"Esta pega, feia, gorda, invejosa, nojenta, salazarenta, cretina e complexada, acha que dizer mal dos outros no FB não tem mal nenhum. Mesmo os que são presos só para fazer o favor à irmandade dela...", Sofia Fava, ex-mulher de Sócrates, sobre Joana Marques Vidal, a Procuradora Geral da República.
Nota prévia: Por princípio sou contra postagem extensas, mas considerei ser tão importante que merecia abrir uma excepção...
Entrevista a Kevin Dutton
Por: Nicolau Ferreira [Público] 13/06/2014
Por que é que começou a estudar os psicopatas?
E por que é que há um fascínio pelos psicopatas?
A CNN, maior rede de jornalismo da TV americana e mundial, fez uma reportagem especial sobre os verdadeiros motivos por trás dos protestos ocorridos em várias cidades do Brasil.
"Os protestos que estão acontecendo no Brasil vão muito além do aumento de 20 centavos no transporte público.
O Brasil está vivenciando atualmente um amplo colapso de sua infraestrutura. Há problemas com portos, aeroportos, transporte público, saúde e educação. O Brasil não é um país pobre e os impostos são extremamente altos. Os brasileiros não veem motivo para terem uma infraestrutura tão ruim quando há tanta riqueza e tantos impostos altos. Nas capitais estaduais as pessoas chegam a gastar 4 horas por dia no tráfego, seja em seus carros ou em transportes públicos lotados e de má qualidade.
O governo brasileiro tomou medidas para controlar a inflação cortando taxas e ainda não se deu conta que o paradigma deve mudar para uma abordagem focada na infraestrutura do país. Ao mesmo tempo o governo brasileiro está reproduzindo em menor escala o que a Argentina fez anos atrás: evitando austeridade fiscal e prevenindo o aumento dos juros, o que está levando a uma alta inflação e baixo crescimento.
Além do problema de infraestrutura, há vários escândalos de corrupção que permanecem sem julgamento, e os casos que são julgados tendem a terminar com a absolvição dos réus. O maior escândalo de corrupção na história brasileira finalmente terminou com a condenação dos réus e agora o governo está tentando reverter essa condenação ao usar manobras inacreditavelmente inconstitucionais, como a PEC 37, que vai tirar o poder investigativo dos promotores do ministério público, delegando a responsabilidade da investigação unicamente para a polícia federal. Além disso, outra proposta tenta sujeitar as decisões da Suprema Corte Brasileira ao Congresso – uma completa violação dos três poderes.
Estas são, de fato, as revoltas dos brasileiros.
Os protestos não são meramente isolados, não são movimentos da extrema esquerda, como algumas fontes da mídia brasileira afirmam. Não é uma rebelião adolescente. É o levante da parte mais intelectualizada da sociedade que quer por um fim a essas questões brasileiras. A jovem classe média que sempre esteve insatisfeita com o obscurecimento político agora “desperta”."
Nota pessoal: O Brasil não tem um governo dito de «direita». Já o anterior governo brasileiro, o de Lula da Silva era do PC. Põe-se portanto a questão do descontentamento generalizado das populações perante os seus governos, sejam eles de esquerda ou de direita, do PSD, PS em Portugal ou do PC no Brasil, PSOE ou PP em Espanha e assim por diante. A questão está a outro nível, que de forma simplista se poderia colocar assim: Que raio de «democracias» são estas? Porque será que os regimes ditos ocidentais e democráticos de eleições diretas através do voto em partidos políticos, já não satisfazem as populações desses países?
São questões muito mais pertinentes das que se punham há alguns anos, nomeadamente em Portugal, em que se pensava que derrubando o regime ditatorial (salazarista/marcelista) e implementando o chamado regime democrático com partidos políticos e com eleições de voto popular, se resolveriam as questões sociais na sociedade portuguesa. O tempo (40 anos) veio mostrar que não, que não chegou, que não era a solução. E Portugal é um mero exemplo desta constatação. Não sei quanto tempo mais continuaremos «mansos» e condescendentes com as políticas dos nossos governantes, sejam elas do PSD, PSD/CDS ou do PS. E, pelo que estamos a assistir no Brasil, poderei acrescentar à lista partidária o PC.
Uma coisa me parece evidente: o chamado de regime democrático ocidental chegou ao fim, acabou.
Temos perante uma convulsão política regimental enorme. E não me venham com a habitual resposta de que não existe regime melhor que a «democracia». Porque tem que haver. Existe sempre a capacidade do Homem de se reinventar. O desafio é enorme. Haja esperança!
Passos e o país que somos
Por Henrique Monteiro [Expresso]
A reação do primeiro-ministro à decisão do Tribunal Constitucional foi a esperada: algumas críticas e algumas ameaças.
Há quem fique escamado, como se uma sentença do TC pudesse alterar o rumo da economia e da política do país. Por muito que seja um tribunal político, o TC não tem essa capacidade; apenas a de verificar se as leis estão conformes à Constituição.
Ora bem, quando decreta que não o estão normas no valor de cerca de 1,3 mil milhões de euros (cerca de 800 milhões em termos líquidos), não é difícil prever como o Governo vai acomodar o contratempo. Porque, na realidade, não tem muitas hipóteses - ou aumenta receitas ou corta despesas. Como Passos prometeu (e bem, neste caso) que não vai aumentar as receitas (ou seja, não vai aumentar impostos) vai ter de cortar nas despesas.
