« ATACAR a iniquidade, a injustiça, o desprezo e o cinismo dos poderosos » (-por N.Serra, Ladrões de B.)
Não é a política que faz o candidato virar ladrão, . . .
. . . é o teu voto que faz o ladrão virar político.
1. Em Janeiro sobe ao outeiro; se vires verdejar, põe-te a cantar, se vires o Coelho, põe-te a chorar.
2. Quem vai ao mar avia-se em terra; quem vota Coelho, mais cedo se enterra.
3. Coelho a rir em Janeiro, é sinal de pouco dinheiro.
4. Quem anda à chuva molha-se; quem vota em Coelho lixa-se.
5. Ladrão que rouba a ladrão tem cem anos de perdão; parvo que vota em Coelho, tem cem anos de aflição.
6. Gaivotas em terra temporal no mar; Coelho em São Bento, o povinho a penar.
7. Há mar e mar, há ir e voltar; só vota em Coelho quem se quer afogar.
8. Março, marçagão, manhã de Inverno tarde de Verão; Coelho de Inverno, tarde de inferno.
9. Casa roubada, trancas na porta; Coelho eleito, Relvas na horta.
10. Peixe não puxa carroça; votar em Coelho, asneira grossa.
11. Amigo disfarçado, inimigo dobrado; Coelho empossado, povinho lixado.
12. A ocasião faz o ladrão, e de Coelho um aldrabão.
13. Não há regra sem excepção, nem Coelho sem confusão.
14. A fome é o melhor cozinheiro, Coelho o melhor coveiro.
15. Olhos que não vêem, coração que não sente, mas aturar o Coelho, não se faz à gente.
16. Boda molhada, boda abençoada; Coelho eleito, pesadelo perfeito.
17. Com Coelho e bolos se enganam os tolos.
"Estupidamente", disse Mário Soares à Radio France-Culture, "o primeiro-ministro anda a fazer mais do que lhe pede a troika". E sem perder tempo concretizou a ideia: Cavaco Silva e Pedro Passos Coelho "só fazem asneiras". As palavras duras do experiente ex-presi
dente da República resumem, de forma inequívoca e simples, a permanente onda de críticas que os partidos da oposição diariamente empurram na direção do Governo.
O que Mário Soares não disse, e em abono da verdade não será a ele que compete essa tarefa, é que soluções alternativas (decisiva palavra por estes dias) podem e devem ser postas à disposição dos portugueses. E a simbiose torna-se assim quase perfeita. Com uma importante diferença. É que aos partidos da oposição, e aos seus deputados eleitos, cumpre a obrigação de apresentar ao País alternativas sérias e exequíveis.
Já é tempo de dizer "chega" a esse prolongado e velho, de tanto usado, discurso (que corre sérios riscos de deterioração) dos "assaltos à mão armada". Não há um cidadão deste país que não saiba quem está contra ou a favor do Orçamento do Estado. Não há um cidadão deste país que não saiba que medidas propõe o Governo para 2013. Mas o que nenhum português sabe é quais são as soluções alternativas, os caminhos de uma diferença qualitativa que PS, PCP e BE tenham para apresentar.
A recorrente transumância do discurso político tem disto, principalmente na esquerda socialista e na direita centrista. É assim uma espécie de síndroma. Quem nos garante, para além das palavras e promessas, que estando no Governo o PS, não "oferece" ao País uma versão socialista do Excell de Vítor Gaspar?
DN 22-10-2012
Li no Público e assisti na televisão à notícia infra. Pergunto: Continuamos a apostar nestes políticos? somos masoquitas? Começo a acreditar que sim.
Reza assim a notícia:
Foi acidental, disse-o e repetiu, ao presidente da câmara, quando este lhe deu a palavra, concluída a conferência de imprensa. E tão acidental foi quanto assertivo na sua intervenção, manifestando consciência orçamental na ponta da língua. Luis Garcia, de 74 anos — "tenho a quarta classe e já feita em adulto", precisou —, um ror deles passados na construção civil, atirou, irónico: Então vamos ter aqui o rio Marquês? É que. e estava aqui de passagem, reparei que nesta obra [parte do troço da rotunda exterior, reasfaitada diante do instituto Camões] não existe qualquer sumidouro [sarjeta de escoamento de águas pluviais]. Ora, quando chover tudo isto vai alagar. Como é que fazem uma obra destas?" António Costa chutou o assunto para a directora municipal de obras, Helena Bicho, que admitiu contratempos, falhas técnicas (também na placa de cobertura do metro) e o carácter provisório da obra. A técnica concedeu que está em falta o necessário sistema de drenagem de agua. mas que não está esquecido.
Luis Garcia não se comoveu com a explicação da engenheira e voltou a interrogar: "Então ê assim que se faz uma obra? O contribuinte vai pagar, novamente, para partirem o alcatrão e colocarem depois os sumidouros?" A técnica concordou, mas referiu que foram encontrados inesperados problemas derivados da laje do metro. Luís Garcia ficou então a saber, peio autarca, que aquelas e outras obras do projecto do Marquês de Pombal e Avenida da Liberdade vão custar 750 mil euros.
O presidente, com a ligeireza de verbo fácil e irresponsabilidade que se lhe conhece, remeteu para a engenheira, e esta, sempre acompanhada de um artificial sorriso, consegui dar-nos um exemplo assustador da qualidade da engenharia portuguesa, onde nos últimos anos, até com notas negativas a matemática e física, houve admissões. E nós, contribuintes? Pagamos pois.
Será que, afinal, o meu pai, nesta matéria, se enganara? É que. ano após ano, ia batendo certo o que ele me ensinara: que jamais algum governante mexeria com o regabofe, a economia paralela praticada pelos poderosos deste mundo (dos ricos e dos políticos), isto é, paraísos fiscais, Freeport, submarinos. Cova da Beira, BPN, movimentos de cheques por baixo da mesa nas negociações sobre obras públicas, sacos azuis, Casa da Música, futebol/ construção civil/autarquias, imunidades de governantes perante a Justiça (na formosa ilha da Madeira, 48 processos parados em tribunal porque os deputados não levantam a imunidade aos suspeitos), ex-governantes passarem a administradores de empresas com as quais tiveram negócios enquanto foram governantes, criação de empregos desnecessários mias bem remunerados) para os familiares e amigos da classe política, etc.
Ensinou-me o meu pai que era esta, e não outra, a monstruosa economia paralela, o tal regabofe, mas que, frequentemente, os políticos, para desviarem as atenções de si próprios, só apontavam o dedo à economia paralela praticada pelo comum dos mortais: o médico que não passava recibo, o picheleiro, a sapataria, a casa de roupas, etc.
Depois de pensar bem no assunto, decidi que entre a profecia de Passos Coelho e a sabedoria do meu pai. vou pela sabedoria do meu pai! O regabofe não vai acabar, porque o PSD e o PS não querem.
Publico_ José Madureira
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