A propósito dos comentários e do post anterior e porque o tema é capaz de ser bastante mais sério do que à primeira vista não parece aqui fica o escrito que um amigo que navega na blogosfera me enviou: titulo da nossa responsabilidade.
“resposta a vários comentários desfavoráveis sobre a gestão das empresas públicas de transportes no facebook, causadoras da greve de hoje (8.11.11) e de todos os males do sector!!!
Deixem-me prestar os seguintes esclarecimentos, já que profissionalmente, estou em condições de o fazer. Em primeiro lugar os administradores das Empresas Públicas de transportes, e nestas estão só incluídas aquelas onde o Estado tem 100% do capital, Metro, Carris, Transtejo, CP, etc, auferem vencimentos brutos entre os 4 mil e 6 mil euros. Não têm mais qualquer prémio, pois estes são baseados nos lucros e, como se sabe a prestação do serviço público não tem como objectivo ganhos de rendimentos (teria que ter um tarifário incomportável!), mas apenas o objectivo da qualidade do serviço prestado.
Também, a dívida acumulada apregoada, tem a ver como, por exemplo, no caso do Metropolitano de Lisboa, em que nos últimos 15 anos foram construídos cerca de 40 Km de linhas e algumas dezenas de Estações sem um cêntimo do OE, mandando a tutela governamental a empresa endividar-se e suportar os encargos financeiros. Cada 100 m. de túnel custa cerca de 10 milhões de euros!!!
Também, o tarifário é estabelecido pelo Governo, comprometendo-se este, no final do ano, a entregar à empresa uma indemnização compensatória referente á diferença entre o custo que devia custar o bilhete e aquele que, nos termos de serviço público, é praticado, gerando prejuízos como é óbvio! Só que também as indemnizações compensatórias, raramente, têm sido pagas pelo Estado e em valores muito reduzidos.
Daí, a génese e o acumular da dívida das empresas públicas transportadoras, que nada têm a ver, no essencial, com a gestão dos administradores e, muito menos, com os seus ordenados ou regalias milionárias que não existem.
Aliás, com todo este clima que deliberadamente se propaga referente aos gestores destas empresas, chega-se à triste conclusão que ser gestor público de empresas de transportes é, infelizmente, mais um cadastro do que um curriculum!
Também, como o Ministro vem ameaçando, a falência destas empresas não pode significar o fim do serviço público que prestam, já que este é uma competência constitucional de um estado Social. Pelas mesmas razões, também fechariam Hospitais, Escolas, etc. onde a prestação do serviço público, como é óbvio, é deficitário senão não seria serviço público!”
RC 8/11/2011
BLOGS
Ass. Moradores Bª. Cruz Vermelha
Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos
MIC-Movimento de Intervenção e Cidadania
Um ecossistema político-empresarial
COMUNICAÇÃO SOCIAL
SERVIÇO PÚBLICO
Base - Contratos Públicos Online
Diário da República Electrónico
SERVIÇO CÍVICO