Meus Caros,
Se estão a admitir, nas próximas eleições, votar em branco ou nulo, por descrença nos partidos, esqueçam: Existe outra opção que dá menos trabalho e poupa imensa dinheiro ao estado, isto é, a todos nós:
- Pura e simplesmente, não votar: A abstenção!
E porquê?
Porque de acordo coma lei do Financiamento dos Partidos Políticos e das Campanhas Eleitorais: Lei n.º 19/2003, com a s alterações introduzidas pelo Decreto-Lei 287/2003, a Declaração de Retificação n.º 4/2004, mais a Lei n.º 64-A/2008 e a Lei n.º 55/2010 (ufa…!) cada voto expresso vale para os partidos políticos 1/135 do salário mínimo nacional por cada ano de legislatura. Ou seja: 3,60€ por cada voto expresso x 4 anos = 14,40€ pelos 4 anos.
E isto mesmo no caso dos votos em branco ou nulos. Pois esse valor é distribuído por todos os partidos concorrentes às eleições.
Portanto só a abstenção é que não lhes dá pívia nenhuma!
E sabem qual é a quantia estimada de poupança se os 5 milhões de eleitores não comparecerem às eleições? Mais ou menos 70 milhões de euros de poupança ao estado!
E isto são números, portanto são factos!
E em época de austeridade quem disse que nós, os «Zés», não podemos ajudar e reduzir a despesa do estado? Aqui fica uma sugestão à vossa consideração:
- Deixemos os «cabeçudos» a votarem neles mesmos… Assim como assim, eles são eleitos na mesma e nós poupamos umas «lecas» a nós próprios e eles se quiserem mais «cacau» tem que se autofinanciar. Fica a ideia.
O governo é o mesmo! O problema é da MENTERIOLOGIA!
De um sol radioso passou-se às nuvens carregadas e às chuvas torrenciais, é o que se poderá apelidar a situação que medeia entre o comportamento de José Socrates, há dois meses (a 28 de Agosto declarava: Nestes seis meses o crescimento da economia que se verificou em Portugal foi o dobro daquilo que o Governo previu logo no início do ano … e o facto do PIB do primeiro semestre ser superior à média europeia e encarar o que resta do ano com optimismo, assegurando que estamos na direcção certa, que mostram que a economia portuguesa está a recuperar.) a propósito do crescimento económico, de algumas décimas, ocorrido no país e as medidas agora, por si próprio, anunciadas.
Os bancos e governo, associados às empresas de ranking internacional, com os apoios das diversas instituições europeias e não só, são os primeiros e quase exclusivos responsáveis pela situação de elevado despesismo consumista (palavras suas) das famílias e dos governos, assim como das concomitantes elevadas taxas de juros a suportar pelos respectivos empréstimos obtidos na banca cuja factura agora impõem, como já é habitual, aos mais fragilizados, àqueles que, na prática, menos contribuíram para essa situação.
Quem foi responsável pela desvalorização e desaparecimento dos tradicionais certificados de Aforro que até o mais recôndito cidadão de aldeia tinha por hábito aforrar?
Custos elevados de erros passados e presentes
Satisfazendo pressões de banqueiros o anterior governo cedeu à desvalorização dos certificados de aforro que passaram a sofrer uma grande pressão nos resgates em relação à emissão de novos títulos.
Essa estratégia, que beneficiou, fortemente, os bancos os quais passaram a financiar a divida publica (directa e, fundamentalmente, indirecta através das parcerias público-privadas na construção de bens publicos), alem de terem visto aumentadas as solicitações de créditos individuais e familiares.
Verificou-se, por isso, ao longo dos últimos anos, o paradoxo do desaparecimento, na sociedade portuguesa, de incentivos e hábitos de poupança (Portugal contava-se por um dos países onde os níveis de poupança eram consideráveis) para passar a pertencer ao grupo dos maiores devedores tanto na divida soberana (do Estado) como na divida dos privados (pessoas e famílias).
Não é pois, de estranhar que o rating da divida portuguesa tenha atingido o nivel de risco mais elevado de sempre com 356 pontos, apenas tendo sido ultrapassado pela irlandesa com 380 postos e a grega a atingir os 948.
Continua a ser má política os governos retirarem benefícios fiscais a certas aplicações resultantes de poupanças familiares.
Em vez de políticas promotoras de consumo há que promover incentivos à poupança remunerando, convenientemente, quem consiga tais esforços.
Alem de evitar tanto recurso ao crédito exterior permitiria diminuir os já elevados juros que o país tem de suportar.
Dando por certos os números expostos nos quadros seguintes e tendo em consideração a credibilidade das sua fontes (também não podemos de tudo duvidar), podemos, com alguma facilidade, concluir que se não temos andado a dormir também não temos andado acordados por aí além.
Muito por culpa de algumas asneiras políticas (como foi o caso do desincentivo à poupança, nomeadamente por desvalorização dos títulos da divida publica e certificados de aforro...), de esbanjamento que o governo, em má hora, decidiu entregar à banca que promoveu com agressividade e sem vergonha campanhas de endividamento, arrastaram para a lama os mais incautos que sucumbiram a cânticos de seria bancária.
Agora estamos, os pobres e a classe média, a pagar as asneiras que nós e os outros fizemos, durante muito tempo. É a vida!
O JOGO DOS RATOS
[- por AG, em Causa Nossa, 3.05.2010]
Na semana passada foi animador ver o Primeiro Ministro e o líder da Oposição juntos para rechaçar o ataque dos especuladores financeiros à economia portuguesa.
