Algumas vozes de tão frágeis, são quase rentes ao chão, que aqui e ali se vão levantando e quase ninguém as ouve. Uns cegos, outros surdos, muitos mais ainda por conveniência dos próprios interesses nos benefícios já conseguidos ou a reboque de esquemas, mais ou menos tardios mas sempre prometidos, farejam por dentro dos aparelhos partidários as suas mesquinhas oportunidades.
Os partidos democraticamente apodrecidos, submetem-se a compadrios e corrupções. Aprisionados pelo servilismo bacoco, os partidos atuais, colocam o aparelho do Estado e os próprios aparelhos internos ao serviço de grupos de extorsão da riqueza estatal e da subversão do regime democrático.
A PIDE, a MOCIDADE PORTUGUESA e a LEGIÃO foram organismos criados pelo regime salazarista e só desapareceram estruturalmente. O povo português não conseguiu, ainda, varrer dos seus hábitos e cultura de tais pigmentos.
Socialmente, enquanto povo e cada um, continuamos agarrados (com estes partidos aumenta) a esquemas feudalistas que em certos casos já envergonhariam o próprio Salazar.
É um lugar-comum dizer-se que “cada povo tem os políticos que merece”. Não corresponde, de todo, a um rácio razoável da relação políticos/sociedade: ainda que poucos, há políticos bem escolhidos, raramente se aguentam muito tempo em exercício (os aparelhos não gostam deles); quanto ao povo as crianças e os idosos tornam-se as maiores vitimas dessa inverdade relativa.
Fala-se demasiado em consensos, coisa difícil de se obter. Porque não trabalhar em compromisso mínimos, sem perder a face do essencial das diferenças de cada um e de cada grupo?
Na modesta opinião de uma voz frágil, como a minha, a fundamental razão de estarmos nas atuais circunstâncias deve-se à conjugação da evolução tecnológica globalizadora e à incapacidade de exercício da cidadania individual e colectiva.
A Europa parece ter perdido as raízes culturais e valorativas. Em cada país, componente do seu mosaico cultural, a forma de exercer a política uniformizou-se, dentro das piores praticas corroendo o que de melhor havia nas relações sociais e no contesto do “Contrato Social”.
Urge que os povos se revoltem exigindo uma refundação partidária e um renascimento do Contrato Social, consubstanciando novas formas de exercício da política, tanto representativa como direta. Todos os povos merecem políticos honestos, desde que a maior parte dos cidadãos o sejam também.
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