As grandes despesas do Estado são com pessoal, com pensões, com Saúde e com Educação (além de polícias, Forças Armadas e Justiça). Corte onde cortar, ninguém gosta. Depois, há as despesas com as PPP, que são reguladas por tribunais arbitrais (e é pena que Passos não tenha referido cortes nesta área, porque seria, pelo menos, simbólico) e as despesas com o serviço da dívida (ou seja com os credores do país) - e é neste ponto que todos aqueles que acham que os Governos anteriores (nomeadamente o de Sócrates) não contribuíram para a crise devem refletir; o serviço da dívida é quase igual ao que se gasta na Saúde.
Há outro caminho, dizem, que é o do crescimento. Só que esse caminho pressupõe investimento, o qual se faz com... dinheiro! Pois é.
Há também a hipótese de renegociar a dívida, mas para isso é necessário que os credores concordem. E, finalmente, a hipótese de não pagar a dívida, coisa que deixaria o país sem dinheiro instantaneamente.
Não há soluções boas, como sempre acontece quando não dominamos os acontecimentos e passam a ser eles a dominar-nos. A indignação com o Tribunal não serve de nada, é certo. Mas a indignação com o Governo também não faz aparecer soluções. Ouvidos todos os protagonistas, a conclusão é só uma: ninguém sabe ao certo o que há de fazer. Porém, e ainda assim, ninguém aceita esse facto como ponto de partida para a busca de uma solução. Uns, do lado do Governo, acreditam na magia de uma solução qualquer que até agora não funcionou; outros, do lado da oposição, acreditam que saindo o Governo e Passos tudo se resolveria.
Uns e outros estão errados. Mas somos o país que somos.
PS: O programa de Sócrates na RTP não é comentário, é mais comício...
Nunca uma situação se desenhou assim para o povo português: não ter futuro, não ter perspetivas de vida social, cultural, económica, e não ter passado porque nem as competências nem a experiência adquiridas contam já para construir uma vida. Se perdemos o tempo da formação e o da esperança foi porque fomos desapossados do nosso presente. Temos apenas, em nós e diante de nós, um buraco negro.
O «empobrecimento» significa não ter aonde construir um fio de vida, porque se nos tirou o solo do presente que sustenta a existência. O passado de nada serve e o futuro entupiu.
O poder destrói o presente individual e coletivo de duas maneiras: sobrecarregando o sujeito de trabalho, de tarefas inadiáveis, preenchendo totalmente o tempo diário com obrigações laborais; ou retirando-lhe todo o trabalho, a capacidade de iniciativa, a possibilidade de investir, empreender, criar. Esmagando-o com horários de trabalho sobre-humanos ou reduzindo a zero o seu trabalho.
O Governo utiliza as duas maneiras com a sua política de austeridade obsessiva: por exemplo, mata os professores com horas suplementares, imperativos burocráticos excessivos e incessantes: stresse, depressões, patologias borderline enchem os gabinetes dos psiquiatras que os acolhem. É o massacre dos professores. Em exemplo contrário, com os aumentos de impostos, do desemprego, das falências, a política do Governo rouba o presente de trabalho (e de vida) aos portugueses (sobretudo jovens).
O presente não é uma dimensão abstrata do tempo, mas o que permite a consistência do movimento no fluir da vida. O que permite o encontro e a intensificação das forças vivas do passado e do futuro - para que possam irradiar no presente em múltiplas direções. Tiraram-nos os meios desse encontro, desapossaram-nos do que torna possível a afirmação da nossa presença no presente do espaço público.
Atualmente, as pessoas escondem-se, exilam-se, desaparecem enquanto seres sociais. O empobrecimento sistemático da sociedade está a produzir uma estranha atomização da população: não é já o «cada um por si», porque nada existe no horizonte do «por si». A sociabilidade esboroa-se aceleradamente, as famílias dispersam-se, fecham-se em si, e para o português o «outro» deixou de povoar os seus sonhos - porque a textura de que são feitos os sonhos está a esfarrapar-se. Não há tempo (real e mental) para o convivio. A solidariedade efetiva não chega para retecer o laço social perdido. O Governo não só está a desmantelar o Estado social, como está a destruir a sociedade civil.
Um fenómeno, propriamente terrível, está a formar-se: enquanto o buraco negro do presente engole vidas e se quebram os laços que nos ligam às coisas e aos seres, estes continuam lá, os prédios, os carros, as instituições, a sociedade. Apenas as correntes de vida que a eles nos uniam se romperam. Não pertenço já a esse mundo que permanece, mas sem uma parte de mim. O português foi expulso do seu próprio espaço continuando, paradoxalmente, a ocupá-lo. Como um zombie: deixei de ter substância, vida, estou no limite das minhas forças - em vias de me transformar num ser espetral. Sou dois: o que cumpre as ordens automaticamente e o que busca ainda uma réstia de vida para os seus, para os filhos, para si.
Sem presente, os portugueses estão a tornar-se os fantasmas de si mesmos, à procura de reaver a pura vida biológica ameaçada, de que se ausentou toda a dimensão espiritual. É a maior humilhação, a fantomatização em massa do povo português. Este Governo transforma-nos em espantalhos, humilha-nos, paralisa-nos, desapropria-nos do nosso poder de ação. É este que devemos, antes de tudo, recuperar, se queremos conquistar a nossa potência própria e o nosso país.
Por José Gil, na Revista Visão
Que os portugueses não queiram o Gaspar no presépio é compreensível e há razões de sobra para essa atitude. Agora que o Cardeal Ratzinger venha retirar, também, o burro e a vaca é que não lembraria ao diabo.
Por este andar das carruagens, tato da política como da fé, qualquer dia só nos resta o homem barbudo da coca-cola!
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