Sexta-feira, 16.08.13
Se em vez da hipocrisia de andarmos, permanente, com credo na boca do "seja o que Deus quiser" ou o "que Deus nos ajude" e a fazer promessas comercialistas com a nossa senhora de Fátima assumíssemos as nossas fragilidades e virtudes, enquanto seres naturais, de certo seriamos muito mais respeitadores uns dos outros e todos muito mais felizes.
É mais fácil e cómodo sacudir as nossas responsabilidades para algo? mais ou menos de fé que para cada um é o que é. Ou não é!
Por estes dias tem sido um rodopio de festas e romarias. O feudalismo, o clero e a no breza nunca estiveram tão vivos e actuantes. Apesar da crise!?
Terça-feira, 21.05.13
A um governo sem vergonha e a um Presidente que se faz substituir por um são Jorge e uma senhora de Fátima não há postais que valha, mesmo assim não devemos desistir de os responsabilizar.
Segunda-feira, 15.04.13
A tua necessidade de arranjar um emprego está muito acima das tuas possibilidades.
É possível que a tua necessidade de comer também esteja
Caro desempregado,
Em nome de Portugal, gostaria de agradecer o teu contributo para o sucesso económico do nosso país. Portugal tem tido um desempenho exemplar, e o ajustamento está a ser muito bem-sucedido, o que não seria possível sem a tua presença permanente na fila para o centro de emprego. Está a ser feito um enorme esforço para que Portugal recupere a confiança dos mercados e, pelos vistos, os mercados só confiam em Portugal se tu não puderes trabalhar. O teu desemprego, embora possa ser ligeiramente desagradável para ti, é medicinal para a nossa economia. Os investidores não apostam no nosso país se souberem que tu arranjaste emprego. Preferem emprestar dinheiro a pessoas desempregadas.
Antigamente, estávamos todos a viver acima das nossas possibilidades. Agora estamos só a viver, o que aparentemente continua a estar acima das nossas possibilidades. Começamos a perceber que as nossas necessidades estão acima das nossas possibilidades. A tua necessidade de arranjar um emprego está muito acima das tuas possibilidades. É possível que a tua necessidade de comer também esteja. Tens de pagar impostos acima das tuas possibilidades para poderes viver abaixo das tuas necessidades. Viver mal é caríssimo.
Não estás sozinho. O governo prepara-se para propor rescisões amigáveis a milhares de funcionários públicos. Vais ter companhia. Segundo o primeiro-ministro, as rescisões não são despedimentos, são janelas de oportunidade. O melhor é agasalhares-te bem, porque o governo tem aberto tantas janelas de oportunidade que se torna difícil evitar as correntes de ar de oportunidade. Há quem sinta a tentação de se abeirar de uma destas janelas de oportunidade e de se atirar cá para baixo. É mal pensado. Temos uma dívida enorme para pagar, e a melhor maneira de conseguir pagá-la é impedir que um quinto dos trabalhadores possa produzir. Aceita a tua função neste processo e não esperneies.
Tem calma. E não te preocupes. O teu desemprego está dentro das previsões do governo. Que diabo, isso tem de te tranquilizar de algum modo. Felizmente, a tua miséria não apanhou ninguém de surpresa, o que é excelente. A miséria previsível é a preferida de toda a gente. Repara como o governo te preparou para a crise. Se acontecer a Portugal o mesmo que ao Chipre, é deixá-los ir à tua conta bancária confiscar uma parcela dos teus depósitos. Já não tens lá nada para ser confiscado. Podes ficar tranquilo. E não tens nada que agradecer.
Por Ricardo Araújo Pereira [Visão]
Sábado, 02.03.13
Que nos roubam os nossos ordenados, reformas e pensões.
É por estas e por muitas outras, manigâncias, feitas pelos governos que hoje estive na Avenida da Liberdade em Lisboa. Aqui está um exemplo acabado sobre o emagrecimento do Estado. O regabofe de raparigas e rapazes “especialistas” continua.
