Esta imagem poderá descrever a espécie de democracia em que muitos países da chamada União Europeia vivem.
Temos eleições e durante as campanhas eleitorais os políticos esforçam-se, uns mais do que outros, para nos convencerem que vão mudar as políticas que temos... ou alguns até ousam afirmar que não é preciso mudar nada porque está tudo bem.
Temos agora a lição de vida dada pela tentativa de mudança dada pelo povo grego elegendo um partido de rotura, que depois das tentativas e esforços feitos para mudar a política da «união» até ao limite temporal que lhes era possível, acabou cedendo, não obstando de afirmarem pública e envergonhadamente, que não acreditam no que assinaram.
Mostra-nos os gregos que esta União Europeia é um mito e que esta democracia é uma ilusão para otários.
Vou-vos contar de forma simples e ligeira, mas que é infelizmente real, uma estória que se passou em Portugal, à uns largos anos atrás:
- Uma grande empresa distribuidora de carnes fazia o seu comércio normal, isto é, distribuía carne para os talhos e recebia a 30 dias como era à época normal. Esta empresa pertencia a um grande grupo económico com inúmeras e diversas atividades quer na cadeia alimentar e canal eureka quer até a representante de uma marca automóvel...
Um dia esta empresa lembrou-se da possibilidade de ela própria poder ter uma cadeia de talhos e expandir a sua carne diretamente no retalho.
E o que fez? Escolheu entre os Talhos seus clientes aqueles que lhes convinha ter e começou lentamente a propor a entrega de mais carne a preços e prazos alargados, para além daquilo que lhe faziam em encomenda. Isto é: os talhos faziam as encomendas do que precisavam e quando iam fazer as entregues, sugeriam mais uma quantas peças de carne a bom preço e para pagarem quando pudessem. Apresentavam para pagamento apenas as Faturas das encomendas dos clientes e «esqueciam» as que tinham impingindo extra encomenda... E fizeram isto durante bastante tempo. Até que um dia, apresentam a Fatura de todo o produto que tinham entregue e nunca faturado. Claro que era um valor acumulado de grande importância e como é de esperar os donos dos Talhos de rua não tinham posto esse dinheiro das vendas de lado. Como qualquer vulgar pequeno empresário português o dinheiro em excesso na caixa registadora durante vários meses não foi guardado mas gasto no dia a dia, baseado numa falsa riqueza que lhes estava a ser proporcionada pela carne excedentária vendida e não paga ao fornecedor porque este nunca a tinha faturado.
Concluindo: através de ações de penhora levadas a cabo por esta grande empresa distribuidora a estes talhos, esta ficou com uma rede de retalho estrategicamente localizada a baixo custo, tendo até em alguns casos contratado os antigos donos dos talhos para seus funcionários de loja.
Claro que esta estória tem um pouco de conto do vigário. Pois conta com o «Xico esperto» e com a ganância e estupidez natural do «Zé povinho».
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