Há quem diga e escreva que a escravatura não terminou porque os escravos se tenham revoltado mas, acima de tudo, porque certas consciências abolicionistas associadas à profunda contradição da evangelização com a prática da escravatura que fez abolir tais processos de exploração de seres humanos. A escravatura terminou, segundo muitos historiadores, mais por interesses e vontade dos escravizadores do que dos escravizados,
Também há quem afirme, preto no brando, que nunca serão os sindicalistas e os sindicatos a libertar os trabalhadores das amarras dos patrões, tal qual faziam os negros livres ao longo dos séculos para com seus pares, considerados seres inferiores.
De igual modo há quem jure a pés juntos que nunca serão os detentores das forças partidárias, os patrões dos aparelhos partidários com seus séquitos de “negros” putativamente livres, que alguma vez incentivaram as revoltas libertadoras das populações espoliadas e oprimidas por novas formas de escravidão. O Estado soberano, apropriado por novos colonos e senhores do sistema económico e social, passou a ser o novo senhor. Cada vez nos impõe mais medidas sancionatórias para engodarem os usurários do sistema. É o que estão a preparar, dizem-nos!
Nós, agora chamados de cidadãos, de forma mais branda e sofisticada, continuamos a ser submetidos à restrição da liberdade, ao impedimento do exercício democrático, ao esbulho de direitos como a dignidade e a auto-suficiência, enfim, a uma moderna escravidão.
Agora dizem-nos não sejam piegas e ainda que mordam a língua ou queimem o céu-da-boca terão de ir para pobres e regressar ao passado.
Assim será, até que a liberdade seja conseguida por vontade e meios próprios. Tudo depende de nós, da capacidade de nos organizarmos e dizermos basta.
Comecemos pelo nosso prédio, pela nossa rua, pelo nosso bairro, pela nossa freguesia pelo nosso concelho. É preciso e urgente começar e actuemos em acções ao nível do nosso alcance, acções que possam em pouco tempo produzir resultados.
Porque não começar a debater, com os vizinhos, a problemática da freguesia e concorrer às próximas eleições com listas autónomas, listas de verdadeiros cidadãos?
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