- · Despacho n.º 284/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa a licenciada Isabel Alexandra Rodrigues Cordeiro, como técnica-especialista, para exercer funções nas áreas de museologia e do património no Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 285/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa a licenciada Teresa Margarida Gomez de Sousa Botelho de Albuquerque para exercer as funções de adjunta do Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 286/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa Genoveva Maria Delfino Correia Pissarro Cardoso, para exercer funções de apoio auxiliar no Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 287/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa Clara Maria Neves de Oliveira, como secretária pessoal do Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 288/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa Maria Gorete de Almeida e Silva, para exercer as funções de apoio técnico administrativo do Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 289/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa o licenciado Pedro Teotónio Duarte de Almeida Miranda Albuquerque, para exercer funções como técnico-especialista do Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 290/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa Sérgio Paulo Campos Mendes, para exercer as funções de motorista do Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 291/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa Nuno Miguel de Jesus Gonçalves, para exercer as funções de motorista do Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 292/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa Maria da Conceição Candeias Pão Mole Pereira de Carvalho, para exercer funções de apoio técnico administrativo no Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 293/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa Alice da Silva Pereira Nunes, para exercer as funções de apoio técnico administrativo no Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 294/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa a licenciada Maria João da Cruz Valente, como técnica-especialista para exercer funções nas áreas financeira e da gestão de informação no Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 295/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa Eugénia de Jesus Mendes de Campos, para exercer funções de apoio técnico administrativo no Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 296/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa Diogo Cara d'Anjo Miguéns, para exercer funções de apoio técnico administrativo no Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 297/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa Maria Lucília Ribeiro Delgado Catrola, para exercer as funções de apoio técnico administrativo do Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 298/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa Dário Fernando Tosta Cardoso, para exercer funções de apoio auxiliar no Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 299/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa Joaquim Francisco Margalho Serrano, para exercer as funções de coordenador do apoio do Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 300/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa a licenciada Sofia Margarida Vala Rocha, para exercer as funções de adjunta do Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 301/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa Isabel Cristina da Cruz Flores Correia Marcelo, para exercer funções como secretária pessoal no Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 302/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa André Wilson da Luz Viola, para exercer funções de motorista do Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 303/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa Mário Rui Braga Rodrigues Carneiro, para exercer as funções de adjunto do Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 304/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa Fernando Manuel Pombas Catrola, para exercer funções de coordenador de apoio no Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 305/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa a licenciada Maria Inês Sousa Lopes Dias Costa Carvalho, para exercer funções na área financeira no Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 306/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa a licenciada Filipa Faria Nunes Lopes de Matos, como técnica-especialista, para exercer funções na área da gestão cultural no Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 307/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa o licenciado Rui Miguel Morais Lalanda Roseiro Boavida, para exercer funções como técnico-especialista do Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 308/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa a licenciada Inês Paula da Cunha Freitas, para exercer funções nas áreas de museologia e do património no Gabinete do Secretário de Estado da Cultura;
- · Despacho n.º 309/2013. D.R. n.º 5, Série II de 2013-01-08 Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura Designa a licenciada Vera Maria Duarte Mendes Castanheira, para exercer funções na área jurídica no Gabinete do Secretário de Estado da Cultura.
Quinta-feira, 21.02.13
Custe o que custar nunca direi a verdade aos portugueses.
Há quem lhe chame de "mentiroso compulsivo". Na verdade o homem não acerta uma. tem feito, em tudo, o contrario do que prometeu aos portugueses.
O ultimo "desmentido", feito por Gaspar (o que significa que Passos mentiu), é sobre a afirmação "nem mais tempo nem mais dinheiro".
Finalmente a juventude deste país começa a afirmar-se e a afirmar que não quer que Portugal continue a ser governado por mentirosos. É preciso engrossar o protesto!
Quinta-feira, 31.01.13
Um povo cobarde gera Políticos sem vergonha.
Recentemente, a ACT-Autoridade para as Condições de Trabalho, concluiu que, só em 2011, os chamados contratos dissimulados atingiam um aumento de 162%.
Como todos sabemos a situação agravou-se, desavergonhadamente, durante o ano de 2012 e o referido número peca por defeito. São raros os contratos assinados com seriedade e respeito por quem trabalha. A malfadada crise não é geral, a concentração de riqueza nunca atingiu as proporções que atualmente se regista. O chamado (Leque salarial Este conceito serve essencialment... - Economia) que já se não ouve falar, nem pelos sindicatos (estranhamente) e nunca foi tão desigual.
