De VOTAR e DEMOCRACIA activa, plena. a 17 de Novembro de 2015 às 09:26
--- .Não abdicar de VOTAR . a 28/9/2015----
Do voto e do pouco que vale o voto
(-por Sérgio Lavos, 27/9/2015, http://365forte.blogs.sapo.pt/
Um texto de Rui Zink sobre o poder do voto. Abster-se é abdicar desse poder.
"O meu voto vale pouco? Valerá.
Mas é o único momento em que vale exactamente o mesmo - o mesmo pouco - que o voto de Assunção Esteves ou O diácono-superior dos ex-CTT.
Essa a beleza do voto: cada um vale pouco e todos valem EXACTAMENTE o mesmo pouco.
Ao contrário de um reunião de accionistas ou de um clube, onde há votos de qualidade, e uma pessoa pode ter um zilião de votos, aqui naquele dia TODOS valem exactamente o mesmo: pouco.
A fórmula é simples: 1 adulto = 1 voto.
Claro, há pessoas que são fotografadas a votar e outras não. Mas a cruzinha vale exactamente o mesmo: pouco.
1 = 1.
Ronaldo é mais influente? Medina Carreira mais careca? O prof. Cavaco mais... Enfim, mais qualquer coisa? Sim. O prof. Marcelo é mais omnipotente? O sr. Pingo Doce mais rico? O dr. Catroga mais administrador da EDP? Claro. Como duvidar?
E não, nem de longe, não temos todos o mesmo poder de influenciar os outros. Falar na tasca, na televisão, no FB, ao telefone ou no jornal não é a mesma coisa.
Nem tem de ser.
Há filmes vistos por milhões, poemas lidos por nem meia-dúzia de amigos.
Segundos antes e, lamento dizê-lo, segundos depois de votar deixaremos de ter o mesmo poder, a mesma fortuna, o mesmo destino.
Contudo, naquele instante, na cabine, com a caneta e o boletim, temos todos o mesmo poder.
Pouco. Maravilhosamente pouco."
---- Libertar a Democracia. a 28 /9/2015----
Afunilamento Democrático: a verdade sobre o sequestro da democracia pelo bloco central
28/09/2015, João Mendes, Aventar
Who controls the past
É recorrente, em discussões com amigos ou conhecidos que apoiam os partidos do bloco central, ouvir da parte destes o argumento de que estamos em democracia, que o povo é livre para escolher ou para formar partidos e que todos têm iguais oportunidades de chegar ao poder. E se os dois primeiros são questionáveis, o terceiro é pura e simplesmente falso.
Trata-se de um argumento que serve essencialmente para justificar aos militantes e simpatizantes de partidos como o PS ou o PSD a sua permanência ad aeternum no poder. Porque por mais poder que as cúpulas possam concentrar, esse poder só existe e se mantém porque existe uma base de apoiantes leais, muitos deles permeáveis a qualquer tipo de propaganda e dispostos a (quase) tudo e que, regra geral, desconhecem os meandros podres e anti-democráticos por onde passa parte substancial das movimentações políticas de quem efectivamente manda. Se soubessem, PS e PSD assemelhar-se-iam mais a mafias do que a partidos políticos porque pouco mais que criminosos por lá permaneceriam.
Qualquer pessoa que se interesse pelo fenómeno tem plena noção que o acesso ao poder não é igual para todos e que desde a fundação da democracia, em 1974, a República foi tomada de assalto por um grupo cada vez mais restrito de pessoas. Na verdade, nós não escolhemos deputados e muito menos primeiros-ministros. É-nos apenas dada a opção de escolher entre as escolhas das elites do bloco central, escolhas essas que reflectem alinhamentos de conveniência e poder no interior dos partidos e não aspectos relacionados com a competência ou o mérito. Se assim fosse, Pedro Passos Coelho nunca teria sido primeiro-ministro, seria contranatura.
Depois existe a questão do financiamento. Com fortes redes clientelistas implementadas em todas as freguesias, fruto da distribuição de tachos e similares, o bloco central garante um eleitorado fixo e leal, mais não seja pelo medo de virem a perder o emprego, o estágio do filho, a nomeação da tia. Desta forma, é-lhes garantido um financiamento permanente decorrente das vitórias eleitorais, que ascende à casa dos milhões de euros e que permite colocar no terreno, eleição após eleição, máquinas esmagadoras cuja propaganda que abafa a dos restantes partidos, mesmo daqueles com assento parlamentar, e que lhes permite hoje colocar autênticos exércitos de manipuladores virtuais online como o clone-galdério recentemente desmascarado aqui no Aventar que dá pelo nome de Maria Luz.
Mas o afunilamento democrático não se resume ao poder das elites ...
