Porque se fosse o Brasil não estava como está...
E por cá basta ver as autarquias que são ou foram geridas pelo PC.
Não fazem nem fizeram diferença nenhuma
das outras geridas por qualquer partido à sua «direita» ou à sua «esquerda»...
E admiram-se pelo povo não ir votar! Pela elevada abstenção!
Só com a verdade nos têm enganado.
A mentira é imediatamente apanhada e descoberta.
Só tendo bom aspecto e bom discurso, se consegue aplicar o conto do vigário...
Já alguém foi enganado pela cantiga de um «maltrapilho»?
António Aleixo escreveu que “uma mosca sem valor poisa com a mesma alegria na careca de um doutor como em qualquer porcaria …”. Ora é uma questão de moscas e porcaria, está visto.
Estas palavras vieram-me à memória quando ouvi que o governo, para se limpar (ele e os que lhe antecederam visto que a doutrina continua a mesma, só que cada vez mais grave) tentou afastar as moscas, perdão os administradores (parece que se recusam apresentar a demissão conforme lhes foi sugerido pelas tutelas) das empresas públicas que estão metidas nos negócios das swaps, sobretudo do sector dos transportes.
É mais um caso em que as moscas, perdão os gestores não mudam, circulam, são sempre os mesmos, tal qual os políticos que os nomeiam. Tanto uns como outros, só e apenas, se revezam nos lugares.
O caso em apreço deriva, tão somente, do excessivo endividamento das respectivas empresas. E porque é tão elevado esse endividamento?
Todos deveríamos saber, se não tivéssemos andado tão distraídos. Os partidos políticos necessitam de financiamento e todos (uns com mais outros menos) receberam, por parte dos empreiteiros e fornecedores destas empresas públicas, as suas fatias do bolo despesista.
Acresce que os dois maiores partidos (os do arco da governação) sempre gostaram de fazer inaugurações em vésperas eleitorais.
A comissão de inquérito da Assembleia da República, agora empossada pela respectiva presidente, é outro embuste. Eles próprios deveriam ser afastados, dado que não fizeram o que lhes competia que era fiscalizar, em tempo útil, os procedimentos gestionários e as autorizações/ordens emanadas da tutela para as empresas gastarem e pedirem empréstimos bancários.
O povo põe-se a jeito, anda distraído e por isso é/somos enganados vezes sem conta e sucessivamente.
A Aula Magna e a esperança estiveram a abarrotar, a deitar por fora, a rebentar pelas costuras.
A Aula Magna esteve, absolutamente, cheia de pessoas, também elas cheias de raiva contra um governo que se não cansa de ser aquele bom aluno, totó, a empinar e sem qualquer interrogação ou questionamento ir mais além de tudo o que os professores, enviados por Berlim e Bruxelas, mandam que seja feito.
Pessoas cheias de raiva contra os usurários e esbulhadores do património nacional, esponjas do nosso suor e sangue, mandantes da troika estrangeira e da troika nacional (governo e PR).
Pessoas cheias de raiva contra um presidente da República que, de sua fraca legitimidade, teima em legitimar um governo sem nenhuma legitimidade democrática e política, porquanto já deixou de ser reconhecido pela maior parte de quem o elegeu dado o logro em que se vê ter caído e perante as circunstâncias de, por ele, ser vergonhosamente espoliado de bens e de esperanças no futuro.
Contudo, a esperança ressurgiu e renova-se com a luta contra as troikas e pela libertação de Portugal de tão exagerada e doentia austeridade.
É certo que se constatou na conferencia a existência de um “concerto” a varias vozes e “cantado” por figuras de segundo plano partidário. Os representantes partidários “cantaram”, cada um, as suas próprias letras.
Apesar disso, ficou mais claro que das diferenças e sem as anular se podem construir, a breve prazo, convergências suficientes para inovar a política governativa.
São de realçar, nomeadamente:
- O vigor da intervenção de Mário Soares. Uma intervenção lucida e desafiadora;
- A verdadeira Aula Magna que foi a intervenção do Magnifico Reitor da universidade, enquanto anfitrião da conferência, com uma visão de retrospetiva histórica de Portugal que urge projetar no futuro fazendo uso das potencialidades próprias e das capacidades internas existentes.
Seja qual for a evolução política e o compromisso comum das diferentes forças e sensibilidades políticas de esquerda num futuro, desejavelmente mais próximo e menos longínqua, numa convergência governativa, o tempo foi muito bem empregue e culturalmente enriquecedor.
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