Outro dado do problema, que para além de nos envergonhar deveria tirar-nos qualquer hipótese de descanso ou de noites bem dormidas, é o facto de existirem contratos, ditos legais (como quem aceita a falta de ética e moralidade como legal), em que a remuneração pouco mais atinge que 300,00€.
Os políticos e o governo dão cobertura a tudo isto, pois se mesmo o IEFP-Instituto do Emprego e Formação Profissional não se coíbe de publicar no seu `site` anúncios de emprego com remunerações vergonhosas e ilegais.
A chamada economia marginal, também designada paralela ou informal, com ou sem recibos verdes, nos quais não se determina qualquer valor mínimo remuneratório de referência, tornaram-se “a fome nossa de cada dia”. Situações provocadas pelo elevado número de desempregados cuja consequência é a existência de muitos lares e grande número de famílias já nem uma côdea de pão chegar a vislumbrar.
É esta a sociedade, dita, civilizada e solidaria que, como “o melhor povo do mundo” aceitamos ter!
Associada, com esta miserável pobreza de relações laborais, onde vingam empresários/patões sem vergonha nem escrúpulos, está uma grande fuga aos impostos.
Por um lado os patrões, escondidos atrás da economia subterrânea, desenvolvem (fiscalmente falando) a sua atividade clandestinamente. Por outro lado os trabalhadores, que não recebendo, ficam impedidos de contribuir para o Estado e para a Segurança Social, tornando-se uns e outros párias da sociedade.
Assim, para todos os que, por ética cidadã ou transparência vinculativa de trabalho, não queiram ou não possam esconder-se, o legislador é implacável, o fisco é carrasco e o contribuinte pagador torna-se escravo do Estado.
Colectivamente, por uma razão ou por outra, somos um povo cobarde que geramos políticos sem vergonha.
Terça-feira, 04.12.12
As crianças, só pelo facto de o serem, têm direito ao pão de cada dia. Quem lhes impede, seja de que forma for, de o receberem, assim como de receberem tudo o mais que lhes é devido, não só se constituí ladrão como deveria ser considerado criminoso social.
Quem, de qualquer modo, directa ou enviesadamente, impede o acesso ao sustento das pessoas, atenta contra a vida que é o maior e mais fundamental direito consagrado na Constituição da República Portuguesa;
Sendo, nos termos do artigo 24º, a vida humana um direito inviolável, ao admitirmos tantas violações, não estamos a cumprir a constituição nem a respeitar esse fundamental direito;
Do mesmo modo, desrespeitamos o disposto no artigo 3º da Declaração Universal dos Direitos do Homem que determina: “Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.”;
Deveria, sobretudo quem por acção directa ou indirecta atenta contra tais direitos, ser, à face da Lei, condenado como praticante de acto criminoso.
Neste termos as organizações de solidariedade que se ficam pela “caridadezinha” do auxílio aos pobres e não tiverem a coragem de, inequívoca e frontalmente, denunciar, protestando contra as razões que originam as suas próprias existências, são instituições hipócritas que usam o infortúnio alheio para se autopromoverem com a vantagem de conseguirem publicidades que nem sequer é paga.
A solidariedade pressupõe a existência de dignidade responsabilizante de âmbito colectivo no desbravar do caminho na construção de uma sociedade onde todos tenham condições de igualdade de oportunidades para a obtenção, para si e para suas famílias, do sustento material, cultural e intelectual.
Como diria D. Manuel da Silva Martins, “o Bispo Vermelho de Setúbal”: “ninguém deve pedir por favor o que lhe é devido por direito”.
Quinta-feira, 25.10.12
Agora até o outro Pedro, o Santana Flopes, um esbanjador de dinheiros públicos em autarquias e Santa Casa Misericordiosa de Lisboa, defende (no programa prova dos 9) para Portugal a solução Islandesa. Vejam bem as voltas que o mundo dá para que tudo fique na mesma.
É bem capaz de ter razão, ainda que eu não concorde com ele, aquele pastor que disse às suas ovelhas que não adiantam nada as manifes e que nem com outra revolução lá iria. Cá por mim, acho que vai lá quando o povo, ele próprio, mudar de mentalidade e pegar numa grande vassoura.
Quinta-feira, 18.10.12
Tropecei numa pedra porque fui incapaz de, a tempo, desviar de caminho.
A espaços temporais, de curta distancia, ora nos dizem uma coisa ora nos afirmam coisa diferente, sem contudo darem mostras ou quaisquer indícios, minimamente sérios, de mudar de caminho.