De Democracia, eleições e manipulação opini a 17 de Novembro de 2015 às 09:32
Mas o afunilamento democrático não se resume ao poder das elites do bloco central. Reparem por exemplo na cobertura mediática das campanhas eleitorais. Os candidatos do PS e PSD (actualmente PàF, desde que engoliu o táxi de Paulo Portas) são frequentemente referidos como “o próximo primeiro-ministro de Portugal”, excluindo, à priori, a possibilidade de qualquer outro partido vencer as eleições. A imprensa, regra geral controlada por destacados militantes destes partidos ou por gente próxima do poder, decide quem pode ou não aspirar a governar.
E esta ideia, martelada até à exaustão, cria na cabeça de muitos eleitores a ilusão de que apenas PS e PSD são elegíveis e capazes de governar. Que os restantes são partidos de protesto que não querem governar, apenas ser oposição, a que se junta a narrativa de que “são todos iguais”, uma narrativa falsa que apenas serve para retirar ainda mais votos aos pequenos partidos, apesar de não haver um único entre estes que tenha qualquer responsabilidade no estado a que isto chegou, com a excepção de um período muito particular no pós-25 de Abril em que o PCP, através do PREC, causou alguns danos na economia, danos esses que ainda assim não têm sequer comparação com o que os governos de Cavaco Silva fizeram à agricultura.
Ainda no campo mediático, reparem que a cobertura das campanhas incide essencialmente no PS e PSD. Existe depois uma nesga de tempo para BE, PCP e CDS (quando não surge como muleta pré-eleitoral do PSD) e os restantes partidos nem sequer existem. Se juntarmos a isto o facto de, quanto mais pequeno menos verbas para fazer campanha e por conseguinte a menos pessoas se consegue chegar, ...
------ Votar p. Libertar a Democracia ,28/9/2015----
Afunilamento Democrático:
a verdade sobre o sequestro da democracia pelo bloco central
28/09/2015, João Mendes, Aventar
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... a menos pessoas se consegue chegar, nomeadamente quando saímos das grandes cidades do litoral para o interior, onde as redes clientelistas erguidas à décadas controlam parte substancial da população, as possibilidades de um partido exterior ao Parlamento conseguir lá chegar são diminutas, excepto em casos muito pontuais e raros.
Redes de clientelas, deputados, secretários de Estado e ministros em cargos-chave nos grandes escritórios de advogados que desenham legislação para os governos que integram, o monopólio das nomeações públicas, empresários-militantes que injectam milhões através dos Jacintos Leite Capelo Rego desta vida a troco de favores e outras corrupções, batalhões de jotas dispostos a tudo na esperança de virem a ser a próxima pop star no Parlamento e terrorismo virtual, tudo isto controlado ao melhor estilo siciliano. Orwell poderá ter exagerado em algumas coisas mas a frase que abre estas linhas é tão actual como o era em 1948. Quem controla o passado controla o futuro, quem controla o presente controla o passado. E consegue inclusive reescrevê-lo.
Democracia? Liberdade de escolha? Igualdade de oportunidades de acesso ao poder? Não seja ingénuo. Eles não o são.
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--- Os indecisos vão decidir a eleição
(27/09/2015, j. m. cordeiro)
É o que apontam as sondagens. 25% segundo a Católica. 22.8% segundo a Intercampus.
Quanto ao PS e à PAF, não saem do seu eleitorado clubístico.
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--- Continua: Novo Banco vai-lhe ao bolso.
“Governo paga mais juros ao FMI por causa do Novo Banco” [DN]. Obrigado Passos Coelho pela solução sem custos para os “contribuintes” (como se o resto do país não fosse gente).
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... isso não me impede de ver a mentira “não terá custo para os ‘contribuintes’.”
E não me apaga a memória de Cavaco e o governo, a um mês da falência, meterem as mãos no fogo pelo BES.
E que meter 3.9 mil milhões de euros do Estado para o fundo de resolução é, para todos os efeitos, uma nacionalização.
O BPN passou directamente para o Estado e foi vendido com prejuízo.
O BES passou indirectamente para o estado e, tudo aponta, vai ser vendido com prejuízo.
A solução teria que ter passado por impedir que esta porcaria tivesse acontecido.
Tendo acontecido, mesmo assim, não vi uma única cabeça ainda a rolar.
E, ainda, tendo acontecido, como é que o Estado ainda não foi capaz de ir buscar o dinheiro roubado? Este não desapareceu…
Não, o que se fez foi ir ao dinhei
De Democracia, Burlões e Bangsters. a 17 de Novembro de 2015 às 09:35
... E, ainda, tendo acontecido, como é que o Estado ainda não foi capaz de ir buscar o dinheiro roubado? Este não desapareceu…
Não, o que se fez foi ir ao dinheiro público e remendar a situação.
“Ah e tal, isso é muito lindo”, até pareço ouvir dizer, mas vejamos o caso Maddoff e comparemos com cá.
---- Kruzes Kanhoto, 26/9/2015-----
Esta é uma questão pertinente. Nomeadamente em círculos como o meu que elege apenas três deputados. Significa, portanto, que tenho apenas três opções se não quiser ver o meu voto desperdiçado. E mesmo assim até poderão ser apenas duas, pois a CDU poderá pela primeira vez não eleger nenhum deputado por aqui...
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