Mas a montanha pariu um rato. Largado contra os desempregados, que não têm culpa da crise provocada pelos especuladores financeiros. Um rato que nem sequer se sabe quanto alivia ao orçamento do Estado!
Não se percebe a lógica, quando o Governo afirma que não há ataques especulativos que o façam desistir ... do programa de obras públicas.
De entre elas, só uma vincula já internacionalmente Portugal e é verdadeiramente estratégica para a competitividade do país: o projecto TGV Lisboa-Madrid.
Mas esse e outros projectos vão obrigar o Estado e as empresas a fazer mais daquilo que alimenta e atiça os especuladores financeiros: ir buscar financiamento ao exterior, agravando o nível de endividamento nacional.
É caso para perguntar:
De que está o Governo à espera para lançar empréstimos publicos obrigacionistas que captem e incentivem as poupanças dos portugueses, a fim de travar o nível de endividamente do país?
Porquê continuar a fazer o jogo dos bancos e dos especuladores financeiros?
Redução do rating português considerada “duvidosa”
[- por Macro (RM) at 29.4.10 macroscopio]
A redução da nota da dívida de Portugal pela agência de “rating” Standard & Poor´s foi hoje considerada “duvidosa” pela edição alemã do Financial Times, que sublinha que a economia portuguesa teve uma forte recuperação nos últimos meses.
“Os dados macroeconómicos de Portugal não pioraram nas últimas semanas e meses”, afirma o chefe do gabinete de estudos económicos do Dekabank, Ulrich Kater, no mesmo jornal.
Outro economista citado pelo Financial Times Deutschland, Roland Doehrn, do Instituto de Pesquisa RWI, defendeu também que a situação económica de Portugal “não é motivo” para agravar a nota da sua dívida.
“Os problemas económicos de Portugal e da Grécia não se agudizaram agora, o que mostra, mais uma vez, que as economias nacionais, durante a crise, se tornam um joguete dos mercados internacionais, com forte apoio das agências de rating”, observou ainda Doehrn.
No artigo chama-se ainda a atenção para o facto de, em Março, Portugal ter subido no Índice ESI da Comissão Europeia, que mede diversos indicadores, de 91 para 95,2 pontos, enquanto a Grécia desceu sucessivamente no mesmo índice nos últimos cinco meses.
Commerzbank considera realista a previsão de crescimento do Governo
Além disso, as previsões de crescimento económico do Governo português – de 0,7 por cento do Produto Interno Bruto em 2010 e quase um por cento em 2011 – são positivas e na opinião dos analistas do Commerzbank, segundo maior banco privado alemão, são também “bastante realistas”.
O jornal alemão destaca ainda que Governo e oposição chegaram a acordo em fins de Março sobre um novo Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) e que a dívida pública portuguesa, 78,6 por cento do PIB, “é moderada”, em comparação com os 115 por cento da Grécia.
Porém, na opinião de Charles Wyplosz, professor no Institute of International Studies, de Genebra, citado pelo Financial Times Deutschland, entretanto “já não interessam as perspectivas económicas de um país, quando este cai na mira dos mercados”.
“Nos dias que correm, todos os países com défices e dívidas elevados são vulneráveis a ataques dos mercados, porque, quando os investidores começam a apostar contra um país, os outros vão atrás”, explicou o economista.
Agências alimentam “círculo vicioso”
Wyplosz afirmou ainda que as agências de “rating” desempenham um “papel especial” neste processo, como “os canais de transmissão do círculo vicioso” que amplificam o sentir dos mercados.
É possível, no entanto, travar esta espiral e acalmar os mercados, “não através do anúncio de um pacote de ajudas financeiras de outros países, mas sim através da implementação do mesmo pacote”, refere Ulrich Leuchtmann, perito em macroeconomia do Commerzbank, dando o exemplo do que aconteceu na Hungria.
Quando este país da Europa de Leste iniciou negociações com o FMI, há dois anos, os mercados não reagiram, mas quando as primeiras ajudas chegaram, a taxa de risco da Hungria melhorou.
Obs:
Já se percebeu que as agências de rating do costume têm uma agenda política (escondida) sobre a fragilidade económica dos países em dificuldades, e é sobre eles que pretendem ganhar dinheiro, de forma parasitária e sem escrúpulos gerando e convocando ainda mais as ondas especulativas que se põem em marcha no terreno por parte dos investidores especulativos, sempre ávidos e fazer dinheiro.
Nesta ordem, o timing que escolhem para lançar os seus avisos à navegação é cirúrgico e tem um fito económico e financeiro altamente especulativo.
Talvez não foi marginal repensar na taxa Tobin a ser aplicada em sede de transações em bolsa...
Assim sendo, seria de toda a conveniência que a Europa constituísse de forma credível uma grande Agência de Rating para avaliar com maior rigor e isenção os indicadores económicos com que hoje os países têm ou não crédito internacional.
Esta seria uma reforma importante na Europa a 27, não se compreende por que razão Durão Barroso não mexe uma palha nesse sentido, e os países membros, através dos seus ministros das Finanças, também não propõem nada nesse sentido. O que revela bem o estado de letargia desta Europa.
A Câmara Municipal de Lisboa vai deixar de lavar as ruas e regar as zonas verdes da cidade com água potável da EPAL. No primeiro dia do mês arrancou a primeira fase do processo que vai beneficiar primeiro as freguesias de Marvila e Olivais.
BLOGS
Ass. Moradores Bª. Cruz Vermelha
Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos
MIC-Movimento de Intervenção e Cidadania
Um ecossistema político-empresarial
COMUNICAÇÃO SOCIAL
SERVIÇO PÚBLICO
Base - Contratos Públicos Online
Diário da República Electrónico
SERVIÇO CÍVICO