Ora afirmam que o endividamento é profundamente excessivo e que é urgente por os burros a pão e água, ora a seguir juram a pés juntos que com esta receita os animais morrem como sucedeu ao cavalo do inglês, sendo por isso necessário tomar medidas que visem o crescimento económico e a criação de riqueza.
Os que ainda ontem diziam, com veemente convicção, não haver outra receita possível para a cura de todos os males que nos foram impingindo durante os últimos 20 anos, tanto mais que é prescrita pelos iluminados sábios da troika, e que o sacrifício não iria além de três anos, agora consideram ser uma loucura e que é mister alargar o período de tratamento, reduzindo a doze, como forma de lograr a cura publica e privada.
Os medos, que a prol se agite e se descontrole, começam a ser tantos que até já o representante, cá no burgo, de sua eminência o Papa se manifesta contra manifestações, o que não deixa de uma grande contradição em si mesma. Porque diabo de legitimidade democrática deveria ser permitido que sua eminência se possa manifestar televisivamente e os outros burros se não poderiam manifestar na via pública?
Conforme li algures, se eu pudesse dar conselhos e mos aceitassem dizia; tomem juízo e deixem de olhar só para os números e passem a ver as pessoas que andam por aí e a quem tanto mal andam a fazer.
Como ninguém aceita os meus conselhos, nem eles chegariam a quem deveria, apenas me resta dizer: burros, nunca houve tantos e com livros. Embora se saiba que, no relvado da política, nem todos os burros sejam doutores, como inversamente, nem todos os doutores são burros, a lusófona que o diga. Alguns são chico-espertos.
Quinta-feira, 27.09.12
Sim, são importantes as manifestações de contestação às, desastrosas, politicas que nos têm vindo a impor, sobretudo, pelos maus resultados que delas emergem.
Andaram a enganar-nos com uma pomposa sigla que, de todo, nunca lhe correspondeu qualquer realidade, era o PEC: Plano de Estabilidade e Crescimento. Nunca promoveu qualquer estabilidade e de crescimento só para os especuladores usurários e oportunistas do situacionismo, os mesmos de sempre.
Agora atiram-nos com um brutal aumento da, erradamente, chamada Taxa Social Única, quando toda a gente sabe que nem é social e muito menos é única. Nos tempos actuais TSU mais parece corresponder, e a traduzir a expressão de “Troikos Sanguessugas Unguiformes”.
Há quem afirme que “o povo não é contra o regime, o regime é que está contra o povo”, talvez o mal resida nisso mesmo. Pergunto não será tempo do povo se revoltar e se manifestar contra o regime e propor, debatendo com seriedade, um novo regime?
Não deveríamos debater a construção de um novo regime, um regime onde sejam claras as fronteiras e os conteúdos da democracia directa e a democracia representativa?
Debater a constituição de um regime onde estejam, mais claramente, determinadas as responsabilidades e os mecanismos de controlo por parte dos eleitores sobre o comportamento dos eleitos;
Fazer aprovar um regime onde não seja necessário alterar, repetidamente e sempre no mesmo sentido ideológico, a Constituição da República e onde se consagre que, quando tal for promovido fazer-se, seja feito por via de referendo popular e não pela maioria de dois terços de deputados com assento na Assembleia da República onde a promiscuidade de interesses se tornou escandalosa.
Acham que, mesmo mudando os deputados, se pode confiar, de ânimo leve, nos eleitos?
Cá por mim já nem de ânimo leve nem de ânimo pesado, a avaliar pela forma como são constituídas as listas e o estado, lastimoso, em que se encontram, no presente, os partidos políticos (verdadeiros esquemas aparelhistícos de controlo de interesses marginais) são uma, real, negação intrínseca do regime democrático.
É por tudo isso, por tudo o que aqui no LUMINÁRIA se tem feito eco, por tudo aquilo que muitos outros, como nós, se não tem cansado de esgrimir contra ventos e mares de mau agoiro, se leva a efeito, no próximo dia 5 de Outubro, o Congresso Democrático das Alternativos.
Daí se espera comecem a surgir ideias novas para um exercício de uma nova democracia. Uma democracia responsável, refundada na razão, na ética e na virtude solidária.