde exista uma freguesia, geograficamente isolada e distante do respectivo concelho, mesmo com reduzido número de eleitores, possa ser extinta. É exigível acautelarem-se os interesses e as necessidades das populações.
Será que, efectivamente, as pessoas estão primeiro?
Para que se acredite que são as pessoas a estar primeiro é necessário que isso seja demonstrado. De frases, vazias de conteúdo, andamos cansados. De mentiras estamos fartos. Os senhores que falam em nome dos partidos têm de demonstrar que deixaram de ser mentirosos para que a população em vós voltem a acreditar.
Corre por aí que a ASAE vai mandar encerrar o Parlamento dado que na última visita que por ali fez descobriu que andam todos a comer do mesmo tacho.
Deveriam seguir o exemplo de Carlos César nos Açores que assumiu respeitar o limite de mandatos embora o que a lei em vigor estipula se lhe não aplique. Há manifesta diferença em relação à atitude do seu homólogo madeirense.
A mesma exigência, rigor e transparência deveria ser aplicada à vida interna partidária pois, é aí que reside e radicam as raízes corruptoras e mafiosas que minam a sociedade portuguesa.
Quantos socialistas pugnarão por igual coerência e quantos os que lhe seguirão o exemplo no plano interno do aparelho? Não nos parece que sejam muitos, a ver vamos mas continuamos a esperar sentados.
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